quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Em um ano de tantas perdas, que não percamos a Esperança.

 Nesse 2020 todos perdemos alguém.

Um familiar, um parente, um amigo, um conhecido, ou no mínimo, uma personalidade do país que admirávamos.

Nenhum de nós ficou sem uma perda nesse ano de Pandemia.

E isso une todo um país. Pena que essa união seja em torno de uma tragédia, não em torno de uma alegria.

Mas o que não podemos perder nesse Ano Novo que se inicia é a Esperança.

Esperança de dias melhores, Esperança de nos mantermos fortes para cuidar daqueles que estão ao nosso redor, Esperança de uma vacina, Esperança de buscarmos forças, cada qual à sua maneira, para nos mantermos vivos e unidos para, enfim, quando a Esperança chegar, possamos usufruir dos dias melhores que tanto desejamos.

Talvez 2021 seja isso, o ano do renascer da Esperança, aquela chama que pode até ficar pequenininha, mas que nunca se apaga.

Assim como os âncoras do JN nunca dizem "Boa Noite" nos dias em que notícias tristes encerram o Jornal, este Blog não vai desejar Boas Festas a vocês.

Vai desejar o renascer da Esperança nos corações de todos nós, que certamente perdemos alguém nesse triste ano de 2020.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Pequeno Dicionário Orandiano 2020.

Álcool gel.

BBB 20.

Construção.

Corona.

Defesa.

Gael.

Liv. 

Maranduba.

Máscara.

Netflix. 

Novela.

Quarentena.

Tese.

Ultrassom.

Zói da Borracharia.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Diário de um Pai Fresco: Desejos.

Mal começa a gestação e com ela vem os famosos desejos.

Sim caro leitor, os desejos começam com a notícia da gravidez e só termina no parto.

E nós, pobres pais, somos os responsáveis pela realização desses desejos nas horas mais difíceis, seja debaixo da ordem severa da grávida, que nunca deve ser contrariada, seja sob a chantagem de que a criança pode nascer com a cara do desejo não realizado.

Para evitar que a criança nasça com cara de jiló, por exemplo, providenciamos esse legume sem questionar o desejo.

Eu, evidentemente, estou vivendo esse flagelo.

Estamos em dezembro, as frutas dessa época são ameixa, cereja, lichia e nectarina, mas você acha que a Tau pediu alguma dessas?

Jamais!!!

Penso que ela vai deixar para pedir lichia ou cereja lá pelo mês de abril, na reta final da gravidez, quando as frutas da época serão caqui, jaca e kiwi.

Falo por experiência própria pois assim que terminou a época de jabuticaba, tive que rodar a cidade procurando algum pé temporão da fruta.

Tenho comigo que desejo é pura maldade da grávida, uma espécie de "vender caro a gravidez", pois já que são elas que ficam com a parte mais difícil da gravidez, acabam nos fazendo passar por isso para ver algum sofrimento da nossa parte.

Nada explica o fato de, ao chegar em casa com um saco de jabuticaba, após ter procurado na cidade e só encontrado numa casa vazia, que tive que pular o muro e correr de cachorro, a Tau comer 3 jabuticabinhas e falar: Enjoei.

Na minha cabeça, as mulheres grávidas devem ficar com uma raiva quando vê que o pai da criança conseguiu atender o desejo que ela julgava impossível então de pirraça, perde a vontade. 

Isso quando não vem desejo específico: eu quero chupar caju do sítio Boa Sorte. Aí não basta apenas achar a fruta, tem de ser do local indicado.

Mas o que me assusta mais que o desejo por frutas fora de época, são as combinações.

Ainda não teve nenhuma combinação do tipo: Mortadela com leite ninho, melancia com catchup, jaca com doce de leite ou rocambole com garapa (aliás um bom nome para uma banda de forró), mas estou me preparando.

Desejo específico mesmo, daqueles que vem do nada, rolou apenas um: a maionese da minha mãe.

Fácil de atender, telefonei para minha mãe para pedir que fizesse a tal maionese e ouço dela que estava justamente fazendo naquele momento.

Coincidência?

Acho que não.

Essa raça é muito unida, deve rolar uma transferência de pensamento entre elas, deve existir um grupo de whats em pensamento que une as mulheres do mundo todo, seja para trocar informações sobre desejos de grávidas, seja para começar uma revolução.

Pelo sim, pelo não, vamos atender seus desejos de grávidas, antes que a revolução comece.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O que o Blogueiro deseja a vocês?

A EPTV produziu esse vídeo há 20 anos atrás.

Aqui tem tudo o que o Blogueiro deseja a você e à sua família.

Um Feliz Natal a todos e a todas.



sábado, 19 de dezembro de 2020

Diário de um Pai Fresco: A Revelação.

Existe um rito de passagem aos pais da 2ª década do século XXI chamado Chá Revelação.

Trata-se de um evento social em que se convida parentes e amigos para, junto aos pais, descobrirem finalmente qual é o sexo do tão aguardado bebê.

Usa-se nesses eventos as cores rosa e azul para revelar a todos o sexo da criança.

O problema é como essas cores são apresentadas aos convidados.

Já vi revelações de todo tipo: balões estourando com laminado rosa ou azul dentro, avião jogando água tingida com cores, e claro, o Alok, cuja forma como usou para revelar serviu apenas para humilhar quem quisesse fazer revelação diferente.

Se não viu, clique aqui.

A forma tradicional é o bolo, onde se coloca dentro dele a revelação sobre o sexo do bebê.

Pois a Tauani preferiu ser clássica, escolheu o bolo (ainda bem, porque eu não sou o Alok), mas ao invés do glacê rosa e azul como tradicionalmente se faz, ela recortou coraçõezinhos de plástico azul e rosa, amarrados a uma linha de pesca.

Na ideia dela, iria puxar a linha e os coraçõezinhos iam se intercalando em azul rosa até que, no final da linha, uma sequência de coraçõezinhos da mesma cor indicaria se seríamos pai da Liv ou do Gael.

Criativo.

Porém...

Ao puxar o cordão, vimos que não tinha a sequência.

"A boleira errou", pensamos todos.

Mas nada disso.

Um ardil foi feito e a revelação estava dentro de um balão, com laminados coloridos.

A boleira passou o resultado para uma decoradora que organizou o balão que foi levado até nós para ser estourado.

Estourado o balão, confesso que fechei os olhos na hora e, num relance, vi laminados azuis.

Beijei e abracei a Tau e, ainda de olhos fechados perguntei: É menino?

Ela fez o gesto com a cabeça que sim.

Éramos pai do Gael.

sábado, 12 de dezembro de 2020

Diário de um Pai Fresco: O Ultrassom do sexo.

Dentre todos os ultrassons que um pai acompanha, o mais aguardado é o que revela o sexo da criança.

