sábado, 31 de agosto de 2013

Com o lápis na mão.

Que eu me lembre, em duas ocasiões eu estudei com estrangeiros.

A primeira foi na graduação em História, na Unesp de Franca com um Caboverdiano chamado José Luís. Ele não estava na minha turma, apenas cursava uma disciplina, que não recordo qual, com a gente.

Ao ver seu sotaque português de Portugal arrastado, perguntei-lhe a origem e ele respondeu com o sotaque mais carregado ainda:

- Cabo Verde.

E concluiu:

- Cabo Verde na África, não em Minas Gerais.

Eu sequer sabia que o arquipélago africano, antiga colônia portuguesa tinha como homônima, uma cidade no interior das Minas Gerais.

A outra oportunidade foi no Mestrado na PUC/SP, quando estudei com um Moçambicano chamado Remane, com quem pude ter uma boa amizade e aprender muito sobre seu país.

História, política, curiosidades, cultura, tudo era motivo para eu aprender sobre essa ex colônia portuguesa na África Oriental que adora o Brasil e tem vínculo muito forte com a PUC/SP.

Infelizmente não pude estar presente na ocasião em que um amigo de sala em comum o levou para assistir a um jogo do Timão e batizar-se Corinthiano.

Dentre as boas histórias que me contava, uma delas tinha status de folclore, sem comprovação testemunhal, porém contada por todos moçambicanos que estudam na PUC/SP.

Dizia que a primeira leva de estudantes de Moçambique a cursar mestrado na PUC/SP, procuraram certa vez o departamento financeiro para saber como proceder para pagar a mensalidade.

Acontece que "mensalidade" no português moçambicano é "propina", e mal sabia os estudantes africanos que no Brasil, "propina" é "Quantia em dinheiro que se oferece a alguém em troca de favor ou benefício quase sempre ilícito". Algo ilegal, passível de punições como processo e prisão.

Ocorre que a moça da tesouraria não sabia que "propina" era "mensalidade" para eles e ao ser questionada como eles deveriam pagar a propina, respondeu que na PUC não tinha de pagar propina.

Felizes pela informação da jovem, os estudantes dedicaram-se exclusivamente aos estudos.

Alguns meses depois são chamados na tesouraria para um assunto "delicado": falou um chefe da repartição sobre a ausência do pagamento das mensalidades.

Quiseram saber o que era mensalidade e entenderam que era o mesmo que propina:

- Mas a moça disse que não tinha que pagar propina!

E então o mal entendido foi esclarecido.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Não daria certo, mas não custa tentar.

Uma tradição antiga que se perdeu nos dias atuais é a eleição da Rainha da Pipoca.

Nas quermesses de antigamente, as candidatas ao título máximo de Rainha da Pipoca tinham de vender fichas de pipocas para parentes, amigos, conhecidos e até mesmo para desconhecidos.

Fichas estas que seriam trocadas por pipocas, obviamente, na quermesse; ocasião em que seriam apuradas as vendas das meninas.

Seria declarada vencedora aquela que vendesse mais pipoca.

Hoje, com o fim das quermesses tradicionais, esta prática se limita a ser realizada por uma ou outra escola, geralmente na educação infantil, a título de arrecadar algum dinheiro a mais durante os festejos juninos.

Pena que hoje com a modernidade não apenas esta, mas muitas outras tradições das quermesses têm desaparecido.

Talvez fosse o caso de resgatar antigas tradições, misturando-as as novas tecnologias e assim agitar essa juventude de hoje.

Podiam, por exemplo, enviar correio elegante por bluetooth, usar feicebuqui, tablets e outras ferramentas dos dias atuais.

Até prefiro quermesses tradicionais, mas vai que alguma comissão organizadora queira inovar nesse sentido e a moda pega?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Uma quarta feira diferente.

Acompanhei duas turmas da Pedagogia em uma apresentação no Theatro Pedro II na noite de ontem.

Conforme informei aos alunos e alunas, o valor de R$10,00 já seria o bastante apenas para conhecer o referido teatro, o que nem todos na sala conheciam por dentro.

Mas além de conhecê-lo, teríamos a oportunidade de assistir a uma apresentação realizada pela ADEVIRP, Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto.

O que presenciamos por quase 2 horas foi um espetáculo de dança, música e poesia das pessoas assistidas por esta instituição.

Mas o que presenciamos mesmo foi um exemplo de superação, dedicação e amor à vida por parte de todos os envolvidos neste projeto.

Parabéns a todos os envolvidos na apresentação de ontem e parabéns a ADEVIRP pelo trabalho realizado com os portadores de deficiência visual e também por levar cultura a preço popular à população de Ribeirão Preto e Região. 



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O que é afinal?

O QUE É AFINAL? 

“Ninguém é cidadão”, disse um compositor.
E talvez não esteja errado,
Não que cidadania não exista, por favor,
Mas é difícil de ser conceituado.

E quem sabe, nem sabemos ao certo a sua definição,
Não quero o conceito pré-determinado,
“Usufruto de direitos civis e políticos de uma nação”,
Quero exemplos e atitudes, e não palavras
Que sempre repetem o mesmo chavão.

Mas o que é cidadania afinal?

