quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Lei seca.

Agora a Lei Seca apertou mesmo.

Tolerância zero, multa mais pesada, punições mais severas e a possibilidade de processo e até prisão.

Como me disse um amigo: "Não tenho mais o direito de encher a cara e colocar a minha vida e a dos outros em risco?".

Não cara pálida. Aliás, nunca teve.

Mas a nova Lei Seca traz - a nós, bebedores contumazes de uma cervejinha no final de semana - várias indagações:

- Como vai ser sair de casa de agora em diante?

- Como ficam festas como carnaval e Rodeio?

Aliás, sempre imagino que numa festa como o Rodeio de Barretos não haveria pátio suficiente para prender todos os veículos caso fizesse o teste em todos os motoristas na saída do recinto.

Seja como for é lei, e lei se cumpre.

Então este Blog vai dar algumas sugestões para vocês que estão vendo nesta lei um problema para as suas noites de diversão:

1. Casar.

Casado, o caboclo fica mais sossegado e abandona a vida de gandaia nos bares da vida. Além da possibilidade de colocar a esposa para dirigir.

Problema1: A esposa também beber.

Problema2: Mulher no volante.

2. Contratar um motorista.

Não Vans para ir em Rodeios ou Bailes, mas um motorista particular mesmo, para te acompanhar.

Gera emprego e você pode beber à vontade.

Problema: E se a noite render? O motorista vai dirigindo até o motel?

3. Motorista da rodada.

Solução mais recomendada. Comum nos países de 1º mundo.

Problema: Quem da turma vai ser o 1°?

Recordo uma vez que fizemos isso e a briga foi: quem vai ficar sem beber? Ninguém queria. A solução foi disputar no truco quem seria o motorista da rodada. A carta mais alta que saiu pra mim foi um 2 de copas.

4. Ficar no lugar até a bebedeira passar.

Solução mais prática, você simplesmente senta no banco do carro e espera.

Problema: quanto tempo leva pra passar o efeito de 1/2 litro de whisky?

5. Parar de beber.

Ah tá!!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mãos ao alto, isto é um pedágio.

Atenção motociclistas, depois de muito ameaçar, eis que os pedágios começaram a cobrar de vocês, uma tarifa para seguirem livremente pelas estradas do Estado de São Paulo.

O que antes era isento, agora é cobrado.

Não sei o quanto isso representa aos cofres das concessionárias, mas imagino que seja o bastante para eu querer uma praça de pedágio para mim.

Já pensou? Seria o comércio perfeito para eu ficar rico.

* Para amigos, e ipuanenses em geral, faria fiado.

* Divulgaria a Expuã para quem por lá passasse.

* Meu sem parar não travaria a cancela nunca.

* Aceitaria cartão de crédito e débito.

* Cheques não.

Outra medida que os donos de concessionárias há muito tempo anseiam, é a cobrança de multa para quem passar pela cancela do sem parar acima da velocidade permitida (40 Km).

Ou seja: já não basta nos roubar com a tarifa, vai nos roubar também com multa?

Isso tudo porque já cobram dos caminhões que, vazios, erguem os eixos. Não importa quantos pneus estão "estragando" o asfalto, o que vale é a quantidade de pneus que o veículo tem.

Não me admira se num futuro próximo, cobrarem dos caminhões cegonha, os eixos dos carros transportados.

Finalizo este texto sobre pedágio, relembrando uma passagem ocorrida no distante ano de 1998.

Fui, convidado pelo pai de uma vizinha, a Campinas para participar de uma reunião partidária do qual ele era filiado.

Ele era um senhor já de idade, muito engajado nas causas político-partidárias, tanto que ostentava no vidro lateral esquerdo anterior de seu carro
(bem à vista dos cobradores dos pedágios) o seguinte adesivo: "O pedágio é um roubo".

E numa viagem Ipuã-Campinas, imagina a quantidade de cobradores de pedágios que não liam o tal adesivo?

Em um destes pedágios, o cobrador gentilmente o recebeu com um:

- Bom dia!

E a resposta veio na lata:

- Bom dia?!? Bom dia é se não houvesse os pedágios.

Nada mais foi dito então.

E  enquanto conferia o troco - afinal se era um roubo como dizia seu adesivo, melhor não confiar - disse o senhor antes de sair com o carro:

- Bom era meu tempo, quando não existia pedágio... nem AIDS.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A tragédia em Santa Maria.

A tragédia ocorrida na cidade gaúcha de Santa Maria - luto, comoção e perplexidade à parte - expõe uma ferida social que poucas vezes o poder público procura sanar: a maneira como o expectador é tratado nesse país.

Por expectador, defino todos aqueles que pagam ingressos (ou não, em caso de gratuidade) para prestigiar algum evento, seja ele um show, um baile ou uma boate.

Se como bem disse o jornalista Juca Kfouri certa vez, de que "o torcedor no Brasil era tratado como gado" e anos mais tarde o Estatuto do Torcedor veio para corrigir, o expectador Brasileiro também tem sido tratado como gado, e há muito tempo.

As enormes exigências legais para se abrir uma casa de shows ou mesmo para exibição de algum espetáculo, nem sempre se corroboram na prática. Exigi-se muito, cobra-se pouco.

Saídas de emergência (bem sinalizadas, com pessoas de prontidão para abri-las em caso de emergência, explicações aos expectadores sobre como proceder em casos de emergência,...), extintores (em ordem), alarme de incêndio, capacidade do local, etc...

Reconheço a enorme dificuldade em se controlar, por exemplo, a venda de ingressos. Como o poder público pode conferir se o local para 1.000 pessoas não conta com 1.500 naquele dia? 

O que resta então é confiar que em caso de omissão, que a justiça seja feita.

O problema é confiar na justiça. Não que ela seja falha, mas a quantidade quase infindável de alegações, dificulta em muito o seu trabalho.

Mesmo sendo leigo em direito, arrisco dizer que o dono da boate vai culpar os rapazes da banda por terem iniciado o incêndio, que vão culpar os seguranças que impediram a saída dos jovens, que vão culpar o dono da boate pela capacidade acima do permitido.

