quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Calouro mensaleiro.

Cruzamento de uma avenida movimentada, vários calouros (bixos) de faculdades sendo "castigados" pelos veteranos e obrigados a pedir dinheiro para os motoristas parados pelo sinal vermelho.

Você procura algum trocado para contribuir com os estudantes que se aproximam e descobre que o bixo em questão é o Deputado João Paulo Cunha.


Pintado, sujo e com Armani em frangalhos, ele lhe pede algum dinheiro argumentando que é para pagar a cervejada dos veteranos, ou caso contrário ele será castigado pelos mesmos.

Você, que já havia pego moedas perdidas em algum "porta treco" do carro, faria o que?

a) Daria a moeda e diria: "até aqui você quer meu dinheiro".
b) Daria mais que moedas, mas uma nota graúda e diria: "Você tem coisas maiores pra pagar que apenas cervejada".
c) Não daria moeda alguma e ajudaria no trote, se possível com maus tratos físicos.
d) Não daria dinheiro algum, dizendo que já que ele não vai estar em liberdade até o curso terminar, todo o trote é dispensável.
e) Fecharia o vidro do carro e não atenderia o bixo e ao sair com o carro apenas balançaria a cabeça como que dizendo "que país é esse?".

Para saber mais sobre as peripécias do calouro mensaleiro, clique aqui.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Preocupante.

É estranho ainda não tenha se realizado um estudo INDEPENDETE conclusivo sobre este assunto.

Enquanto isso, resguardo meu direito às duvídas

Tenha você também as suas, clicando aqui.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Às vésperas da Copa do Mundo.

A Copa do Mundo Brasil/14 foi anunciada, quando da escolha do país como sede, como a Copa da iniciativa Privada.

Lulla (então Presidente do país), Ricardo Teixeira (então Presidente da CBF) e Orlando Silva (então Ministro dos Esportes), diziam aos 4 cantos que não seria investido dinheiro público na construção dos estádios.

Verba do erário, apenas nas obras de infraestrutura: metrô, aeroportos, etc...

Na época, o já blogueiro duvidou muito da afirmação.

E tome paulada na minha cabeça vinda de leitores entusiasmados com a escolha do Brasil como sede de uma Copa após mais de 50 anos.

Estamos às vésperas da Copa do Mundo de 2014 e o que se vê é justamente aquilo que, não eu, mas todo mundo de bom senso previu.

Os Estádios estão sendo construídos com dinheiro público por mais que usem o argumento mentiroso de que o BNDES não é um órgão público.

O Maracanã que custou 1 Bilhão de Reais, será privatizado antes mesmo de receber um jogo sequer. Clique aqui.

Ou seja: gastou dinheiro público na reforma para vendê-lo à iniciativa privada.

Sem falar nos estádios construídos nos rincões desprovidos de destaque no futebol nacional apenas para agradar governadores aliados. Ou você acha que os estádios por si só vão fomentar o esporte bretão nos competitivos campeonatos Matogrosensse e Amazonense.

Vão virar elefantes brancos antes da Copa seguinte.

E quanto às obras de infraestrutura? Completamente atrasadas, conforme a própria FIFA vem, há algum tempo alertando.

Vendo que não conseguiriam reformar aeroportos a tempo, principal terminal de transportes durante o evento, Dilma optou por privatizar os principais.

Em resumo:

1. Houve patrimônio público transformado em privado para poder ficar em condições de atender aos turistas durante o evento.

2. Houve patrimônio público reformado com dinheiro público e agora vendido à iniciativa privada.

3. A infraestrutura que ficaria para sempre para nós usarmos após a Copa, corre risco de nem sair do papel.

E ainda há quem não dá o braço a torcer sobre a roubada que o país entrou ao sediar esta Copa.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mudando a história e encerrando a peça.

Começaram os ensaios para mais uma encenação da Paixão de Cristo em nossa cidade.

Vários amigos meus participam da montagem da peça, seja atuando, seja na operação técnica, etc...

Recordo que em uma das primeiras apresentações fui convidado pelos organizadores a participar da encenação.

Não me recordo o motivo que dei para não participar. Nem o motivo oficial (falta de tempo para dedicar em virtude do mestrado na época) nem o oficioso (timidez).

Mas a verdade é que fora alguns pitacos que dou quando corto cabelo no Joacir (Jesus na peça), nada mais contribuí para o espetáculo.

E foi entre uma tesourada e outra que comentei com ele sobre o fato de como uma história cujo enredo todos nós conhecemos consegue encantar expectadores todos os anos que, em suma, assistem à mesma história desde sempre. Seja no cinema, na TV ou, na história recente desta cidade, ao vivo.

Comentei esta constatação com alguns amigos uma vez em meio a uma ou outra cerveja e nos permitimos rir, sem nenhuma maldade que nos leve a ser chamados de hereges, da seguinte situação hipotética:

Imaginamos uma encenação onde o papel de Pilatos ficasse a cargo de algum ator amador que, para disfarçar a timidez, bebesse umas e outras antes de entrar em cena. E então, na hora de condenar Jesus e soltar Barrabás, diria já embriagado:

- Pensando bem, este homem [Jesus] é inocente. Prendam Barrabás e soltem este homem. Vá em paz filho, seguir teu caminho...

Um ator embriagado mudaria o rumo da história. E encerraria a peça.

Comentei tal devaneio com o próprio Joacir certa vez, ele riu e sempre que corto o cabelo, ele brinca comigo dizendo que neste ano vai mesmo acontecer e a história vai tomar outro rumo.

Claro que não vai acontecer, mas que sempre alguma boa novidade pode surgir para ajudar a contar essa história tão contada e recontada e ainda tão assistida.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nos palanques da vida.

