segunda-feira, 31 de março de 2014

50 anos de uma aberração.

O Blogueiro é formado nas instituições políticas democráticas.

A Democracia é minha escola foi minha escola política desde os primórdios.

E posso afirmar: apesar dos inúmeros defeitos que ela tem, ainda é a melhor forma de governo inventada pelo homem.

Razão pela qual a data de hoje não é uma data para ser comemorada, tampouco esquecida.

Hoje faz exatos 50 anos (na verdade foi no dia 1º de abril, mas para não virar chacota de dia da mentira, alteraram a data na história) do Golpe Militar de 1964 no Brasil.

Ao lado da Guerra do Paraguai e Guerra de Canudos, uma das 3 maiores vergonhas do Exército Brasileiro.

Há 50 anos tiravam de nós o nosso direito mais sagrado: o direito à liberdade de expressão.

O que se viu ao longo dos 20 anos que se seguiram ao Golpe, chamado de "Revolução"pelos que o defende, foi uma página infeliz da nossa história: prisões, torturas, mortes, exílios, cerceamento da liberdade, perseguições, fechamento do Congresso, etc etc etc

Em nome que de?

Do Brasil não virar comunista?

Mentira. O Golpe já estava ensaiado desde o Governo de Getúlio Vargas, cuja morte desarticulou os militares na tentativa de golpe. E Getúlio sequer era comunista, aliás, era de direita, havia sido ditador no Brasil e com simpatia por regimes autoritários.

Progresso econômico?

Outra falácia. Os dados mascarados da nossa economia não permite que possamos afirmar que de fato vivemos, naquela época, um período de milagre econômico. A prosperidade a que enaltecem os militares de que o país viveu foi um engodo, não contestado na época por razões óbvias: ninguém tinha liberdade para isso.

Ordem social?

Ouço pessoas dizerem que na época dos militares havia maior segurança, menos criminalidade.

Se é fato que o clima de medo que aterrorizava cidadãos de bem também aterrorizavam bandidos, o mesmo não se pode dizer dos bandidos de terno e gravata, que naquela época também infelicitavam nossa política e como a imprensa era censurada, não ficávamos sabendo.

Enfim, já deu pra perceber o que eu penso do Golpe Militar de 64.

O que me desgosta é ver hoje, em pleno século XXI, pessoas defendendo regime de exceção em nosso país, alguns até pedindo sua volta, falando com ares saudosistas que aquele tempo sim era bom.

Vejo jovens organizando marchas que remontam as marchas organizadas para apoiar o regime, vejo políticos conservadores de direita, travestidos de moral religiosa, aproveitarem-se deste nicho eleitoral para defender ideias pra lá de absurdas.

Sabe o que todos estes casos citados têm em comum?

Todos eles estão no seu direito de expressar-se livremente, sem que haja qualquer exército batendo em suas portas, ou polícia secreta lhe vigiando.

Espero pelo menos que estas pessoas que hoje podem "falar o que bem desejam" agradeçam àqueles que no passado foram presos, torturados, mortos e exilados lutando para que hoje, estas mesmas pessoas que os critica, tenham o direito que lhes fora negado no passado.

Lamento no fundo da minha alma não ter vivido naquela época para pegar em armas e lutar pela democracia.

Mesmo que hoje políticos corruptos sejam eleitos, mesmo que haja impunidade, mesmo que a justiça seja por vezes morosa e anacrônica, mesmo com tantos defeitos que possamos apontar, continuo acreditando que a culpa são dos homens, não da instituição.

A instituição DEMOCRACIA esta é inatacável.


PS: O blogueiro encontra-se longe de seu computador pessoal e, portanto, longe de seu corretor ortográfico. Razão pela qual o texto de hoje deve conter mais erros que o comum. Recebam minhas sinceras "discurpas".

domingo, 30 de março de 2014

Nos palanques da vida.

Quando Vereador votei contra alguns projetos de lei que entendia injustos com a população.

Dos que consigo lembrar sem recorrer aos arquivos:

01. O projeto que criava a taxa de iluminação pública, que votei contra não pelo valor, que seria quase irrisório, mas pela sua ilegalidade. Duas vezes enviado, duas vezes rejeitado.

02. Projeto de Lei aumentando o ISSQN dos motoristas de caminhão.


Não ousaram, na nossa legislatura, enviar projeto de lei aumentando valor do IPTU> Sabiam que não seria aprovado.

Sempre defendi que uma Administração pode reajustar valores dos impostos e assim aumentar a arrecadação, mas até mesmo pela minha militância de esquerda, que o faça sobre quem tem mais.

Não se pode onerar a todos igualmente, deve-se cobrar mais impostos de quem ganha mais não de quem ganha pouco.

Reconheço desconhecer a legalidade da minha ideia, mas minha experiência é o bastante para saber que a legalidade de certas ações são mais em cima da vontade do governante que a regência de leis maiores em nosso país.

A fórmula a ser equalizada é: aumentar a arrecadação sem onerar o mais pobre.

Este é o desafio para esta - e para a próxima - administração.

Quem sabe na próxima eu não possa contribuir?!

Coleta de lixo à noite.

Começa amanhã em nossa cidade uma ideia que tem tudo para dar certo: a coleta de lixo durante a noite.

Digo que tem tudo para dar certo porque à noite o trabalho pode ser feito mais calmamente, sem acorreria que acontece durante o dia onde o trabalho dos garis e motorista do caminhão disputam espaço e tempo com os cidadãos também em seus primeiros horários, e portanto os mais corridos, de trabalho.

A ideia não é original, muitas cidades a utilizam, sobretudo as grandes cidades, mas em nossa realidade, trata-se de uma ideia inovadora em uma área que pouca coisa foi feita nos últimos anos para melhorar a qualidade do serviço oferecido à população.

Mas torcer e acreditar que dará certo não significa que na prática a ideia se mostrará eficiente.