Não que o sexo tenha importância, pois a alegria de ser pai de menina ou menino é rigorosamente a mesma.

Mas a gente que saber para já ir adiantando e comprando roupas e acessórios, mandando fazer decoração já com o nome da criança e, no meu caso, para parar de conversar com o bebê chamando ele de "nenezinho".

Sim, eu converso com a barriga da Tauani na esperança de que a criança esteja ouvindo e, dizem os especialistas, elas ouvem.

Assim, minhas piadas divertidas, meu gosto musical e os jogos do Corinthians já se fizeram ouvidos há algum tempo.

Na minha ilusão, o médico revelaria e sairíamos felizes do consultório.

Ledo engano.

A namorada disse a ele que não queria saber o sexo, para espanto do médico e espanto maior do pai da criança.

Era para o doutor escrever em um papelzinho e colocar dentro de um envelope que ela havia levado.

Tudo era parte de um plano maior que consistia em levar a informação para uma boleira, que faria o bolo que seria usado em um tal de chá revelação, quando então, todos saberíamos o sexo.

Não teve Cristo que fizesse essa mulher deixar essa ideia de lado.

Era tão mais prático o Médico revelar para nós, ali mesmo. Mas não, queria o tal chá e pronto.

Aceitei, sob protestos. Pois nessas coisas o pai nem dá pitaco, quem manda é a mãe.

Deu-se início a uma verdadeira operação de guerra para descobrir o segredo do sexo da criança.

Tentei olhar o Ultrassom no momento em que o Doutro fazia o exame, com a Tau reclamando que eu estava olhando a tela.

Como se a gente conseguisse entender aquelas imagens.

Pensei ter visto um saquinho, então deduzi que era menino, mas soube mais tarde que, o que eu imaginava ser um saco, era o pé da criança.

Tentei pegar o papelzinho que a Tau inocentemente colocou na bolsa. Bolsa essa que ela deixou comigo enquanto mostrava o ultrassom ao ginecologista.

Olhares repressores de outras mulheres na sala de espera do consultório enquanto eu revirava a bolsa não me esmoreceu do meu objetivo.

Pensei em explicar do que se tratava, mas lembrei que estava em meio a grávidas e poderia ser linchado se soubessem que procurava o papel do médico contendo o sexo do meu filho.

Não tive sucesso. Ela me contou que havia colocado em um compartimento secreto da bolsa.

O papel chegou às mãos da boleira. No dia seguinte a procurei "despretensiosamente" querendo encomendar um bolo e assim tentar ver o recheio do bolo da revelação. Também sem sucesso, pois já havia sido advertida sobre minha tentativa.

O papelzinho foi parar nas mãos de uma pessoa que a Tau havia encomendado umas lembrancinhas para dar às madrinhas.

Pensei em invadir a casa dela e roubar o papel. Desisti, melhor esperar para pegar as lembrancinhas e abri-las.

Assim que buscamos as lembrancinhas, esperei um descuido da Tau para tentar abrir. Mas o laço que foi feito no embrulho eu não conseguiria refazer, todos saberiam que foi aberto.

O jeito foi esperar 3 longos dias.

Na véspera da revelação, tendo os meus planos fracassados, comecei a pensar nas pessoas que souberam antes de mim: o médico, a boleira, a ajudante da boleira, a decoradora que fez a caixinha com lembrancinhas para as madrinhas.

E eu nada!

Não é justo!!!!! 

Meu medo era que o médico escrevesse menino ou menina e que a caligrafia dele não desse para identificar.

Mas além de boa caligrafia, ele escreveu "sexo masculino".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

4 anos de gestação.

Ok, comparar uma Tese a um filho é um enorme exagero.

Mas, ao terminar de escrever o trabalho que começou há 4 anos atrás, quando decidi fazer Doutorado, não dá pra não se ter a sensação de que, nesse período, fui responsável pela gestação de uma pesquisa.

A orientadora, era a médica que acompanhava a gestação. E as orientações eram os pré natais.

A qualificação foi o mais importante ultrassom.

Abaixo, o ultrassom morfológico que estou enviando para a banca da defesa, ou seriam a equipe médica?

A defesa será o parto?

Resta saber se será cesariana ou natural.

Ano que vem, quando nascer, eu conto para vocês.






sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Diário de um pai fresco: O nome.

Passado o susto da gravidez inesperada, mas desejada, vem uma das partes mais complicadas na vida de um casal de pais de primeira viagem: a escolha do nome.

Claro que após algum tempo de namoro sempre surgem sugestões de nomes no casal, seja nas conversas sobre assunto de filhos futuros, seja nas conversas moles de casal apaixonado que sonha uma vida além dos dois.

E foi assim que descobri que a Tauani preferia nomes mais simples como Luiz, Miguel, Francisco e Joaquim.

Vi que minha missão seria difícil, convencê-la que havia opções melhores de nomes.

Não que fossem nomes feios, pelo contrário, os nomes sugeridos eram bonitos. Mas eu entendo que nome deve ser uma homenagem que fazemos a alguém que admiramos.

Dessa forma, quase deu separação quando propus como nome, Belchior e Sócrates.

Na minha vã ingenuidade, quando eu lhe mostrasse as músicas do Belchior, a quem homenagearia se tivesse um filho, ela começaria a chorar copiosamente e diria com a voz embargada: Nosso filho vai ter esse nome!!!!

Não foi o que aconteceu.

Com Sócrates ela nem abriu margem a negociações:

- Não quero nome de filósofo grego em filho nosso.

Nem explicando que a homenagem era ao jogador de futebol e médico, Dr Sócrates do Corinthians e não ao filósofo, consegui demovê-la da ideia de não aceitar esse nome.

Então ela me pediu uma lista de nomes para que ela, com poder de veto, para ajudar na empreitada.

De cara eliminou nomes masculinos como Andrew e Forrest, por achar americano demais.

Tom e Amyr também não gostou.

Caetano ela até gostou, mais deixou de stand by.

Orandes ela ama de paixão, mas desde que fosse Neto, e eu não queria Neto.

Nada contra, mas preferia Orandes Carlos da Rocha III, já pensaram? Continuo exclusivo na cidade.

Até que um nome foi consenso: Gael.

Nome de menina foi mais complicado.

Na discussão para escolher nome de menina tive de ouvir:

- Já tem uma com esse nome na família.

- Nossa, esse é nome de menina enjoada.

- Tinha uma colega de sala com esse nome que eu odiava.

- Você já beijou alguém com esse nome? Se eu descobrir que nossa filha tem nome de ex peguete sua, eu te mato!

Novamente fiz uma lista, com poder de veto da parte da mãe da criança.

Nomes como Bela e Linda estavam na lista, mas eu mesmo excluí. Se a menina puxar para a mãe, tudo bem os nomes farão sentido, mas já pensou se puxa pro pai?

- Seu nome?