Ocorreu que um aluno, em meio à algazarra, que utilizava o transporte coletivo urbano que o levava de seu bairro à escola estadual onde cursava o 1° ano do ensino médio, estragou um banco do ônibus.

Deu-se que ele, utilizando um canivete, fez um rasgo em um dos assentos.

Era ônibus tipo circular, semi novo e em ótimo estado de conservação. Adquirido naquele ano justamente para realizar o transporte de alunos do Bairro à única escola estadual da cidade.

Identificado o aluno, veio a punição: pagar pelo estrago.

Providenciamos o reparo e a conta seria entregue aos pais do aluno.

Enquanto esperava pelo reparo e o consequente pagamento, a mãe do referido aluno me procurou em minha sala levando-o consigo.

Ela chorou bastante, disse que o filho não era dado a estas coisas, que o canivete nem era dele, que se fosse dele "ela o matava", e que estava muito envergonhada pelo ocorrido.

Suas palavras pareceram sinceras, e que de fato o garoto não era mesmo do tipo que depreda as coisas, e que certamente fora levado pela situação promovida pelos "amigos" que na 1ª semana de aula em outra escola abusam da falsa sensação de liberdade e querem chamar a atenção.

A mãe, muito humilde, reclamou ainda que o pagamento, algo em torno de R$ 60,00, pesaria no orçamento doméstico.

Confesso que sensibilizei com a narrativa daquela mãe.

Mas meu cargo incluía tomada de decisões a todo instante e naquele momento não havia outra coisa a se fazer.

Argumentei que o sofrimento dela serviria de lição para ele, que vendo-a sofrer física e financeiramente não faria nunca mais outro ato semelhante de depredação de patrimônio público.

E o dinheiro gasto no reparo do que ele estragou, que repusesse negando algo que o garoto quisesse, explicando-lhe que não daria em razão de ter usado dinheiro para consertar o erro dele.

A mãe entendeu meus argumentos, disse que faria dessa maneira e que o filho tinha aprendido uma lição.

Naquele ônibus nunca mais ouvi notícias de depredação.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Com o lápis na mão.

A relação professor-aluno tem todos os ingredientes para ser traumática.

Envolve: relação de poder e autoridade, cobranças, ética, dedicação,... e inúmeras outras engrenagens que, basta uma sair do lugar, para a estrutura ruir.

Por isso, de cada parte deve haver um mínimo de bom senso, diplomacia e respeito.

Não que não seja possível nascer dessa relação, uma ligação de coleguismo e em alguns casos, até de amizade.

Sou feliz por ter me tornado amigo de alguns professores que tive ao longo da minha vida em sala de aula.

Uma destas amizades, dura até hoje com frequentes contatos de ambas as partes.

Falo do Prof Lages, da cidade de Ribeirão Preto, professor de História no COC nos meus tempos de cursinho.

Uma amizade carregada de pontos em comum e algumas coincidências: Fiz História na Unesp (onde ele fizera o mestrado), fomos Vereadores em nossas cidades pelo mesmo partido PDT na mesma época (2001 - 2004) e por fim, somos Corinthianos.

Contei com sua ajuda várias vezes: Indicando bibliografia, aconselhamentos políticos diversos, na minha carreira profissional e no mestrado, onde sua ajuda veio numa hora em que minha pesquisa encontrava-se estagnada.

 É daquelas amizades que espero retribuir, não só pra ele, mas fazendo o mesmo por algum outro aluno.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ao melhor estilo "De volta para o futuro".

De "água com açúcar" também vive o cinema nacional.

Fosse filme americano estaríamos achando divertido, mas como é nacional, não pode ter este direito.

Seja como for, segue um trailer com os protagonistas cantando "ao vivo".


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Além da Imaginação.

Quando eu era criança, por volta dos 12 até os 14 ou 15 anos (nem faz tanto tempo assim), era viciado numa série chamada "Além da Imaginação".

Passava na Globo às sextas feiras depois do Globo Repórter e eu, como naquela época não saía de casa nos finais de semana, assistia.

Era uma série de suspense, não de terror, muito embora vez ou outra houvesse elementos sobrenaturais. Era metafísica pura.

Muitos episódios me marcaram, a ponto de não esquecê-los até os dias atuais.

Já adulto, descobri que aquela era a 2ª versão da série, que nos EUA se chama "Twilight Zone", cuja primeira versão data dos anos 60/70 em preto e branco, e seguindo a mesma linha.

Houve ainda uma 3ª versão nos anos 2000, apresentada pelo Forest Whitaker mas sem o charme das anteriores.

Com o advento da internet e a expansão da pirataria via download, comecei a procurar pela série que tanto marcara minha adolescência.

Encontrei apenas a 1ª e a 3ª versão. Da 2ª, apenas 3 episódios que nem foram dos mais intrigantes.

Não me dei por vencido.

Rodei a internet em sites de venda de DVDs e encontrei um que possuía a tão desejada série.

O medo de estar comprando em site de picaretas que vendem e não entregam, como existem muitos pela internet, não foi maior que a vontade de rever a série.

Felizmente deu tudo certo, recebi  ontem os DVDs e já comecei a assistir.

E vida a internet!!!

Minha nova busca agora é encontrar um Caso Especial antigo da Globo chamado "A pata do macaco", talvez o programa de terror que mais tenha me impressionado em toda a minha vida.

E olha que passou na Globo no ano de 1983 quando eu tinha apenas... 1 ano.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A visita de Yoani. Vai entender este país...

Em um país que se diz democrático, inaceitável é o ataque à Blogueira Cubana Yoani Sanchez.