Acredito que haja inúmeros empecilhos para tornar esta ideia exequível. Do adicional noturno a que os servidores passarão a ter direito, à logística de coleta que certamente sofrerá mudanças.

Mas acredito também que todos são perfeitamente solucionáveis e/ou contornáveis em nome de uma, repito, melhoria na qualidade do serviço de coleta de lixo doméstico oferecido à população.

Que não desanimem aos primeiros problemas ou críticas, utilizem pelo menos o mês todo como teste para então ao término de abril, avaliar o que teve de positivo e negativo, mantendo o primeiro e corrigindo, se possível, o segundo.

E então adotem como prática constante a coleta noturna do lixo.

Outro problema que o Exmo Sr Prefeito enfrentará é a paternidade da ideia.

Como diz o ditado "se o filho é bonito todo mundo quer ser o pai", portanto se a ideia vingar não faltarão políticos requerendo o DNA do projeto; mas se infelizmente não der certo, como na "jenial" ideia de encher o lago da Prefeitura com águas do lago do Clube (ideia já abandonada e a foto do "autor" desaparecida da página da Prefeitura), nem o Programa do Ratinho conseguirá encontrar o pai da criança.

Pior, é bem capaz de pessoas próximas falarem que te avisou mas o Sr não quis ouvir.

Seja como for, parabéns pela iniciativa e torço - e colaboro - para que dê certo.

sábado, 29 de março de 2014

O que pude apurar sobre o IPTU em Ipuã.

Com base no que foi divulgado no Jornal "A Voz Ipuanense" e conversando com fontes que, sob a garantia do anonimato me deram importantes explicações, o que apurei sobre o aumento do IPTU em Ipuã foi:

01. O reajuste foi dentro da inflação (4%) e, por isso, feito por decreto, sem a necessidade de aprovação pela Câmara de vereadores. Tudo como manda a legislação.


02. O que aconteceu foi a alteração na Planta Genérica de Valores (PGV).


03. A cidade é dividida em 4 zonas de acordo com a sua localização, cada zona corresponde a uma tarifa de IPTU.


04. Áreas localizadas em bairros afastados são zona 4, em áreas melhores localizadas (centro e bairros tidos como nobres por exemplo) são zona 1.


05. Houve um reenquadramento por entender que muitos bairros valorizaram e deveriam "subir" na escala, sendo alocado em zona superior.


06. Isso explica o aumento no valor do IPTU de alguns imóveis, variando em alguns casos em torno de 120%, como no "centro expandido" da cidade (margem direita do córrego Santana entre as ruas Marechal Deodoro e Eduardo Silva) que passou de zona 3 para zona1.


07. A medida foi tomada por meio de um Projeto de Lei criado pelo Prefeito e enviado à Câmara Municipal, que aprovou o Projeto com voto contrário de apenas 1 vereador.


08. O Bairro da Capelinha foi enquadrado como zona 3, antes era zona 4. Isto representou uma majoração em torno de 100% aos contribuintes daquela localidade.

09. Jardim Paraíso e Jardim Alvorada passaram de Zona 2 para Zona 1.

E chega de falar de zona, aliás nome apropriado, pois o que aconteceu na prática, foi um significativo aumento tributário para os cofres do contribuinte ipuanense.

Fosse no Governo anterior, as redes sociais e rodas de botequim não teriam outro assunto e os patrulheiros estariam em polvorosa descendo a lenha no então Prefeito.

Mas como agora quem governa a cidade é o partido político de seu agrado, se calam hipocritamente e apóiam qualquer ação, ainda que prejudicial aos seus bolsos.

Que Prefeito seria tolo de perder uma chance destas e aumentar a arrecadação do Município?

Com o giz na mão.

Querendo ousar em uma aula na faculdade, coisa que nem sempre me sinto confiante em fazer, e aproveitando que os próprios alunos pediram, resolvi passar o filme "Encontrando Forrester" para uma das minhas turmas da pedagogia.

A propaganda que eu fiz do filme e mostrando a eles o quanto o enredo fechava - e muito bem - tudo o que havíamos aprendido no bimestre (educação e ideologia, fracasso escolar, cultura) influenciou no pedido deles, faltava então eu criar a coragem para arriscar.

E arrisquei.

Apesar dos problemas técnicos:

01. Tempo.

O filme ocuparia muito mais que minhas duas aulas (90 min) o que me proporcionou a seguinte dúvida: Passo o filme em duas partes (quarta e quinta) ou opto por "invadir" a aula seguinte?

A aula seguinte era de ninguém menos que o coordenador do curso, que prontamente atendeu meu pedido.

Mas fiquei com receio, optei por passar em 2 capítulos e agradeci a ele a maneira solícita com que atendeu meu pedido.

02. Áudio.

O áudio do filme estava muito baixo, minha caixa de som não conseguia emitir som em volume satisfatório.

Apesar do filme ser legendado, o áudio faz muita falta.

Contei com a compreensão dos alunos e que "toleraram" o áudio quase inaudível, salvo às vezes em que desligávamos o ar e ventiladores e então o volume melhorava.

E desta forma apresentei aos alunos o filme, para mim, tão significativo.

E a satisfação de ver o quanto foi significativo para eles também.

Curioso como um "simples" filme pode ajudar a resumir um bimestre todo de aulas.

Ano que vem repito a experiência, com maior segurança e, claro, uma caixa de som melhor.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Alguém me explica o IPTU?

Ainda não entendi, não sei se por ignorância ou por falta de informação mesmo.

Mas alguém me explica o que aconteceu com o valor do IPTU em Ipuã?

Foi reajustado além da inflação?

Houve uma redefinição nas áreas urbanas e consequentemente a majoração dos valores venais e do IPTU?

Passou pela Câmara?

É legal?

É moral?

E principalmente: Ninguém reclamou?

quinta-feira, 27 de março de 2014

Programação da Festa da Soja 2014.

O crédito pela notícia se ver ao radialista Ipuanense Ricardo Oliveira (aqui).