- Linda.

- 🤭

Novamente encontrei resistência aos nomes americanos como Alícia, indígenas como Raíra e homenagens como Marina.

Até que um nome que eu sempre falei e ela sempre gostou foi unanimidade: Liv.

Assim mesmo, sem a letra "i", sem a letra "e" (todos chamariam de laive, ainda mais que foi gerada em.plena pandemia) e sem a letra "y".

E assim ficou Liv e Gael.

Afinal somos Orandes e Tauani, se nossos filhos tivessem nomes fáceis não combinaria com a gente.

Fico imaginando daqui a alguns anos, na escola, primeiro dia de aula:

- Liv/Gael.

- Presente, professora.

- Você é filha(o) do Orandes e da Tauani?

OBS: Escrevi esse texto antes de saber o sexo da criança.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Confirmada a futura Secretária da Educação em Ipuã

A notícia já não é novidade para muita gente: Michele Zanutim será a próxima Secretária de Educação e Cultura no Município de Ipuã.

Professora de Língua Portuguesa na rede municipal de ensino de Ipuã e de uma escola particular na cidade, a Profª Michele, que já havia sido convidada para o cargo em outra oportunidade e achou na época mais prudente declinar do convite (no que fez muito bem) e agora, novamente convidada optou por aceitar o convite.

Sou suspeito em comentar a escolha por ter com ela uma relação de amizade de décadas.

Mas que se dane minha suspeição!

É uma excelente escolha. Capacidade e honestidade não lhe faltam para desempenhar essa função com a mesma competência que desempenha sua carreira de professora.

Os desafios são muitos. De quebra 3 para ela pensar: A transição das aulas do modelo remoto para o presencial, que desejamos que ocorra ao longo 1º bimestre; a adequação do currículo escolar à BNCC; e a elaboração do Plano de Carreira dos Professores.

Mas a capacidade e a vontade se superá-los são muito maiores.

Parabéns pela indicação e sucesso à Nova Secretária.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Blogueiro Pé Frio no 2º turno.

 Mantendo a tradição do inverno gelado nos pés em se tratando de eleições, as torcidas do Blogueiro não foram vitoriosas nesse 2º turno de eleições Municipais.

A começar por São Paulo, onde torci pelo Guilherme Boulos/Luiza Erundina, e deu Bruno Covas.

Em Ribeirão Preto, torci pela Suely Vilela, deu Nogueira.

Em Franca, torci pela Flávia Lancha, deu Alexandre Ferreira.

Em Porto Alegre, a torcida pela Manuela D'ávila não foi feliz, deu Sebastião Melo.

No Rio de Janeiro, torci para a eleição ser anulada, mas deu Eduardo Paes.

Alegria mesmo, em poucas cidades:

No recife, na eleição familiar eu torci pelo João Campos contra a prima, Marília Arraes.

E em Uberaba, onde torci pela Elisa Araújo contra o Tony Carlos.

Que venha 2022, para eu exorcizar essa má fama.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Diário de um pai fresco: 1º Ultrassom

Pais de 1ª viagem, 1º ultrassom, o casal juntos para fazer o exame e... Pandemia proibindo os dois de entrar juntos.

Imagina a sensação?

Ansiedade a mil, o medo de ter notícia ruim, a expectativa de ouvir o coraçãozinho e o pai é barrado devido aos protocolos sanitários.

Lágrimas dos olhos da mãe e conformismo do pai.

Resignado vou me dirigindo à porta de saída quando uma funcionária piedosa da situação, me chama no canto e diz que, abriria exceção.

Entro sorrateiramente pela porta lateral e chego até a sala do exame, onde a mãe da criança estava esperando para ser examinada.

Surpresa, alívio e alegria.

Agora para o dia ser perfeito, era só estar tudo bem com o nenezinho.

Entra o médico, pergunta se era a primeira gravidez, respondemos felizes que sim e eu complemento, para o olhar repreendedor da namorada:

- É o primeiro de muitos Doutor!

Começa o exame, namorada pergunta:

- É só 1 né Doutor?

Ele responde que sim, para minha tristeza.

- Vocês queriam 2?

Namorada responde:

- Não Doutor, só ele queria gêmeos.

E então escutamos o coraçãozinho...

Até então, os sons mais bonitos que eu já havia ouvido na vida eram a Ária da Corda sol do Bach e o 1°gol do Sheik na final da Libertadores de 2012. Eis que surge um vencedor: o som do coração acelerado daquela vida começando.

Olhos cheios de lágrimas, mãos dadas com a mulher amada e ouvindo o coraçãozinho batendo.

Foi tanta emoção que talvez eu tenha criado isso na minha cabeça, mas tenho certeza que eu disse "vai corinthians" e o coração do nenezinho deu uma acelerada.

Ainda não sabia o sexo, mas já sabia o time.

sábado, 21 de novembro de 2020

Diário de um pai fresco: A descoberta.

Desde que eu soube que seria pai, em meados de agosto de 2020, confesso que pensei muito se deveria compartilhar algumas curiosidades dessa vida de pai recente, ou fresco, se preferirem.

Curioso como me vem à cabeça agora que, dentre as pessoas que me conhecem bem, não irão associar o adjetivo "fresco" com o pejorativo trocadilho homofóbico que muitas pessoas fazem aos pais recentes, mas ao sinônimo de enjoado, sensível, aquele que tem frescura, pois a maioria pensa isso, erroneamente, de mim, só por causa de uma ou outra mania, inclusive de limpeza e assepsia.

Mas o sentido do "fresco" do título dessa série, que ora se inicia, é de novo, recente; enfim, será o diário de um pai que virou pai recentemente, é isso.

Explicado o título, passamos ao começo de tudo e, se você é pai, vai saber o que estou dizendo.

Tudo começa com um certo atraso, se é que me entendem, e isso basta para viramos experts no assunto:

- É assim mesmo!

- É stress.

- Meu ciclo tem vez que fica longo.

- Meu ciclo tem vez que fica muito longo!

E quando esgotam-se todas as alternativas cientificamente comprovadas como eficazes, como rezar e perguntar aos amigos se com eles aconteceu o mesmo, é que o casal procura uma método mais antiquado para tirar a dúvida: um médico.

E foi em um desses que ouvimos que o atraso poderia ser problema de saúde ou gravidez, e pelo sim pelo não, melhor fazer exame de gravidez para descartar.

Confesso que a gente fica torcendo nesse caso que seja gravidez. E confesso também que tenho certeza que ao sairmos do consultório, o médico deve ter balançado a cabeça e pensado "bobinhos".

Claro que ele sabia que era gravidez, ele é médico pô!

E não é que no caso foi mesmo? Exame aberto na porta do consultório, abraços, choro, beijos, choro, risos, choro, mais choro e choro.

Então retorna-se ao médico com os olhos vermelhos e o exame e, claro, o pai da criança agora entra junto.