E entre os envolvidos, ainda teremos empresário da banda, a empresa terceirizada de segurança, etc etc e etc. Todos, devidamente com seus advogados. Alguns destes, ávidos pela luz dos holofotes proporcionados pela tragédia de dimensão internacional.

Fora os recursos, apelações, teorias se foi culposo ou doloso, e mais um monte de termo técnico que arrastará por anos o processo.

E convenhamos, de nada adiantará às famílias das vítimas que pessoas sejam presas ou que indenizações sejam pagas.

Melhor seria que fossem dados aos seus entes queridos, melhores condições de segurança.

Mas como não aconteceu, resta esperar que justiça seja feita e que os envolvidos sejam presos.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Semana final.

Férias acabando e aquela sensação de que não curti - pelo menos não como deveria - as férias.

Não adianta: por mais que se curta, se faça e se viaje, nunca suas férias serão bem curtidas.

E quando, como no meu caso, não se fez nada disso, aí a certeza inconteste de que, de fato, as férias não foram bem curtidas mesmo. Foi, no máximo, um momento pra relaxar corpo e mente, exaustos após um 2012 custoso.

Recordo que não viajo nas férias de verão há muitos anos.

Quando no Depto de Educação, janeiro era mês de muito trabalho: concurso (desde a contratação até a realização), processo seletivo, atribuição de aulas, licitação da merenda e material escolar,...

Fevereiro: início das aulas, organização do transporte escolar,...

O jeito era tirar férias em março, como fiz certa vez.

Deixei tudo pra trás e me mandei pro Recife pra curtir o resto do carnaval que aqui terminara no começo de março e lá duraria 15 dias mais.

Voltando mais no tempo: Porto Seguro, visitei era mês de maio; Fernando de Noronha, em agosto; Campo Grande, nas férias de julho certa vez.

Ou seja, sempre na baixa temporada, à altura do meu pobre bolso professor.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Parabéns São Paulo.

Hoje é aniversário da cidade de São Paulo.

Uma cidade cujo único defeito é não se chamar Corinthians, como diz o jornalista, paulistano (e corinthiano) Juca Kfouri.

Elegi Sampa como minha 3ª cidade. Depois de Ipuã e Guaíra, respectivamente.

Meus primeiros contatos com a Pauliceia Desvairada deram-se na infância, seja como rota de passagem para o litoral, seja por razões de ordem médicas.

Na adolescência nos afastamos.

Nos reencontramos na fase adulta, quando em razão do cargo no Depto. de Educação aqui em Ipuã, invariavelmente visitava-a quase mensalmente.

E mais recentemente, em razão do Mestrado na PUC/SP, minha ida a São Paulo virou rotina. Durante dois anos, semanalmente me dirigia a Sampa pelo menos uma vez. Chegaram a ser duas vezes durante 2 semestres.

Isso me fez sentir, ainda que temporariamente, um pouco paulistano.

Conhecia pontos turísticos, dava informações sobre metrô e circular, sabia onde ficavam lugares citados em conversas com paulistanos, etc... Uma amiga interiorana certa vez me disse que até meu sotaque estava mudando. Os "enes", como entendo e fazendo ficando mais acentuados e os "erres" de porta e porque menos mineiro e mais tremido.

Nunca percebi nada.

Hoje, após meses afastado de lá, vendo as matérias sobre o seu aniversário, bate uma saudade tremenda.

Dizem que todas as pessoas que convivem em São Paulo, não importam sua origem geográfica, acaba se identificando com ela, apaixonando e vendo-se como parte dela.

"É que Narciso acha feio o que não é espelho".

E para mim, interiorano, vindo de outro sonho feliz de cidade, após um difícil começo, aprendi logo a chamar-te de realidade.

Parabéns Sampa!!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Memes Ipuanenses.

Você sabe o que é "meme"?

Das várias definições disponíveis na internet, optei pela definição abaixo:

Meme é um termo grego que significa imitação. Na internet, o significado de meme refere-se a um fenômeno em que uma pessoa, um vídeo, uma imagem, uma frase, uma ideia, uma música, uma hashtag, um blog, etc., alcança muita popularidade entre os usuários.

Se a denominação é recente, o mesmo não se pode dizer da prática.

Mesmo antes da internet, os memes já andavam por aí.

Nasciam em condomínios, bairros, cidades, ou mesmo em programas de TV, e rapidamente se espalhavam, até cumprir sua sentença neste mundo e desaparecer. Ou virar apenas uma vaga lembrança na memória daqueles que o utilizaram à exaustão.

O "pedala Robinho" por exemplo, foi um meme criado por um programa de TV e que virou febre.

Voltando um pouco mais no tempo, bordões como "Cala a boca Magda" também caíram no agrado popular em repetições à exaustão.

Mais recentemente, a fábrica de memes parece não ter fim. O mais divertido para mim, talvez tenha sido a Luiza do Canadá, que durante uma semana toda foi alvo de todo tipo de piada na internet.

A pequena e pacata cidade de Ipuã há anos produz memes. Assim como certamente a sua cidade caro leitor, também deve fazê-lo. Basta puxar os arquivos da sua memória e relembrar alguns.

Aqui vai alguns memes que, acredito, tenha nascido em Ipuã e sobrevivido ou não ao tempo:

"Sô Jorge bem": Expressão de perplexidade. Não sei por que, mas muitos ipuanenses ao se deparar com alguma situação inusitada, expressava seu espanto com a referida frase, em alusão a um conhecido benzedor existente na cidade.

"Bescate": Talvez não se lembrem mas, durante uma época era comum referir-se a alguma mulher, não necessariamente em tom pejorativo, por "bescate". Pior é que quem falava e quem ouvia, nunca via como ofensa, mas como algo normal. Uma variação do atual "cachorra" talvez?!.

Recordo que um rapaz inocentemente chamou uma menina que passava férias aqui na cidade com esta denominação e ela, alheia ao modismo, ofendida aos prantos jurou nunca mais voltar aqui.