Após sua epopeia cibernética pelo direito de (acreditem se quiser) sair do seu país livremente, a jovem que há anos expõe ao mundo as mazelas do ditatorial regime dos irmãos Castro (Fidel e Raul) por meio de um blog na internet, veio visitar o Brasil e em meio aos "vivas" por sua visita, recebeu também alguns ataques.

Não apenas vaias, mas manifestações mais agressivas de ataques na internet.

Qual a razão?

Certamente orquestrados por partidos simpáticos a Cuba, que se dizem de esquerda mas agem como ultra direita (cerceando liberdades, explorando a miséria do povo, praticando política econômica que sempre criticaram, etc...).

Curioso um país onde a pseudo-esquerda recrimina governos ditatoriais da direita e aplaude os da esquerda.

Mais curioso ainda um país que se vangloria (e com toda razão) do passado guerrilheiro de sua Presidenta e no entanto, ataca uma "ciberguerrilheira" que, no final das contas, quer nos tempos atuais, a mesma coisa que Dilma queria nos anos 70: um regime democrático para seu país.

Assim como nossa Presidenta, essa garota já foi atacada, presa e torturada.

Repito: o que ela quer é um país democrático.

O mínimo que eu esperava dos cidadãos brasileiros, era aplausos para a blogueira. Que ao ser questionado sobre a menifestação respondeu que pelo menos aqui as pessoas têm tal direito, em Cuba nem isso elas poderiam fazer.

Enquanto isso no democrático Brasil, Renan Calheiros é eleito Presidente do Senado (apesar das denúncias no STF), Zé Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha e outros estão condenados, mas não encarcerados, família Sarney censura o jornal O Estado de São Paulo,...

Não tenho provas mas, duvido que tais manifestantes tenham se movimentado para manifestar contrários aos cidadãos acima mencionados.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Chama o Pasquale.

Conheço palavra oxítona: cuja sílaba tônica, acentuada ou não, recai sobre a última sílaba da palavra.

É o caso de: ca, vereador, legislação,...

Conheço ainda palavra paroxítona, também, acentuada ou não, e cuja sílaba tônica recai sobre a penúltima sílaba da palavra.

Ex: cadeira, mesa, ineficia, presidente...

E por fim, proparoxítona. Sempre acentuada, com a sílaba tônica recaindo sobre antepenúltima sílaba da palavra.

Como em: proparotona, laba, nica, antepenúltima.

E também: gratica, mara,gica,...

Mas a sílaba tônica recaindo antes da antepenúltima sílaba da palavra (ante antepenúltima?), não apenas não conheço, como carece de um nome gramatical para o fato que, por raro, ainda não encontra amparo em nosso vernáculo.

Talvez chamar-se-a de ultraproparoxítona, quem sabe?

Mas que fica estranho, fica. Sobreto em palavra como nicipe.

Seria o mesmo que dizer mamatica, ou hitetico, ...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Manias.

Durante algum tempo hesitei se deveria escrever aqui algumas das minhas muitas manias.

Mais que manias na verdade. Esquisitices!

Algumas das quais quem convive com o Blogueiro conhece, seja por relatos do próprio, seja por presenciar ao vivo a manifestação de uma - ou mais - delas.

Acreditem, não é caso de internação.

Pelo menos foi o que me atestou mais de 1 psicólogo.

Não procurem explicação racional para os fatos abaixo mencionados. Nem todas têm.

Lá vai:

1. Não bebo "resto".

Por "resto", entende-se o finalzinho da garrafa ou latinha de qualquer bebida: cerveja, refrigerante e whisky.

Exceção feira ao Blue Label, que eu bebo até a última gota.

2. Numa pilha de pratos, nunca pego o de cima.

Sempre que tenho a possibilidade de pegar prato numa pilha, sempre pego o 2° (de cima pra baixo).

Já me perguntaram se é por questão de limpeza (o de cima estaria empoeirado e o de baixo não) mas não é o caso. Mesmo quando a pessoa da frente pega o prato de cima, ainda assim eu não pego o de baixo (que passa a ser o 1°). Tem de ser o prato abaixo dele.

Quando resta apenas 1 prato, é um tormento.

3. Duas buchas pra tomar banho.

Não me perguntem o porque, mas uso uma bucha pros pés e outra pro resto do corpo.

Já conheci pessoas que usam duas toalhas da mesma forma. Achei estranho alguém fazer isso com toalhas e não com buchas.

4. Dirigir com o vidro do meu lado fechado.

Ou no máximo, uma pequena fresta.


Antes de rir do blogueiro, reflita: qual a sua mania?

E não me conte por favor.

Não que existe o risco de que eu vá "pegar" a sua mania. Mas é que sempre fico com inveja de quem tem alguma mais esquisita que as minhas.

É algo como: "Droga! Porque não pensei nessa antes".

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Nos palanques da vida.

Quando assumi a Câmara, junto com meu então grupo político, também fomos alvos da "fúria" de parte do eleitorado que não via com bons olhos algumas indicações do Prefeito para cargos na administração.

Nosso grupo de vereadores era muito coeso e reuníamos sempre para discutir não só questões relativas à Câmara, mas "trocar figurinhas" sobre o Executivo municipal.

Chegamos a uma conclusão sobre a reclamação das pessoas quantos aos cargos escolhidos: eram motivações diferentes.

Havia quem reclamasse por inveja, pois queria o cargo que fora dado a outra pessoa; por ciúmes, não queria tal pessoa em cargo melhor que o teu; vingança, não aceitava que alguém que votou contra ou que tivesse mudado de lado recentemente assumisse cargo importante.

E também havia quem reclamasse que tal pessoa era incompetente para aquele serviço.

Nessas reuniões, ouvi de um velho cardeal: "Não adianta reclamar, quem escolhe é o Prefeito e ponto final".

