sábado, 24 de agosto de 2013

Com o lápis na mão.

Quando criança, nunca gostei de ler.

Exceção feita aos gibis.

Não todos, apenas os gibis do Maurício de Souza, não gostava, por exemplo, dos gibis das personagens de Walt Disney.

Abre parênteses:

Não consigo falar ou escrever Walt Disney sem recordar de um aluno que tive.

No primeiro dia de aula, perguntei seu nome e ele respondeu: Valdisnei.

Questionado sobre a origem de nome tão incomum, ele respondeu:

- Meu pai gostava de assistir uns desenhos na televisão e sempre que passava, aparecia o nome Valdisnei.

Fecha parênteses.

Curioso como que na época a leitura destes gibis não era vista como um ato de aprendizagem, mas uma leitura supérflua, sem reflexos na educação.

Hoje percebo o quanto foi bom para mim aquele hábito da infância.

Aqueles gibis não são escritos ao acaso, evidentemente que passam por uma eficiente correção ortográfica, o que por si só bastaria para ser incentivada sua leitura, pois por ela pode-se aprender, por exemplo, que determinada palavra se escreve com "s" e não com "ç".

Além de muitas informações contidas nas histórias que nos ajuda em disciplinas como história, geografia e até química. Recordo que foi em um destes gibis que aprendi que a água é composta por duas moléculas de Hidrogênio e uma de Oxigênio e que seu símbolo é H2O.

Fora o quanto estas leituras me ajudaram na hora de elaborar redações, servindo como fonte de inspiração e, confesso, em algum caso, até mesmo recorrendo ao expediente de reproduzir a história completa que havia lido várias vezes, portanto decorado na memória, como se fosse minha.

O nome disso? Plágio, eu sei, mas vai explicar isso para um garoto de 10 anos precisando de nota.

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