O poder ir e vir,
O poder que vai e vem;
Tudo como lhe convém.
O prato de comida, que liberta e aprisiona;
A coisa pública que nem sempre funciona.
Da liberdade de expressão,
À libertinagem da razão.
Do direito adquirido,
Ao dever às vezes esquecido.
O papel jogado no lixo,
O voto jogado na urna;
E o resto que se lixe.
A Educação que consente,
Única maneira de ser uma nação consciente.
Consciência, atitude e cidadania,
Governo do povo, participação, Democracia.
Cultura, justiça e solidariedade,
Respeito, união, dignidade.
Ter saúde e não doença,
Não ter preconceitos, viva a diferença.
Ser fraterno em todo lugar,
Dar o peixe e ensinar a pescar.
Fazer da natureza, a nossa maior riqueza
E ela preservar.
Amar a Nação e honrar a tradição;
Ter uma identidade cultural,
Beijar a bandeira e o brasão,
E até cantar o Hino Nacional,

Mas o que é Cidadania Afinal?

Talvez nem tenha uma única definição,
Ou seja diferente para cada cidadão.
Há quem pense que ela nem mesmo exista,
Outros afirmam que não se adquire,
- Cidadania se conquista.
Há quem diga que é privilégio,
Coisa de quem tem comida, trabalho e colégio;
E dizem ainda que ela não é igual,
Para quem não tem capital.
Mas se assim fosse, seria fácil a solução,
Era só dar comida, e pronto!
Qualquer um é cidadão.
Cidadania é uma busca histórica,
Difícil de explicar apenas com retórica.
E se apenas com palavras não entendo,
É porque cidadania se aprende vivendo.

Então viva a cidadania.
Que talvez seja um conceito
Que se aprenda a cada dia,
Talvez um sonho dantesco,
Uma reles utopia.
Presente nos grandes exemplos,
De hombridade e ideologia.
Ou em ações singelas,
Como esta simples poesia.
Seja como for, queremos dia a dia,
Para agora ou futuras gerações,
Cidadania, ainda que tardia.

Orandes Rocha.
Ipuã 28/29 de agosto de 2002.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Da moda do "otro".

Das muitas expressões típicas de Ipuã (se não exclusivas, mas muito usuais na linguagem de nossa cidade) as duas que eu mais gosto são: "Da moda do otro" e "que eles fala".

Assim mesmo, com erro de concordância e tudo mais, afinal utilizá-las dentro das normas da língua culta não teria graça.

Vai me dizer que ouvir "da maneira do outro" ou "que eles falam" não te soaria estranho?

A primeira expressão é usada como uma maneira do interlocutor mostrar distanciamento do objeto, do fato ou da citação. Algo como: isso não é comigo, uma outra pessoa quem disse.

Em suma, a expressão "da moda do otro" atua como um i.i.s. (índice de indeterminação do sujeito), da mesma maneira que usar o "-se".

Já a segunda expressão, utilizada para conferir à informação transmitida, ares de senso comum.

Curioso como esta expressão geralmente é antecedida por "é o tal do".

Um conhecido, certa vez, relatando que sentia muito sono em determinada hora do dia, me disse: "É o tal do sono da morte que eles fala".

Como que dizendo que a teoria do "sono da morte" não era coisa dele, mas algo presente no inconsciente coletivo, ou na tradição popular.

Confesso que quando estava em São Paulo semanalmente, eu ficava com vontade de usar tais expressões só para ver a reação das pessoas e te a chance de lhes apresentar curiosidades do falar da nossa região. Mas o medo de ser tratado como chacota e não como um curioso das vicissitudes linguísticas regionais, sempre me impediu de fazê-lo.

Pensei também em traduzi-las para o inglês e assim usá-las em Nova York; mas na falta de uma tradução melhor, acreditei que o literal, "The way the other" e "They speak", ficaria muito estranho aos ouvidos dos gringos.

Aceito sugestões para viagens futuras!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Estão estragando a minha infância.

Dos personagens de Maurício de Souza, o Chico Bento sempre foi o meu preferido.

Talvez pela identificação com o mundo rural, típico da zona rural das cidades do interior paulista, muito embora as histórias do Chico passassem em um ambiente muito mais caricatural que realista.

Mas acompanhar um personagem que viva na roça trazia em mim um certo ar de familiaridade.

Deixei de ler gibi há anos, mas o apreço pelo Chico Bento continuou.

Até cheguei a me perguntar por onde andaria o simpático caipira, e ao pesquisar, descubro via uol (aqui) que o Chico Bento cresceu, saiu da roça, perdeu o sotaque caipira e foi estudar agronomia na cidade.

Pelo menos é o que indica a nova saga do personagem que será lançado pela editora panini em breve.

Imagem de "Chico Bento Moço" indo para a universidade de ônibusA exemplo do que aconteceu anos atrás com Mônica, Cebolinha e Cascão, que ganharam uma versão mangá de seus quadrinhos, agora é a vez do Chico Bento ficar moderno, atualizado, enfim, aquilo que chamávamos antigamente de agroboy.

Não sei por quais caminhos trilharão suas aventuras nesta nova fase, mas nas minhas piores conjecturas seria algo assim:

Chico com uma Hilux, ou F250, no mínimo uma S10, totalmente equipada com rodas estilizadas e som potente onde ouve Luan Santana, Gusttavo Lima e Jorge & Mateus.

Na escola quando criança (único personagem de Maurício de Souza a ter histórias passadas dentro de sala de aula) era mau aluno e não deve ser diferente agora. As notas baixas de outrora, sendo substituídas por DPs na faculdade.

Faculdade que vez em quando Chico mata algumas aulas, não mais para roubar goiabas ou nadar no riacho, mas para beber em algum boteco no entorno.

A velha camisa xadrez e calça rasgada na canela, substituídas por Hollister e Tommy Hilfiger. E os pés no chão, agora calçados com botina feita sob encomenda, em Barretos.