Abaixo, segue a programação da Festa da Soja 2014, na vizinha São Joaquim da Barra.

25/05 - Zé Henrique e Gabriel
26/05 - Só pra contariar.
27/05 - Cristiano Araújo.
28/05 - Gustavo Mioto.
29/05 - Cláudia Leitte.
30/05 - Guilherme e Santiago.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Parabéns Ipuã - 65 anos.

"Canção do repatriado".

Minha terra tem palmeiras
Ornando nossa avenida
E também tem muita gente
Preocupado com tua vida.

No céu não vejo estrelas
E isso muito me encana
Deve ser a fumaça
Que vem da queimada da cana.

Já não temos olhos d'água
Por causa de uma mania
Estão secando nossas águas
Lavando calçada todo dia.

Minha terra tem política
Que sempre acaba em confusão
Muita gente perde tempo
Brigando por eleição.

Nosso povo é mais festeiro
Bendito louvado seja
Por isso adoram 3 caixas:
De Som, de Foguete, de Cerveja.

Em cismar sozinho à noite
Mal percebo já é manhã
Apesar de tudo que escrevi
Não me imagino longe de Ipuã.

terça-feira, 25 de março de 2014

Hoje tem Cézar e Paulinho (Um pedido ao Exmo Sr Prefeito).

Prezado Exmo Sr Prefeito José Francisco de Souza Ávila,

Primeiramente peço licença para chamar-lhe pela alcunha a que a maioria dos cidadãos ipuanenses lhe trata: Nenê Barriga.

Venho por meio deste singelo Blog, acessado por 9 insistentes leitores que nada melhor têm a fazer e por isso digitam em seus navegadores o nome do blogueiro seguido pelo domínio blogspot.com.br todos os dias assim que acessam a internet, pedir-lhe o seguinte:

Sei que não temos maior contato, e que não tenho poupado palavras (não lisonjeiras) a alguns fatos e pessoas de sua administração, mas o respeito que lhe tenho e o bom senso que todos que o conhecem melhor garantem que Vossa Excelência tem, não impedirá de mover seus esforços e atender meu pedido.

Nossa cidade está em festa pelo aniversário de 65 anos, com ótima programação promovida pelo senhor.

E Vossa Excelência, na qualidade de autoridade política maior do município, utilizando-se das prerrogativas inerentes ao cargo, poderia solicitar da dupla Cézar e Paulinho, seja por intermédio do empresário da dupla, seja pessoalmente aos cantores, que não cantassem as canções "Morto de saudade sua" e "Duas vezes você" na apresentação de logo mais à noite.

Não sei se aguentaria ouvir sem beber muito! Existe até o risco de um eventual coma alcoólico. É que o blogueiro padece do mesmo mal que acometia os trovadores provençais, a coita amorosa. E se nos tempos idos as cantigas eram as melhores soluções para a moléstia amorosa, na pós modernidade ela só passa (ou pelo menos ameniza) com doses cavalares de álcool.

Sei que não é o correto, mas o que fazer? O coração tem razões que a razão desconhece.

Vossa Excelência não vai querer ser responsabilizado pela minha embriaguez, tenho certeza disso.

Opção mais fácil seria eu não ir ao show, mas não quero perdê-lo. Gosto da dupla, elogiei a indicação para a grade de shows do aniversário de nossa querida Ipuã, certamente estarei presente logo mais.

Mesmo porque ainda tem: Amor além da vida, Viajante solitário, Companheiro é companheiro (preste atenção nessa letra Prefeito!!!!), Só por você, Verdade de pescador, Faz de conta que eu sou ele, I love you baby, Fusca 66, Nóis não vive sem muié...





segunda-feira, 24 de março de 2014

Hoje tem Fat Family.

Despontando no final dos anos 90, o Grupo Fat Family sempre se caracterizou pelo excelente vocal que os irmãos da cidade de Sorocaba apresentam em suas gravações.

Donos de vozes inconfundíveis e afinadas, criaram um estilo próprio, algo só visto antes, apesar de em outro estilo musical, por grupos como Quarteto em Cy e MPB4.

A originalidade do grupo também é estética.

As vozes afinadas e o estilo conferem ares de excentricidade, por ser um grupo de irmãos caracterizados pela forma física que foge da estética padrão.

Em um universo cada vez mais pautado pela aparência física, um grupo musical formado por irmãos acima do peso (daí o nome do grupo) já seria o bastante para chamar a atenção.

Mudanças na banda têm ocorrido no limiar do século XXI.

A deserção do biotipo "Fat" de alguns integrantes, a tentativa de carreira política por outros e, mais recentemente, a adoção do estilo Gospel, o motivo de se apresentarem na cidade hoje, promoveram mudanças radicais no grupo.

Hoje eles se apresentarão no palco do recinto de festas, em um show que acredito ser um dos mais originais de nossa cidade, acostumada ao sertanejo, intercalado por raros shows de forró, rock e MPB.

Vejo a apresentação do Fat Family em Ipuã como uma grata surpresa. Seja para o fiel público evangélico, seja para os amantes da boa qualidade vocal, tão rara nos dias atuais na música brasileira.

E só para lembrar: Não deverá haver venda de cerveja no recinto, e não teria como ser diferente.

Cazuza já ensinava que "tuas ideias não correspondem aos fatos", não seria de bom tom enquanto a banda entoasse louvores, o público se esbaldasse em coisas mundanas e pecaminosas como bebidas alcoólicas.

Acerta a organização do evento, que certamente o faz por orientação do empresário ou de algum líder religioso ligado à banda.

O blogueiro estará lá, não por ligação religiosa, mas por curiosidade de conhecer de perto o Grupo Fat Family.

domingo, 23 de março de 2014

Hoje tem João Marcos e Matheus.

Pelo segundo ano consecutivo a dupla João Marcos e Matheus se apresenta em nossa cidade.

Coube a eles a honra de abrir a grade de shows dos festejos do 65º aniversário de Ipuã.