"Terra seca": Denominação pejorativa para os imigrantes nordestinos. Nenhuma outra cidade que eu conheça, utiliza-se de tal denominação para generalizar os simpáticos imigrantes do nordeste.

"Boca seca": expressão chula que todo mundo que mora em Ipuã sabe bem o que é. Outra que só ouvi aqui na cidade também.

"E o boca?": Nunca entendi o real significado desta pergunta usada de maneira genérica para qualquer coisa.
- Perguntando como a pessoa está: "E o boca?"
- Respondendo a uma proposta que lhe desagrada: "É?! E o boca???"
- Na falta de assunto: "Ou, e o boca?".

"Não dá rata não": Expressão usada também em outras cidades que significa algo como "sem fiasco, por favor". Na capital eu falava ninguém entendia.

"Pegar ar": Ficar irritado, enfezado, brabo. Embora esta seja bem mais conhecida, basta ver a pegadinha do ET.

"Zé Côco": Expressão usada para duvidar de alguém, quando acha que a pessoa está mentindo. Nascida em razão de um conhecido morador da cidade, famoso por seus causos.

Contribua com o senso comum ipuanense: relembre mais algumas.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Estacionar: Missão impossível.

Coisa que me irrita é tentar achar vaga para estacionar e não conseguir.

Chego a ficar estressado, nervoso, brabo, talvez até chato!

Trata-se de uma doença denominada "Síndrome do nervosismo por falta de vaga para estacionar o carro" e que em mim, curiosamente, não ocorre quando vou a São Paulo. Talvez porque ao sair de casa em direção à Pauliceia Desvairada, meu cérebro maluco já fica pré disposto.

O centro racional do cérebro envia ao centro do stress a seguinte mensagem: "Tamo indo pra Sampa heim cara pálida?! Lá o trânsito é sinistro, fica sussa porque achar vaga lá é f... pra c...!".

Ou algo parecido. Quem sabe um pouco mais bem educado e formal.

Mas se em Sampa a Síndrome não se manifesta, o mesmo não posso dizer de outras cidades.

Ela acomete o Blogueiro, por exemplo, em Ribeirão Preto; seja à procura de vagas nas ruas da cidade, seja no estacionamento do Shopping. Meu cérebro ainda não entendeu que a Ribeirão de hoje não é a da minha infância.

Meu cérebro ainda não se tocou que a cidade inchlou e o trânsito tornou-se o caos grande parte por culpa dos motoristas que não entendem para que servem seta e luz de ré.

E (quem diria???) em Ipuã a Síndrome se manifesta vez ou outra.

Tente achar vaga aqui na pequena e pacata cidade de Santana nos locais abaixo mencionados (por favor, não estou fazendo merchan):

- Proximidades da Lotérica e Banco do Brasil.
- Em frente aos Correios.
- Na região que vai do Despachante do Piau até na loja Final 9.

Impossível!!!

Já pensei em várias saídas e não vejo uma luz no fim do túnel.

Quem sabe o Poder Público não sensibiliza com os apelos deste pobre sedentário que deseja estacionar tranquilamente na cidade sem explodir de raiva ao volante.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ão ão ão, Zizao é Seleção.

Seleção da China, que fique bem claro!

Bastou uma jogada de efeito do jogador oriental Corinthiano, para toda a China abrir os olhos para o jovem jogador.

Certamente ele será notícia (já foi, se considerarmos o Fuso Horário) em teu país e não admira estar nas próximas convocações do selecionado Chinês.

Num campeonato onde a 1ª fase é, no mínimo, sonolenta, foi divertido ver o Chinês mostrar algum esforço, seja no futebol, seja no idioma português.

Porque futebol mesmo, o Chinês não demonstra grande habilidade.

Aliás, como pode um país com 1 Bilhão e 400 milhões de habitantes não ter pelo menos 1 que saiba jogar futebol?

Entre os homens, claro, porque a Seleção Feminina Chinesa joga muito bem. Melhor que os homens, inclusive.

Mas o carinho demonstrado pelos torcedores e jogadores para com o oriental corinthiano tem diso enorme.

Desejo que seja o primeiro de muitos jogos, que Zizao seja atração no paulistão tão modorrento, que Zizao experimente o gosto de anotar um gol, que experimente o gosto ainda maior de anotar um gol contra os arquirrivais.

Boa sorte Zinedine Zizao.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Lance Armstrong.

Assisti a parte da entrevista do ex ciclista Lance Armstrong à entrevistadora Oprah Winfrey.

Armstrong era tido como maior exemplo de superação do esporte mundial.

Acometido por um câncer que fatalmente lhe encerraria a carreira, o ciclista não só recuperou a saúde, como foi vencedor 7 vezes seguidas do Tour de France (entre 1999 e 2005).

Seu exemplo inspirou milhões de pessoas mundo afora. Não apenas como um símbolo de superação, mas também de ativista social na luta contra o câncer. Armstrong divulgou a ideia, por meio de uma pulseira amarela, cuja renda da venda seria revertida para pesquisa e tratamento da doença.

A pulseira virou febre em meados dos anos 2000 e inspirou o surgimento de outras "bandeiras" também "levantadas" por meio do uso das pulseiras: Pulseira branco e preta: luta contra o racismo, cor de rosa: defesa da mulher, etc...

O próprio blogueiro apressou-se em adquirir na época a tal pulseira amarela idealizada por Lance Armstrong. E a usou durante muito tempo.

Recentemente veio à tona a verdade: ele se dopara as 7 vezes em que foi campeão.

Uma fraude no esporte. Talvez a maior já vista até hoje no esporte mundial.

O que me resta, além de lamentar um dia ter admirado este cidadão, é jogar fora a pulseira.

O que aliás, acabei de fazer e que me inspirou escrever estas palavras.

Lance Armstrong
*1999 - 2005        +2013

Vale a pena conferir as palavras do Jornalista Juca Kfouri sobre o caso, clicando aqui.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Olimpíadas® Rio 2016.