Ir com a mulher ao ginecologista é uma experiência que eu recomendo a todos vocês.

É uma especialidade que, salvo nesses casos, nós nunca iremos em nossa vida, então a gente não sabe bem o que perguntar.

O bom é que ele próprio vai explicando e preenchendo um monte de coisa. Eles têm uma espécie de tutorial e muito bom, porque até dúvidas que eu tinha ele respondeu sem eu perguntar (de hoje em diante só me consulto com ginecologista).

Foi nessa consulta que fiquei sabendo duas coisas que me fundiu a cuca: gravidez são contadas em semanas e a contagem começa no primeiro dia que "parou de vir".

Contar gravidez por semana até entendo, mesmo que fique difícil fazer as contas.

- De quanto tempo sua mulher está?

- 18 semanas?

- São quantos meses?

- Sei lá quantos meses são, 1 mês são 4 semanas e 2 dias, faz as contas aí!!!!!!

O que não dá pra entender, é porque contar o tempo da gravidez desde quando meu filho era um gameta feminino com a mãe e um gameta masculino com o pai, pois é isso o que o Gael ou a Liv era no 1º dia que "parou de vir".

Isso não vou entender.

Obs: Texto escrito antes dos pais saberem o sexo da criança.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Uma Câmara renovada.

 Se pensarmos em nomes são:

Dra Nevine

Itamar Jr

Claudiano Cal

Querosene

Claudinho

Acácio

Thonny Martins

Dr Marco Aurélio

Zé Carlos

Com uma candidatura ainda sob júdice, com uma improvável troca de um dos eleitos.

Se pensarmos em oposição x situação, são 5 x 3, e ainda temos 1 candidato independente.

Mas essa divisão nem sempre é tão explícita.

Pensemos em duas divisões mais interessantes:

1. Eleitos agora e reeleitos, assim são: 6 x 3.

2. Novatos e veteranos? São 5 x 4.

O que eu quero dizer com isso?

Seja os eleitos agora, seja os novatos, esses são MAIORIA na Câmara.

Eles representam o desejo de mudança da população.

Assim, esses candidatos têm a chance única de "tomar" a Câmara para eles, elegendo o Presidente e toda a mesa diretora e mais, vencendo todas as votações na Câmara.

E para que?

Para fazer uma Câmara INDEPENDENTE, como deve ser o Poder Legisltivo.

Se eu pudesse dar um conselho a Nevine, Itamar Jr, Claudiano, Acácio, Thonny e Zé Carlos seria: Deixe de lado o posicionamento "oposição x situação" e assumam a Câmara para vocês.

Façam uma Legislatura independente e confirmem com seus mandatos o desejo de mudança que a sociedade ipuanense confiou em vocês.

Pai, Filho e agora, Neto.

Quem acompanha esse espaço sabe que o pai do Blogueiro, o Orandes original (o Blogueiro é o genérico) ocupou por 2 anos uma cadeira na Câmara Municipal entre 1987 e 1988.

E obviamente sabe que este que vos fala também foi vereador entre 2001-2004.

Pai e filho ocupando vaga na Câmara de Ipuã não é raro. Há pelo menos uns 3 ou 4 casos.

Mas Avô, Filho e Neto, penso ser a 1ª vez.

Ainda que não seja meu filho, Itamar Jr, eleito ontem para o mandato 2021-2024, é neto do velho Orandes e se tornou, acredito eu, o primeiro caso em que uma político da cidade teve filho e neto eleitos na Câmara.

Muito embora não carregue o sobrenome Rocha, Itamar Jr é o 7º da linhagem familiar a assumir uma vaga na Câmara.

Para além da curiosidade, ficam, evidentemente, a alegria de ver um familiar na vereança e os votos de que mantenha a tradição familiar e faça um mandato com hombridade.

Orgulho de minhas derrotas.

 Agora compreendo o que quis dizer Darcy Ribeiro:

"Meus fracassos são minhas vitórias.

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu".

domingo, 15 de novembro de 2020

E Ipuã conhece seu novo Prefeito.

Na contagem regressiva minha, e de muitos ipuanenses e, acredito, do próprio Prefeito, para acabar o Governo MDB em Ipuã, a cidade conhece seu novo Prefeito: Ronywerton Pereira foi eleito para a gestão 2021-2024.

Como tradicionalmente faço nesse espaço, venho com sinceridade desejar sorte ao novo governante, pois dele depende o futuro de nossa cidade. E como bem disse Nelson Rodrigues, "sem sorte não se come nem um chicabon".

Faço votos de que seja um excelente Governo que honre cada voto recebido nessas eleições.

E como honrar?

Além de fazer um bom Governo, cumprindo as propostas, ou pelo menos a maioria delas, a começar daquela que penso que foi sua maior e melhor promessa: a RENOVAÇÃO.

Não votei no candidato vencedor, por isso não posso cobrar dele (a renovação, porque a Administração com certeza cobrarei*) , mas acredito que boa parte de seu eleitorado espera que ele entregue aos cidadãos a Renovação prometida.

A começar dos cargos de Secretaria, onde para cumprir a promessa, Ronywerton terá de substituir todos os secretários atuais por pessoas que não nunca tiveram cargos em administrações anteriores, e ainda, pessoas que apresentem uma nova mentalidade, pois renovar não é apenas trocar nomes, mas trocar ideias.

E o novo Prefeito tem tudo para fazer isso, se essa for sua vontade.

O desafios são muitos, a vontade superá-los maior, e o desejo de mudança da sociedade ipuanense é maior ainda.

Sucesso na empreitada.

*Atualizado às 19:40.

domingo, 8 de novembro de 2020

Você pensa que era apenas Biden e Trump?

 Joe Biden foi eleito o novo Presidente dos EUA.

Nunca uma eleição americana teve tanto interesse no Brasil.

Muito, em razão da rejeição do nosso Presidente, assumidamente torcedor do Trump, a quem chegou a dizer que amava e de quem nunca se importou de ser lacaio.

Biden venceu não apenas o Trump, mas também a tradição americana de sempre reeleger seus Presidentes, eu pelo menos nunca havia visto um Presidente americano perder uma reeleição (coloca a barba de molho Bolsonaro).

Mas Joe Biden não venceu apenas Trump, pois Trump não era o único adversário nas eleições.

Havia outros.

O sistema eleitoral norteamericano foi elaborado de tal forma que inviabiliza que outra candidatura seja vitoriosa além das candidaturas dos Partidos Democrata e Republicanos.

Já houve até episódio dos Simpsons tirando sarro nisso.

Quer dizer que existiam outros candidatos a Presidente nessas eleições?

Sim, como:

* Jo Jorgensen, do Partido Libertário

* Howie Hawkins, do Partido Verde.

* Roque 'Rocky' de La Fuente, do Partido da Aliança.

