quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Não deturpem, ninguém é contra o Hino Nacional.

Ninguém é contra cantar o Hino Nacional, até porque além de praxe na maioria das escolas, há uma Lei Federal (aqui e aqui) que prescreve sua execução pelo menos uma vez por semana.

O que todos que fazem, o fazem com prazer e orgulho.

Na verdade, a reclamação não foi por conta do Ministro pedir para que se cante o Hino, coisa que repito, ele choveu no molhado. A reclamação foi para a prescrição de filmar alunos e enviar ao MEC e ainda, pela ideia imbecil de pedir que os alunos além do Hino, entoassem o slogan de campanha do agora Presidente Jair Bolsonaro.

Com isso, o Ministro Colombiano da Educação Brasileira feriu o Art 17 do ECA e o 37 da CF.

E recebeu opiniões contrárias até de partidários do Presidente como o Vice Presidente (aqui) e a Dep. Estadual Janaína Paschoal (aqui), para ficar em 2 exemplos icônicos para este Governo.

A revolta também se deve ao fato de, com tantas providências a começarem a ser tomadas, o Ministro se preocupa com Hino Nacional enviado em vídeo ao MEC e em fazer Doutrinação nas escolas, algo impensável para quem defende o fim deste que se tornou o grande mal da nossa Educação para o pessoal que enxerga inimigo em toda parte, até onde ele não existe.

Mas é assim mesmo, cria-se o inimigo para criar o herói que nos irá salvar. Não me estranha essa velha tática ser usada ainda, me estranha é muita gente acreditar.

E o que também me causa estranheza é o Movimento Escola Sem Partido ficar caladinho quanto a isso (já pensaram se fosse um Governo de Esquerda a propor essa imbecilidade? Como estariam as lideranças desse movimento?)

Mas voltando ao e-mail do Ministro...

O e-mail mostra como este está desconectado da realidade e perde seu tempo querendo agradar eleitores e patrão ao invés de dar início às mudanças prometidas.

Ninguém quer que em 2 meses tudo se resolva, mas gostaria de em 2 meses algumas propostas apresentadas na área da educação cujas carências não serão supridas com Hinos e slogans de campanha.

Talvez o Ministro ainda não se deu conta, mas tem coisas mais urgentes a se pensar.

Enquanto isso, continuamos cantando o Hino com todo orgulho, sem no entanto enviar ao MEC, algo totalmente desnecessário.

Atualização 16:00h: O Ministro Colombiano que há havia desistido da ideia ilegal (e imbecil) de fazer os alunos recitarem o slogan da campanha (aqui), agora volta atrás na ideia das escolas lhe enviar os vídeos. Mais um pouco e, quem sabe, ele desiste da ideia de ser Ministro. Oxalá!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Primeiros vídeos de alunos cantando o Hino começam a chegar.

O Blog teve acesso às primeiras filmagens de alunos cantando o Hino pelo Brasil afora.

Eu, que fui contra a ideia imbecil do Ministro da Educação, começo a repensar meu conceito.

É emocionante e vale a pena conferir.


domingo, 24 de fevereiro de 2019

Mais que uma quarta-feira de cinzas. [Há 10 anos]

Há 10 anos eu expunha pela primeira vez uma teoria de minha autoria sobre a tristeza carnavalesca.

Teoria controversa, refutada por muitos teóricos, filósofos e por palpiteiros de plantão.

Mas o Blogueiro insiste nela mesmo assim, quem sabe um dia o tempo me dê razão.

Há 10 anos atrás eu filosofava sobre o Carnaval


Mais que uma quarta-feira de cinzas.

Se pudesse descrever o carnaval de Savador com uma só palavra, diria "tristeza".

Não que o carnaval mais famoso do país não seja alegre, evidente que é.

Não que a diversão dos 5 dias de carnaval para os turistas, que lá visitam todo ano, não seja garantida, é.

Óbvio que o Carnaval da Bahia é a Meca dos roteiros para todos nós, simples mortais.

