domingo, 31 de março de 2013

Nos palanques da vida.

Esta é uma história já contada no antigo Blog.

Mas que em tempos de páscoa, não custa ser recontada.

Com algumas mudanças, evidentemente.

***

Existe uma certa tradição nas escolas municipais de presentear os alunos com chocolate, na época da páscoa.

Uma maneira de agradar o alunado e ainda, celebrar a efeméride pascoal.

Na minha época de Diretor do Depto. de Educação, eram mais de 2.200 ovos distribuídos aos alunos nessa época do ano.

E em  um ano, resolvi inovar.

Preocupado com a saúde dos guris e gurias, optei por comprar ovos de chocolate caseiros.

Eram chocolates mais ricos em leite, portanto mais saudáveis.

O peso dos ovos era o mesmo, mas como eram mais grossos, o tamanho era menor.

E tome reclamação na orelha do Secretário...

Reclamaram que o ovo era pequeno, que era uma miséria, que o embrulho não era bonito etc tal...

Sem o menor remorso, no ano seguinte mandei comprar os ovos de gordura hidrogenada, finos como casquinha de sorvete, com seus embrulhos coloridos, mais pesados (e quiçá mais nutritivos) que o próprio ovo de chocolate.

E todos foram felizes para sempre.

sábado, 30 de março de 2013

Com o lápis na mão.

Comecei a gostar de literatura tarde, no cursinho.

Tudo graças ao Prof. Fernandão (como ele mesmo se denominava e a gente por extensão).

De um estilo todo próprio, Fernandão era quase lenda na escola em que lecionou por quase duas décadas.

O estilo despojado ajudava a gente não apenas a compreender a Literatura, mas até a começar a gostar desta disciplina que nem sempre é a preferida entre os alunos.

A partir de então ler quase todos os principais clássicos da literatura brasileira foi muito mais fácil para mim.

Tanto li, estudei e pesquisei, que acabei, por coincidência(?), me transformando em professor de Literatura anos mais tarde.

Tempos atrás deparei com um vídeo no youtube de uma aula dele, filmado clandestinamente por um aluno.

Fiquei assistindo à aula quando sou indagado por uma pessoa da família que, estranhando não ser música no computador, mas explicações sobre Literatura, indagou sobre o que eu fazia.

- "Vendo o mestre trabalhando", respondi.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Hoje tem teatro em Ipuã.

Pode uma história, já contada e recontada ao longo de quase 2.000 anos, de diversas maneiras, por diversos artistas, atrair uma multidão?

Pode uma história, cujo final todos nós conhecemos de cor, despertar as mais diversas emoções nos expectadores?

Pode um grupo de artistas amadores promover um espetáculo que mobiliza uma enorme parcela da sociedade ipuanense?

Pode estar nascendo uma tradição em nossa cidade?

A resposta a todas estas perguntas, e outras tantas que ficaram por fazer, é que parece que pode sim.

Hoje, às 19:30 em ponto, no Parque de Exposições da cidade.

Imperdível!

Sexta Feira da Paixão.

Hoje é sexta feira santa.

Principal data do calendário cristão.

Dia de rememorar a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Independente de seu credo religioso (ou da falta dele).

Dia de respeitar as tradições seculares que certamente moldaram nossas infâncias. Mesmo que na fase adulta nossas crenças divirjam daquelas "impostas" pelos pais na fase infantil, hoje é dia de deixar de lado convicções para simplesmente respeitar.

É o que faz, por exemplo, este humilde blogueiro.

Que hoje celebra não apenas a data religiosa, mas os quase dois milênios de um fato histórico que alterou o rumo da História ocidental.

Se a figura religiosa é, para alguns, objeto de questionamentos (como por exemplos para ateus, agnósticos e religiões não cristãs), a figura histórica, política, social, e por que não fizer, filosófica, de Jesus Cristo é, e para sempre será, objeto de adoração.

Seu exemplo, suas palavras, sua revolução silenciosa, as conexões de seu discurso com o discurso de filósofos como Platão e principalmente, sua história de vida de abnegação e aceitação do suplício, usado como instrumento de transmissão de tua mensagem, tudo isso não pode ser simplesmente negado.

Repito, ainda que seu credo (ou falta dele) seja divergente.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Os 15 minutos de Marco Feliciano.

A frase que mais se aplica ao Dep. Marco Feliciano no momento é, ironicamente, de Andy Warhol: "Todo mundo tem direito a 15 minutos de fama".

O que o nobre deputado está experimentando os 15 minutos de fama que jamais teria em uma atuação parlamentar cotidiana.

Alçado à condição de celebridade nacional, o Deputado Feliciano serviu aos propósitos de gente como Renan Calheiros, José Genoíno e João Paulo Cunha (este último, distinto cidadão Ipuanense por título outorgado pela Câmara Municipal, Legislatura 2009 - 2012).

Ninguém mais se lembra do abaixo assinado pela renúncia de Renan na Presidência do Senado, nem do fato de dois mensaleiros condenados pela mais alta corte do país ocuparem a Comissão de Constituição e Justiça.

Apenas o nobre Deputado não percebeu que foi usado como "boi de piranha". Sua nomeação na Comissão de Direitos Humanos e Minorias desviou as atenções negativas sobre os políticos acima citados dentre tantos outros que eram alvos dos ataques da sociedade mobilizada.

Mas não pensemos que o Dep. Marco Feliciano é um coitadinho nessa história.

Essa exposição toda em caráter nacional certamente lhe renderá outras centenas de milhares de votos, provenientes da grande parcela do eleitorado que se vê representada no radicalismo do discurso fundamentalista religioso do Deputado Pastor.

Feliciano representa a boa e velha direita ultraconservadora que mascarada por argumentos religiosos vez por outra insurge-se sob o discurso de moral, bons costumes e em defesa da família brasileira.

Em outros tempos, o mesmo discurso religioso (promovido por setores conservadores da Igreja Católica) de defesa da família e Deus, apoiou um golpe de estado no Brasil que nos proporcionou uma ditadura de 20 anos.