* Don Blankenship, do Partido da Constituição.

* Kanye West, por um partido independente que o raper (é o Kane West mesmo, cantor) batizou de "Birthday Party", fazendo trocadilho com a palavra "party" que pode ser festa ou partido.

* Brock Pierce, também uma candidatura independentes.

* Brian T. Carroll, do Partido da Solidariedade Americana.

* Gloria La Riva, do Partido para o Socialismo e Libertação.

* Alyson, Kennedy, do Partido Socialista dos Trabalhadores.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Padrão, superstição ou coincidência? Meus votos envolvendo o 45.

Nunca aceitei o acaso.

Sempre procuro encontrar padrão nas coisas vida.

Em eleições por exemplo. Em períodos como o que estamos vivendo hoje, de eleições municipais, sempre reflito sobre meus votos em eleições passadas.

E em uma dessas reflexões, encontrei os seguintes padrões: 

1. Sempre que eu votei em algum candidato que disputava a eleição contra o 45, o 45 venceu.

1994: 1º turno Presidencial votei no Quércia (no que me desculpo com vocês), deu FHC, 45.

1996: Eleição Municipal, votei no Nenê, deu Juscelino, 45.

1994: 2º turno para Governador, votei no Francisco Rossi (relevem), deu Mário Covas, 45.

1998: 1º Turno Presidencial, votei Lulla (perdão), deu FHC, 45.

1998: 2º turno para Governador, votei no Maluf (clemência por favor!!!), deu Mário Covas, 45.

2002: 2º Turno para Governador, votei no José Genoíno (tenham piedade de mim), deu Alckmin, 45.

2006: 1º turno para Governador, votei no Mercadante (me absolvam), venceu José Serra, 45.

Exceções: Eleição para Prefeito em 2004 (votei no Itamar) e eleição Presidencial de 2002 (votei no Lulla).

2. Sempre que anulei o voto, o 45 perdeu.

2010 e 2014: 2º turno Presidencial.

3. Sempre que votei 45, ele perdeu.

2006: 2º turno para Governador votei no Alckmin, 45, eu Lulla.


E agora nessas eleições Municipais?

Se fosse supersticioso, votaria em outro candidato, como não sou, vou de 45 e pronto! 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Denúncias na Justiça Eleitoral.

 A Justiça Eleitoral tem um importante aliado: um aplicativo de denúncia chamado PARDAL.

Caso você, cidadão, veja algum crime contra a ordem pública, a saúde ou crime eleitoral sendo cometido, denuncie.

Faça valer seus direitos, exerça seu dever cidadão de fiscalizar os candidatos.

Para baixar o aplicativo é só clicar no link a seguir: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.jus.trees.pardalmobile

Eu já instalei o meu.

Instale você também.

Ainda pode denunciar pelo site do MP de SP.

http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Eleitoral/Denuncia

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Feliz 15 de outubro: Dia do Professor!

E sob as bênçãos de "São" Paulo Freire, protetor dos Professores, eu parabenizo todos aqueles que escolheram, ou foram por ela escolhidos, a carreira docente não apenas como uma profissão, mas também como uma ideologia.

Que hoje, mais do que nunca, as palavras do Mestre nos seja um farol a nos guiar na escuridão do mar da ignorância.



quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Meus votos em eleições Municipais.

Já escrevi em outras oportunidades aqui no Blog que não revelo nomes de quem já votei para vereadores.

E o principal motivo é que, eu posso, ao revelar meu voto, chatear um ou outro candidato que tinha como certo meu voto. Afinal, de todos que me pedem, infelizmente só posso escolher 1.

Na minha casa sempre rolou aquela divisão de votos entre as 6 pessoas mais próximas e já houve eleição em que até 4 candidatos se beneficiaram de nossa divisão.

Mas meu voto para vereador em particular, quase nunca revelo.

Já o voto de Prefeito, esse não tenho motivos para esconder.

Então, segue abaixo uma breve lista de quem já votei em eleições Municipais e em quem votarei nessa que é a minha 7ª eleição municipal.

1996: Nenê Montanher (Prefeito) + Vereador(a).

2000: Nenê Montanher (Prefeito) + Orandes Rocha (Vereador).

2004: Itamar Romualdo (Prefeito) + Orandes Rocha (Vereador).

2008: Itamar Romualdo (Prefeito) + Vereador(a).

2012: Léo Nascimento (Prefeito) + Vereador(a).

2016: Nulo (Prefeito) + Vereador(a).

2020: Zói da Borracharia (Prefeito) + Itamar Jr (Vereador).

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Uma eleição de muito ineditismo. (Atualizada)

Perdoem o sumiço, mas setembro foi um mês muito corrido.

Voltando ao Blog...

Essa eleição de 2020 será para nós e em especial para esse blogueiro eleitor, uma eleição cheia de "Primeiras vezes":

É a 1ª vez, desde quando comecei a votar, que meu aniversário será no meio da campanha.

É a 1ª vez no século XXI que teremos 3 candidatos a Prefeito.

É a 1ª vez que teremos mais de 100 candidatos a vereador e vereadora (106 candidatos).

É a 1ª vez que um partido que governa a cidade por 2 mandatos e não lança candidato a Prefeito.

É a 1ª vez que o Prefeito apoia um candidato e seu partido apoia outro.

É a 1ª vez que o Blog não comenta a política municipal.

É a 1ª vez que vou digitar 45 em uma eleição municipal.

E é a 1ª vez, salvo quando fui candidato, que manifesto em público o meu voto para Vereador.

É a 1ª vez que vou votar em um sobrinho.

É a 1a vez em 44 anos, que o MDB não lança um candidato a prefeito.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Expuã 2020.

 Em um mundo normal, estaríamos vivendo nesse final de semana a Edição 2020 da Expuã.

Provavelmente teria começado ontem e terminaria no domingo. Provavelmente também, a festa teria os mesmos vícios e defeitos que a maior parte da classe política Ipuanense insiste em não corrigir, perpetuando assim um modelo que quem mais perde são os cidadãos.

Isso em um mundo normal, sem pandemia.

Ou talvez não, dado ao histórico da atual Administração Municipal e seu partido, o MDB, que simplesmente abandonaram a festa desde 2018.

Porém, de todas as ausências da Expuã na cidade, e com essa somam 3, algo nunca antes visto na história de Ipuã, a edição de 2020 é a única que tem uma justificativa mais que justa: a Pandemia da Covid 19.

As demais, foi falta de competência mesmo.

E que ninguém me venha com a conversa fiada de que a Administração tinha outras prioridades, pois não tivemos festa nem vimos as tais prioridades atendidas.

E para informar algum desavisado ou mau intérprete de texto: Não critico a ausência da Festa, critico sempre a mentira de alguns políticos que prometiam Festa melhor que as que a Administração anterior fazia, o que não conseguiram fazer; e o silêncio dos quinzócritas, que simplesmente desapareceram das redes sociais para falar sobre Expuã.