No que ele estava muito certo, afinal quem é responsabilizado por uma escolha errada é o Prefeito, nada mais justo que ele arcar com o ônus da escolha.

Quando assumi o Depto de Educação, nunca deixei de falar o que eu pensava sobre assuntos que não eram da minha responsabilidade. Em resumo: palpite onde eu não era chamado.

Mesmo sendo prerrogativa exclusiva do Prefeito, sempre mostrei meu descontentamento quanto a algumas indicações em áreas estratégicas como compras, jurídico, convênios e infraestrutura para pessoas que, na minha opinião, não deveriam.

Foi então que em meio a uma reunião onde reclamávamos sobre o assunto com o Prefeito, que me veio a frase que eu ouvira quando vereador.

Mas o que fazer? Eu não conseguia ficar quieto.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Com o lápis na mão.

A partir deste sábado, sem data certa para terminar, esta série terá como assunto alguns professores que marcaram positivamente a vida do blogueiro dentro de sala de aula.

Sem ordem cronológica.

Serão textos curtos contando curiosidades, fatos, ou mesmo comentários pessoais meus sobre professores que passaram pela minha vida de estudante ao longo de quase 20 anos dentro de uma sala de aula.

Geralmente não cito nomes nos fatos que descrevo, vou abrir exceção por entender só serão citadas, pessoas que tenho "na mais alta conta".

Não chega a ser uma homenagem, mas um registro de saudosas lembranças dos docentes que, cada um a sua maneira, contribuíram para minha trajetória educacional.

PS1: Os causos de sala de aula darão um tempo, enquanto relembro uns e vivo outros para contar a vocês.

PS2: Muitos professores me marcaram positivamente, porém por falta de tempo talvez nem todos sejam citados nesta série.

PS3: Alguns marcaram de maneira negativa. Estes, com certeza, não serão lembrados aqui.

***

E como toda história tem um começo...

Não poderia deixar de começar pelo começo, com a Tia Judite, minha professora no 1° ano.

Como não fiz o Pré (na verdade fui uma semana) coube a ela o prazer de ser minha primeira professora.

Estávamos em 19?? quando decidi que queria fazer o 1° ano sem fazer o pré.

Minha família voltou de viagem quando as aulas já haviam começado e fui matriculado com 12 dias de atraso na Escola Vereador Alberto Conrado. Razão pela qual naquele ano eu comecei com 12 faltas no boletim e muita coisa pra tirar o atraso escolar.

Graças a meu empenho, e claro ao esforço da professora, consegui "alcançar" os demais colegas e terminar, junto com eles, a cartilha e o livro.

Cartilha era nosso primeiro contato com as letras. Chamava-se "Caminho suave" e todos da minha geração alfabetizaram-se com ela.

Livro era o segundo estágio. Após saber todas as lições da cartilha, passava-se para o livro que era uma espécie de cartilha mais complexa.

O problema era minha caligrafia. Era horrorosa.

Caderno de caligrafia? Que me recordo devo ter feito uns 3. E nada do raio daquela letra feia melhorar.

A professora começou então a aventar a hipótese de que uma reprovação naquele primeiro ano de estudo poderia influir, positivamente, na minha caligrafia. Projeto que só não vingou porque de fato eu acabara as lições com bom êxito e não existia razão para reprovação.

A caligrafia, embora fosse um inconveniente e tanto, fosse motivo para reprovação eu estaria na 1º ano até hoje.

Das muitas boas passagens que recordo, uma em especial me marcou, sabe-se lá por que.

Era uma quinta feira, véspera de sexta feira santa e todos fomos presenteados com um bombom sonho de valsa com a seguinte recomendação: que só comêssemos no domingo de Páscoa.

Por respeito e admiração para com ela e por gratidão pela singela lembrança, segui a recomendação à risca.

Sem saber, estava tendo minhas primeiras lições de retidão.

Bons tempos aqueles...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O Poetinha na avenida.

Quando criança adorava desfile das escolas de samba.

Nos dias em que não ia ao carnaval, ficava em casa assistindo a tudo. Nos dias em que ia, assistia ao compacto do dia seguinte.

Por influência paterna, era mangueirense.

São Paulo na época, o desfile era tão fraquinho que a Globo nem exibia.

Quando começou exibir, adotei a Vai Vai como minha escola preferida; substituída anos depois, por razões afetivas óbvias, pela Gaviões da Fiel.

Mas já nem era tão ligado assim no desfile das escolas.

Aí veio o choque da realidade: a origem do dinheiro que abastece tais escolas.

Não apenas o dinheiro dos patrocínios, inclusive público (aliás, quando ficamos sabendo que o Prefeito de Petrópolis cancelou o carnaval e batemos palma - embora quando aqui se fazia isso criticava-se - não informaram que ele cancelou a verba destinada ao desfile das escolas de samba locais, o carnaval popular não foi cancelado) que abastassem as escolas, também e principalmente o dinheiro sujo, proveniente do jogo do bicho, umbilicalmente ligado ao narcotráfico carioca.

Aí parei de torcer.

Principalmente depois que a bateria da Mangueira tocou numa festa em homenagem ao casamento de Fernandinho Beira Mar.

E os enredos depois disso só me atraíram na medida em que abriam brechas para usá-los em sala de aula, como o da União da Ilha deste ano, cujo tema foi São Vinícius de Moraes, que neste ano completa 100 anos de seu nascimento.

Aliás, foi a única escola a se lembrar da data.

Penso que todas as escolas deveriam ter homenageado-o, a exemplo dos 500 do Brasil no ano 2000.