No repertório da dupla, muito sertanejo universitário e músicas dançantes para os caboclos que não se avexam e grudam na cintura das gurias para um bom "rala coxa".

O blogueiro, que por displicência, não por descaso, desconhece grande parte do repertório da dupla.

Mas isso será resolvido logo mais à noite, quando estarei prestigiando o evento que não tenho dúvidas será do agrado de todos os expectadores ipuanenses, amante do sertanejo.

Para quem reclama que em dia de domingo não tem nada para fazer em Ipuã, hoje não tem desculpa.

Vamos hoje dar um "rolezinho" pelo recinto de festas e começar a comemorar o aniversário de nossa cidade, que merece nossa presença.


#todomundolá

Nos palanques da vida.

Episódio de hoje: Pescaria esportiva.

Quando Diretor do Depto de Educação, fui durante 2 anos responsável também pela Cultura e Esporte.

E foi nesta época que ajudei a organizar o campeonato de pesca esportiva.

A bem da verdade a ideia não foi minha, mas do então Prefeito que não sei em qual cidade havia visto algo assim e resolveu experimentar.

"Não vai dar certo", pensei eu na solidão do meu gabinete.

Mas no cargo em que eu estava, minha função era fazer de tudo para a ideia dar certo.

Recordo que na manhã do primeiro campeonato de pesca fui acordado logo cedo com a notícia de que uma meia dúzia de baderneiros havia desrespeitado as regras do evento, que só permitiria pesca de pessoas cadastradas previamente, e sem a menor cerimônia, começaram a pescar incitando outros a fazerem o mesmo.

Nem assim estes arruaceiros conseguiram estragar o evento, que foi um sucesso.

A lagoa do clube ficou simplesmente tomada de pessoas e a festa ficou muito melhor do que havíamos planejado e principalmente, do que eu imaginava que seria.

Emissoras de rádio e TV de cidades vizinhas vieram cobrir o evento. Evento aliás que se espalhou para cidades como Guaíra e São Joaquim da Barra nos anos seguintes.

E a pesca que antes do sucesso era tratada como chacota pela pretensa elite social hipócrita desta cidade, que achava um absurdo um evento destes em Ipuã, acabou se firmando como evento oficial, a ponto de ser promessa de campanha, soltar peixes 3 vezes ao ano na lagoa.

Este ano já soltaram peixes uma vez (ano passado foram apenas 2) tem tudo para repetir o sucesso dos anos anteriores.

sábado, 22 de março de 2014

Com o giz na mão.

Não consigo imaginar a comemoração do aniversário da cidade sem a participação das escolas.

Sejam elas municipais, estaduais ou particulares.

E infelizmente é o que tem acontecido em nossa cidade há muitos anos.

Não por culpa das escolas, que pouca coisa podem fazer, mas pelas administrações municipais que não incluem na programação do aniversário, atividades que promovam a participação das escolas no evento.

Ideias não faltam: gincanas, concursos artísticos (pintura, literatura, fotografia), shows musicais (talentos das escolas),...

E tantas outras que tenho certeza que você, ipuanense e leitor deste espaço, já deve estar pensando.

Tirando um ou outro passei ciclístico no passado, e um desfile providencialmente realizado, nada ou pouca coisa (para ser educado) tem sido feita para estimular a participação das escolas no aniversário de Ipuã e assim incluir uma grande parcela da população ipuanense que fica excluída das comemorações.

Os alunos ficam restritos às atividades esportivas, que não são destinados a todas as faixas etárias nem a ambos os sexos.

Não vou me atrever a sugerir tais mudanças na programação do ano que vem, mesmo porque dificilmente eu seria ouvido, mas quem sabe o apelo popular (e nesse eu confio as mudanças necessárias em nossa cidade) não faça este favor.

Para não dizer que é perseguição política: O que eu falei sobre o Baile de Gala há 2 anos.

Só para deixar, apesar de achar desnecessário: Minhas críticas quanto ao Baile de Gala são exclusivamente críticas ao evento, não a quem o realiza.

Sempre critiquei este Baile, mesmo quando o Prefeito era o Itamar Romualdo, que como todos sabem, mais que eleitor, sou contraparente.

Caso não tenha lido, é um bom momento para ler e ver o que eu falava há 2 anos, nesta mesma época.

Para isso, confie no Blogueiro e clique aqui, ou então leia abaixo o texto original, inclusive com os (muitos) erros gramaticais.


***
"Meu coração é povão" (23/03/2012)


Caríssimos Santanenses!

Na proximidade dos 63 anos da nossa querida - e eterna - Santana dos Olhos D'água, dou sequência nas reflexões sobre a comemoração da efeméride.

Já falei sobre os shows, não vou repisar.

Quero falar do evento que felizmente, para mim, há anos não acontece: o baile de gala.

Criado para satisfazer os desejos da elite burguesa ipuanense, ansiosa por participar de um evento digno de suas presenças, sem o desconforto de esbarrar em nós, povão, tampouco o dissabor de ser abordado por embriagados de plantão.

Esse baile era para mim, um monumento à desigualdade social.

Nunca gostei, sempre achei que melhor seria usar esse dinheiro para trazer um show legal, não daqueles artistas da crista da onda, mas uma coisa boa pra marcar a data. Prefiro a proximidade da galera ao distanciamento frio da elite.

Meu S2 é povão!!!

Além do glamour exagerado e desnecessário, havia a escolha da miss Ipuã, o que atrapalhava o baile barbaridade. Tava lá curtindo e de repente, havia um brake e o baile parava por quase uma hora.

Um monte de gatinhas de rostinhos vermelhos e chapinhas no cabelo desfilavam, enquanto a elite enchia a pança e torcia por suas preferidas. O anúncio da vencedora durava uma eternidade e o resultado sempre era alvo de críticas, qualquer que fosse ele.