Aliás a própria cidade de Barretos poderia ser cenário para suas novas aventuras.

Chico no Barretão, bebendo Smirnoff Ice ou whisky com energético, frequentando a Festa do Patrão ou o Camarote da Brahma.

O Saci Pererê, a Iara, o Lobisomem, a Mula Sem Cabeça, nada mais fará parte da vida do Chico Bento.

Nem a Rosinha, sua paixão primeira, fará mais parte da vida dele. A bela guria da infância será sucedida por uma sequência de piriguetes, atraídas pelo status de estar com o "carinha descolado da facul, aquele que tem uma Hilux e não perde uma festa".

Não sei se as novas histórias serão assim, até penso que não, mas seja como for, fica a sensação de que estão estragando a minha infância.

domingo, 25 de agosto de 2013

Nos palanques da vida.

Foi com grande satisfação que contribuí quando Vereador para a realização de um dos projetos mais interessantes, do ponto de vista de fomento à cidadania, daquela Legislatura: A Câmara Mirim.

Eu já havia comentado com o então Presidente da Câmara sobre a possibilidade da realização de um concurso municipal nas escolas onde por meio de uma redação, 11 alunos fossem escolhidos para, durante 1 ano, ocupar uma vaga em um Legislativo Municipal Jovem, a exemplo do que faz a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Minha ideia veio ao encontro de uma ideia do Presidente da Câmara de criar uma Câmara Mirim, no caso, escolhida pelo voto direto dos alunos das escolas e assim trabalhar a questão da participação nos jovens.

Na ideia dele, seria realizada uma eleição nas escolas públicas e particulares do município onde cada uma escolheria seus representantes para o ano seguinte.

Estes representantes aprenderiam quais são as funções de um vereador e teriam direito a elaborar requerimentos pedindo melhorias parta suas escolas e até mesmo para questões que afetassem suas vidas, como falta de lazer, esporte etc...

Nada melhor que um jovem para saber o que o jovem precisa.

Um excelente projeto do nosso Presidente, que não mediu esforços em realizá-la, contornando com diplomacia alguns problemas que tivemos na época.

E desta forma nasceu o Projeto Vereador Mirim, projeto de iniciativa e responsabilidade do Legislativo Ipuanense, que durante anos, com a ajuda das escolas, mobilizou jovens em torno de eleição e participação na vida política do município.

Na ocasião do seu lançamento, vários veículos foram convidados para cobrir o evento, inclusive a emissora televisão regional, ausente naquele dia (para variar, pois só aparece por aqui quando as novas não são boas).

Curioso como um projeto inovador simplesmente foi abandonado sem que nenhum cidadão tenha reclamado nas mídias sociais.

O que reforça minha teoria de que reivindicações são cada vez mais, atos políticos partidários que um ato de defesa dos direitos.

sábado, 24 de agosto de 2013

Imagine a cena.

O Blogueiro não consegue, pelo menos não em tom de sarro, imaginar a seguinte cena: Nossa Presidenta na garupa de uma moto nas ruas de Brasília.

Cena do filme Sem destino (Cinnamon/Divulgacao)Por mais que eu tente, não consigo ver de outra forma que não seja aquela imagem do filme "Easy Rider" ("Sem destino", em português), quando dois motoqueiros atravessa a famosa Route 66 que liga as costas Leste e Oeste dos EUA.

Imagino Dilma na garupa de uma dessas motos envenenadas, cabelo ao vento, vestindo roupas extravagantes, uma latinha de cerveja nas mãos, parando em espeluncas de beira de estrada...

Sem destino mesmo, como no título do filme que inspirou estas ideias desde que soube do desejo da nossa Presidenta em andar de moto.

Viajei demais?

Tente não viajar você também lendo as notícias aqui e aqui.

Com o lápis na mão.

Quando criança, nunca gostei de ler.

Exceção feita aos gibis.

Não todos, apenas os gibis do Maurício de Souza, não gostava, por exemplo, dos gibis das personagens de Walt Disney.

Abre parênteses:

Não consigo falar ou escrever Walt Disney sem recordar de um aluno que tive.

No primeiro dia de aula, perguntei seu nome e ele respondeu: Valdisnei.

Questionado sobre a origem de nome tão incomum, ele respondeu:

- Meu pai gostava de assistir uns desenhos na televisão e sempre que passava, aparecia o nome Valdisnei.

Fecha parênteses.

Curioso como que na época a leitura destes gibis não era vista como um ato de aprendizagem, mas uma leitura supérflua, sem reflexos na educação.

Hoje percebo o quanto foi bom para mim aquele hábito da infância.

Aqueles gibis não são escritos ao acaso, evidentemente que passam por uma eficiente correção ortográfica, o que por si só bastaria para ser incentivada sua leitura, pois por ela pode-se aprender, por exemplo, que determinada palavra se escreve com "s" e não com "ç".

Além de muitas informações contidas nas histórias que nos ajuda em disciplinas como história, geografia e até química. Recordo que foi em um destes gibis que aprendi que a água é composta por duas moléculas de Hidrogênio e uma de Oxigênio e que seu símbolo é H2O.

Fora o quanto estas leituras me ajudaram na hora de elaborar redações, servindo como fonte de inspiração e, confesso, em algum caso, até mesmo recorrendo ao expediente de reproduzir a história completa que havia lido várias vezes, portanto decorado na memória, como se fosse minha.

O nome disso? Plágio, eu sei, mas vai explicar isso para um garoto de 10 anos precisando de nota.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mais fácil que melhorar, é trocar de nome.