Para pensar na cama: Já pensou se fosse outro Prefeito ou Partido ficando anos sem fazer a festa, o que essas pessoas e políticos estariam falando nas redes sociais?

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

A curva de agosto.

 Agosto foi embora e com ele a curva dos casos de Covid 19 em Ipuã virou uma montanha russa.

Fazia 2 meses que não chegávamos a ter menos de 50 pessoas em situação de transmissão da doença, e em agosto tivemos 4 vezes. Porém, o pico de 81 pessoas foi o maior já registrado na cidade, quase igualado com outra alta que chegou a 78 casos.

O sobe e desce tem mantido a doença estável em Ipuã e o aumento do número de mortes pela doença nos permite afirmar que: Ainda não passamos o período crítico.

Nada de se iludir com fase laranja ou fase amarela, continuem mantendo distanciamento social e as demais medidas de proteção.

Vamos esperar a melhora para então reabrir aos poucos os serviços que estão parcialmente abertos.



quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Sugestões de programas para o Governo Federal.

Após os originais Minha Casa Verde e Amarela e o Renda Brasil, segue uma sugestão de programas para o Governo Bolsonaro colocar em prática no Brasil todo.

Prouni Brasil.

Luz amarela para todos.

Brasil Poupando Tempo.

Bom Prato Brasileiro.

Benefício de Prestação Continuada Verde e Amarela.

Programa Nacional do Livro Didático Verde e Amarelo.

Sistema Único de Saúde Brasileiro.

Programa Nacional da Alimentação Escolar Brasileira.

Programa Nacional do Transporte Escolar Verde e Amarelo.

Remédio Verde e Amarelo em Casa.

Saúde na Escola Brasileira

Proinfo Verde e Amarelo.

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio Verde e Amarelo.

Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação Verde e Amarelo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

4 boas novidades do Novo FUNDEB.

 Aprovado ontem pelo Senado sem modificações do texto que veio da Câmara, o Novo FUNDEB trouxe 4 novidades a serem aplaudidas:

1. O Fundo agora é permanente.

* Não haverá mais o risco de ser extinto ou de ser usado como moeda eleitoral pelos Governantes.

2. Haverá mais dinheiro oriundo dos recursos da União.

* Gradativamente a porcentagem de recursos da União no Fundo vai aumentar ano a ano até 2026. Atualmente a União contribui com 10% e chegará a 26% em 2026.

* Um aspecto negativo nessa mudança é a vinculação de parte da transferência da União (2,5%) ao bom desempenho dos municípios no SAEB (a avaliação de rendimento oficial do Governo Federal).

3. Obrigatoriedade de aplicação de 40% do Fundo na Educação Infantil.

* Contribuindo para minorar o principal "gargalo" da Educação Básica Nacional, ampliando a oferta de vagas em Creches.

4. Aumentou para 70% o valor mínimo a ser gasto com salários.

* Impacto direto no reajuste salarial docente.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Sem opiniões político-eleitorais no Blog em 2020

Quem acompanha o Blogueiro desde 2007 sabe que tradicionalmente as eleições municipais são pauta desse espaço quando entra período eleitoral.

Foi assim em 2008, 2012 e 2016, ocasiões em que teci comentários, trouxe fatos, curiosidades e muitas análises políticas.

Nesse ano, não espere muita coisa caríssimo leitor e caríssima leitora.

O porquê da diferença dessa eleição para as anteriores?

Simples.

Nessas eleições estarei como coordenador de campanha de um dos candidatos, portanto, tudo o que aqui eu dissesse teria óbvia suspeição. E ainda que na maioria das eleições passadas eu tenha escolhido um candidato e manifestado meu voto, a suspeição era bem menor que nessa, quando estou trabalhando diretamente na campanha de um candidato a Prefeito.

Por essa razão, salvo alguma curiosidade bem curiosa, não falarei de eleições municipais no Blog.

O que é uma pena para a audiência, pois os maiores números de visitas mensais da história do Blog são justamente os períodos eleitorais municipais, ocasiões em que inclusive fui procurado para fazer merchan no Blog, o que eu obviamente não aceitei pois continuo defendendo que quem emite opinião não pode fazer propaganda.

Mas como não me pauto por audiência, tomei essa decisão que ora compartilho com vocês.

No mais, boa escolha de candidato para todos os 9 leitores do Blog.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

A triste curva ascendente de Julho.

Segundo me disse em uma Rede Social a Secretária de Saúde do Município de Ipuã, esse número pode ser bem maior em razão dos casos assintomáticos e dos que insistem em não procurar o atendimento publico de saúde municipal.

Ou seja, pode ser muito pior que o que o gráfico mostra.

Mas como trabalho com dados oficiais, segue abaixo o gráfico e minha leitura:

* O gráfico mostra a quantidade oficial de pessoas em condição de transmitir a doença em Ipuã (a diferença entre o número de doentes e o número de curados)

* Desde meados de julho esse número (que já foi zero) não é menor que 50.

* Se olharmos, a quantidade de curvas descendentes são bem menor que as ascendentes o que mostra que a doença ainda não se estabilizou em Ipuã.

* Continuo defendendo que a informação seja, ao lado da rigorosa punição, os melhores (e talvez únicos) instrumentos que o Poder Público Municipal deve usar para conscientizar a população.



sábado, 1 de agosto de 2020

Zói da Borracharia é Pré-Candidato a Prefeito?

Se você já se fez essa pergunta, ou se já ouviu a resposta da boca de alguma pessoa, que não dele próprio, terá aqui uma bela explicação se sim ou não e porquê?

Só não vale dar spoiller ou falar que já sabia!



sexta-feira, 31 de julho de 2020

Blogueiro sumido.

Perdão pelo sumiço, meus caros 9 leitores do Blog.

10 dias afastado daqui. Não me recordo, salvo quando me permito tirar férias desse espaço, de ter ficado tanto tempo sem dar notícia.

Muita coisa pra fazer nesses 10 dias: atividades cotidianas do lockdown que me impus na casa da mulher amada, a reta final do Doutorado (graças a Deus), e início das atividades referentes a pré-campanha do pré candidato a Prefeito que estou apoiando.

Quem é o pré-candidato?

Amanhã eu posto aqui.

Assim não fico tanto tempo sumido.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Racismo? No Brasil?

Se você acha que no Brasil o racismo é velado, você precisa procurar conhecer esses dois conceitos.


sábado, 18 de julho de 2020

Presidentes do Brasil e seus times.