Sempre sonhei com o dia em que nós, num acesso de fúria revolucionária, invadiríamos esse baile à maneira da tomada da Bastilha, lá na França Absolutista.

Nossa invasão deixaria a elite burguesa perplexa, que, de queixo caído, assistiria à nossa Revolução:

- A banda seria obrigada a tocar Sertanejo, Forró, Pagode e Axé ao invés das baladas anos 50;

- A valsa e o rosto colado seriam substituídos por um bom e velho "rala coxa";

- Cadeiras "arredadas" para aproveitar melhor o espaço;

- Os bem vestidos garçons do baile, seriam agora obrigados a nos fornecer cerveja, e ai se não viesse gelada!

- Legião de homens e mulheres vestidos com camisetas, blusinhas, tênis e alguns até de camisa xadrez e botina no pé, contrastando com os paletós naftalinados e os "pretinhos básicos", que só entraram graças à semanas prévias de dedicação e abstinência alimentar;

- Certamente, a elite ficaria chocada aos ver a cara de repulsa com que comeríamos aqueles embolorados queijos fedorentos e os carpaccios não identificados. Perguntaríamos pelos espetinhos, pastéis e caldos de costela!

- Assim como seria ofensa para eles, a falta de etiqueta na fúria com que devoraríamos as cascatas de camarões.

Já pensaram? Daria até Jornal Nacional.

Felizmente nada disso foi preciso, bastou a revolução silenciosa e cortar o mal pela raiz.

Não pelos mesmos motivos que os meus, mas por questões financeiras.

Ainda assim agradeço profundamente, desejando que o próximo Prefeito, seja ele quem for, não reviva esse apartheid social.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Crise na base aliada.

- Viu só?! A base aliada rebelou!!!

- Era de esperar o Governo não vem bem, além do mais, as indicações para ocupar os...

- O que tem as indicações?!

- Os critérios. Preencheram cargos importantes com companheiros não muito bem quistos pela população.

- Mas aconteceu isso neste Governo?

- Você não viu? Muitos cargos foram preenchidos por aliados de ocasião, indicados políticos, indicados de grandes apoiadores, políticos querendo escada para cargos mais altos.

- E isso rebelou a Câmara.

- Também, mas não nos esqueçamos que a base aliada melindrou quando se sentiu desprestigiada, quis mostrar que tem poder.

- Não é a oposição quem organiza estas ações?

- Que nada, a oposição apenas vai pegar carona na insurreição. É puro fogo amigo que bombardeia o Governo.

- Com certeza.

- Agora ficam aí, obstruindo votações, apresentando requerimentos indesejáveis, querendo prejudicar o trabalho dela.

- Dela?

- É... dela... da Presidenta Dilma. Não é da crise entre o Governo e o PMDB na Câmara dos Deputados que estamos falando???

- Não.

- Sobre quem é então?

- Esquece...

quarta-feira, 19 de março de 2014

Grito do Rock Guaíra 2014.

O blogueiro era criança nos anos 80.

Bem criança por sinal.

Mas nem por isso deixou de se influenciar pela "Década do Rock Brasileiro".

Das Bandas mais importantes do Rock nacional, certamente 75% delas surgiu e fez sucesso nos anos 80.

Razão pela qual sempre digo que é impossível ter sido criança ou adolescente nos anos 80 e ter passado incólume ao rock in roll brasleiro.

Isso tudo para dizer que dia 29 e 30 de março, a vizinha Guaíra fará mais uma edição do "Grito do Rock".

Shows, oficinas, cinema, debates,... muita coisa que vale a pena curtir.

Para saber mais, há um perfil de feicebuqui (aqui) e uma página na internet (aqui).

Abaixo o cartaz com a programação.


terça-feira, 18 de março de 2014

Que o gigante acorde em Ipuã.

Vocês devem estar acompanhando pela televisão que os protestos continuam, sem a força e o direcionamento das jornadas de junho/2013, mas continuam a incomodar autoridades nas grandes capitais.

Lamentavelmente, a irresponsabilidade daqueles que saem às ruas não para protestar mas para badernar acabou fazendo uma vítima, o cinegrafista da Band atingido por um rojão disparado por um idiota.

Casos de destruição e violência infelizmente maculam um movimento legítimo e necessário.

Tão necessário, que me permito a imaginar, e só imaginar, como seria nossa cidade se houvesse tais movimentos fossem realizados em solo santanense...


Mantidas as devidas proporções, o aumento no preço da passagem do transporte público ano passado em São Paulo corresponde ao aumento do valor do transporte universitário, realizado este ano em Ipuã.

Com um agravante: não apenas R$0,20 mas, um valor de R$20,00 foi aumentado de maneira arbitrária e, entendo, ilegal, por ser bem acima da inflação.

Os estudantes então sairiam às ruas exigindo o fim do reajuste.

Tomariam ônibus, peruas e micro ônibus, impediriam que o transporte acontecesse normalmente enquanto não fosse revisto o reajuste.

As manifestações começariam na porta do Almoxarifado (co responsável pelo transporte), desceriam pela via de acesso e chegariam ao Depto de Educação. Dali seguiriam para a porta da Prefeitura e morreriam em frente à Câmara Municipal.

Cartazes do tipo "Não é só pelos R$20,00" seriam empunhados pelos ordeiros manifestantes.

Ainda mantidas as proporções, Baile de Gala e Expuã seriam nossas Copa do Mundo e Olimpíadas.

O grande valor de dinheiro público gasto para uma minoria (a elite burguesa desta cidade) desfrutar seu lazer, também seria algo da fúria dos Black Bocks ipuanenses.

Munidos com máscaras e faixas do tipo:
- "Queremos Educação de Gala"
- "Gastem com remédios o que querem gastar com Ivete Sangalo"
- "Não vai ter baile!!!"

Seriam usadas para promover a protestos pacíficos em nome das reivindicações.