É comum no Brasil quando uma ideia não dá certo ou mesmo quando fracassa na sua intenção, o nome virar um estigma, algo pejorativo e por isso, mudado.

No meu tempo de criança, o grande sarro era falar que alguém havia formado pelo IUB (Instituto Universal Brasileiro), insinuando que o diploma havia sido conseguido por correspondência, que era a forma como este instituto trabalhava.

Não tenho conhecimento para julgar a qualidade do IUB, pois nunca tive acesso a sua proposta curricular, mas hoje, vendo a proliferação de cursos na modalidade de Educação à distância, relembro do preconceito que tínhamos com o pai (avô?) dos cursos à distância.

Não sei se ainda existe, mas se quiser sobreviver, ao IUB seria bom trocar de nome, como fizeram os exemplos abaixo.

De Mobral para EJA.

Nos meus tempos de criança (está ficando chata essa frase), os adultos que não tiveram acesso aos estudos na idade apropriada e o queriam fazer no presente, matriculavam-se no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), criado durante o regime militar brasileiro, mais precisamente no ano de 1967.

Décadas mais tarde foi extinto. Seja pelo anacronismo de sua proposta (voltada aos valores de um regime de exceção), seja pelas cores negativas que o nome trazia.

Virou até ofensa. Chamar alguém de "mobral" significava dizer que a pessoa era burra, atrasada, ignorante.

Evidente que a proposta do EJA é diferente, mas o intuito é o mesmo. E com a vantagem de não haver mais o tom pejorativo.

Pelo menos por enquanto.

De FEBEM para Fundação Casa.

O nome antigo, apesar de uma ótima proposta na sua sigla (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor), sempre foi associado como sinônimo de bandidagem, desorganização, maus tratos.

Quando ouvimos o nome Febem, imediatamente associamos a coisas ruins, não a uma instituição que visa orientar menores infratores.

Por isso, ao invés de mudarem o sistema, mudaram a nomenclatura.

Agora chama-se Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo do Adolescente).

E dentro da própria instituição, outras coisas mudaram de nome:

- Cela é chamada de quarto (apesar de ainda haver grades).
- Menor infrator, delinquente etc... agora são chamados de adolescentes em conflito com a lei.

De João Paulo Cunha para João Paulo.

Após a sequência de denúncias que envolveram este famoso deputado, ilustre cidadão ipuanense, sobretudo o caso do mensalão em 2005, eis que na eleição de 2006 ele passou a ser chamado apenas de João Paulo.

Certamente tendo em mãos pesquisas, pesquisas qualitativas apontando grande rejeição ao nome que figurava nas páginas dos principais jornais e revistas do país e que a simples omissão do sobrenome ajudaria a amenizar os efeitos causados pelas denúncias.

De Malutrom para J. Malucelli para SC Corinthians Paranaense para J. Malucelli.

É um clube de futebol da cidade de Curitiba, fundado em 1994 e que nestes menos de 20 anos, já mudou de nome 3 vezes.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

22 de agosto, dia do folclore.

Defendo, embora sem muita base científica para isso, a equiparação do folclore brasileiro à mitologia grega.

Deveríamos tratar com igual reverência que temos pelo panteão da cultura helênica, as lendas e tradições do nosso rico folclore.

Se na tradição grega havia a Esfinge, que guardava a cidade de Tebas, devorando aqueles que não solucionassem seu mistério (cá pra nós, uma charada bem fraquinha); no Brasil temos a Mula Sem Cabeça, que a mim mostra-se muito mais interessante.

O problema é que nossas lendas não têm unidade, não há, por exemplo, um elo entre elas, como ocorre na mitologia grega.

Eles não se reúnem, não se conhecem, não brigam ou namoram entre si. Salvo raras exceções.

É cada um por si.

Custava o Curupira unir-se ao Boi Tatá para juntos defender nossas florestas? Mas não, cada um o faz isolado na sua região.

Mula Sem Cabeça e Lobisomem formariam uma dupla infernal (desculpem o trocadilho). Muito embora Lobisomem seja uma lenda mundial.

Unidos, pela defesa de nossas águas: Boto Cor de Rosa, Iara e Vitória Régia.

O Negrinho do Pastoreio e o Saci Pererê, até por afinidades étnicas, também se dariam bem trabalhando em conjunto.

Aliás, a história do Negrinho do Pastoreio foi talvez a que mais me surpreendeu na infância escolar, quando a professora não apenas contou, como enfatizou com ares de tragédia, esta triste história.

Gosto das lendas regionais, aquelas que só região bem específica conhece.  Cabeça de Cuia no Piauí, o Chibamba em Minas Gerais e Cobra Norato no Amazonas.

Claro que nosso folclore não se limita apenas aos seres sobrenaturais, mas a um conjunto de lendas, canções, simpatias, ritos, enfim, um complexo cultural que, reafirmo, me apresenta com muito mais interesse que a mitologia greco-latina.

Talvez este seja o nosso próximo "complexo de vira lata" que devemos superar.

Ensinando nas escolas de maneira muito mais incisiva a cultura popular.

E que não apenas na semana de 22 de agosto, mas em várias épocas do ano.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Mau investidor.

Decididamente, não sei investir meu dinheiro.

Ainda que o tivesse, jamais arriscaria ganhar fortunas fazendo aplicações de maior rendimento e, consequentemente, maior risco de perder.

Ouvi certa vez que dentro em breve, Eike Batista seria o homem mais rico do mundo. Pensei em comprar ações de seu grupo, mas desisti por falta de dinheiro.

Ainda bem, pois quem comprou hoje tem um tremendo abacaxi nas mãos.