Apesar de se dizer Palmeirense (e deve ser, ninguém confessaria algo assim sem um mínimo de vergonha se não fosse) mas usar camisas de muitos clubes do Rio de Janeiro (Estado onde tem sua base eleitoral) e, mais recentemente, usar camisas de vários times menos a do Corinthians (no que agradeço profundamente), o Presidente Jair Bolsonaro não foi o único a se declarar por um time de futebol.

Outros Presidentes o fizeram e, outros, foram descobertos em sua torcida por investigação jornalística.

Abaixo, segue a lista dos times de futebol para quem torcia alguns Presidentes do Brasil.

PS1: Alguns Presidentes torcem para dois times, o que era normal antigamente.

PS2: A pesquisa mostra apenas os Presidentes de Eurico Gaspar Dutra pra frente e apenas Brasileiros, mas não tenho a menor sombra de dúvidas que se fizesse em escala mundial, daria Corinthians disparado. Obama por exemplo tem cara e jeito de ser maloqueiro sofredor, ou não?

PS 3: A fonte é o jornal Correio Brasiliense, que investigou e revelou. Os comentários em azul são meus mesmo.

Eurico Gaspar Dutra - Flamengo.
Na tentativa de unificar o país dividido politicamente ao final do Estado Novo, nada melhor que um torcedor do time com a maior torcida do país, àquela época.

Getúlio Vargas - Grêmio e Vasco.
Para quem entrou na Guerra ao lado dos Aliados (França, Inglaterra, EUA) mesmo simpatizante do Eixo (Itália, Alemanha e Japão), torcer para dois times deve ter sido normal. Qual deles seria os Aliados e qual seria o Eixo?

Café Filho - Alecrin/RN.
O Potiguar Café Filho torcia para um clube de seu estado natal e para ser mandato terminar logo.

Juscelino Kubitschek - Cruzeiro, América/MG e Vasco.
Cruzeiro na infância, América para ficar em cima do muro e Vasco quando conheceu a Bossa Nova.

Jânio Quadros - Corinthians.
Dizem que após a frase "fi-lo porque qui-lo" eles prosseguiu: "Torcê-lo-ei para o Clube de maior expressão no estado".

João Goulart - Grêmio e Vasco.
Discípulo de GV na política e no futebol. Logo se vê.

Castelo Branco e Costa e Silva: Não se sabe.
Deviam estar preocupados implantando a Ditadura no Brasil.

Emílio Garrastazu Médici - Grêmio e Flamengo.
Outro Gaúcho a torcer por dois clubes. Esse optou pelo clube de maior torcida, para poder tentar ficar de bem com a maioria. 

Ernesto Geisel - Botafogo.
Deveria ter se deixado influenciar pelo Garrincha e driblar a Ditadura.

João Figueiredo - Fluminense e Grêmio.
Gaúcho torcer para time carioca já tínhamos visto, mas carioca para time gaúcho, Figueiredo foi o 1º. E escolheu o time elitista do Rio, nada melhor para quem disse que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo".

Tancredo Neves - América/MG.
Para ficar de bem com todos os mineiros (e brasileiros), um time sem antipatia. Fosse paulista, Tancredo seria Portuguesa.

José Sarney - Sampaio Corrêa/MA e Flamengo.
Faltou um time do Amapá, estado que ele criou para fazer seu curral eleitoral. Sugestões: Santana, Santos (Macapá), São Paulo (Macapá), Trem, Ypiranga, Independente, Lagoa, SERB,...

Fernando Collor - CSA.
Time que ele foi dirigente e sua família tem estreitas ligações, sabe-se lá por quais intere$$e$.

Itamar Franco - SC Juiz de Fora.
Vindo dele, nada a estranhar.

Fernando Henrique Cardoso - Corinthians e Fluminense.
Sua "dupla cidadania" o fez torcer para dois times. Diziam que ele não entendia nada de futebol, mas a julgar pelo time paulista, parece que alguma coisa entendia sim.

Lulla - Corinthians.
Única admiração minha que ainda restou sobre ele, é o mais Corinthiano dos Presidentes. Mas ficou de nos dar um estádio e nada, a dívida só aumenta.

Dilma - Internacional e Atlético/MG.
Assim ela explicaria: Porque o Atlético/MG sendo um time internacional, e o Internacional sendo um clube, portanto trabalha a parte atlética, optei por optar ser Atlético e Internacional.

Michel Temer - São Paulo.
Para nenhum outro Presidente a escolha foi tão evidente. Tá... talvez o Lulla, mas vai falar que não tinha certeza que o Temer era tricolor?

Jair Bolsonaro - Palmeiras.
Apesar de vestir camiseta de quem for conveniente. Lembra dele e do Moro torcendo pro Flamengo?

quinta-feira, 16 de julho de 2020

70 anos de uma tragédia.

Tudo bem, eu sei que o Prof Cortella ensina que tragédia é aquilo que não pode ser evitado, aquele infortúnio que tem interferência divida cujos homens são impotentes diante dela: Um furacão, um vulcão, terremoto ou tsunami, por exemplo.

Mas aplico o termo tragédia aqui no sentido do senso comum. Ou talvez os Deuses do Futebol tenham interferido no fato que vou narrar e não sabemos.

Há 70 anos atrás o Brasil perdia a Copa de 50, em casa, para o Uruguai.

A última Copa do Mundo antes de 50 havia sido a de 1938, vencido pela Itália. Depois daquela Copa, a II Guerra impôs um hiato em Copas do Mundo, cancelando por motivos óbvios, as duas seguintes.

Com a Europa em reconstrução após a Guerra e a América do Norte sem tradição no futebol, a escolha da sede recaiu sobre o Brasil.

A final, no recém inaugurado Maracanã, teve mais de 200 mil pessoas e o empate era do Brasil, que saiu na frente e tomou a virada perdendo por 2 x 1 aquela que sempre foi chamada de maior tragédia do futebol nacional.

Até vir 1982, com a tragédia do Sarriá, que há quem diga que foi mais doída.

Qual das duas tragédias foi pior? Sinceramente não sei: a de 50 por ser final e estar ganha até os últimos minutos certamente foi dolorosa, mas minha simpatia pelo time de 82 (que eu vi jogar) e as tristezas que lembro ter sentido naquele dia, me fazem ser suspeito em afirmar.

E há quem diga que a maior tragédia foi o 7x1, no que eu discordo pelo fato de que não foi tragédia, foi vergonha mesmo, humilhação, achincalhe, algo tão inimaginável, que virou piada no mesmo instante e assim perdura até hoje.

O 7x1 foi a maior vergonha futebolística da História das Copas, pelo seguinte: Um time Pentacampeão disputando uma semifinal em casa, levar um couro que só não foi maior porque o adversário preferiu "tirar o pé", seja por modéstia, seja por preparação para a final, seja por piedade.

Não tenho dúvida que 7 foi o número que a Alemanha escolheu para fechar a conta. Aliás escolheu os 5 gols do primeiro tempo, os 2 a mais na etapa final foi o enxerido reserva que entrou no 2º tempo e deve ter pensado: "Vou perder a chance de me consagrar? Nunca na vida!".