Você conhece Carlos Arthur Nuzman?

Talvez sim, talvez não.

Mas você não sabia, por exemplo, que apoiando os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, você estava automaticamente apoiando a ampliação dos poderes deste ditador que há duas décadas manda e desmanda no Esporte Olímpico Brasileiro.

Por essas e outras, eu fui contra a realização dos Jogos aqui no Brasil. Eu já conhecia a gente que iria organizar o evento.

Pois bem, eis que o Ditador ataca novamente com uma ideia fixa, quase um fetiche: O desejo de apenas o Comitê Olímpico Brasileiro poder usar a palavra "Olimpíada" e suas derivações (Olímpico, Olímpica, Jogos Olímpicos, Paraolímpicos,...).

Já não basta ter estourado em 3 vezes o orçamento dos Jogos Panamericanos?

Não basta estourar o Orçamento das Olimpíadas no Brasil e sabe lá quanto ainda?

Mas o problema maior nem é esse. Os problemas da exclusividade da palavra Olimpíada e suas derivações nas mãos do Ditador do COB vai atrapalhar nossa vida mais do que imaginamos:

Olympikus:
- A conhecida fábrica de tênis terá de mudar seu nome, ainda que grafado com "y" e "k".
- Quem for pego usando tênis na versão anterior à mudança do nome da empresa, portanto ostentando o nome proibido, será preso.

Gol Olímpico.
- Narradores serão proibidos de dizer que o gol olímpico foi um gol olímpico.
- Caso não encontre outro nome para o gol originado da cobrança do escanteio, onde sem tocar em ninguém a bola cruza a linha do gol, é só o COB combinar com a FIFA (farinhas do mesmo saco) e proibir o Gol Olímpico.
- Em caso de um eventual gol olímpico acidental, a regra será clara: cobrança de tiro de meta para o goleiro adversário.

Estádio Olímpico.
- O Grêmio terá problemas.

Volta Olímpica.
- Os times vencedores de torneios serão proibidos de percorrer o gramado com a taça na mão.
- Os times que insistir, não poderão dizer que deram a Volta Olímpica.
- O Corinthians será o mais prejudicado em razão das recorrentes Voltas Olímpicas que sempre promove.

Olimpíadas de Matemática, de Astronomia, de Português,...
- Todas proibidas de usar este nome.
- Duvida? Clique aqui e aqui.

Rua Olimpíadas.
- A pequena rua paulistana, localizada na Vila Olímpia, terá de mudar seu nome.
- Assim como a Praça Jogos Olímpicos, no Grajaú, também na terra da Garoa.

Olímpia.
- Caso o COB entenda que Olímpia é palavra derivada de Olimpíada, aí a coisa complica.
- A começar pela própria Vila Olímpia na capital paulista e terminar na cidade de Olímpia, próxima a Barretos.

Monte Olimpo.
- Professores de História e Literatura deverão tomar cuidado ao mencionar o nome da morada dos Deuses quando for ensinar Mitologia Grega.
- Aliás, em Literatura, a obra "Macabeia" de Clarice Lispector, tem um personagem chamado Olímpico de Jesus, é bom o COB ficar atento.

Olímpio.
- O que vai ser de quem se chamar Olímpio???

Enfim, brincadeiras à parte, é este o tipo de gente que está organizando o nosso esporte nacional.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Novas e velhas notícias.

Ôôô o Blogueiro voltou... O Blogueiro voltôôl

Após 15 dias de "férias" do Blog, voltei. E o mundo mudou bastante desde 15 dias atrás.

Venezuela vive momentos de incerteza com a possibilidade da morte de Hugo Chavez.

Cuba abriu as portas para turistas egressos da Ilha. Quem quiser sair, agora pode.

Outras, nem tanto...

O BBB13 começou, e é a mesma coisa dos 12 anteriores.

Mas a velha nova notícia é a possível falta de carnaval de rua promovido pelo poder público em nossa cidade neste ano de 2013.

Ainda não ouvi uma confirmação oficial da ausência da festa, mas rumores dão conta de que de fato não teremos "carnaval público" este ano.

E o que eu mais sentirei falta, da falta do carnaval em nossa cidade, é do ar socialista que a ausência da festa carnavalesca causava na pretensa elite social da cidade até ano passado.

Eu explico.

Bastava o ex Prefeito anunciar, pelos mesmo e corretos motivos que o atual, que não realizaria carnaval na cidade, para aparecer pseudosocialistas:

- O povo de Ipuã merece uma festa.
- Pagamos impostos.
- Será que não pensa que tem gente pobre que não pode prestigiar carnaval em cidades vizinhas?
- Carnaval é festa popular, o povo precisa desta festa.
- Se acontecer acidente na estrada a culpa é sua Sr Prefeito.
- Ipuã já não tem nada.
- O Carnaval contribui para o comércio local, que lucra com a venda de muitos produtos nesta época do ano.
- As pessoas vão gastar fora, um dinheiro que poderia ser gasto aqui.

Num toque de mágica, viraram capitalistas este ano:
- Tem outras prioridades na cidade.
- Quem quiser, que vá ao carnaval de outras cidades.
- Festa é supérfluo.
- A crise econômica mundial afetou as economias dos pequenos municípios que há anos sofrem com o achatamento das receitas decorrente da política municipalista dos Governos Estadual e Federal.

Viva o capitalismo!

Curioso esta mudança: Carnaval não é mais importante; Prefeitura agora não precisa gastar com isso; existem coisas mais importantes; estrada não é perigosa mais; carnaval não aquece comércio nem gera emprego, etc etc etc.

A quem interessar possa, minha opinião continua sendo a mesma de antes, até porque eu não sei ser hipócrita:
- Parabéns Sr. Prefeito Nenê Barriga pela sua atitude; optou em tomar uma medida impopular mas de preservação do erário municipal.

Se a verba está curta, melhor sacrificar festas - como já fora feito num passado recentíssimo - que outros serviços públicos.