Mas a prova concreta de que eu seria um péssimo investidor veio recentemente.

Ao fechar um pacote para uma viagem internacional, nem cogitei comprar os dólares necessários para a viagem naquele momento.

Faltavam ainda 4 meses para a viagem e imaginei: "O dólar vai cair e eu compro melhor".

Eis que faltando 20 dias, veio a disparada do dólar.

Pensei em comprar naquele momento, temendo uma nova alta. Não o fiz, imaginando: Não vai subir mais que isso.

E não é que na semana seguinte, quando finalmente eu compraria dólares para a viagem, o preço ainda aumentou mais um pouco?

Regressando da viagem, com um saldo positivo no cartão, vendi o excedente imaginando que o dólar depois desta alta toda, finalmente recuaria e eu perderia ainda mais dinheiro.

Vendi na semana seguinte à minha chegada ao país.

Eis que ontem, nova disparada da moeda americana e o dólar passa da casa dos R$2,40.

Seria um ótimo momento para eu vender e recuperar parte do dinheiro perdido nas malfadadas transações.

Hoje, nem cogito em comprar dólar mais, sei que se o fizer, as ações do Banco Central serão tão precisas que a moeda irá despencar para a casa dos R$2,00 que valiam quando fechei a viagem.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Letras nada a ver.

Escrevi aqui outro dia sobre a música da "Pantera cor de rosa" da dupla Munhoz e Mariano e o quanto esta letra me fez refletir sobre a má qualidade da música brasileira atual.

Nada a ver com o gênero, como as críticas que faço ao Funk, onde por extensão, todas do estilo me são repugnadas.

É que a letra que fala da pantera cor de rosa realmente é um desastre e nem o ritmo eu acho aproveitável.

Mas meu negócio é com letra.

Até por ser professor de Literatura, minha atenção quando ouço uma música é na qualidade literária que a mesma possui.

Riqueza de figuras, metrificação, rima e principalmente, a mensagem que a música transmite, ou pelo menos o significado de suas palavras.

Segue abaixo, algumas canções cujas letras não me agradam:

01. Vidro fumê, de Bruno e Marrone.

A história é a seguinte.

Um cara recebe uma "fita" de que a mulher dele estaria lhe traindo.

O cara a segue para dar um flagrante e confirma a traição, ao vê-la entrando em um carro importado de vidro fumê (insufilm).

Até a í tudo bem, casos de traição são motes comuns na música sertaneja.

O que me tira o sono é o desfecho: Ele a espera chegar em casa para... ter mais uma noite de amor.

"Foi a última noite de amor da gente", encerra o corno.

02. Coisa de amigo, de Chitãozinho e Xororó.

Novamente um conflito amoroso.

Mulher discute com marido e sai de casa.

Ele chateado, telefona para o melhor amigo para desabafar e dizer que a esposa o abandonou.

Eis que ao invés de conselhos, ouve do "amigo" que ela não só saiu de casa como está na casa dele (do "amigo") e que eles se amam e vão ficar juntos.

E o corno chora porque ainda a ama e não consegue viver sem ela.

Conclui: "Até meu cachorro me vendo chorar, chorou comigo".

O cachorro não deveria chorar, mas morder este idiota, isso sim.

E outra: o título diz "coisa de amigo", levar chifre é coisa de amigo??? 

03. Chocolate, de Luan Santana.

Primeiro que não há letra, mas uma colagem daquelas que adolescente faziam em diários com uma mensagem criptografada valendo de embalagens de chocolates, balas, chicletes, etc....

Segundo que é merchan puro e simples. Citar nomes de vários chocolates do mercado (alguns forçando barra para fazer sentido) em uma letra nada a ver.


E nem vou falar das letras sem letras, tipo:

- Tchê tchê rerê tchê tchê.
- Eu quero tchu eu quero tchá.
- Bará bará bará berê berê berê.
- Eu sei fazer o lê lê lê.
- De te colocar no colo e fazer o tchá tchá tchá.

Faltou alguma?

Opine no blog!

domingo, 18 de agosto de 2013

Nos palanques da vida.

Já foi assunto no Blog antigo, mas não custa relembrar. 


Estava no primeiro ano de mandato como Vereador, quando tive acesso pela primeira vez a um Plano Plurianual e a um Orçamento Municipal para um exercício seguinte.

O primeiro, uma lei onde deve constar tudo aquilo que o Prefeito sonha para sua cidade (portanto, muito mais que aquilo que ele realmente vai realizar), o projeto começa no 2° ano de mandato da administração vigente até o final do 1° ano do seguinte (são 4 anos "encadeados"); e o segundo projeto, são todas as previsões de receita e despesa do ano (exercício) seguinte.

Ao analisar, vi que não estava previsto a construção de uma casa de cultura para Ipuã e foi então que resolvi fazer minha primeira emenda a um projeto de lei.

Elaborei uma emenda prevendo a construção de uma casa da cultura para Ipuã.

Pena que não se concretizou naqueles anos em que fui Vereador.

Só fui ver o sonho tomar forma quando ocupei o cargo de Diretor do Depto. de Educação e batalhei pela construção de um Centro de Formação de Professores, que acomodasse Biblioteca, Sala de Internet, sala multimídia, anfiteatro, etc... Elementos indispensáveis para a formação docente e que, em horários alternativos, pudesse ser usado como centro cultural, promovendo a cultura aos moradores de Ipuã.

Discuti o projeto com a Arquiteta em todas as suas etapas, dando uma visão pedagógica a obra, para não ser apenas resultado de discussões arquitetônicas e da engenharia civil, mas uma obra construída sob um olha didático-pedagógico.