Seria uma boa maneira de reviver uma ideia do poetinha:

Certa vez, seu parceiro Toquinho lhe fizera uma música para homenagear (só a harmonia) o poetinha. Vinícius gostou do tema e sugeriu que Toquinho enviasse a todos os grandes compositores do país para que cada um fizesse uma letra homenageando-o e ele, Vinícius, escolheria qual teria ficado melhor.

Toquinho não se atreveu a dar ouvido à megalomania do parceiro e enviou o tema para Chico Buarque, que prontamente providenciou a letra da canção "Samba para Vinícius".

O poetinha leu a letra, ouviu a canção e decidiu: "Acho que vou ficar com essa mesmo, não precisa enviar pra mais ninguém não".

Nem teria como não gostar de uma letra escrita por Chico Buarque.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Quaresma

Nem a quaresma é mais como era antigamente.

Antigamente, o período que vai do carnaval à sexta feira santa era povoado por sortilégios variados.

Lendas envolvendo lobisomens, mulas sem cabeça, assombrações pipocavam nesta data. Xingar era proibido durante a quaresma sob o risco de aparição do próprio “coisa ruim”.

Brincadeiras de rua? Algumas proibidas, outras terminadas mais cedo, antes da noite cair.

Eu, então católico por parte de mãe, cresci convivendo com estas histórias sobretudo contadas por minha avó. Por parte de pai, cresci tendo-o como exemplo de tratamento respeitoso à tradição.

Tradição que hoje em dia não tem mais.

De tudo o que convivi na infância, ficaram apenas as penitências auto impostas pelos fiéis, por razões religiosas e não supersticiosas, como não comer carne às sextas feiras, ou provar-se ao longo de toda a quaresma de algo que goste de comer o fazer.

Eu por exemplo já decidi: vou ficar a quaresma inteira sem comer jiló e couve flor.

Nos tempos atuais, apenas a sexta feira santa permanece como uma reserva da tradição. E ela própria mudou bastante nos últimos anos.

Antigamente não era apenas a carne a única proibição - o que permanece nos dias atuais. Na sexta santa, não se mexia com facas, nem fazia a barba ou penteava o cabelo, não varria a casa e uma série de outras ações que demonstrasse respeito à tristeza do dia, pela morte de Jesus.

Não acredito que a transformação da sociedade nos leve à barbárie a ponto de alguém organizar um porco no rolete numa sexta feira santa, mas acredito que a cada ano que passa, menos pessoas veem sentido na simbologia que envolve a data.

Direito das pessoas, porém um mínimo de respeito sempre deve existir.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CPFL apronta mais uma.

Galera de Ipuã, uma salva de palmas para a CPFL (Companhia Paulista da FALTA DE LUZ).
 

Mais um apagão em Ipuã City nos deixou no escuro por aproximadamente 1 hora.

Exemplo de VERGONHA no glorioso Estado de São Paulo.
 

Empresa que a Tucanada privatizou e os Petralhas aparelharam a agência reguladora que deveria nos garantir um fornecimento digno de energia.
 

Quando a Presidenta disse que a energia iria diminuir, pensei que fosse no valor da tarifa, não na quantidade do fornecimento.

Agora se o problema for apenas em Ipuã, algo precisa ser feito e urgente, não podemos ficar assim.
 

As quedas de energia têm sido contantes, e ao que parece, não apenas em dias de chuva.

O dia que queimar algum eletroeletrônico aqui em casa, aciono essa empresa na justiça.

Vamos cobrar atitudes e não palavras, até porque, estas não pagam dívidas.

Cinzas.

O trocadilho diz que chama-se o dia de hoje por "cinzas" porque após os 5 dias de folia, só nos sobrou o pó.

Claro que a efeméride de hoje está entre as mais importantes do calendário cristão ocidental. 

Marca o começo da quaresma e a contagem regressiva para a Páscoa.

Mas enquanto houver carnaval, sempre será lembrado como o day after da hecatombe carnavalesca.

Para alguns, como o blogueiro, exageradamente chamado de 1° dia do ano.

O Carnaval é uma felicidade que vivemos intensamente antes de "tudo se acabar na quarta feira", como bem disse o centenário poeta.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

De outros carnavais - parte 5 (season finale).

Sem tirar férias há 2 anos, estressado com os afazeres do Depto de Educação e principalmente, sem visitar praia há 2 anos, resolvi, no ano de 2006, viajar para Porto de Galinhas/PE.

Comprei o pacote pós carnaval, muito mais barato que o pacote carnaval.

Aliás, o carnaval acabou na terça e eu viajei na sexta.

Só não sabia que o carnaval havia acabado para nós, pobres mortais do sudeste do país, no Nordeste Brasileiro tava rolando solto.

E assim pude, pela primeira e única vez na vida, experimentar algo parecido com o Carnaval que a gente assiste na TV.

Parecido porque informaram que, apesar da multidão que ainda curtia o restinho de festa, o número de foliões da semana anterior era 4 vezes maior.

Conheci o "marco zero" do carnaval de Recife que tanto falam nas transmissões da TV, andei pelas ruelas estreitas por onde a multidão passa, bati na porta da casa de Alceu Valença em Olinda, ponto de parada obrigatória dos blocos que desfilam pela cidade.

Não cheguei a pegar o famoso "Bacalhau do Batata", mas curti outros blocos igualmente tradicionais. Estes Blocos dão o tom pós festa, algo como uma tentativa vã de prolongar o carnaval, contrariando as palavras do centenário poetinha que sacramentou que tudo acaba na quarta feira.

"Camburão", "Por que parou?", "Parou por que?",... cada dia pós festa, um bloco estica o carnaval mais um pouquinho. Naquele ano, a festa pagã terminou no começo de março e eles esticaram até o aniversário de Recife e Olinda.