Mas sempre que me imagino lá, e sempre me imagino sobretudo nessa época do ano, eu penso no término dessa apoteose, que acontece na quarta-feira de cinzas com o encontro dos Trios Elétricos na Praça Castro Alves (que "é do povo, como o céu é do condor").

Imagino um final de tarde, o sol se pondo no horizonte, os principais trios se encontrando naquele local tão emblemático e é justamente quando o turista tem a consciência de que ACABOU. Se você tem a minha idade, vai se lembrar de ter um nó na garganta quanto terminava o Fantástico com aquela musiquinha e você então se dava conta de que seu fim de semana havia terminado.

Pior se fosse domingo véspera de volta às aulas, pior ainda se você morasse fora. Era uma sensação angustiante, um misto de incerteza com arrependimento por achar que não aproveitou como deveria ter aproveitado.

Pois bem, imagino ser a mesma sensação.

Final do Carnaval, regresso à sua cidade de origem à vista. Mais que isso, regresso à normalidade à vista. Hora de voltar a rotina de pessoa física, de despir-se da fantasia de folião que durante 5 belos (e curtos) dias fizeram de você, uma pessoa diferente daquela que levanta cedo todo dia para ir trabalhar.

Os dias no hotel ficaram para trás; os dias na praia, apenas na memória e na fotografia; até aquela morena de parar o trânsito que passou os 5 dias contigo e que trocaram juras de amor eterno ao pôr-do-sol na Praia de Itapuã, será apenas uma doce lembrança.

Cada um para um lado, descobrindo a efemeridade do Carnaval e da vida.

Sonho com o dia em que poderei ver se essa minha divagação tem um fundo verdadeiro.

Mas quando acontecer, tomarei a vacina do fatalismo, melhor não correr riscos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Repensando o uso das apostilas nas escolas municipais.

Alguns colegas professores me procuraram se queixando da falta de apostilas nas escolas municipais no começo do ano letivo.

Alguns falaram sobre uma possível não renovação do contrato com a empresa fornecedora, outros falaram que as apostilas foram prometidas para depois do carnaval e houve até quem disse que ouviu que as mesmas só chegariam no 2º Bimestre.

Como não tenho subsídios para informar o que de fato está acontecendo em relação as apostilas, prefiro deixar de lado o "disse me disse" e centrar na questão que julgo ser a mais importante nesse caso:

- Por que ainda usamos apostilas nas escolas da Rede Municipal Ipuanense?

Por ser este meu atual objeto de estudo, no Doutorado, defendo uma substituição que talvez muitos colegas professores discordem, e que certamente a maioria dos pais de alunos da Rede Municipal e população em geral também discorde de mim. Porém não entendo a razão de se comprar apostilas caras se a Prefeitura pode conseguir Livros Didáticos gratuitamente.

E pelo seguinte.

O Brasil tem hoje um dos maiores Programas de Política Pública para Livros Didáticos do Mundo, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Um Programa que distribui gratuitamente a todos alunos da rede pública, livros didáticos  de todas as séries e disciplinas. Livros que são avaliados previamente por Universidades Públicas, que em seguida ficam à disposição dos professores para a escolha e mais tarde são entregues às escolas todo ano em tempo hábil, antes do início do ano letivo.

A apostila, embora tenha seu valor, evidentemente, trata-se de um material que custa muito dinheiro aos cofres municipais, não é avaliado por nenhum órgão externo e ainda, sua escolha não é feita pelo professor.

E antes que alguém me pergunte porque não o fiz quando fui Diretor do Departamento de Educação, antecipo na resposta:

Primeiro, por que era compromisso de campanha da nossa Administração manter o mesmo material utilizado até então. À época, um de que, em caso de vitória do nosso grupo político as apostilas seriam tiradas, nos obrigou a assumir o compromisso de que as mesmas seriam mantidas.

O uso das apostilas caiu no agrado dos pais que acreditavam que eram as mesmas usadas nas escolas particulares, nos obrigou a assumir o compromisso citado. E como tínhamos o hábito de cumprir com o que prometíamos, elas acabaram ficando durante toda a minha gestão à frente do Departamento (2005 - 2008) inclusive aprofundando a parceria: os valores das apostilas foram reduzidos, ampliamos as apostilas para a Educação Infantil e trouxemos Curso de Pedagogia e Pós Graduação em gestão Educacional, tudo com a parceria mantida com a empresa.