E se a situação financeira do município não melhorar até o meio do ano, promova uma Expuã mais simples também. Com certeza não será chamada de quermesse, porque quem antes criticava, agora justifica.

Aproveite esse habeas corpus popular e faça as coisas da sua maneira e como elas devem ser feitas.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Aqui tem um bando de loucos (Republicação)

Não poderia encerrar a série de republicações sem uma especial.

Uma previsão futurística que fiz, anos atrás e que neste ano se concretizou.

Quem quiser comprovar, esteja a gosto: http://orandesrocha.zip.net/arch2008-12-14_2008-12-20.html

Naquela ocasião, não publiquei título. O que faço agora em tempo.

Também naquela ocasião, pensava que éramos 20 milhões e não 30 milhões como nos mostrou recente pesquisa.

A previsão fúturística fica por conta da final contra o Chelsea - então dirigida por Felipão - Nostradamoristicamente prevista no parágrafo final do texto.

***


Nos EUA e Inglaterra, os torcedores já estão cantando: Here is a bunch of crazy! Crazy for you Corinthians!

Aí pensei!!!

Somos 20 Milhões de loucos aqui no Brasil.

Agora, com a exposição mundial que o time alcançou com a contratação do Ronaldo, tenho certeza que este número se multiplicará não só no país, mas pelo mundo afora.

Visando ajudar aos novos Corinthianos de outras nações, este Blog, (que igual ao Corinthians, também tem projeção internacional) presta relevante serviço de utilidade futebolística, traduzindo para diversos idiomas o canto que entoamos em 2008, e marcou para sempre a história da torcida neste país: Aqui tem um bando de loucos! Loucos por ti Corinthians.

Alemão: Hier sind ein Haufen Verrückte. Verrückte für Sie Corinthians.

Espanhol: Aquí hay un montón de locos. Locos por ti Corinthians.

Italiano: Qui ci sono un sacco di pazzi. Pazzi per voi Corinthians.

Francês: Voici un tas de fous. Fous pour vous Corinthians.

Holandês: Hier zijn een stelletje mafkezen. Mafkezen voor u Corinthians.

Sueco: Här är ett gäng galna. Galna för dig Corinthians.

Árabe: هنا هي حفنة من الجنون .مجنون للكم كورينثيانز

Russo: Здесь куча ума. Сумасшедшие за вас к Коринфянам

Chinês: 這裡有一群瘋狂 為你瘋狂科林蒂安

Grego: Εδώ είναι ένα μάτσο τρελοί Τρελός για σένα Κορίνθιοι

Hebraico: הנה הם חבורה של משוגע אתה משוגע עבור Corinthians.

Espero que as traduções colaborem para quando estivermos, em 2010, disputando contra o Chelsea, a final do Mundial de Clubes da FIFA, onde nos sagraremos Bi-Campeões em cima da esquadra dirigida por Felipão (previsão do Blogueiro, sem qualquer respaldo místico de videntes e sortistas).

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

13/10. (Republicação)

Segue abaixo, todas as publicações que fiz na data 13/10:



2007
Pelo dia de hoje, não haverá opiniões sobre nenhuma assunto, apenas um texto que martelou a minha cabeça à medida que se aproximava o dia 13/10:

"(...) Que o convívio comigo mesmo, se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância (...)"



2008
“E vou viver as coisas novas, que também são boas
O Amor, Humor das praças cheias de pessoas
Agora eu quero tudo, tudo outra vez”
(Belchior)

Blog em Manutenção.

Blogueiro à procura de um "Oásis" para comemorar seus 32 anos.



2009
"Let us die young or let us live forever
(...)
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever? forever young"
(...)

BLOGUEIRO AUSENTE!
MOTIVO: DESAVENÇA COM DEUS CRONOS.



2010

Depois de 31.620.000.000 de Km percorridos, aqui estou eu, para dizer que:

"A última coisa que envelhece, é o coração"

Que venham os próximos 930.000.000 Km.



2011

Ok, eu sei que a letra fala "vinte e cinco" e não "trinta e cinco" como transcrito abaixo, mas não dá pra não fazer essa associação.

"Tenho trinta e cinco anos, de sonho e de sangue, e de América do Sul.
Por força desse destino, um Tango argentino me vai bem melhor que um Blues" (Belchior).



2012
“A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18”. (Frase do filme O curioso caso de Benjamin Button).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sensacional. (Republicação)

Uma grande sacada do Blog Os Geraldinos (www.osgeraldinos.com.br), um site de humor que, a cada dia, ganha mais leitores fiéis ao bom humor dessa trupe.

Pego carona na ideia por eles proposta (devidamente por eles autorizado) e após nosso país ter conseguido realizar o Pan em 2007, ter conseguido o direito de realizar a Copa do Mundo de 2014 e na iminência de conseguir derrotar Chicago e ter no Rio de Janeiro, a sede dos Jogos Olímpicos de 2016, bem que poderíamos ir além.

E já que o Governo, sobretudo o federal, não economiza na hora de conseguir tais competições, ainda que haja desperdício de dinheiro público e farra de empreiteiras com o Tesouro Nacional, por que não conquistar mais uma importante competição para o nosso país?

Este Blog apoia a realização em terras tupiniquins, das OLIMPÍADAS DE INVERNO - CUIABÁ 2018.

Segue abaixo, o brilhante texto de "Os Geraldinos", idealizadores deste Projeto, agora encampado pelo blog.


Campanha: Cuiabá 2018. Entre Nesta Gelada!

By Frango Geraldo
 
Depois do sucesso da Campanha Si Se Puede, chegou a hora de uma causa muito mais nobre.

Pensem com a gente:

O Brasil pretende investir:
- Mais de 10 BILHÕES de Reais em infraestrutura para a Copa de 2014.
- 29 BILHÕES de Reais para arrumar o Rio de Janeiro para a Olimpíada de 2016.


Sem falar nos R$ 3,6 bilhões “muito bem” gastos nos Jogos Panamericanos do Rio em 2007.

