“Ninguém é cidadão”, disse um compositor.
E talvez não esteja errado,
Não que cidadania não
exista, por favor,
Mas é difícil de ser
conceituado.
E quem sabe, nem sabemos ao
certo a sua definição,
Não quero o conceito
pré-determinado,
“Usufruto de direitos civis
e políticos de uma nação”,
Quero exemplos e atitudes, e
não palavras
Que sempre repetem o mesmo
chavão.
Mas o que é cidadania
afinal?
O poder ir e vir,
O poder que vai e vem;
Tudo como lhe convém.
O prato de comida, que
liberta e aprisiona;
A coisa pública que nem
sempre funciona.
Da liberdade de expressão,
À libertinagem da razão.
Do direito adquirido,
Ao dever às vezes esquecido.
O papel jogado no lixo,
O voto jogado na urna;
E o resto que se lixe.
A Educação que consente,
Única maneira de ser uma
nação consciente.
Consciência, atitude e
cidadania,
Governo do povo,
participação, Democracia.
Cultura, justiça e
solidariedade,
Respeito, união, dignidade.
Ter saúde e não doença,
Não ter preconceitos, viva a
diferença.
Ser fraterno em todo lugar,
Dar o peixe e ensinar a
pescar.
Fazer da natureza, a nossa
maior riqueza
E ela preservar.
Amar a Nação e honrar a
tradição;
Ter uma identidade cultural,
Beijar a bandeira e o
brasão,
E até cantar o Hino
Nacional,
Mas o que é Cidadania
Afinal?
Talvez nem tenha uma única
definição,
Ou seja diferente para cada
cidadão.
Há quem pense que ela nem
mesmo exista,
Outros afirmam que não se
adquire,
- Cidadania se conquista.
Há quem diga que é
privilégio,
Coisa de quem tem comida,
trabalho e colégio;
E dizem ainda que ela não é
igual,
Para quem não tem capital.
Mas se assim fosse, seria
fácil a solução,
Era só dar comida, e pronto!
Qualquer um é cidadão.
Cidadania é uma busca
histórica,
Difícil de explicar apenas
com retórica.
E se apenas com palavras não
entendo,
É porque cidadania se
aprende vivendo.
Então viva a cidadania.
Que talvez seja um conceito
Que se aprenda a cada dia,
Talvez um sonho dantesco,
Uma reles utopia.
Presente nos grandes
exemplos,
De hombridade e ideologia.
Ou em ações singelas,
Como esta simples poesia.
Seja como for, queremos dia
a dia,
Para agora ou futuras
gerações,
Cidadania, ainda que tardia.
Orandes Rocha.
Ipuã 28/29 de agosto de 2002.
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