E segundo e mais importante: Eu não sabia, à época, o que sei hoje sobre esse assunto.Após uma década de pesquisas acadêmicas das mais diversas, hoje tenho outra visão sobre Política Pública, que certamente me faz rever meus conceitos e entender que Livros Didáticos são melhores que Apostilas na Rede Pública.

Talvez devesse também a Administração Municipal rever esse investimento em Educação, promover um debate entre os docentes do município e aproveitar que em 2020 começará um novo triênio do PNLD (2020 - 2022) para os Anos Finais do Ensino Fundamental (6º - 9º ano) e ver se ainda dá tempo de Ipuã assinar convênio com o Governo Federal e receber a partir do ano que vem, os livros a serem usados por alunos e professores na Rede Municipal.

Quanto de dinheiro sobraria no orçamento da Educação com a substituição das apostilas pelos Livros?

Certamente a economia gerada poderia atender outras áreas que talvez a atual Administração até tenha interesse em atender, porém a falta de recursos esteja lhe impedindo.

Entendo ser uma daquelas oportunidades que não se pode perder, caso contrário, só em 2022 para poder repensar a adoção de livros nos Anos Finais do Ensino Fundamental nas escolas municipais de Ipuã. Ou seja, se não mudar agora, o próximo Prefeito (seja ele quem for) terá de manter as apostilas (sejam elas quais forem) por 2 anos, para só então substituí-las por Livros nas séries citadas.

Salvo engano o PNLD dos Anos Iniciais termina o atual triênio em 2021, quando então o próximo Prefeito poderá substituí-lo caso seja necessário.

Seja para o atual Prefeito, seja para os que pensam em se candidatar (e poderão se beneficiar agora ou só na metade de seu futuro Governo), lanço essa ideia para se pensar desde já: Abrir discussão com os professores e professoras sobre o uso do Livro Didático em nossas escolas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O caso da merenda chegou na Câmara Municipal.

A Câmara Municipal de Ipuã agiu com velocidade na explicação de que o problema da falta da merenda nas escolas municipais noticiado pela EPTV Ribeirão não foi falta de dinheiro.

Em documento assinado por todos os vereadores da Casa, explicou-se que o Orçamento Anual de 2019, votado em 2018, não só contemplava as escolas da cidade com generosos recursos para a aquisição de merenda como solicitou informações sobre os motivos do fato e que medidas sejam tomadas e identificado o responsável pelo problema.

Com tal documento, a Câmara Municipal de Ipuã presta contas aos cidadãos, mostrando que a mesma além de ter viabilizado em tempo hábil todos os recursos necessários para o andamento da máquina pública em 2019, ainda cumpre sua função de fiscalização do Executivo.

O raio é que o texto do documento se alonga e ao afirmar que deve-se apurar "com clareza e objetividade de quem foi a falha pelo ocorrido", elenca duas possibilidades: Secretaria e Setor.

Por Secretaria, presume-se que seja a Secretaria de Educação e Cultura, responsável direta pela gestão da Educação Pública Municipal, o que inculi merenda escolar. E por Setor, deduzo que seja o  de Compras e Licitações (não sei se o nome é exatamente este), responsável pela parte burocrática de se adquirir produtos e serviços, o que inclui os gêneros da merenda.

Em meu modesto entendimento, foi desnecessário elencar quais as áreas que podem ser responsabilizadas pelo episódio, pois o problema pode ter ocorrido em qualquer outro setor da cadeia administrativa: Jurídico, Orçamentos e Finanças, Negócios de Governo, Prefeito.

Ou... ao apontar essas duas áreas, talvez os Vereadores tenham maiores subsídios para direcionar as investigações nas áreas citadas.

O documento ainda cita o nome da Secretária e atribui a ela algo quer todos sabem: a responsabilidade pela Educação Ipuanense.