São eleitores assim que elegem Afanásios (lembram dele?), Bolsonaros e agora, os Felicianos.

É um nicho eleitoral que quem consegue entrincheirar-se nele colhe bons frutos durante um bom tempo, até que apareça outro candidato com o mesmo discurso em outra roupagem para cair no gosto de tais eleitores.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Bom dia a todos e a todas.

Quem é meu aluno sabe que sempre abro minhas aulas com o cumprimento "Bom dia a todos e a todas".

Salvo na faculdade de Pedagogia onde o cumprimento, por razões óbvias, é "Boa noite a todas".

E o faço por uma razão simples.

Não que seja norma, mas a política afirmativa sobre a questão do gênero no Brasil, por meio dos diversos órgãos que a promove, de secretarias especiais à ONGs, recomenda utilizar-se do idioma como maneira de inclusão social.

Em outras palavras: defender os direitos à igualdade entre os (no caso) gêneros a partir de ações simples, como não usar o plural no gênero masculino.

Algo do tipo "não basta apenas solizarizar com a causa, é preciso defendê-la inclusive na linguagem do dia a dia".

Dessa forma, àqueles que aderem a esta prática, ao dizer "Boa noite a todos e a todas" ao invés de "Boa noite a todos" (com o plural abrangendo homens e mulheres) estão dando a sua contribuição na luta pela igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.

Uma lei recente sancionada pela nossa Presidenta (como ela gosta de ser chamada para marcar sua defesa pelo uso da língua como inclusão das minorias) determina que diplomas universitários promovam a flexão do gênero feminino.

Assim sendo, mulheres formadas em Engenharia, Medicina e Direito, por exemplo, terão de constar nos diplomas: Engenheira, Médica e Advogada.

O que para muitos pode ser um modismo, um exagero ou mesmo um excesso de politicamente correto, o Blogueiro vê com bons olhos.

E olha que sou um dos maiores inimigos do politicamente correto que eu conheço.

Claro que sou contra exageros, como os da própria Presidenta que certa vez dirigindo-se a estudantes disse "estudantes do sexo masculino e estudantes do sexo feminino", certamente por entender que "estudantas" soaria estranho.

Mas este texto todo é só para dizer que recebi com grata satisfação o Exmo Sr Prefeito Municipal, em discursos proferidos nas festividades do aniversário da cidade, fazer a flexão de gênero ao referir-se às pessoas presentes no evento.

Abriu sua fala dando um boa noite “a todos e a todas”.

Não sei se por gentileza, se por adesão à política afirmativa da questão de gênero, se por orientação de assessor, ou se simplesmente por educação da parte dele.

A verdade é que sua fala foi correta e sem motivo para ser alvo de críticas.

Quem sabe seu exemplo não "pega" e outros políticos locais comecem a seguir?

terça-feira, 26 de março de 2013

Parabéns Ipuã

Há 64 anos, um distrito tornou-se cidade.

Mudou o status, mudou a administração, mudou o nome.

Só não mudou o jeitão de lugarejo pacato.

Que dura até hoje.

De lá pra cá, quanta mudança.

Cresceu.

Transformou.

Modernizou.

E continuou com o jeitão de lugarejo pacato.

Por isso é tão criticado.

Pelos de dentro e pelos de fora (que quando bebem de nossa água, voltam).

Mais pelos de dentro que pelos de fora.

Cuja vontade de sair daqui só não é maior que a vontade de voltar.

Assim como o sertão Roseano, Ipuã é um lugar que a gente pode até sair daqui, mas que jamais sairá de nós.

Falta, da nossa parte, valorizar mais o que temos.

Mudar o senso comum da propriocepção da sociedade Ipuanense em relação à ela mesma e à cidade.

Mas vai explicar isso nesse mundo globalizado.

Parabéns Ipuã.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Descoberto plano para eliminar o Blogueiro.

Não se sabe ao certo qual a agência responsável por desarticular o plano: CIA? FBI? MOSSAD? SCOTLAND YARD? CBI? UAC? CSI? ABIN???

Mas a verdade é que foi desbaratinado um plano secreto (como são todos os planos desta natureza) para eliminar este pobre Blogueiro.

A ser executado logo mais à noite, no último dia de shows em comemoração ao aniversário da cidade.

A estratégia usada consistia em várias pessoas "despretensiosamente" presentear o Blogueiro com fichas de cerveja, que acumulariam enquanto ele consumiria-as tranquilamente.

Já de posse de dezenas de fichas de cerveja, entraria a 2ª fase do plano.

A dupla Matogrosso e Mathias, ao que tudo indica, cúmplices, faria a sua parte contribuindo para o aumento desenfreado no consumo de cerveja por parte da vítima.

Para isso, a dupla cantaria:
- Frente a frente.
- Um século sem ti.
- Boate Azul.
- Idas e voltas.
- Sem ninguém no coração.
- Foi pensando em você.
- De igual pra igual.
- Ímã.
- Tentei te esquecer.

Ao longo de cada música, as fichas de cerveja nos bolsos do Blogueiro iriam se esvaindo uma a uma, quem sabe até de duas em duas, em maior velocidade que o normal.

Até que o golpe final, um tiro de misericórdia seria dado, algo para esgotar com rapidez e eficiência as fichas de cerveja remanescentes.

A dupla então cantaria: "Pele de maçã" e "24 horas de amor".

Uma seguida da outra, sem intervalo.

Um coma alcoólico inevitável aconteceria.

Por isso vou avisando: não me presenteiem com fichas de cerveja, por favor.

Uma semana curta (para nós Ipuanenses)

Esta semana vai ser atípica.

Uma semana bem curta. Pelo menos para Ipuanenses.

Em razão dos dois feriados a que teremos nela.

Entre os dias 26 (terça, aniversário da cidade) e 29 (sexta feira santa), uma intrometida segunda feira e as igualmente intrometidas, quarta e quinta feira. A alegria para uns (como o blogueiro) e tristeza para outros cujas empresas em que trabalham não optarão por nenhuma das "pontes" a que poderiam fazer.