Tive o prazer de curtir apenas o Camburão, que ocorre no domingo seguinte à quarta de cinzas. Naquele ano, 250 mil foliões mandaram às favas o calendário oficial que encerrava os festejos dias antes, com o início da quaresma.

Confesso que fui temeroso sob 2 aspectos: 1 -  O risco de beber todas e cair no chão e ser pisoteado pelos foliões. 2 - O risco de me perder ao longo do caminho, pois não conhecia o trajeto que o Bloco percorria.

Descobri na prática que tais problemas não existem:

1 - Não tem como cair é tanta gente espremida nas vielas do centro histórico de Recife que você invariavelmente fica em pé, ainda quer não queira ou não possa.

2 - Não é você quem vai no bloco, é o Bloco que vai com você. Não tem como tomar outra direção diferente da multidão, porque a multidão é uma só e não se consegue sair dela antes que se disperse.

Curioso é que quando a festa acaba, vem a sensação estranha de que carnaval é efêmero, que toda a magia que a gente vive naqueles dias, todas as alegrias intensas, o carpe diem materializado não passou de uma efêmera ilusão, e que é hora de voltar à realidade.

Ao voltar ao hotel, tive a sensação de que em algum lugar (talvez dentro de mim mesmo) estava tocando aquele velho axé dos anos 90:

Eu queria que essa fantasia fosse eterna...

Boas lembranças...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

De outros carnavais - parte 04

Carnaval na região.

Não é de hoje que Guaíra promove um excelente carnaval.

Se hoje o poder público da vizinha cidade realiza uma festa invejável, digna de ser copiada por outras cidades - inclusive e principalmente a nossa - com parceria com a iniciativa privada, ótima estrutura e grande poder de atração de público, no meu tempo de adolescente o mesmo ocorria, porém realizada por clube particular.

O Baile de carnaval que "bombava" naquela época era o do Grêmio.

Guará também fazia um carnaval animado, embora nunca tenha prestigiado. Acontecia dentro de clube, e não a céu aberto.

São Joaquim da Barra fazia carnaval no tradicional clube Espigão, até a Prefeitura entrar na parada e fazer carnaval público na Av Orestes Quércia (este ano está realizando o evento no recinto de festas a exemplo de Ipuã) cada ano em um ponto.

Todas estas, cidades que nem sempre dava para eu ir porque, sem dinheiro, carro ou CNH, a única opção era suplicar por carona ou convencer algum amigo mais velho e habilitado de que o carnaval fora era melhor.

Aqui em Ipuã tinha carnaval naquela época, como disse textos atrás, em clubes da cidade e depois que deixou de ser realizado pelos mesmos, a folia teve vários endereços: Pracinha da Rodoviária, Av Maria de Lourdes Gerim e mais recentemente, no recinto de festas.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

De outros carnavais - Parte 03.

Sou do tempo em que havia "grito de carnaval", não só em Ipuã mas em toda a região.

Caso não saiba, grito de carnaval era um evento festivo na semana que antecedia o carnaval. Geralmente aos sábados, o grito abria oficialmente o carnaval daquele ano.

Era uma espécie de "Galo da Madrugada" do Nordeste Paulista.

Confesso não recordar de nenhuma ida minha a um grito carnavalesco, aliás o mais próximo que cheguei foi uma vez em que fui, de carona pois não tinha carro nem CNH, a cidade de Guará com outros 2 amigos e naquele dia ocorria por lá o famigerado grito.

Eu quis muito participar, porém os amigos alegaram que ir a um baile de carnaval usando calça jeans não combinaria. Nunca entendio bem essa ditadura, ou devo dizer bullying da moda de que não se deve pular carnaval de calça jeans.

Seja como for, o "Grito" era tão aguardado quanto o próprio carnaval, embora não houvesse diferença entre eles. Acredito que tratava-se mais de uma desculpa para ter 1 dia a mais de carnaval, mesmo que 6 dias antes.

O carnaval público assassinou o Grito de Carnaval.

Fica aqui uma sugestão para a Administração Municipal para no ano que vem, caso realizem carnaval popular evidentemente, que promovam o "Grito"; seja como forma de reavivar a memória dos saudosistas, seja para compensar a falta da folia neste ano.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

De outros carnavais - Parte 02

Contei ontem sobre o fiasco que foi um baile organizado no Country Club, mas nem só de fiascos viveu o clube.

Aliás, os fiascos em carnavais lá são a exceção, não a regra.

Como não recordar dos carnavais da minha infância quando ia, acompanhando meus pais, aos bailes de carnaval. Ainda era criança e preferia os bailes às matinês.

O primeiro que eu recordo, data do ano de 1988.

Morávamos ao lado do correio e os preparativos para o carnaval ocupavam o final da tarde e começo da noite toda.

Eram outros tempos, de maior segurança e mais confiança nas pessoas, como alguns dos fatos a seguir me levam, hoje, a crer:

Meu pai, junto com seus amigos, compravam garrafas de vodca para levar no baile. Penso que o objetivo do baile no Country Club não deveria ser arrecadar dinheiro, afinal permiti aos foliões a entrada com bebida.

Garrafas de vodca que ficavam nas mesas enquanto o pessoal pulava carnaval.

Não me recordo de uma única confusão, tampouco que as garrafas tenham sido usadas como armas por foliões mais alterados.

E já que levavam a vodca, levavam também açúcar e limão para se fazer uma caipirosca. Mais farofeiro que isso, impossível.

A curiosidade fica por conta do seguinte: meu pai, como sempre usava canivete na cintura, levava o canivete no baile para cortar os limões.

Você consegue imaginar esta cena hoje? Por mais que saiba que trata-se de uma pessoa de bem, etc e tal, mas já imaginou se permitir que alguém entre em um baile com um canivete na cintura?