Os professores municipais, sem reajuste salarial e sem o bônus anual do FUNDEB, engrossariam o coro dos descontentes, assim como fizeram muitos profissionais nos levantes do ano passado que viram a possibilidade de se fazer ouvidos pelos governantes.

Bem como outros servidores municipais ipuanenses, que sofrem com a falta de uma política salarial decente, sujeitos a abonos ao invés de reajuste constitucional.

Eleitores com cartazes ostentando nomes de vários políticos da cidade, seguidos de "você não me representa", mostrariam o descontentamento com ocupantes de cargos de confiança e cargos eletivos que não têm sido muito bem avaliados pela população.

Tudo isso realizado na mais perfeita paz!

Sem destruições, sem agressões físicas, sem ofensas, ... apenas palavras de ordem, cantoria, revelando a insatisfação dos diversos setores da nossa sociedade que clamam por mudanças profundas e imediatas na política ipuanense, seja ela política pública, seja ela política de governo.

Não seria o gigante acordando, até porque nossa cidade é pequena; seria mais um anão impertinente, daqueles que não se cala ao primeiro safanão. Que continua firme no desejo de se fazer ouvido.

Se isso acontecesse pode ter certeza, o blogueiro estaria na linha de frente das manifestações.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Analisando as 10 postagens mais visitadas do Blog.

Evidente que tudo o que escrevo é com o intuito de ser lido.

Não teria sentido ser diferente.

Mas sempre digo a quem me pergunta que a quantidade de pessoas que leem meu Blog, apesar de envaidecer quando algum texto alcança números altíssimos, não é mais importante que o ato de escrever.

Compliquei?

Seguinte: eu simplesmente escrevo, se vai dar 300 visitas diárias como alguns textos alcançaram, ou 30 visitas, como outros tantos, não me importa.

Escrever é a minha forma de me conectar com o mundo, por isso o faço há quase 7 anos.

Dias atrás analisei o "Top 10" dos textos mais visitados.

Segue a lista abaixo e o link, caso tenha perdido algum:

10 - Exclusivo: Blog apresenta em primeira mão, foto promocional da dupla que se apresenta hoje na Expuã.

09 - Antes e depois.

08 - Expuã 2013 vai se definindo.

07 - A Expuã que poderia ter sido.

06 - Baile de Gala e as desigualdades sociais.

05 - Não haverá seleção em Ipuã em 2014.

04 - 2 shows confirmados.

03 - Expuã 2013 definida.

02 - Dois shows do aniversário da cidade já publicados no Diário Oficial.

01 - Expuã e a chiadeira de sempre.


Dos 10 textos mais lidos do Blog, nada menos que 9 deles têm como tema festas do município.

1 sobre o Baile de Gala, 1 sobre carnaval, 1 sobre aniversário da cidade, 6 sobre Expuã.

Apenas 1 texto, sobre a ausência do processo seletivo 2014 é "intruso" na lista dos Top 10 e não aborda festas como temática.

Se dizem que o "futebol é o assunto mais importante entre as coisas sem importância", o mesmo podemos dizer sobre festas em nossa cidade.

Festas em nossa cidade geram discussões acaloradas, divide opiniões, uma tensão permanente, amor e ódio,...

Talvez por isso seja bandeira de candidatos.

Só não entendo porque, mesmo sendo algo tão importante para os ipuanenses, pelo menos para os poucos leitores deste blog, ainda não foi tratado com o devido respeito enquanto política pública de lazer.

domingo, 16 de março de 2014

Nos palanques da vida.

Episódio de hoje: Montando salas.

Quando Diretor do Depto de Educação e Cultura (2005 - 2008) adotamos a seguinte lógica na montagem de salas:

- Educação Infantil: 18 anos no máximo.
- PEB I (1ª e 2ª série): 20 alunos no máximo.
- PEB I (3ª e 4ª série): 23 (Coincidência, nada a ver com o partido político que governava, juro!) alunos no máximo.
- PEB II (5ª e 6ª) série: 26 alunos no máximo.
- PEB II (5ª e 6ª) série: 28 alunos no máximo.

Claro que havia variações, do tipo se uma sala já com 26 alunos recebesse duas matrículas a mais, não desmembraria a classe fazendo duas salas de 14 por exemplo.

Quando acontecia de alguma sala, por algum motivo exceder o nº máximo de alunos estipulado, sempre recomendava que fosse em salas do período da manhã, não no da tarde onde o forte calor poderia atrapalhar o andamento da turma.

E tinha a Capelinha, onde por ser apenas uma escola, o nº de alunos por sala não era definido por nós, mas pela demanda do bairro.

Houve anos em que tínhamos sala de educação infantil com muitos alunos e sala de PEB II com poucos alunos, por exemplo.

Deu certo.

Não havia professores adidos, todas as escolas comportavam as salas, o trabalho dos professores, até porque sempre se dedicaram ao máximo em suas atividades, era de alta qualidade.

Nosso mérito foi apenas criar um sistema lógico de montagem de salas que, se estava longe de ser o ideal ou perfeito, era realizável dentro das nossas possibilidades.

O grande sucesso desta iniciativa, acontecia mesmo dentro de sala, fruto do trabalho dos docentes municipais de Ipuã.

Cerveja transgênica? Minha briga com a Monsato agora é pessoal.

A Monsanto, e outras empresas que produzem o lixo transgênico (Syngenta, Down,...), acabam de estragar minha cervejinha do final de semana e quartas a noite nos jogos do timão.

Quer saber o motivo?

Clique aqui e leia até o fim, é preocupante.

Ou começo a beber cerveja importada, ou mudo para whisky (também importado).

Será que meu Jack Daniels também é produzido com malte de milho transgênico?

Se for, estou doando minhas garrafas.

Interessados entrar em contato, "in box".

#ForaTransgênicos.

sábado, 15 de março de 2014

Com o giz/lápis na mão.

Em março de 2010 eu começava a série "Com o giz na mão".

dedicada a contar histórias curiosas, divertidas, reflexivas e também tristes ocorridas dentro de sala de aula nos meus, então, 10 anos de docência.