Agora, com o pré-sal, chegou de vez a hora do Brasil dar a guinada rumo ao futuro. Estamos com grana suficiente para acabar com todas as mazelas deste povo tão sofrido. E não é só o pré-sal: nossa força se fez presente ao transformar o tsunami financeiro em marolinha; nossa cervejaria é dona da Bud & Cia ltda; somos os maiores produtores de proteína animal do mundo; a Vale vale seu peso em ouro!

Estes e tantos outros indicadores estão aí para mostrarmos que o Brasil é DEFINITIVAMENTE o país do futuro. E o futuro é agora!

Então vamos à campanha que vai mudar este país:

 

Vamos a uma proposta concreta para fazer todos os males irem para bem longe. Afinal, temos grana de sobra para fazer festa em 2014, 2016 e, agora, em 2018.

Não tem nada que 50 bilhões de Reais não resolvam, ou quem sabe um pouquinho mais.
Apóie a primeira Olimpíada de Inverno disputada em um calor insuportável.

 
 

Os Jogos Olímpicos com uma nova cara. Uma nova era para os esportes de inverno: AC/DC (antes de Cuiabá; depois de Cuiabá).

Vamos mostrar que, por uma grande festa, não há nada que o governo brasileiro não faça.

 

Cuiabá 2018. Entre nessa gelada!

*Povo Mato-Grossense, contamos com vocês para fazer esta campanha dar certo. Afinal, Jogos Olímpicos se decidem assim, com a vontade do povo!

 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Raio X de uma viagem (Republicação em memória de Luís Gaspar).

Data da saída: 14 de novembro de 2002.

Retorno: 17 de novembro de 2002.

Integrantes: Jean, Reginaldo, André, Orandes e Luís (os nomes foram trocados para preservar a identidade dos envolvidos e protegê-los de eventuais transtornos decorrentes dos fatos narrados).

Horário de saída: 16:00hs (por culpa do Reginaldo que não podia sair do banco antes deste horário).

Coincidência: 5 Corinthianos.

Fora: "Tô esquecendo alguma coisa" (André).

Distância: 530 Km e uma caixa de cerveja.

Músicas: Todos os tipos; sertanejo, rock, mpb. 

CD’s: “Sertanejo e cerveja”, “MPB e cerveja”, “Som do Churrasco”, “Som do Boteco”,...

Melhor piada: “Então é fera comendo fera, tchê!!!”

“Quanto falta para chegar?”: “Depois da balsa, mais uns 256 km.”, “Catalão é a metade do caminho”.

Posto JK: Parada obrigatória, na ida e na volta.

Melhor tirada: - “Até aqui eu conheço”
- “Uai, não quis chegar até Pires do Rio? Chegou até aqui e voltou?”.

Pires do Rio: 1º pouso da viagem, com direito à janta caprichada na fazenda de uma pessoa X. 3 colchões, um sofá e um saco de dormir. 1ª visita a um bar na viagem, para um brinde (foi o 1º de uma série de 32 bares mapeados pelo Luís e cadastrados pelo André, que pretendem fazer um guia chamado: “Goiás em 100 bares”).

Sorte grande: O carro quebrar em frente ao Faria (outro nome fictício).

Explicação para tudo: “Fatalidade”!

Criancice: Vídeo Game do Luquinha (Reginaldo é um viciado naquilo, mas ganhei pelo menos uma dele).

Visitas: aos raros ipuanenses que moram em Vianópolis.

Bar nota 10: O bar “Aki Ki nóis lancha”, da Dona Maria (embora o Luís tenha “passado a perna nela”).

Churrasco: Na casa do Renato.

Quem dirigia o carro?: Revezávamos durante o dia e o Jean dirigia sozinho à noite. Por que será?

Sábado: Almoço no Chicão.

O melhor bar da cidade: Pizzaria Escalibur: 18 chopp + 3 pizzas + 3refrigerantes pet = R$ 32,00

Frase mais repetida: “Uma cerveja e 4 copos”.

Frase mais repetida: “No Brasil não é assim”.

Objetivo da viagem: Maranhão.

Onde fica o Maranhão: 
- “Maranhão é Piauí né?”.
- “Não meu! Maranhão é Maranhão! É estado”.

Sorte pequena: Bolão da supersena (a cartela que acertamos mais, acertamos 2 números).

Milionários por algumas horas: Por alguns instantes, acreditamos realmente que havíamos ganhado o prêmio, então, planejamos uma viagem de 1 ano entre nós 5 ao redor do mundo. No bar da Dona Maria eu disse:
- “Dona Maria, traga mais uma; que é a última cerveja que eu bebo como pobre”.

Silvânia: Boate tocada com som de automóveis, desorganização na entrada, deserção de alguns companheiros.(Não enxerguei o rosto de ninguém naquela boate, de tão ruim que era a iluminação, ou não!).

Regresso: Domingo de manhã.

Almoço: Frango xavecado no Bar do Joel (“Conhecido” do Luís).

Ninguém acredita: “O Reginaldo estava atrapalhando a minha visão, tampando o pilar do Posto na hora que eu bati o carro”.

Motivo de alegria comum: Ouvir o jogo do Palmeiras (aquele em que ele foi rebaixado para a segundona) pelo rádio e assistir ao finalzinho pela TV.

A promessa: Outra viagem desta, com os mesmos companheiros e outros mais para algum outro lugar, talvez uma praia.

Fantasiando. (Republicação)

Sonhei que eu tinha o Poder de fazer a Expuã como quisesse.

Sem limites de verbas ou restrições outras.

Por "restrições outras", entende-se: opinião popular.

Claro que dessa forma, fiz uma Expuã a minha imagem e semelhança.

Minha Expuã foi:
* No mês de Junho, antes das eleições.

* Separada da Feira da Bondade.

* Não teve boate.

* Não teve Rodeio.

* Barracas pirâmide nas laterais da "pista" para proteger da chuva.

* Barraquinhas de Bebidas: Cerveja: Skol, Brahma e Original. Whisky: Red, Black e Jack Daniels.