Em um documento onde a Câmara exige que se apure e informe quais as providências estão sendo tomadas em relação ao problema da falta da merenda nos primeiros dias de aula, qual a razão de citar nominalmente a Secretária de Educação do Município? Sei não, mas talvez sem querer (querendo?) tenha se iniciado um processo de fritura dentro da Administração Municipal.

Seja como for, tratou-se de um documento explicativo, oportuno e que mostrou preocupação dos Vereadores (sempre os primeiros a serem procurados e criticados) com um problema tão grave ocorrido em nosso município.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Era uma vez, um sonho. [Há 10 anos]

10 anos atrás eu revelava ao mundo, via Blog antigo, meu desencanto com Escolas de Samba, que desfilam no Maior Espetáculo da Terra.

Desde então tenho permanecido fiel à minha convicção da estreita relação das escolas com o crime organizado.


Era uma vez, um sonho.

Admito que já fui viciado em desfiles de Escola de Samba, a ponto de não sair de casa para assistí-los. Era, inclusive, de acompanhar apuração.

Confesso que já tive vontade de desfilar em Escola de Samba (ainda que não saiba sambar), chegando quase às vias de fato.

Queria desfilar pela Mangueira (antiga escola do coração), mesmo que tal ato gerasse ilimitados trocadilhos, feitos por amigos em mesas de bar.

Gosto de sambas-enredo, sobretudo quando posso usá-los em sala de aula para ilustrar a matéria.

Mas esse ano passado, toda essa paixão sucumbiu a um fato abominável.

Claro que conheço as estreitas ligações das Escolas de Samba e o jogo do bicho, como também sei que as chamadas "comunidades", são mantidas com dinheiro desse comércio ilegal e infelizmente, ainda praticado não só no RJ, mas no país afora.

Sei mais ainda.

Sei que no RJ, a relação entre bicheiros e traficantes são por demais camaradas, a ponto de ser cada vez mais difícil a distinção entre eles.

Mas nada disso precisava ficar tão explícito.

Em 2008, quando Fernandinho Beira-Mar se casou, nada menos que a bateria da Mangueira, foi a responsável por animar a festa. Mesmo com a evidente ausência do noivo.

Emoções conflitantes: já vibrei com o bi (86 e 87), sendo o samba de 86 um dos mais imortais da história ("tem chim chim e acarajé, tamborim e samba no pé"), acompanhei momentos de pura apoteose da verde e rosa, em sambas homenageando Doces Bárbaros (Caetano, Gil, Gal e Betânia), Tom Jobim e Chico Buarque.

De outras escolas, não dá para esquecer os sambas inesquecíveis da Mocidade (sonhar não custa nada, chuê chuá e o jogo), da Viradouro, a paradinha funk de 97 (que tanta controvérsia deu na época), da Beija-Flor, seu eternor "ratos e urubus, rasguem minha fantasia", de mestre Joãosinho Trinta.

E tantos outros...

Mas agora, tudo virou pó, com a fatídica homenagem da minha Estação Primeira ao principal criminoso brasileiro.

Talvez hoje, os já homenageados, Tom e Chico, refutasse a homenagem por eles feita à escola, na bela canção: "Piano na Mangueira".

Vai saber...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Não faltou somente merenda.

Já havia faltado uniformes. (aqui)

Já havia faltado pão e leite. (aqui)

Já havia faltado até professores. (aqui).

Já havia faltado transporte este ano (normalizado hoje).

Faltava, faltar merenda.

Pois a EPTV veio aqui e revelou a toda região, a nossa triste realidade: crianças tendo de levar marmita de casa para não ficar com fome na aula.

Não existe mistério em política pública de educação, pois já se conhece de antemão: a quantidade de alunos, a data do início das aulas, o recurso disponível, enfim... todas as informações necessárias para o perfeito andamento da máquina já são conhecidas.

Basta antecipar-se, sabendo que a burocracia, esta sim cheia de imprevistos, pode atravancar o processo.

Então providencie uma licitação de merenda escolar bem antes das aulas começarem; providencie a licitação de uniformes no 1º mês de aula; a organização do processo seletivo simplificado no ano anterior (como foi feito este último e elogiado aqui, porém estranhamente nenhum professor foi convocado até agora mesmo com as aulas começando. Qual a vantagem de se fazer Processo Seletivo tão antecipado se não convoca professores no começo do ano letivo?), organize, durante as férias, as linhas de transporte escolar etc...