Alegria do Blogueiro em partes, pois o feriado do dia 26 não se aplica, obviamente, em Ribeirão, onde trabalho às terças, quartas e quintas.

Portanto folga mesmo só da escola aqui em Ipuã por conta das pontes e da escola em Guaíra, por conta do feriado nacional.

Seja emendando a segunda com o domingo e a terça, seja emendando a quinta com a sexta, ou não emendando nada, boa semana a todos.

Curta esta semana curta.

domingo, 24 de março de 2013

Nos palanques da vida.

Acontecerá, pelo 8º ano seguido, o torneio de pesca esportiva como parte das comemorações do aniversário de Ipuã.

A novidade este ano, pelo que indicam as divulgações via feicebuqui, são as regras para os competidores participarem, como o número limitado de varas e carretilhas.

Ao que parece, trata-se de iniciativa para garantir uma maior equidade na disputa.

Acho interessante estabelecer regras na disputa, por tratar-se de um campeonato esportivo, mas a experiência mostra que a dificuldade em fiscalizar o cumprimento das regras só não é maior que a vontade de algumas pessoas em boicotá-las.

Recordo que em 2006, quando o esporte e cultura ainda estavam sob minha direção (além da Educação, claro) tentamos organizar o este mesmo evento com regras e inscrições dos candidatos.

Vários pescadores fizeram a sua inscrição gratuitamente e seus nomes foram registrados para efeito de conferência após o término do torneio.

Eis que alguns sócios do Clube vizinho à lagoa, achando-se no direito de, como associados, pescar na hora que quiser, simplesmente amanheceram no local e pescaram mesmo sem ter feito inscrição.

O fato desencadeou a revolta de muitos moradores que providenciaram por fazer o mesmo e a ideia inicialmente proposta, de apenas pescar quem estivesse inscrito na competição, foi por água abaixo.

Este ano certamente o mesmo não acontecerá nenhum tipo de boicote às regras do evento.

Por razões óbvias.

sábado, 23 de março de 2013

Ipuanense de coração.

Jogador de futebol amador no Santana FC, nos idos dos anos 70.

Cantor e músico (violão, piano e teclado), solo ou acompanhado (nos bailes na Lira Santanense).

Ativista social, presidiu o Rotary Club local.

Ativista político: articulista no jornal A Voz Ipuanense.

Candidato a vereador em 2000 (e sempre digo que faltou apenas ele para aquela legislatura ser perfeita).

Muitas facetas, muitas denominações: Carlos Franco, Carlão Solano, Carlão Cabelo,...

Carlão de boas histórias.

Carlão de boa prosa.

Uma amizade inusitada. Se duas décadas e meia nos separava, o parentesco meu com sua esposa (Prima Lu) e uma série de afinidades (da música à política) nos unia.

Amizade consolidade em prosas; eu, ele e a Lu, no alpendre da casa até tarde da noite.

Nos últimos anos, mais recluso, eu o encontrava apenas nas poucas vezes em que lhe fazia visitas.

Tentava lhe convencer da falta que seus amigos tinham dele no convívio social.

Sem sucesso.

Hoje veio a notícia, no meio da tarde, sem que eu esperasse (aliás, como são as notícias desta natureza).

A família perdeu um ente querido; a cidade, um grande cidadão.

Eu perdi um grande amigo.

Começa hoje o aniversário da cidade.

Começa hoje os festejos pelo 64° aniversário da nossa querida Santana dos Olhos D'Água.

Abre a grade de shows ninguém menos que Juliano Cézar, o Cowboy Vagabundo.

Típico cantor que faz o chamado "mais do mesmo" e a gente nunca reclama.

E nem teria como:

Casar pra que? (hino extra oficial dos gamofóbicos).
A dois passos do paraíso (regravação do sucesso dos anos 80 do grupo Blitz).
Cowboy vagabundo (música que lhe conferiu o epíteto a que o conhecemos).
Rumo a Goiânia.
Liguei pra dizer que te amo (regravação do clássico de Alan e Aladim).
Enroscado, amarrado (pra quem gosta de - e sabe - dançar música agitada).
Amo você (pra quem sabe - e gosta - dançar música lenta).

E não poderia faltar a preferida do Blogueiro - e acredito - de todos os que conhecem o cantor: Bem aos olhos da lua.

Sei não, mas acho que vai faltar cerveja.


Com o lápis na mão.

Tenho o orgulho de ostentar em um diploma, o nome da minha cidade. Especialista de Gestão Educacional, Faculdades SEB COC, polo Ipuã/SP.

Foi na nossa gestão à frente do Depto de Educação que trouxemos o polo da referida faculdade para cá. Infelizmente uma conquista que se perdeu na burocracia e falta de vontade de algumas pessoas.

O curso foi de ótima qualidade e a dinâmica de interação em tempo real proporciona um excelente contato com o docente.

Mas nada substitui o contato presencial. A interação professor/aluno "ao vivo", de "corpo presente".

Digo isso porque apesar de ter tido excelente professores não consigo, puxando na memória, recordar o nome de nenhum deles.

O mesmo não ocorre, por exemplo, com os nomes dos Professores do tempo da graduação em História na Unesp de Franca onde, apesar de alguma dificuldade com um ou outro nome dado a quase década e meia decorrida desde então, posso recordar o nome dos docentes com quem convivi semanalmente.

Este é um senão que faço aos cursos de EAD.

Um outro diz respeito à falta de contato entre os docentes. Um contato produtivo que propicia a troca de experiências fundamental para a prática da atividade docente.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Que comecem os festejos.

Na semana do 64º aniversário da nossa querida Ipuã, uma extensa e excelente programação.

O 8º torneio de pesca esportiva, proporcionará aos pescadores da cidade a 1ª oportunidade - das 12 em que a atual Administração Municipal promoverá - de voltar para casa com o covo cheio.

A grade de shows agradou ao gosto popular.