* Barraquinhas de comida: Porções de Batata Frita, Frango com Bacon, Peixe Frito e Frios em geral (para combinar com a cerveja), e pistache e castanha de caju para combinar com o Whisky.

* Barraca Central era um american bar pós shows.

* Meus shows foram:
- Dia de Rock: Engenheiros do Havaí.
- Dia de pagode: Jorge Aragão e Revelação.
- MPB: Djavan
- Fechando a festa: Toquinho.

Teve pouco público é verdade, mas que se importa.

A festa era minha!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Saudade das doenças de antigamente. (Republicação)

Em tempos de gripe suína, o inevitável aconteceu, e tem até nome: Hipocondria Temporária Coletiva.
 
Pois bem, como legítimo representante da classe dos hipocondríacos (que tem entre os mais ilustres, o cantor Toquinho), me sinto redimido.

Lavar as mãos 10 vezes por dia é coisa que faço há muito tempo. Assim como evitar maçanetas, cordinhas de descarga, etc...

Não chego a ser como o Monk, aquele detetive da série homônima (interpretado por Tony Shalholb), mas sempre tive minhas "armas" (manias) contra germes, bactérias, fungos e outros agentes infecciosos.

Saudade mesmo das doenças que existiam na minha infância, onde muito antes de Gripes Suína e Aviária e tantas outras doenças dos dias atuais, faziam o terror dos meus tempos de garoto. Doenças que hoje não se sabe porque, não ouvimos mais.

Pelo menos eu não ouço mais...

Tosse Comprida: Nunca soube exatamente a bactéria causadora, mas toda tosse prolongada era imediatamente diagnosticada pelos médicos mais próximos (mãe, tias, primos, amigos,...).

Dordolho: Pronunciava-se "dordólho". Era uma pereba que dava no olho que pela manhã não se conseguia abri-lo. Acometia ambos os olhos e só colírio resolvia. Fora que era feio pra caramba acordar com aquela pereba no olho.

Bicho de pé de porco: Não, não era um bicho de pé que dava na pata do porco não, tinha esse nome porque era o porco quem transmitia. Muito mais "mortífero" que o tradicional bicho de pé.

Vento Virado: deformidade física que acometia àqueles que alternavam o quente e o frio em pouco intervalo de tempo. Era curado com "benzição".

Espinhela Caída: uma dor muito forte na parte central do "externo", pouco acima da "boca do estômago", era o principal sintoma desta doença que assim como Vento Virado, curava-se por benzedeiras. Nunca soube o que causava (mal olhado, esforço físico,...) nem o que exatamente seria a tal "espinhela", mas que sarava depois que benzia, posso dar meu testemunho.

Erisipela: mais conhecida pela corruptela - "Lizipela" - era uma doença que a gente morria de medo de pegar e ficar com marcas no rosto e braços. Hoje eu sei que se trata de uma bactéria Streptococcus, que ataca os vazos linfáticos. Mas na época, tinha status de "praga do além".

Mal de Simioto: Outra dessas "pragas do além" que encontrava cura em benzições, e acometia crianças geralmente mal nutridas. Comumente chamada de "Malsimioto", tinha de passar por benzição para que, os agentes saíssem pela pele (como se fosse vermes capilares) e só então ser decepado pela navalha da benzedeira.

Cobreiro: Pegava-se com a urina do sapo, que atirava um "leite" quando se sentia acuado.

Sopro da Jiboia: Não tinha um nome específico, mas dizem que se uma Jiboia soprasse (?) em você, o local atingido pelo sopro (?) ficaria da cor da cobra. Coisas do tempo em que Jiboia ainda tinha acento.

Olho de peixe: pequenas erupções na pele, geralmente nos pés, redondas e levemente aprofundadas. Parecia realmente o olho de um peixe.


PS: Não tinha pensando nisso, mas esse texto vai pro meu livro dos anos 80. Se um dia eu terminar de escrevê-lo, evidentemente.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Parece piada, mas não é. (Republicação)

Estava eu esperando o ônibus que me traria de volta de São Paulo para Ribeirão Preto, às 23:00 desta segunda feira.
 
O ônibus encosta na plataforma e me dirijo a ele.

Em minha frente, na fila, uma senhora e seu filho. Ele com bolsa escolar, ela com malas e uma "mala" de plástico, toda furada.

Era um daqueles compartimentos para transportar animais e, descobri depois, havia um cachorro lá dentro.

O diálogo evoluiu entre ela e o motorista assim:

- Motorista, o senhor tem compartimento especial para animais?

Ao receber uma resposta negativa, ela insistiu:

- Ele (o cachorro, presumo) pode ir ali na frente com o senhor?

Nova negativa e ela não se deu por satisfeita?

- Ele pode ir comigo?

Não sei a resposta do motorista pois nessas alturas já me encontrava dentro do ônibus, mas minutos mais tarde estavam, a senhora, o filho e o cachorro sentados nas poltronas 03 e 04 do ônibus.

Há poucos assentos de distância de onde eu me acomodava.

E o cachorro não parava de latir!

Com minha paciência habitual, minha calma e serenidade, pensei sozinho com meus botões na poltrona 09:

- "Essa desgraça vai latir a viagem inteira!".

Eu viajo de madrugada às segundas feiras e conto com as parcas horas de sono no busão para poder levantar menos exausto no dia seguinte.

Sorte que a senhora percebeu o equívoco e "despachou" seu querido animal de estimação, com as demais bagagens, no bagageiro do ônibus.

Acredite, latidos abafados do animal foram ouvidos ao longo da viagem toda.

Não me incomodou, pois o volume não era suficiente para me acordar; porém a certa altura da viagem, acordei e não ouvi mais os latidos.

Com todo o meu amor e sentimento humanitário pelos animais, em especial pelos caninos, pensei sozinho com meus botões:

- "Existe um Deus, Ele é misericordioso e o cachorro morreu".

Confesso que desci na rodoviária com tanta pressa que não esperei para ver o desfecho da história.