Hoje, Ipuã tem um espaço destinado à prática cultural, se a mesma não acontece, é porque cultura não é apenas espaço físico.

Mas isso eu discuto em outra ocasião.

sábado, 17 de agosto de 2013

Com o giz na mão.

Meu gosto pela Literatura Brasileira vem de longa data.

Apresentada com competência apenas no cursinho, em meados dos anos 90, a paixão aumentou a cada leitura que fiz desde então.

E li, senão todos, os principais clássicos da nossa literatura antes mesmo de concluir a graduação.

Na graduação, sempre que possível, eu convergia estudos de modo a pesquisar a literatura nacional sob o olhar histórico.

E não coincidentemente, me tornei professor de Literatura no cursinho da Unesp já no último ano de faculdade.

Quis o destino que anos mais tarde eu voltasse a lecionar Literatura, onde estou até hoje, embora dividindo espaço com outras disciplinas.

Mas a Literatura está na minha raiz.

Tanto que ao me oferecer aula de Programa de Leitura em uma escola, não pensei duas vezes.

E foi aí que a autocrítica apareceu, razão deste texto.

Descobri que não li um livro sequer de Jorge Amado.

E como consta no programa da disciplina a leitura de um de seus clássicos, o estou fazendo agora, após 12 anos de ofício.

A razão de nunca ter lido é uma só: picuinha política.

Apesar de reconhecer o escritor baiano como um dos melhores do país, sua relação com Antônio Carlos Magalhães parecia-me, e ainda parece, uma traição ao seu passado comunista, passado este que resultou no livro "Luis Carlos Prestes, o cavaleiro da esperança".

Não me parecia coerente que a mesma pessoa que enalteceu o maior líder comunista da história deste país, vivesse de braços dados com ACM no presente.

A 2ª geração da prosa modernista foi para mim desde então, a leitura completa da obra de Graciliano Ramos, boa parte da obra de Erico Veríssimo e a leitura de resenhas da obra prima de Raquel de Queirós.

Nada mais que isso.

Jorge Amado, para mim, limitava-se às novelas e especiais da Rede Globo que o ajudaram a tornar-se o escritor mais popular do Brasil, um dos escritores brasileiros mais lidos e traduzidos no mundo, superado apenas pela aparição do Mago Paulo Coelho como fenômeno editorial.

E agora, compelido a ler Jorge Amado vejo o quanto eu perdi.

Perdi não, na verdade ocupei-me de outros clássicos igualmente importantes dentro da nossa literatura.

A picuinha política tem sido deixada de lado a cada folha que leio.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Uma particularidade de Barretos nesta época do ano

Apesar de todo ano ser da mesma maneira, sempre me surpreendo quando fico sabendo que as aulas em faculdades na cidade de Barretos acabam sendo paralisadas em razão da realização do mais famoso rodeio do país.

Não sei se faz parte do calendário oficial das Universidades, ou se há alguma compensação, se é um acordo tácito ou um paredão inevitável que, por frequente, caiu no senso comum.

Verdade é que os alunos após duas semanas de volta às aulas, param por 10 dias em razão do "Barretão".

É como se houvesse férias 3 vezes no ano.

E como não conheço os meandros regimentais de tal atitude, resta apenas a análise sob o ponto de vista sociocultural.

É de se enaltecer que uma cidade cuja tradição de uma festa é maior que os limites geográficos da mesma, estabeleça um calendário diferenciado de modo a dar suporte à manutenção da tradição.

O mesmo deveria ocorrer no ano que vem, quando teremos a realização de uma Copa do Mundo de Futebol em nosso país, cujo certame realizará parte em período letivo, parte nas férias de julho.

Não sei se alguém já lançou esta ideia mas fica aqui registrada minha opinião de que as férias escolares de 2014 devam coincidir com o período exato da realização a Copa do Mundo.

Compensando com a antecipação do início do ano letivo e a postergação de seu final para cumprir o pressuposto legal obrigatório de 200 dias letivos no ano.

Melhor fazer assim do que fingir que haverá aula em dias de jogos do Brasil ou que o clima de festa nas cidades sede não irão prejudicar o andamento das aulas no período de realização do evento.

Como imagino que tanto o Ministro da Educação como o Secretário de Estado da Educação de São Paulo sejam fieis leitores deste Blog, registro a minha sugestão.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Dia do solteiro.

Como não bastasse existir o Dia do Amante (22/09), descubro graças ao feicebuqui que existe, e é hoje, o dia do solteiro.

Curioso como a expressão "solteiro" ganha contornos depreciativos quando colocada no aumentativo.

Ou vai me dizer que quando ouve a palavra "solteirão" logo não vem à mente a imagem de um homem velho, melancólico e feio?

Pior ainda no caso do feminino.

O estereótipo da solteirona no senso comum é o da mulher desiludida, amargurada, remoendo antiga paixão, razão pela qual não mais se casou novamente ou apenas lamuriando a má sorte de não ter encontrado o homem ideal.

Para o homem tem ainda o agravante de ficar cada vez mais difícil encontrar jogadores para disputar o famoso solteiros x casados no futebol de fim de ano.

Pois no dia de hoje, Dia do Solteiro 2013, este Blog, cumprindo sua função social e porque não dizer, em causa própria, celebra o dia com uma seleção escolhida a dedo.

Do goleiro ao técnico, um time de estrelas que não pretende passar perto do altar num futuro próximo:

No Gol: Leonardo Di Caprio.

Na zaga: Lindsay Lohan e Amanda Bynes.