Agradou ao  blogueiro que, independentemente da Administração que organize o evento, sempre dirá que Matogrosso e Mathias é uma das melhores duplas do gênero em atividade no país. E que Juliano Cézar é sempre uma boa pedida dentro da filosofia da relação custo/benefício.

Elogiar o que outrora criticava é - na mesma proporção que criticar o que outrora elogiava - hipocrisia; e o blogueiro não é dado a estas coisas.

João Marcos e Matheus confesso não conhecer, mas pretendo. E quem sabe possa até gostar, por que não? Bem melhor que, seja por desconhecer seja por não gostar, ficar criticando artistas que se apresentam na cidade.

Abre parênteses.

Curioso como ninguém mais reclama que só tem show sertanejo, ou que não se abre oportunidade aos artistas da cidade. Lamento saber que eram bandeiras meramente partidárias e não ideológicas.

Fecha parênteses.

Sinto falta ainda, como também reclamava antes, da participação das escolas no Aniversário da Cidade.

Sempre defendi que uma data tão festiva deveria ser comemorada junto com os alunos, por meio de gincanas, competições esportivas, etc... Quem sabe para os anos vindouros sugestões não sejam dadas (e aceitas) e algo assim seja realizado, inovando e melhorando a efeméride.

E, também como sempre elogiei em outros tempos, parabenizo o Prefeito Municipal pela não realização do pródigo Baile de Gala. Quem não deve ter gostado e a pretensa elite burguesa da cidade, que vai ter de usar seus ternos naftalinados e pretinhos básicos em outra ocasião.

Gasto desnecessário e que tenho certeza que o Sr Prefeito direcionou o recurso que seria usado neste evento trazendo 1 show a mais na programação, tornando assim a comemoração mais democrática do ponto de vista do acesso dos mucipes de menor poder aquisitivo.

quarta-feira, 20 de março de 2013

As PIORES "pérolas" do ENEM de todos os tempos.

Você, caro blogonauta, já deve ter lido inúmeras das chamadas "pérolas" do ENEM.

Trata-se daquelas barbaridades que as pessoas fazem e que ao cair em domínio público, serve como deboche e motivo de risos para aqueles que leem.

Pois bem, segue abaixo algumas das "pérolas" que o Exame Nacional do Ensino Médio, instituído como uma prova revolucionária na educação brasileira já proporcionou. 

Tente não rir.

Mesmo porque, seria cômico, não fosse trágico!

ENEM 2009:
* Dois dias antes da data da realização do teste acontece o vazamento de cadernos de questões.
-- Neste ano a justiça determinou a anulação do ENEM em todo o Brasil e o mesmo foi realizado naquele ano 2 meses depois.

ENEM 2010:
* Dados pessoais de participantes do ENEM de edições anteriores (2007, 2008 e 2009) estavam disponíveis na internet, podendo ser acessados livremente.
* Gabarito invertendo a ordem das questões de Ciências Humanas e Ciências da Natureza.
* Erros de impressão na prova.
* Vazamento do tema da redação.
-- Neste ano a justiça determinou a suspensão do ENEM em todo o Brasil.

ENEM 2011:
* Treze questões da prova aplicada no ENEM 2011 eram idênticas às perguntas que os estudantes de um colégio de Fortaleza/CE tinham em um caderno de estudos distribuído pelo próprio colégio semanas antes da realização do ENEM..
* Alunos postavam de dentro do local de prova, comentário sobre o exame via twitter e feicebuqui.

ENEM 2012:
* Dificuldades para acessar o Site e conferir as notas.
* Redação com erros de português tiram nota máxima.
* Redação com receita de macarrão instantâneo recebe nota 550.
* Redação com trecho do Hino do Palmeiras recebe nota 500.
PS1: Nissin Miojo vale mais que o Palmeiras.
PS2: Fosse Hino do Corinthians tiraria nota 1.000.

terça-feira, 19 de março de 2013

Uma festa a menos em 2013.

O que eram rumores se tornou oficial: Guaíra não promoverá seu Rodeio este ano.

Motivo: problemas financeiros.

Uma festa que conta com patrocínio da Prefeitura, além com patrocínio de fortes usinas de álcool, dezenas de empresas locais, receita alta com publicidade e venda de camarotes.

Uma festa particular, sem fins lucrativos e filantrópica.

Exemplo de organização e de qualidade técnica (rodeio) e artística (shows).

Festa cujo poder de atração do chamado turismo sazonal, em nossa região perde apenas para a de Barretos (a maior do gênero no país).

Como figura presente no evento há anos, lamento sua falta neste ano.

Como ex político, entendo a situação do Prefeito na hora de tomar uma decisão destas.

E como diz o ditado, "sapo de fora não chia" - embora Guaíra seja minha 2ª cidade - deixo os prós e contras, as defesas e ataques da polêmica decisão, para correligionários e opositores do Prefeito Municipal.

E olhando para a nossa cozinha, não dá pra não pensar que se o que sempre nos fora modelo de organização e gestão não se realizará neste ano de 2013, há que se pensar muito antes de tomarmos uma decisão.

Ainda mais que o habeas corpus popular, embora um pouco corroído, ainda esteja em plena vigência.

E se é que importa a alguém, eu seria o primeiro a parabenizar.

domingo, 17 de março de 2013

Nos palanques da vida.

Tive a oportunidade de, como Diretor do Depto de Educação e Cultura, trazer para Ipuã, em duas oportunidades, um curso de iniciação em teatro.

Tratava-se de um curso realizado gratuitamente, em parceria com a Oficina Cultural "Cândido Portinari", de Ribeirão Preto, órgão ligado à Secretaria Estadual da Cultura e que sempre oferecia cursos de curta duração.

Em duas oportunidades, escolhi o teatro.

O curso era destinado aos alunos das escolas públicas e dado ao número limitado de vagas, a saída para atender à demanda foi oferecer o curso em uma escola de cada vez.

Não chegava a ser um curso completo, como dito acima era um curso de iniciação, mas certamente foi a porta de entrada para muitos alunos no mundo da cultura.