Já rodei sites e mais sites de jornais e/ou notícias Riberãopretanas na busca de manchetes do tipo:

"Cachorro encontrado morto em bagageiro de ônibus".

"Dona de cachorro processa empresa de ônibus por morte do animal".

"Cachorro morre misteriosamente em viagem de ônibus. Estudante da PUC é principal suspeito".

"Cachorro morre depois de comer meias sujas que estavam em malas de bagageiro de ônibus".

"Motorista é assassinado por não aceitar cachorro como co-piloto".

Já pensaram nisso?

Dava até processo da Sociedade Protetora dos Animais.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Música Caipira - Modas de Tião Carreiro e Pardinho. (Republicação)

Donos de uma vasta discografia que compreende Guarânias, Catiras, Pagodes, Valseados, Lundus, Arrasta Pés,... e mais de duas dezenas de outros gêneros musicais ramificados do sertanejo, Tião Carreiro e Pardinho são regravados e remasterizados constantemente.

Cantaram o amor como poucas duplas conseguiram retratá-lo.

O amor que atravessa ao tempo e às barreiras do preconceito, como em Golpe de Mestre, onde Joãozinho usa de malícia para roubar a amada no dia do casamento que o pai dela arranjou; o amor tragédia de Catimbau  a dor pela perda da mulher amada, o famoso 'amar e não ser amado' - que tanto marca - até pejorativamente, a música sertaneja - presente em Estrela de Ouro, Amargurado, Veneno Lento ("nem que eu beber toda bebida deste mundo, eu não consigo esquecer esta mulher"), A Mão do Tempo, e uma infinidade de outras similares, todas de boa qualidade.

As bravatas dos seus pagodes, até hoje cantadas por violeiros quando desejam mostrar destreza no "pinho".

Quem não conhece Pagode em Brasília, Pagode ("morena bonita dos dente aberto vai no pagode o baruio é certo"), Chora Viola e Nove Nove???

Músicas com lições de Moral: Exemplo de Humildade e Terra Roxa, onde ricos fazendeiros são confundidos com pessoas pobres só por causa de sua aparência, seguindo a linha do clássico Rei do Gado; Pretinho Aleijado que vai contra a lei do 'olho por olho'; A vaca já foi pro brejo, música que quase todo pai diz que foi feita para ele, por falar sobre a, por vezes difícil, relação entre pais e filhos.

E é claro, as inesquecíveis modas de viola. Aquelas em que a dupla faz um ponteado no início e fim de cada estrofe, ao longo da estrofe, ouve-se apenas a voz potente de Tião Carreiro e a 2ª perfeita de Pardinho (vez ou outra um leve solo de viola ao fundo).

É o caso de O Mineiro e o Italiano, As 3 Cuiabanas, Ferreirinha, Boi Soberano e Travessia do Araguaia.

Muito mais teria eu a dizer sobre tantas outras músicas, mas deixo aos leitores a missão de conhecer um pouco mais, não apenas sobre as modas do Tião e do Pardinho, mas sobre a música caipira em si.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Música Caipira - Surge um Rei. (Republicação)

A música sertaneja é monarquista, e por isso teve um Rei.

Vossa Majestade atendia pelo nome de José Dias Nunes, mais conhecido como Tião Carreiro.

Talvez o melhor expoente da moda de viola em nosso país.

Muitos seguiram, poucos tiveram seu talento e carisma, nenhum terá tantos admiradores.

Tião Carreiro está pra música sertaneja assim como Elvis para o Rock, e numa comparação que seria esdrúxula não fosse, com um pouco de raciocínio, lógica: É o nosso Jimmy Hendrix do Sertão.

Violeiro primoroso, como só o Estado de Minas Gerais sabe presentear ao mundo, criado na região de Araçatuba, seria mais um menino pobre, de vida difícil nas lavoras e pastagens da região, não tivesse feito de sua música, seu passaporte para o estrelato.

Após saracotear com várias duplas, firmou com Pardinho uma dupla à beira da perfeição. 

Não fosse a conhecida "rusga" que vez em quando insistia em separá-los, muito mais teriam dado ao mundo, além do muito que deixaram como legado.

Cantaram de costas um para o outro em várias oportunidades, gravavam músicas separado, separaram várias vezes e em cada uma delas, Tião, segundo sua esposa, chorava em casa a falta do amigo.

O violeiro tinha sentimentos.

Mas seu gênio bonachão e folgazão, arquétipo do violeiro que canta por prazer, não importa onde, como e com quem, nem em quais circunstâncias, não combinaria com o pragmatismo de seu "segunda voz", mais comedido e profissional.

Tião tinha carisma, não queria perder isso em troca de alguns tostões.

Verdade é que se a potência vocal de Tião Carreiro é evidente, a base lhe dada pela 2ª voz de Pardinho torna suas canções perfeitas, sob o ponto de vista estético da moda caipira.

Eclético, gostava de samba entre outros gêneros.

E foi graças à sua falta de preconceitos com os gêneros musicais (ainda que o inverso não seja verdadeiro), quis misturar o sertanejo com o samba, criando uma nova batida: O Pagode.

Variação do recortado paulista, o pagode caiu nas graças dos seus súditos, que não demoraram coroá-lo, por aclamação, Rei do Pagode.

Reconhecido em vida pelos sertanejos, só em morte ganharia o respeito e admiração dos "da cidade", e dos boyzinhos de faculdade que hoje tocam suas músicas em seus sons monumentais para quem quiser ouvir, coisa que se fosse feita há 10 anos, seriam chamados de capiau.

Sua música sobreviveu ao tempo, e o tempo lhe fez justiça.

Se duvida do poder de influência deste artista, faça o seguinte teste: Se você toca violão ou tem algum amigo que toque, peça para ele começar a tocar e cantar a música "Amargurado" em qualquer lugar que esteja. Se após o primeiro verso ("Do que é feito daqueles beijos que eu te dei?") todo mundo não começar a cantar junto, prometo que nunca mais falo sobre música sertaneja neste blog.