Sem falar que existem programas de transferência de recursos (complementados pela Prefeitura é verdade) mas que são destinados à Merenda Escolar (PNAE) e ao Transporte Escolar (PNTE). Portanto, justificar o não oferecimento fica difícil.

Sei não, mas o que anda faltando mesmo é comprometimento, organização e sobretudo, Planejamento no trato com a Política Pública de Educação.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Personalidades que só na sua morte descobrimos o quanto gostávamos.

Se um dia a ideia que tenho de escrever um livro sobre morte sair do papel, haverá nele um capítulo dedicado à morte de personalidades e o impacto que elas tiveram na minha vida.

Não me refiro à morte de ídolos como Ayrton Senna, que obviamente causou comoção nacional e impactou praticamente todos os brasileiros, nem mortes como a do Presidente Tancredo Neves ou a do cantor Leandro, cujo país acompanhou todo o padecimento até o último instante.

Mas à morte de outras personalidades, que quando aconteceram nós nos damos conta do quanto sentiremos sua falta.

Sem puxar muito na memória recordo os seguintes casos de personalidades que só percebi o quanto gostava deles e o quanto sentiria sua falta, após a notícia de sua morte: Tião Carreiro, Tom Jobim, Dias Gomes, José Wilker, Dr Osmar de Oliveira e Deva Pascovich.

E claro, há nossos ídolos que, por mais estranha que seja essa afirmação, a gente nunca pensa que sejam mortais. Temos a sensação de que nossos ídolos são imortais e por isso a notícia do seu passamento nos choca tanto.

Foi o que aconteceu comigo nas mortes de Renato Russo, Sócrates e Belchior.

A morte do jornalista Ricardo Boechat talvez entre naquele primeiro caso, dos que a gente só percebe o quanto gostava e o quanto sentirá sua falta agora.

Sempre o tive na conta de melhor âncora do rádio e da TV brasileira, acompanhava sua carreira desde os tempos de Bom Dia Brasil, tempos depois em razão de viagens semanais à São Paulo, acompanhava pela rádio e, mais recentemente, seguindo-o nas redes sociais onde postava seus sempre pontuais comentários sobre a política brasileira.

Em tempos de patrulha ideológica e de politicamente correto, fará falta pessoas como Ricardo Boechat.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Dengue, História e Biologia.

Nesse texto sobre meu 2º caso de Dengue, vou tentar unir História com Biologia para ver se combina...

Minha 1ª experiência com a Dengue foi em 2011.

Apesar de não fazer muito tempo (mas tempo o bastante para a memória não se lembrar detalhadamente como foi) há que se considerar que eu era era 8 anos mais jovem, o que na idade em que estou é um tempo considerável quando se enfrenta uma doença.

Recordo que daquela primeira vez, entendi a Dengue como aquelas pragas Bíblicas que o Velho Testamento narra.

Para desafiar o Faraó, insistia em não libertar o povo Hebreu, Moisés recorreu ao Deus de Abraão para que intercedesse enviando um total de 10 pragas ao Egito.

E o que fez o Deus de Abraão? Enviou-as todas de uma vez? Não!!!! Ele as enviou com toques de sadismo: uma de cada vez, para que o Faraó fosse sofrendo aos poucos.

Começou com as águas virando sangue, depois vieram piolhos, rãs, moscas, morte de animais e, finalmente quando os primogênitos começaram a morrer, inclusive o do Faraó, este capitulou e dessa forma o povo Hebreu foi liberto e partiram em busca da Terra Santa.

A dengue apresenta vários sintomas, que não vêm de uma só vem. Vem sucessivamente como as pragas citadas.

A minha em 2011 começou com febre, depois vieram manchas no corpo todo, sem seguida dor de cabeça, enjoos, dor nos olhos e por fim, dores nas articulações dos dedos.

Não recordo bem, mas deve ter dado de 7 a 9 dias de desgraceiras surgindo dia a dia.