Fico feliz de poder ter levado cultura a quem não teria oportunidade não fosse o nosso empenho.

Maior felicidade ainda pelo fato de ter realizado um sonho (e promessa minha de campanha): O teatro sendo usado com função social. Uma das turmas que fizeram o curso, escreveu e encenou uma peça com temática sobre saúde bucal.

Ver o teatro usado não apenas como entretenimento, mas também como informação, foi muito gratificante.

Mas como nem tudo são flores...

Recebi críticas de pais de alunos de escolas particulares que queriam a participação de seus filhos nestas oficinas. Argumentei que o investimento, no caso, era destinado a público específico: alunos de escolas públicas.

Hoje, passados 6 ou 7 anos, vejo que a semente que plantamos rende frutos. Prova inconteste são as aulas de teatro que constam na grade curricular da escola de tempo integral do município desde a sua inauguração.

Reflexo da procura dos alunos certamente influenciados por aqueles cursos que trouxemos.

Pena que haja pouca verba no orçamento da cultura em todas as esferas de poder. Na federal é o menor orçamento entre os ministérios.

Pena que cultura seja tão desvalorizada pelas políticas públicas e por boa parte da população.

Pena que nem sempre quem é responsável entenda do assunto.

sábado, 16 de março de 2013

Com o lápis na mão.

Escolha de orientador nunca é fácil.

Vários fatores pesam na hora de fazer tal escolha. Além da linha de pesquisa, há que se levar em conta o bom relacionamento com o professor, o fácil acesso a ele, sua disponibilidade, e outros et céteras.

Na graduação em História na Unesp coube a Nelson Schapochnik a missão de orientar este pobre aluno perdido nos caminhos do famigerado - e temido - TCC.

Queria um tema ligado à cultura e ele era a pessoa mais correta a procurar. Além de inúmeras publicações sobre o assunto, Schapochnik foi orientando de ninguém menos que Nicolau Sevcenko no mestrado e doutorado.

Inclusive, na obra "História da vida privada no Brasil 3", Schapochnik assina um dos capítulos.

E assim pude, após algumas mudanças de percurso, discorrer sobre a entrada da indústria cinematográfica no Brasil e as transformações que propiciaram e as que ocorreram em razão da entrada de tal indústria no país.

Abaixo, o nome do blogueiro registrado no currículo lattes do professor Nelson Schapochinik.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Argentina 3 x 0 Brasil.

1. Prêmio Nobel.
- Paz: 1936 e 1980.
- Química: 1971.
- Medicina: 1947 e 1984.

2. Oscar de melhor filme estrangeiro.
- 1986 e 2010.

3. Papa.
- 2013.

Só falta Los Hermanos ganharem a Copa de 2014 aqui no Brasil, em cima do Brasil.

E com brilhante atuação de Lionel Messi.

Salvei o Timão.

Compromissos profissionais têm me tirado de Ipuã às quartas feiras.

Pior: tem me tirado de acompanhar o Timão na Libertadores.

No primeiro jogo não me importei, afinal estreia é sempre uma caixinha de surpresas. Tem ansiedade, nervosismo e outros et ceteras.

O Placar foi um 1 x 1 no sufoco.

Segundo jogo acreditei que a parada seria fácil e minha torcida, desnecessária. Não assisti ao jogo e o escore foi um magro 2 x 0.

Terceiro jogo seria mais complicado: gramado sintético, altitude desumana e arbitragem caseira, acreditei que daria um empate sem gols, razão pela qual não me importei em assistir.

Resultado catastrófico: primeira derrota internacional em 19 jogos.

Percebi que minha torcida começava a fazer falta.

Resolvi ir de carro na faculdade ontem só para chegar em casa a tempo de assistir ao jogo completo.

Resultado: 3 x 0 fora o chocolate.

A variável da equação que faltava para o timão deslanchar na Libertadores, era eu.

O fato de eu não assistir aos jogos, como no ano passado, era o fator decisivo para o que o time não encontrasse o bom futebol que fez dele campeão - INVICTO - da Libertadores e campeão Mundial no ano passado.

Não posso mais perder um único jogo sequer.

O Bi da Liberta está em jogo.

Atenção Fiel torcida. Cotize-se e arque com as expensas referentes à minha logística às quartas.

Vocês não vão se arrepender.

terça-feira, 12 de março de 2013

Royalties e ICMS.

Analisando a polêmica sobre a distribuição dos royalties do petróleo não dá pra não comparar.

Também nossa cidade já foi agraciada com o recebimento de impostos originados de uma grande empresa multinacional.


Como também nosso município perdeu tal recurso quando a referida empresa optou por usar uma brecha na falida lei fiscal brasileira, tributando seus produtos em unidade Estado vizinho cujo ICMS é mais barato.

A diferença é que no RJ a questão envolve a legislação federal, e não a vontade da empresa.

O Rio de Janeiro já promoveu cortes e alega que Copa e Jogos Olímpicos ficarão prejudicados caso a distribuição não seja melhor aos estados produtores.


Na nossa cidade a saída foi um exaustivo diálogo.


Não sem antes alguma retaliação por parte da Prefeitura, como a cobrança de IPTU da referida empresa que, a bem da verdade, não significou nada perto dos milhões que a tal jogada fiscal economizou nos cofres da empresa.

Embora muita gente por aí afirme, mentirosamente, que a tal empresa retirou os impostos da cidade em razão da cobrança de IPTU, a verdade é que o IPTU foi uma medida de retaliação pela retirada dos impostos.


Com isso, a cidade arrecadou algumas dezenas de milhares de reais anuais, para compensar o mais de milhão, também anual, que perdeu com a atitude legal, porém imoral, da referida empresa.


No Rio de Janeiro a polêmica foi parar nas mãos de Dona Dilma que vetou o novo projeto que "prejudica" Estados produtores de petróleo, cujo veto já foi derrubado pelo Congresso.