Enfim, um olhar intimista do blogueiro sobre sua própria carreira de professor.

Mais recentemente, a série tem se alternado entre "giz" e "lápis" na mão, quando decidi também contar histórias minhas como aluno, afinal foram 19,5 anos dentro de sala de aula estudando.

Ao refletir sobre estes 5 anos o balanço que faço é extremamente positivo, pois se por um lado os causos escolares vão se tornando mais escassos, resta a satisfação de saber que a julgar pelo meu ânimo em continuar como professor, a matéria prima nunca irá se esgotar.

Convido vocês, caríssimos 9 fiéis leitores a continuar acompanhando esta série pelos próximos 5 anos.

Por hora, muito obrigado pela audiência.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Redescobrindo José Augusto.

Vez por outra o Blogueiro revisita a obra de algum artista brasileiro.

Vários foram os cantores cujas obras foram revisitadas por mim nestes últimos anos: Luiz Gonzaga, Milton Nascimento, Chico Rey e Paraná, Cézar e Paulinho, e tantos outros...

A bola da vez é o cantor José Augusto.

Famoso por suas composições nos anos 80, a maioria sucesso na voz de outros artistas, José Augusto também gravou suas próprias composições, sem sempre com o mesmo sucesso que as mesmas obtiveram com outros intérpretes.

Tido com piegas, o repertório do artista sempre teve forte apelo romântico e sucesso de público.

Abaixo, composições novas e antigas (pra matar a saudade) presentes no recente DVD do cantor.

"Sábado". Sucesso na voz da dupla Matogrosso e Mathias, é a música obrigatória em todo o show segundo entrevista do próprio José Augusto.


"De igual pra igual". Outro sucesso do compositor regravado com sucesso pela dupla Matogrosso e Mathias.


"A minha história". Versão fiel da música "La mia storia tra le dita" do cantor italiano Gianluca Grignani.


"Aguenta coração". Talvez o maior sucesso de José Augusto. Tema de abertura da novela "Barriga de aluguel" (1990/91), eleita a melhor música do ano em que foi lançada em enquete realisada pelo Fantástico.


"Choro". Gravada pelo cantor Leonardo ano passado, é o carro chefe do CD do cantor sertanejo, sucesso nas paradas de sucesso nas rádios do país.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Baile de Gala e as desigualdades sociais.

O Baile de Gala do aniversário da cidade de Ipuã reproduz nossas desigualdades sociais.

Não me refiro ao elevado custo do convite ou da mesa, pois o preço justifica-se na qualidade do evento que, mesmo sem estar presente este ano, tenho a mais absoluta certeza de que será de excelente qualidade: Decoração, bifê, música, organização, tudo impecável.

Reproduz nossas desigualdades no sentido de que trata-se de um evento destinado a agradar à elite burguesa desta cidade, aos poucos privilegiados que conseguirão comprar os concorridos ingressos para o evento.

Concorridos porque a óbvia limitação de mesas postas à venda torna o evento ainda mais elitista, uma vez que não basta apenas ter dinheiro para prestigiar o Baile, mas boa influência na hora de comprar ingressos.

E isso é para os poucos, que certamente já adquiriram seus ingressos.

A aura de "evento para poucos escolhidos" contribui para a elevação do preço sem a reclamação dos pagantes. É o fetichismo da mercadoria, que Marx tanto falava.

Reproduz também nossas diferenças sociais na medida em que será realizado no sábado dia 22, assim a elite poderá divertir tranquilamente sem a preocupação de que o dia seguinte será dia de trabalho, ou "de preto na folhinha", como dizemos nós, proletários, podendo descansar do domingo.

Para nós, excluídos, restará os shows, realizados de domingo à terça, com o inconveniente de ter de acordar cedo para estudar ou trabalhar no dia seguinte e/ou viajar para a faculdade, pois sendo feriado apenas na cidade nem todos os estudantes poderão prestigiar.

Claro que não se pode fazer um evento que contemple aos horários de todos os cidadãos, mas utilizar o sábado para a realização do Baile, um evento para 600 pessoas, e deixar outros 15.000 sem ter nada para fazer no mesmo dia é, no mínimo, uma exclusão social.

Agora entendo o fenômeno "rolezinho" que assolou o país tempos atrás.

Interessante é que só começamos a ver que eles têm razão em organizar estes rolezinhos quando somos nós os excluídos.

Talvez fosse o caso para fazermos um destes, no recinto de festas. Reuniríamos umas 2.000 pessoas para celebrar o aniversário da cidade. Ao mesmo tempo em que a elite se empanturra de carpaccios, frios diversos e lagarto recheado ao molho madeira, nós daríamos nosso "grito dos excluídos", ou uma festa feita por "gente diferenciada" talvez, quem sabe assim alguma coisa mudaria a nosso favor nos anos seguintes.

terça-feira, 11 de março de 2014

Desafios do Feicebuqui.

No princípio era o Orkut...

E como ele uma infinidade de jogos e correntes.

Não aqueles jogos eletrônicos, mas jogos tipo "dá um beijo ou um pedala Robinho na pessoa que te enviou esta mensagem?". E tantos outros.

E as correntes que afirmavam que se fossem quebradas, coisas horríveis aconteceriam com quem não a repassou.

Confesso que muito mais que meu ceticismo, a chatice que achava aquelas correntes, me impediu de repassá-las e nem por isso entendo que os sortilégios que se seguirão foi em decorrência do meu desrespeito. Aliás, foram poucos comparados aos alertas que a corrente fazia.

Aí veio o Feicebuqui e com ele novas formas de interação.

A novidade da vez são os desafios.

Tenho visto vídeos postados com pessoas desafiadas a entornar goela abaixo vários ml de cerveja e ao término, desafiar outros a fazer o mesmo.

Por favor não me desafiem, se eu virar que seja 1 mísero copo americano o vídeo rapidamente virará meme na internet, quem sabe até vá parar no próximo filme do Jackass.