Por isso pensei que nessa 2ª experiência, não fosse a mardita.

Somente febre (que não teve paracetamol que abaixasse) e no final um pouco de dor nos olhos e perda de paladar.

Tive dor nas costas também, mas não por causa da dengue, mas de ficar muito tempo deitado. Essa dor é crônica e só passa com um remédio chamado Biprofenidi, que não se pode tomar em caso de suspeita de dengue. A dor era tanta, que foi a única vez na vida que salivei olhando uma cartela de remédio.

Mas como se sabe o exame de Dengue é feito após 7 dias de sintomas, o que geralmente o paciente já sarou, ou seja, serve apenas para virar estatística e saber o que você teve. Por isso é feito um exame de plaquetas, este sim aponta que seu organismo está com alguma infecção, e dessa forma ser tratado. O de Dengue é para diferenciar se era a mardita ou se suas primas Zika e Chikungunya.

Vale lembrar que não custa você em casa eliminar possíveis criadouros e passar repelente. Mesmo quem já está com dengue, passe repelente para sua Dengue não passar para os outros.

E que o mosquito transmite dengue após 14 dias depois de ter picado alguém infectado. Significa que o mardito quer me picou, havia picado alguém infectado há no mínimo 14 dias antes e sobreviveu duas semanas para me contaminar. Não houve uma raquete, um sapo ou um tapa de mão zelosa que pudesse impedi-lo de vir me contaminar?

E se você já está com dengue, beba muito líquido e tome paracetamol. E em casos mais graves procure o Médico o mais rápido possível.

Então é isso pessoal, um texto misturando História com Biologia e parece que deu certo.

Conclusão: História e Biologia combinam super bem!

Na teoria e - sobretudo - na prática. 


*Atualizado às 10:00h: O resultado do exame constatou que não era Dengue, mas sim, Zika Vírus.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Não custa perguntar [10 anos].

Fosse postado no mês passado, quando da extradição do criminoso Cesare Batisti, esse texto seria re-postado com ares de atualidade.

Interessante saber que essa situação durou 10 anos até seu justo desfecho.


Não custa perguntar

Se Tarso Genro deu a Cesare Battisti a condição de refugiado político, não permitindo sua extradição; será que o nobre Ministro teria feito o mesmo com Josef Mengele?

Em tempo: Mengele morreu afogado em Bertioga, onde vivia há muito tempo com identidade falsa, em 1979.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Exemplos [Há 10 anos].

Esporte sempre pautou o Blog Antigo.

Há 10 anos eu misturava esporte com ética e moral.

Um texto que, passada uma década e caído no esquecimento os fatos citados, talvez não tenha o mesmo impacto quando da sua publicação.

Mas posto novamente mesmo assim.


Exemplos


Nos anos 80, ao romper contrato com a Fiorentina, Sócrates devolveu parte das "luvas" adiantadas pelo time Italiano quando da sua contratação.

Ao ver a expressão de tristeza profunda de Roger Federer ao perder mais um Grand Slan, Rafael Nadal não comemorou com o entusiasmo que a ocasião e as circunstâncias exigiam, como que não querendo "tripudiar" sobre a dor do seu adversário.

Enquanto isso, em outras partes do mundo...

Ronaldo fotografado com uma mulher no "cangote" numa boate às 6 da manhã.

Robinho acusado de violentar uma garota inglesa, refugiou-se em Santos imaginando que a poeira abaixaria, ao voltar à Inglaterra, está descobrindo, do modo mais difícil, que as leis na terra da Rainha existem também para os milionários astros de futebol.

O mega campeão Olímpico, Michael Phelps, é fotografado pitando maconha. o COI o perdoou, o Comitê Americano não!

Muricy Ramalho, único técnico tri campeão do país, exagerou da sua fama de "mau-humorado divertido" e distribuiu patadas nos jornalistas em sua coletiva pós derrota para o Santo André, humilhando alguns que lá estavam a trabalho com uma visível falta de educação. Rumores dão conta de que os jornalistas ensaiaram se retirar do local coletivamente.

Enfim...

Exemplos!