Aqui em Ipuã, a partir deste ano, o erário municipal voltou a receber de aquilo que lhe é de direito. Produzido e tributado em nosso município.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Sem justificativa alguma.

O direito à crítica é resguardado a todos os cidadãos de bem.

De "bem", e não de "bens".

Razão pela qual todas as críticas que ouvi nessa vida pública - desde que não sejam injustas, que não contenha argumentos mentirosos ou que não seja motivada por ódio, rancor e revanche - seja sobre minha pessoa ou o grupo político a que pertenci, sempre foram levadas em consideração.

Nada justifica, porém, a ofensa gratuita, muito menos a agressão.

Mesmo que um vandalismo banal a um próprio municipal.

Caso esteja revoltado com algo (e é seu direito estar, embora eu acredite ser muito cedo para tal) deveria externar isso de outra forma, em outra época, quem sabe até na eleição seguinte se for o caso.

Não agora.

Não dessa forma.

Nada justifica um ato vandalismo, repito, mesmo que banal.

Hoje foi um ovo, amanhã pode ser algo mais grave. E quem pratica o vandalismo, certamente será a mesma pessoa que reclamará - sem razão - do mal estado de conservação do prédio que ela mesmo danificou.

Acredite, existem formas melhores de mostrar sua indignação.

domingo, 10 de março de 2013

Nos palanques da vida.

Hoje é dia de processo seletivo simplificado em Ipuã.

O 1º da nova administração.

Recordo que em 2005 também tive minha primeira experiência à frente da organização de um processo destes.

O primeiro de uma série de 4 processos que, sob minha direção, seriam organizados na cidade. Além de 2 concursos.

O que pouca gente sabe é que precisa ser nomeada uma comissão temporária de concursos, ou nome que o valha, para ser responsável pelo andamento dos trabalhos seja de um concurso seja de uma seleção simplificada.

Questionado sobre os nomes que gostaria que fizessem parte da referida comissão fiz questão de convidar aquelas professoras consideradas as mais “linha dura". Pessoas de caráter ilibado e com histórico de militância na luta pela transparência e honestidade na Educação.

Parece exagero mas acredito que pelos nomes dos membros de uma comissão destas pode-se distinguir o rumo que o referido concurso tomará.

Fico feliz por ter "sobrevivido" a todos estes certames ao longo dos 3 anos e 3 meses que estive à frente do Departamento de Educação sem que qualquer pessoa ousasse, ao menos na minha frente, questionar os seus resultados.

Claro que sempre vai existir a chiadeira daqueles que, não aprovados, alegam manipulação de resultados.

Desejo que no certame de hoje corra tudo bem, que nenhum incidente aconteça e que, como dita a regra do jogo, os melhores sejam aprovados.

sábado, 9 de março de 2013

Com o lápis (de cor) na mão.

Dando sequência nas reminiscências sobre os professores e professoras que tive na vida...

A Profª Janice Ferrari foi minha professora de Educação Artística da 5ª a 8ª série no ensino fundamental. Por isso o título da série foi alterado, excepcionalmente, hoje.

Quatro anos ao todo. Dos quais devo ter ficado de recuperação uma ou duas vezes nesta disciplina. Nunca fui bom em artes.

Na minha trajetória dentro de sala de aula, nos encontraríamos outras vezes após os tempos da Escola Vereador Alberto Conrado.

Como professor em 2002, ela foi minha diretora na Escola Antônio Francisco D'Ávila. Ela era a vice diretora da escola na verdade, mas para mim ela era a diretora pois era a ela que me reportava sempre que tinha alguma dúvida, ou problema, ou sugestão.

Tinha com ela confiança, liberdade e sabia de sua competência.

Quando fiz Pós Graduação no polo das Faculdades COC que trouxemos para Ipuã no ano de 2008, lá estava a Janice e eu em sala mais uma vez. Eu aluno, ela Tutora do Curso de Gestão Educacional, curso este infelizmente extinto.

E quando fui ingressar no Mestrado, a quem procurei para me ajudar na bibliografia?

E não ficou apenas nisso... Ainda no mestrado me ajudaria abrindo portas nas escolas onde realizei a minha pesquisa e de quebra, ainda aceitou ser entrevistada e contribuir para a minha pesquisa.

Além da amizade e admiração mútua, ficou a certeza de que ainda vamos nos "trombar" sempre que eu estiver com um lápis na mão.

sexta-feira, 8 de março de 2013

08 de março: Data desnecessária.

Pra que comemora-se o Dia Internacional da Mulher afinal? Pergunta um afoito, leitor escondido sob o manto do anonimato.

Certamente a tenra idade do anônimo blogonauta ainda não lhe permite entender o óbvio: O mundo é Delas.

Mundo? Quiçá a galáxia, seja a nossa própria, a Via Láctea, seja sua vizinha Andrômeda e todas as demais conhecidas e supostas.

A data de hoje não é para celebrar o dia Delas, mas para podermos dizer o óbvio sem que nossa macheza jurubeba seja posta em xeque.

Dia de afirmarmos aquilo que negamos o ano todo, sem o risco de que nosso alter ego de Ogro da floresta seja desmascarado.

Confessamos, na data de hoje, a superioridade, a necessidade e o nosso amor e dependência em relação a Elas.

Hoje nos reservamos ao direito de sermos "fofos" como Elas mesmas nos chamam quando somos sentimentais. Sem pieguice.

Muito embora o correto seria fazê-lo todos os dias.

Dia de admitir certas verdades inquestionáveis:

Elas são os astros e nós os satélites. Meros astros girando em sua órbita.

Somos ilhas neste oceano. Imersos, cercados por todos os lados.

Meras abelhas a digladiar pelo néctar destas flores. Mestre Adoniran se disse "lâmpida" e Elas, as "mariposas". Com as devidas vênias ao brilhante poeta paulistano, símbolo maior da música da Pauliceia Desvairada, Nós é quem somos as mariposas.

Somos os catetos desta hipotenusa. São necessários os quadrados de dois de nós para obter o resultado do quadrado de uma Delas.