Outro desafio, com todo respeito aos desafiados do desafio anteriormente citado, que me parece mais interessante, consiste em pedir às pessoas que postem um poema favorito em menos de 24h sob o risco de ter que pagar 1 livro para o desafiante.

E mais que depressa, o feicebuqui é povoado por poesias.

Até quem não gosta de poesia se vira para achar alguma que lhe sirva para não pagar um livro.

Ainda não conheço alguém que tenha perdido e pago o tal livro, nem alguém que cobre caso vença a "aposta", mas tenho visto muita poesia conferindo um lirismo sem igual ao feicebuqui.

Talvez poesia seja igual música, todos nós temos alguma que marcou algum momento de nossas vidas.

Tenho respondido ao desafio com 3 poesias basicamente: "Da eterna procura" de Mário Quintana, "Soneto do amor total" de Vinícius de Moraes e "O amor é fogo que arde sem se ver" de Camões.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Saiu no D.O. o show que faltava.

Saiu no Diário Oficial (clique aqui e veja na íntegra) o show que faltava na comemoração do aniversário da cidade.

A dupla João Marcos e Matheus, que estiveram aqui ano passado também no aniversário da cidade, se apresenta dia 23.

Abaixo, todas as informações burocráticas sobre o show.


domingo, 9 de março de 2014

Nos palanques da vida.

A notícias política da semana foi o rompimento político de um vereador da base aliada com a atual Administração.

Certamente as opiniões que se sucederam à sua atitude se dividiram entre aqueles que apoiaram e aqueles que rejeitaram sua atitude.

Caberá a ele, o vereador, fazer a somatória e ver o saldo disso tudo.

Eu me abstive de comentar sobre sua atitude por duas razões:

1. Por tratar-se de uma opinião de foro íntimo, apesar de ser uma opinião de foro íntimo de uma pessoa pública, portanto com consequências para os destinos políticos de nossa cidade. Mas não achei, pelo menos no calor do momento, oportuno, teorizar ou conjecturar minha opinião sobre o assunto.

Que espero fazê-lo em momento mais oportuno.

2. Porque eu também já tomei atitude semelhante.

Corria o ano de 2002, e o grupo político pelo qual fomos eleitos não tinha mais a mesma união dos tempos de começo de mandato.

Atritos, choques de vaidades e, no meu caso, incompatibilidade de gênios e diferenças de opiniões não muito bem vistas, provocou um desgaste que culminou com a minha saída das fileiras situacionistas e mais tarde do partido, que era base de apoio à Administração.

Somou-se a isso a recusa em aceitar meu projeto de lei da meia entrada, indo nas mais altas instâncias jurídicas para anulá-lo e a má administração que, no meu julgamento, estava sendo realizada na cidade naquele momento.

Primeiro eu me afastei do grupo, avisei os demais pares e fiz uma declaração oficial na Câmara tempos depois.

Por sinal na mesma cadeira em que hoje senta o vereador que acaba de romper com a Administração.

Apesar de ser cético com estas coisas, pelo bem ou pelo mal, sugiro um bom exorcismo naquele assento.

sábado, 8 de março de 2014

Com o giz/lápis na mão.

Hoje, dia Internacional das Mulheres, a série a série "Com o giz/lápis na mão" se rende a elas, as rainhas do universo docente.

Que nenhum machista se atreva a enfrentar a carreira mais feminina de todas: a docência.

Se nos primórdios da nossa ignorância, quando o homem (ainda neandertal) impedia sua mulher de "trabalhar fora", pois isso feria sua masculinidade e o achincalhava perante a sociedade, apenas a carreira de professora sobrevivia a esta treva machista.

Mulheres como professoras sempre passaram incólumes pelo rótulo de "aquela mulher trabalha fora" que tanto horrorizava os puritanos do Brasil nas primeiras décadas (e até meados) do século XX.

Aliás, as professoras promoviam um evento contrário, pois faziam seus maridos serem rotulados como bem afortunados, pois não raro falava-se com ares de inveja quando viam um marido de professora: "Aquele homem é casado com uma professora".

Aí vieram os anos 60 e a mulherada resolveu tacar fogo nos sutiãs.

E, na luta de gêneros, a era Medieval deu lugar à Renascença.

Convivi e convivo diariamente com mulheres na carreira docente: elas são alunas, colegas de trabalho, chefes (ou chefas, como a Chefa Maior do país gosta que chame).

E curioso como ser chefiado por mulheres nos faz, a nós ogros, ficarmos mais educados, melhor vestidos, mais comportados...

Nosso desejo por aceitação é maior quando temos uma mulher na chefia.

Até nos invariáveis "fumos", é bem melhor que seja de uma chefa.

Enfim, filosofei muito.

Queria mesmo apenas dizer que desejo do fundo do meu coração que a carreira docente continue sendo a mais feminina das carreiras, seja pelo costume, seja pelo charme que elas trazem, seja pela competência inata delas.

Não vou dizer parabéns pelo teu dia mulherada, vou dizer muito obrigado.

Vocês fazem minha profissão muito mais agradável de ser exercida.

Dois shows do aniversário da cidade já publicados no Diário Oficial.

Os artistas que se apresentarão no aniversário da cidade este ano já não é segredo há algum tempo.

A novidade, para quem interessar possa, é a publicação pelo site "Imprensa Oficial", no último dia 01/03, das informações referentes a 2 dos 3 shows que acontecerão não comemorações dos 65 anos de nossa cidade.

Informações como: número do processo de inexigibilidade de licitação, data do show, empresa contratada responsável pelo show, valores, etc... podem ser conferidas clicando aqui.

Ou confiando no Blogueiro no print abaixo.

Falta ainda a publicação da dupla João Marcos e Matheus, curiosamente ainda não publicado ou não encontrado pelo Blogueiro no mesmo site em que encontrei os outros 2 artistas.