Meio Campo: Hugh Grant, Gerard Butler, Collin Fahell e Eva Mendes.

Ataque: Charlie Sheen e Cameron Diaz.

Técnico: George Clooney.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Recomeça o julgamento do Mensalão.

Recomeça hoje o julgamento do maior escândalo da história da República: O caso do Mensalão.

Entra agora na fase da análise dos tais embargos declaratórios e embargos infringentes. Coisa do "Direitês", que o Blogueiro não entende muito bem.

Com 2 novos membros escolhidos (a dedo?) pela Presidenta Dilma, as próximas sessões vão selar o destino dos condenados.

Para os réus julgados e condenados, a chance de revisão da sentença e redução da pena.

Para o Partido mais afetado pelo esquema, a chance de "limpar" seu nome desse mar de lama.

Para os Ministros do Supremo, hora de provar isenção.

Para o povo brasileiro, momento para acreditar na justiça e ver bandidos de gravata na cadeia.

Para a juventude, caso termine em pizza como tantas vezes assistimos, a chance de voltarmos às ruas com o dobro de pessoas, e uma única causa.

Sei não, mas se terminar em pizza, as ruas ficarão pequenas.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Slogans da mídia.

Há décadas a Rede Globo lança um slogan diferente a cada ano como mote central da programação.

Geralmente chamados nas transmissões de futebol quando o jogador chuta a bola para longe e o Galvão Bueno diz: "Globo..." e solta o slogan, logo em seguida.

Marqueteiro amador, gosto de apreciar slogans diversos, analisá-lo sob a perspectiva da mensagem que transmitem.

Segue abaixo alguns breves exemplos de slogans usados por veículos de comunicação que na minha modesta opinião, casaram perfeitamente com a proposta da empresa.

01. "Dá um sorriso aí pra mim". Do locutor Alexandre Mechan, da Rádio Conquista FM.

É impossível não sorrir depois deste "apelo" do locutor aos ouvintes da rádio.

Na solidão da estrada, dirigindo nos mais variados horários, doido pra chegar em casa, nunca neguei o pedido e sempre ria sozinho quando ouvia o bordão.

02. "A rádio que toca notícia". Rádio CBN.

Uma rádio que nasceu com a proposta de levar notícias, informação, cultura e diversão aos ouvintes, sem tocar programação musical, a frase está em perfeita sintonia com a proposta da emissora.

03. "Em 20 minutos tudo pode mudar". Rádio Band News.

Concorrente da CBN, a Band News aposta no diferencial de atualizar as notícias do dia a cada 20 minutos, uma vez que a concorrente o faz a cada meia hora.

E ao pensar na velocidade com que as coisas acontecem nos tempos atuais, o slogan nos faz parar e pensar que 20 minutos são, de fato, uma eternidade a ponto de gerar uma mudança 180º.

04. "Informação é o nosso esporte". ESPN Brasil.

O canal de tv por assinatura ESPN Brasil dispõe de uma rica programação jornalística crítica.

Com o objetivo de bem informar o telespectador, a quem eles chamam de "fã do esporte", com jornalismo sério e sem "fazer média" com empresas e poderosos do esporte, informar de fato se torna o principal esporte da emissora.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A Pantera Cor de Rosa merecia coisa melhor.

Sou apaixonado por música desde sempre.

Não sou do tipo "patrulheiro" ou "extremista" como diz uma amiga quando se refere às pessoas que desdenham de gêneros musicais tidos como inferiores.

Todos os gêneros têm seu valor. E todos eles têm músicas boas e músicas ruins.

Não sou do tipo "o que eu não gosto, não presta".

Nem do tipo "o que eu gosto é que é bom".

Mas sempre que posso, critico músicas que considero ruins.

Outras tantas sei que são modismos, e logo cairão no ostracismo.

Funk por exemplo. Sempre critiquei a letra das músicas quando vulgares.

Mas isso tudo é pra dizer que ao 36 anos de idade, tendo ouvido de tudo nessa vida, de clássicos a besteiras, ainda me surpreendo.

A música da Pantera Cor de Rosa da dupla Munhoz e Mariano é, disparado, a pior excrescência musical que ouvi na vida.

Lixo sonoro da pior qualidade.

Para uma dupla que explodiu nacionalmente com um hit que os catapultou ao sucesso, era de se esperar coisa melhor para se manter no patamar que alcançaram.

Depois de ouvir esta canção tomei a seguinte decisão: Vou a pedir desculpas a cada fanqueiro que critiquei.

domingo, 11 de agosto de 2013

Nos palanques da vida.

Fui procurado por um de nossos candidatos a vereador na campanha de 2004 com o seguinte pedido.

Queria o candidato que o partido pagasse um carro de som para que, no dia dos pais, circulasse na cidade com uma mensagem dele parabenizando os pais ipuanenses.

Naquela campanha eu era uma espécie de ponto de convergência entre os candidatos a vereadores e o candidato a prefeito, dada a minha proximidade com este.

Levei-lhe o pedido e foi atendido.

Não me recordo bem, mas acho que aquele foi o único candidato a utilizar-se desta estratégia naquela eleição.

Estratégia que sempre haverá quem olhe com desconfiança, acusando oportunismo eleitoreiro; como há quem veja como um gesto de nobreza e educação.

Seja como for, não deixa de ser uma atitude simpática com a população, aproveitando-se de que o dia dos pais é a única data que existe dentro do período eleitoral para que os candidatos manifestem seu apreço.

Páscoa acontece no mês de março/abril, o dia das mães em maio e natal em dezembro. Todas estas, fora do período eleitoral (Julho - Outubro).