Mas como disse, eram outros tempos. Tempos em que a confiança era retribuída com respeito por parte das pessoas.

Não me recordo de uma única confusão nestes bailes. Aliás, o que recordo mesmo é da alegria com que todo mundo curtia a festa.

A noite acabava sempre na casa de alguém (cada dia na casa de um) com a famosa canja pra curar a bebedeira.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

De outros carnavais - Parte 01

O Blog começa hoje uma micro série a série intitulada "De outros carnavais".

Trata-se de lembranças do blogueiro dos carnavais de outrora, por ele próprio vivenciado.

Um naco de biografia e memorialismo de uma Ipuã que não  existe mais.

Espero que curtam. Senão paciência, não vou deixar de escrever por causa disso.

A micro série a série terá 5 episódios e, assim como o carnaval, "tudo se acabar na quarta feira", como bem disse o centenário poeta.

***

Sou do tempo em que o Carnaval em Ipuã não era objeto da política pública municipal.

Se a Prefeitura não realizava, quem o fazia então?

Havia dois carnavais tradicionais na cidade: o do Ipuã Country Club e o carnaval da Lira Santanense. Nenhum deles gratuito, diga-se de passagem.

Na Lira, confesso que peguei o finalzinho. Uma ou outra matinê.

Já no Country Club não, este sobreviveu até meados dos anos 90 quando sucumbiu sem muita explicação.

Houve um ano, não me recordo bem qual, que este baile foi um completo fiasco. Pouco mais de duas dezenas de solitários foliões animaram-se, naquele ano, em sair de suas casas, dirigir-se ao Clube, pagar ingresso e comemorar a maior festa popular brasileira.

Quando o carnaval começou a fazer parte da política pública de lazer ipuanense, o mesmo fora organizado inicialmente na pracinha da rodoviária e mais tarde, no recinto de festas onde permanece até o presente ano, muito embora no presente ano não esteja acontecendo.

Junto com o carnaval organizado pelo poder público, veio uma das piores desgraças que há anos estraga os carnavais não só em Ipuã, mas na região e em todo o país: as espumas.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Troféu Cascão.


O Clima Tropical caracteriza-se por invernos secos e amenos e verões quentes e chuvosos.

Verões chuvosos!!!!

Já na metade final da estação, a chuva começa a dar o ar da graça.

E com ela, alguns serviços - não deveriam mas - ficam prejudicados.

Com base nestes serviços que durante a chuva simplesmente desaparecem, o Blog resolveu adotar o Troféu Cascão.

Como se sabe, Casão é aquele simpático personagem da Turma da Mônica, do genial Maurício de Souza, que basta ouvir um trovão ao longe que desaparece imediatamente, temendo que sua sujeira vá, literalmente, por água abaixo.

Vale lembrar que o Blogueiro usou como critérios apenas as empresas cujo serviço ele utiliza, mas caso queiram, os 9 fiéis leitores podem incluir as suas.

Em 3° lugar: CTBC

Não chega a ser frequente, mas vez ou outra, a telefonia fixa, o celular e a internet ficam temporariamente fora de operação durante temporais.

Em 2° lugar: SKY.

Agora menos, mas até pouco tempo atrás, bastava o tempo dar uma nublada para o sinal da TV por assinatura desaparecer.

Certa feita telefonei para a central e o diálogo rolou assim:

- Em que posso ajudar?
- sem sinal da TV por assinatura.
- O tempo está de chuva?
- Sim.
- Então esta é a  razão senhor.
- Quer dizer que se eu morasse no Vietnã não teria TV por assinatura?
- Como senhor?
- Nada, esquece. Muito obrigado.

O slogan "Sky, TV é isso" deveria ser: "Sky, TV é isso desde que não chova".

E em primeiríssimo lugar no Troféu Cascão...

1° lugar: CPFL.

Companhia Paulista de Falta de Luz.

Aqui em Ipuã já está uma vergonha. É apagão atrás de apagão.

Tenho usado o despertador do celular para acordar de manhã, pois o despertador do rádio relógio frequentemente amanhece "destrambelhado", certamente em razão de queda de energia na madrugada.

Fora as quedas de energia no meio do dia, algumas delas inclusive com ausência de chuva. Basta o céu ficar azul escuro.

Mas a conta, esta vem certinha. Deveria pelo menos descontar as horas que ficamos privados do fornecimento da energia.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Hoje tem Timão em Ribeirão.

Hoje tem Timão em Ribeirão Preto.

A contenda será contra o Botafogo local e o placar, algo em torno de 3 x 0, com direito a gol dele, Alex Duck.

Mas o que quero contar é um fato curioso; Das poucas vezes em que assisti a um jogo do Timão presente no estádio, o Timão nunca perdeu.

No Estádio Santa Cruz em Ribeirão Preto foram 4 vezes:

- Botafogo 0 x 0 Corinthians: anos 90 (não recordo o ano).
- Botafogo 1 x 5 Corinthians: 2001.
- Botafogo 0 x 2 Corinthians: 2003.
- Sertãozinho 0 x 0 Corinthians: 2008.

E no Estádio do Morumbi, uma:
- Corinthians 1 x 1 Palmeiras: 2005.

Hoje não estarei no Santa Cruz, embora não acredite que meu pé quente vá fazer falta.

Compromisso trabalhista me impede de estar presente na data de hoje.

Mas na Final da Libertadores e do Mundial este ano, seria bom a fiel torcida se cotizar e arcar com as expensas inerentes à presença do Blogueiro no estádio, e dessa maneira garantir a vitória do Todo Poderoso Timão.