Deixemos de lado nossas machezas jurubebas e celebremos o dia Delas.

Ou melhor ainda, com Elas.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Receita culinária: Derrota à Mexicana.


Derrota à mexicana.

Ingredientes:

- Uma pitada de punição da Conmebol.

- 01 Gramado sintético.

- Uma colher de chá de apito amigo.

- Arbitragem caseira a gosto.

Modo de preparar:

Pega-se o atual campeão mundial e 4° melhor time do mundo segundo o ranking da IFFHS (aqui), faça com que ele viage até o México, para disputar uma partida contra um clube da América do norte que disputa um torneio da América do sul.

E cujo eventual título, não lhe dará direito a disputar o Mundial de Clubes da FIFA no final do ano. Porque seu continente disputa vaga no Mundial pela Concacaf e não pela Libertadores.

Após uma viagem interminável, atire-o em um gramado não aceito pela FIFA mas aceito pela Conmebol.

Retire toda a torcida do visitante.

Cozinhe em banho maria, junto com a arbitragem caseira e acrescente o apito amigo.

Rendimento:

Não renderá muito, apenas o bastante para quebrar a invencibilidade de 18 jogos internacionais de um dos maiores clubes de futebol do mundo.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Bruno, Chavez, Chorão,... uma semana agitada.

Mal começou a semana e 3 importantes segmentos da sociedade contaram com fatos de destaque na mídia.

1. Segunda feira.

O goleiro Bruno, que no auge de sua carreira no Flamengo assassinou a amante que ameaçava pedir pensão alimentícia do filho que tivera com ele.

Com a ajuda de comparsas, Bruno optou por matar a moça e desaparecer com o corpo a pagar a pensão.

Pagará muito mais agora, pagará com a liberdade.

Que seja uma pena dura. O julgamento termina hoje.

2. Terça feira.

Hugo Chavez fez tudo o que Lulla sempre sonhou: recomeçou um país.

Alterou leis, nome e até a bandeira da vizinha Venezuela. Como se aquele país começasse após a sua presidência, ainda que séculos de história ulterior o precedesse.

Talvez por isso a pseudo-esquerda brasileira o admire tanto. "Morreu um amigo do Brasil", teria dito Dona Dilma em pronunciamento oficial.

Governou sem muita democracia, mas como ditadura de esquerda nos países vizinhos neste país é tolerada e enaltecida, o velho discurso de ruptura com o imperialismo americano justificava - e escondia - as barbáries por ele promovida.

A própria sucessão presidencial ainda não foi devidamente explicada.

3. Quarta feira.

E no dia de hoje, Chorão, o eterno líder do Charlie Brown Jr (mais que isso, líder da família CBJ) foi encontrado morto em seu apartamento.

A causa mortis, embora dedutível, ainda não foi divulgada. E certamente não será, até mesmo para preservar a privacidade do artista.

Deixa órfã uma legião de fiéis seguidores, da qual não inclui o Blogueiro que, salvo uma música ou outra, pouca coisa conhece ou acompanhou da sua carreira.

O Rock nacional perde muito. Seja na qualidade, seja na rebeldia que hoje não se vê mais nas bandas do gênero.

Pelo sim pelo não, Chorão libertou-se. Está agora "livre pra poder sorrir sim, livre pra poder buscar o meu lugar ao sol".

terça-feira, 5 de março de 2013

Renato Russo nos cinemas.

Demorou, mas a cinebiografia mais aguardada de toda uma "Legião" estreia daqui a 2 meses nos cinemas do país.

É bem verdade que não é uma cinebiografia completa, mas o começo de uma história.

Algo do tipo "Renato Russo - Begins", ou "Legião Urbana - Origens", fosse americano o filme.

Justa homenagem ao artista que traduziu os sentimentos de toda uma geração (a do blogueiro, a propósito) e que infelizmente jamais veremos outro igual.


domingo, 3 de março de 2013

Creche e Educação Infantil.

Todo 1° domingo do mês vou deixar de lado os "causos" da vida pública para me dedicar a um assunto que adoro falar: Educação.

Grafada por mim sempre com letra maiúscula (Educação), ainda que tal hábito tenha gerado uma repreenda por parte da banca examinadora da minha dissertação quando na qualificação para minha defesa do mestrado.

O texto de hoje ficou um pouco extenso, mas assim sou eu quando falo sobre Educação.

***

A questão da Educação Infantil talvez seja uma das mais complexas dentro de uma política pública de Educação.

Ao mesmo tempo em que é correto dizer que nos últimos 10 anos a Educação Infantil no país começou aos poucos ser incluída como prioridade por governos municipais, estaduais e federais, se recuperarmos a história da educação brasileira, o passado mostra uma realidade bem diferente.

A começar a denominação das Escolas de Educação Infantil, chamadas pelos governos de “Pré Escola”, como se fosse algo que antecedesse à escola, e consequentemente, à educação, e não parte integrante do sistema, aliás, o começo da vida escolar do aluno, onde importantes fundamentos (que serão carregados por toda a vida) lhes são transmitidos.

Termo usado inclusive na própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação atual (LDB 9.394/96).

Ou então, a denominação dada pelo senso comum, chamando a Escola de Educação Infantil como “Escolinha”; uma denominação muitas vezes carinhosa, porém com os mesmos tons pejorativos que o prefixo “Pré”. Ao usar o diminutivo para referir-se à escola, mesmo que não seja a intenção, o que seja faz é a desvalorização de todo um trabalho de suma importância, inclusive das próprias professoras, erradamente chamadas de “Tias” pelos pais dos alunos.

Ao fazer um histórico da Educação Infantil no Brasil, percebemos que a obrigação por esta etapa do ensino encontra-se a cargo dos municípios há muito tempo. Se o Ensino Fundamental apenas há 18 anos vem sendo obrigação conjunta de Estados e Municípios e o Médio apenas dos Estados, a Educação Infantil está sob a tutela do município há muito mais tempo.