E o dia das crianças, 12 de outubro também, pelo menos para nós ipuanenses que não temos 2º turno na eleição municipal.

sábado, 10 de agosto de 2013

Com o giz na mão.

Toda escola tem seus eventos.

Feiras de Ciências (ou de Conhecimentos), viagens, gincanas, competições esportivas,...

Confesso que muitas vezes fico até irritado por ter a aula "prejudicada" em razão destas atividades paradidáticas.

Amo dar aula, é só o que sei fazer (e mal, diga-se de passagem) e me realizo dentro da sala de aula.

Então, quando meu trabalho sofre uma pequena interrupção em decorrência destes eventos, quando vou começar a esbravejar, recordo de uma coisa:

- Tão importante quanto as aulas expositivas diárias a que a escola oferece aos alunos, são as atividades integrantes do currículo escolar.

E quando vejo alunos mais tímidos, introspectivos ou mesmos os mais atentados e muitas vezes relaxados em sala de aula, mostrar um empenho enorme na realização e no sucesso do evento, engulo minhas palavras e dou a mão à palmatória.

Não raro, sou surpreendido com algum aluno que ajuda numa Feira de Conhecimentos de modo que eu nunca imaginei que ele o fizesse.

Muitos alunos simplesmente se transformam nestes eventos.

Então, que tenhamos mais eventos assim nas escolas.

E que eles sejam cada vez mais didático-pedagógicos e menos entretenimento (pra não dizer circense).

Que tenham como pano de fundo uma proposta pedagógica.

E para nós professores, momento de repensarmos nossos métodos seculares de transmissão do conhecimento e mudar.

Quem sabe não seja essa a saída?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Feira do Conhecimento + Feira do Livro = Cultura na cidade.

Nesta sexta e sábado, a cidade de Ipuã presenciará um evento sem precedente em sua história.

Uma Feira de Conhecimentos e uma Feira do Livro acontecendo simultaneamente.

O evento, ou melhor, os eventos serão promovidos por uma escola particular da cidade e o Blogueiro terá o prazer de participar não só como público, mas também na condição de orientador de alguns, dos muitos, trabalhos a serem expostos.

A Feira do Livro, que ocorre pelo 2º ano consecutivo, terá como escritor homenageado, o poeta Vinícius de Moraes. Contribuição da escola para os festejos em comemoração aos 100 anos do poeta neste ano de 2013.

Comemoração que se estenderá ao final de cada dia do evento com atrações musicais diversas: sertanejo universitário (muito bem) representado por artistas da cidade, canja de canções do Vinícius de Moraes, e muito mais.

Um fim de tarde/começo de noite que agradará a todos.

Os eventos serão realizados na Praça Matriz.

Não espere encontrar o Blogueiro na sexta, pois compromissos profissionais me tiram da cidade neste dia.

No sábado estarei lá, o dia todo.

E à noite principalmente.

Para quem reclama, e com toda razão, ou pelo menos reclamava antigamente da falta de opções culturais na cidade, deixar de prestigiar este evento é corroborar as palavras de Cazuza: "suas ideias não corresponder aos fatos".

Portanto, enjoy!

PS: E a quem se perguntar o que Vinícius de Moraes tem a ver com Feira do Conhecimento? parece que ele próprio se perguntou sobre isso, e não negou participação no evento.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dilma sanciona Estatudo da Juventude.

A Presidenta Dilma, jogando pra torcida, aprovou sem vetos o novo projeto de lei da meia entrada, presente no Estatuto da Juventude.

Trata-se de um projeto que prevê 50% de descontos para estudantes menores de 29 anos em eventos esportivos, musicais, culturais e em viagens interestadual de ônibus.

Não para todos, apenas para os estudantes de baixa renda, comprovada por meio da inscrição destes alunos no cadastro único do Governo Federal.

Ainda assim, não mais que 40% dos ingressos para estes eventos e 4 assentos serão disponíveis aos beneficiários.

Assim, vale a "lei da ordem de chegada", bebendo água limpa quem primeiro chegar.

Não dá para não lembrar que este Blogueiro, quando vereador, também sonhou com uma Lei da Meia Entrada em nossa cidade.

Não apenas sonhou, mas aprovou-a.

Porém, forças nada ocultas trataram de derrubar o projeto. Inclusive na justiça.

Fosse hoje, talvez a juventude fosse à rua pedir a aprovação do Projeto.

Aliás, a mesma rua que fez com que Dona Dilma e o Congresso desentulhasse uma série de projetos parados há tempos.

Como este, por exemplo.

Por isso eu disse que ela "joga para a torcida".

Não fosse o outono Brasileiro ir ao meio fio exigir mudanças, tudo continuaria na mesma.

Pena que a Lei da Meia Entrada, que existe para beneficiar estudantes, dando-lhes oportunidades de participar da vida cultural do país e usufruir o merecido lazer, socializado com a redução no preço do ingresso, tenha sido tão deturpada por falsários que utilizam-se de carteiras fictícias (facilmente confeccionadas em casa ou lojas especializadas) para se passar por estudantes.

Por essa razão, muitos estabelecimentos têm negado o direito ao estudante.

O correto seria um cadastro único nacional de todos os estudantes do país, facilmente consultável por meio de site na internet.

Algo tipo a "Prodesp" para os alunos da rede estadual paulista.

Bastaria digitar o n° do aluno e o código da faculdade para ver, em tempo real, se a carteirinha é verdadeira.

Enquanto isso não acontece, ficamos à mercê da boa vontade dos organizadores de evento e/ou roubados por falsários.