O que nem ficará muito caro: passagem (aérea, evidente), estadia (não precisa ser muito chique), ingresso (numeradas cobertas), alguma alimentação e, é claro, uma cervejinha para aplacar a ansiedade deste feliz coração corinthiano.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Justiça tardia à família de Rubens Paiva.

Imagine-se filho de um Deputado combativo da Ditadura Militar Brasileira nos anos 70.

Um belo dia ele sai de casa, "acompanhado" por oficiais da Ditadura para uma "reunião" no DOI CODI.

E nunca mais você o vê novamente.

Você, e sua família, sequer podem velar sua eventual morte, porque sem corpo não há morto e o corpo não foi encontrado nos dias, meses, anos, décadas que se seguiram.

Na versão oficial, ele fugiu.

Na oficiosa, foi torturado e morto nos porões da Ditadura Militar.

Só agora, em 2013, alguns documentos vieram a comprovar que, de fato, foi torturado e morto. Mas nada do corpo.

À família, um sopro de justiça ainda que tardia; porém nada que apaga o desejo de saber que fim levou o patriarca.

À história deste país, um desfecho de um dos capítulos mais vergonhosos dentro da vergonha que foi a Ditadura Militar.

Quantos arquivos não foram queimados? Quantas pessoas não morreram guardando segredos? Quantos arquivos vivos não foram queimados?

Lamento ouvir, em pleno séc XXI, pessoas pedindo a volta do Regime.

Tenho medo que o senso comum, manipulável e apático, comece a, de fato, clamar por isso.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Começar de novo.

O bom de ser professor, é que todo ano recomeçamos.

Ainda que na mesma escola, ainda que nas mesmas salas, nunca um ano é igual ao outro.

Quando há novidades então, aí parece que estamos começando do zero, recém "fabricados" pela faculdade, prontos para perder nossa virgindade docente.

E novidades, nós temos todos os anos: novos nomes, novos rostos, novas turmas, novos problemas, novos colegas de carreira, novas experiências trocadas.

Esta é a minha 12ª primeira semana de aula como professor, e apesar de todo ano ser a mesma coisa (frio na barriga, incerteza, ansiedade), todo ano é diferente. Mais Barroco que isso, impossível.

Talvez seja isso que nos motive tanto a recomeçar, a certeza de que nunca um ano será igual ao outro, a certeza de que iremos sentir o mesmo frio na barriga a cada começo de ano letivo como se fosse nossa primeira aula na vida.

Ser professor é ter a certeza de que estamos sempre recomeçando e ao mesmo tempo nunca terminando.

Eu estava sentindo falta disso tudo!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Na mosca.

Do jornalista Josias de Souza em seu Blog hoje.

Trata-se do parágrafo final de um texto onde ele analisa a inoperância e os vícios do Congresso Nacional e cuja íntegra pode ser lida clicando aqui.

(...) Dilma Rousseff repete FHC e Lula. Luta por uma biografia ao mesmo tempo que cuida da unidade do condomínio partidário, que deseja as benesses do poder, não um bom nome. Deve doer na consciência da ex-guerrilheira a ideia de que faz o papel de rainha numa peça confusa, cujo epílogo é protagonizado ora pelo Sarney ora pelo Renan. Tudo sob aplausos do Collor e do Maluf.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

20 meses em poucos segundos.

O Blogueiro avisa de antemão que o vídeo abaixo tem causado reações diversas nas pessoas que o assiste.

1. Em uns; alegria, euforia, êxtase.

2. Em outros; fortes dores na região da articulação entre o braço e o antebraço, que liga o úmero à ulna e ao rádio.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Agendas*.

*Título corrigido.

Começo de ano (letivo), e eu procuro uma agenda para tentar me organizar neste 2013 que será de muito trabalho.

Procuro as agendas disponíveis na prateleira de uma conhecida livraria e papelaria de Ribeirão Preto.

Umas, formais demais; outras, descoladas demais. Entre grandes e pequenas, caras e baratas, encontro uma do tipo que havia visto uma vez, com um professor nos tempos de faculdade: agenda semanal.

Não se trata de cada dia do ano em uma página, mas a semana toda nas duas páginas. Você abre a agenda e sua semana escancara na sua frente, com todos os compromissos agendados.

Meu grande problema com agenda sempre foi o seguinte: se um compromisso é no dia 10, eu só fico sabendo no dia 10 quando resolvo olhar a agenda. Não tenho o hábito de, ao encerrar o dia, olhar o dia seguinte.

Invariavelmente, perdia compromissos.

Uma agenda semanal resolve, quase todos, os meus problemas com agendamentos.

Mas uma boa agenda que se preze, tem alguns requisitos básicos:

- Achar que a gente chegou no mundo hoje, explicando fusos horários, pesos e medidas, capitais, etc... Fico feliz em saber que 0ºC continua sendo 32F, e que nos EUA devo comprar um Nike tamanho 8,5.

- Trazer as datas comemorativas de cada dia, mesmo que na maioria das vezes não nos interessa em nada. Hoje, por exemplo, é dia do Publicitário. Parabéns Washington Olivetto.

- Anotar os dias da semana em outras línguas, além do português. Geralmente em Inglês e em Espanhol. Segunda Feira - Monday - Lunes.

- Calendário anual do ano anterior e do posterior. Talvez uma maneira de nos deixar pensando no futuro, porém preso ao passado.

Mas o que a gente mais gosta de fazer nas agendas e calendários, é olhar os feriados do ano, bem como as, inevitáveis, "pontes".

E a gente aproveita que tem calendário do ano que vem e aproveita para ver como será, em termos de feriados, o próximo ano.

Se você já fez isso, deve ter percebido que tanto 2013 como 2014 não serão generosos para a nossa ociosidade.