Razão pela qual o antigo FUNDEF alijou do financiamento a Educação Infantil, inclusive de salários, umas das principais queixas das professoras de educação infantil (PEI) quando assumimos o Depto. de Educação em 2005.

Naquela ocasião, elas queriam receber o bônus pago às professoras municipais, entretanto pelo fato da Educação Infantil não fazer parte do FUNDEF, exclusivo ao Ensino Fundamental, tal benefício não podia ser pago.

Reivindicação que acabou (ainda na nossa gestão) com o advento do FUNDEB que abrangeu toda a Educação Básica.

Mas e a questão das creches? Se a Educação Infantil tem sido a “prima pobre” da Educação Básica dentro das políticas públicas, a Creche sequer é vistas como parente. Está mais para um agregado, nem sempre desejado, da família Educação.

Vinte anos atrás, as creches sequer eram consideradas espaço educacional, ainda que atividades educacionais fossem desenvolvidas, mas a responsabilidade de sua organização, inclusive e principalmente curriculares, estava sob a tutela da assistência social.

Mas reza a já citada LDB:

Seção II
Da Educação Infantil
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.

Deixa claro, portanto, que creche também é Educação Infantil.

E aqui começa a grande confusão.

Se Creche é Educação Infantil, porque a mesma não é tratada como tal?

Enquanto os “Prés” têm Professores, devidamente diplomados em Pedagogia ou, no mínimo, o antigo Magistério, as Creches têm Monitoras (ou Pajem, ou Agente de Desenvolvimento Infantil – ADI -, ou Volante, ou qualquer uma das mais de 30 denominações existentes no país afora para os funcionários que exercem esta função), na maioria das vezes exigindo apenas o Ensino Médio completo.

Enquanto os “Prés” contam com Diretoras, as Creches possuem, quando muito, uma Coordenadora, na maioria das vezes sem formação em pedagogia.

E no que tange a salários a situação é ainda pior. No “Pré”, professores e diretores recebem salários via 60% do FUNDEB, além do Bônus resultante desta dotação, enquanto nas Creches, apesar de fazer trabalho análogo, recebem apenas os salários.

Visando corrigir esta distorção, tive em 2007 a ideia de extinguir os monitores de creche. Pela minha ideia, não seriam mais realizados concursos para monitores. À medida que os monitores efetivos fossem se aposentando ou trocando de carreira, suas salas seriam gradualmente preenchidas com Professores de Educação Infantil contratados por meio de concurso público de provas e títulos.

Aproveitaríamos os professores adidos (proveniente do fechamento das salas de aula dos “Prés” com o advento do Ensino Fundamental de 9 anos) temporariamente nas Creches, e dividiríamos os Professores de Educação Infantil em PEI 1 e PEI 2, a exemplo dos Professores de Educação Básica (PEB) que também são divididos em PEB 1 e PEB 2.

Ficaria: PEI 1 para Creches e PEI 2 para as “Pré” Escolas, todos com a obrigatoriedade da formação mínima em Pedagogia.

Dessa forma, o professor que desejasse lecionar nas Creches prestaria concurso para PEI 1, e o que desejasse lecionar na Pré Escola, prestaria concurso para  PEI 2.

E todos recebendo por meio dos 60% FUNDEB destinados a salários e, por conseguinte, com direito ao bônus anual dos professores.

Deixei tudo encaminhado para que essa fosse a nova realidade da Educação Infantil para os anos vindouros. Entretanto os Diretores que me sucederam não levaram a frente a ideia e logo em 2009, salvo engano, novo concurso para monitor de creche foi aberto.

Contrariando todo o planejamento por mim previsto.

Desde então, o que vemos é a perpetuação de uma política para a Educação Infantil Municipal fora de sintonia com a atual legislação. Uma política que promove uma diferenciação desnecessária entre os profissionais da Educação Infantil e que tem gerado inúmeros problemas judiciais às Prefeituras que a adota.

O Conselho Nacional de Educação já emitiu inúmeros pareceres sobre a questão deixando bem claro a distinção entre Professores e Monitores e a necessidade de adequação das creches a LDB com a presença de professores (com formação em Pedagogia) em salas de aula nestas instituições.

Seja com a realização de novos concursos e a gradual substituição de um pelo outro, seja - nos casos em que é possível - pela transformação dos empregos de monitores em professores.

A questão salarial é o grande empecilho para a adoção desta política pública, pois implicaria no pagamento dos profissionais da Creche (Diretores e Professores) via 60% do FUNDEB, o que consequentemente, lhes dariam direito ao recebimento do bônus no final do ano.

É necessário encontrar um modelo de gestão para creches que promova a valorização do profissional desta modalidade de ensino, que diferencie as funções de monitores e professores e que a gestão escolar das creches seja similar à gestão escolar do ensino fundamental ou das demais unidades de educação infantil.

sábado, 2 de março de 2013

Com o lápis na mão.

4ª série, último ano do antigo primário.

A escola era a Vereador Alberto Conrado e o ano, Mil Novecentos e Deixa Pra Lá.

Minha professora chamava-se Marli. Não era de Ipuã, era de São Joaquim da Barra.

Foi a primeira professora que tive, a "cortar" dos alunos o uso do "Tia" como pronome de tratamento usado para professoras do primário.

Certamente já nos preparando para as séries vindouras (5ª - 8ª) quando "Tia" é extirpado do vocabulário discente.

Nós a chamaríamos por Professora ou por Dona Marli.

Por alguma razão, destas sem muita explicação, houve uma simpatia mútua entre mim e ela. Estreitada pelo fato do marido dela ser rotariano e como meu pai também era, sempre se encontravam em reuniões do Rotary em Ipuã ou São Joaquim da Barra.

Recordo que certa vez meu pai chegou em casa vindo de uma reunião do Rotary e ao ser perguntado pela minha mãe sobre a quantidade de pessoas na reunião, ele respondeu dizendo alguns nomes e fechou dizendo:

- E o marido da professora.

Durante aquele ano todo, o companheiro de Rotary da cidade vizinha ficou apelidado em minha casa como "o marido da professora".