Acredito, e ninguém me prova o contrário, que naquele dia, se a Alemanha quisesse, poderia facilmente feito 10 ou 12 gols.

terça-feira, 7 de julho de 2020

O destino pode ficar irônico.

Não que eu deseje, jamais.

Pelo contrário, desejo ele bem vivo para ver sua ruína política.

Mas que o destino pode ficar irônico, ah isso pode:

"E daí? Lamento. Quer que eu faça o que? Não faço milagre"

"A gente lamenta todos os mortos, mas é o destino".

"Vão morrer alguns [idosos e pessoas vulneráveis] pelo vírus? Sim, vão morrer. Se tiver um com deficiência, pegou no contrapé, eu lamento".

"Uma pessoa não é estatística".

“Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou teria. Quando muito, seria acometido por uma gripezinha ou um resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão”

"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, tá ok?”

"Tem que se cuidar. Eu estou com 65 anos tenho que cuidar de mim mesmo, (de) minha mãe que está viva. E toca o barco. É a vida, é a realidade. Morre muito mais gente de pavor do que do ato em si. Então o pavor também mata, leva ao estresse, ao cansaço, a pessoa não dorme direito, fica sempre preocupada, (pensando) 'se esse vírus pegar vou morrer'"

"A chuva está aí, vamos nos molhar e alguns vão morrer afogados".
Vão morrer alguns [idosos e pessoas mais vulneráveis] pelo vírus? Sim, vão morrer. Se tiver um com deficiência, pegou no contrapé, eu lamento... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2020/03/27/bolsonaro-quer-convencer-que-vida-de-idoso-e-pedagio-a-pagar-ao-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola
Vão morrer alguns [idosos e pessoas mais vulneráveis] pelo vírus? Sim, vão morrer. Se tiver um com deficiência, pegou no contrapé, eu lamento... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2020/03/27/bolsonaro-quer-convencer-que-vida-de-idoso-e-pedagio-a-pagar-ao-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Uma conta para se fazer (e lamentar).

Ontem, 30//06 terminou a metade do ano.

Foram 6 meses.

Exatos 183 dias.

Desses, estamos de quarentena desde meados de março, portanto, mais de 3 meses de reclusão.

Mais da metade, da metade desse ano.

Algo em torno de 60% do semestre.

Quanto tempo mais ficaremos?

Como será essa conta depois de passarmos pelos mesmos 6 meses que vivemos até aqui?

E a pior pergunta de todas: o que fizemos nesses últimos 6 meses?

terça-feira, 30 de junho de 2020

Desenhando a Covid 19 em Ipuã nos últimos 45 dias.

Ipuã encerra junho com o 100º caso confirmado da Covid 19 em apenas 2 meses.

Se você não entende esse gráfico:



Talvez entenda esse:

O gráfico acima representa a quantidade de pessoas em nossa cidade em condições de transmitir o vírus.

É a diferença entre as pessoas doentes, menos as pessoas que se curaram ao longo dos últimos 50 dias.

Significa que existem hoje em Ipuã, 26 pessoas acometidas pela Covid 19 em tratamento.

Esse número já foi Zero (dia 19/05) e há 15 dias esse não sai da casa dos dois dígitos (dezena).

Pela curva, podemos ver que a doença se agrava em nossa cidade.

Se você não entende que medidas mais duras necessitam ser tomadas urgentemente, talvez você não entenda a gravidade da doença.

O que não justifica os decretos mal feitos por parte da Administração Municipal que ora restringe, ora libera conforme as pressões da sociedade ou de eminências pardas.

Parecem estar perdidos em meio ao tiroteio que vem de todos os lados. Só isso para explicar porque proibir delivery, principal motor do comércio atualmente, ou não colocar pet shop como essencial (nós podemos comer, os animais domésticos não?).

E já que a conscientização da população, que todos pedem, talvez demore um pouco mais para acontecer, seguem medidas que talvez possam ajudar:

* Divulgar os casos da doença por bairros, seja para criar uma situação de insegurança nos moradores, seja para aproximar a doença ainda mais dos moradores, ambos os casos, poderiam contribuir para elevar as medidas protetivas por parte dos cidadãos.

* Divulgar no portal transparência da Prefeitura, as multas e notificações aplicadas pelo descumprimento das regras.

* Deixar de usar o antigo prédio da Prefeitura e definir um dos Postos de Saúde como centro exclusivo de tratamento da Covid 19, e ali não tratar mais nenhum outro paciente.

domingo, 28 de junho de 2020

Doutor é quem faz Doutorado?

Sempre que me deparo com essa pergunta fico tentado a responder: "Também". 

E quem sabe uma versão estendida da minha resposta, mesmo que fique repetitiva: "Também; mas não só".

Isso porque não é de hoje que defendo que Doutor não é só quem tem Doutorado. E por que defendo que não apenas concluintes da Pós Graduação (Strictu Senso) em nível de Doutorado podem ser chamados de doutores?

Essa resposta, que difere da grande maioria dos colegas acadêmicos que conheço e convivo (muitos desses já escrevendo para me xingar), requer uma explicação baseada em um contexto histórico, na tradição e na reverência (respeito).

Vou explicar.

A maioria dos acadêmicos rechaça o uso do "Dr" para os não Doutorados alegando que "Doutor" é título e não Pronome de Tratamento.

Mas como nasceu o uso de "Dr" para os não doutorados?

Vejamos...

A 1ª instituição de ensino superior no Brasil (ainda não chamada de Faculdade) foi a Escola de Cirurgia da Bahia, em Salvador no ano de 1808. Esta é considerada a 1ª faculdade de Medicina e a 1ª faculdade do País.

Depois vieram a Faculdade de Direito em São Paulo (Largo do São Francisco, hoje USP) e a Faculdade de Direito de Olinda/PE, ambas em 1827.

Estamos falando no período de 200 anos atrás, século retrasado (XIX), e se hoje se formar em Medicina ou Direito é privilégio para poucos, ainda que haja centenas de cursos, imagine o privilégio que não era no distante século XIX.

Não tenho os dados, mas suponhamos que a 1ª turma de medicina no Brasil formou algo do tipo 50 médicos? Ser médico no país, à época, era quase um endeusamento.

Por essa razão, ser médico ou advogado há 200 anos atrás, era tratado com veneração, usando como distinção, dessas pessoas com tamanho prestígio, o termo "Doutor".

Doutor vem do latin "Docere", que significa ensinar. Dele deriva a palavra "Douto", que significa "pessoa que possui extensos conhecimentos, muito instruído, que revela erudição".

Ser Médico ou Advogado no Brasil Imperial era algo tão raro que, a esta minoria da sociedade brasileira, justificava-se serem chamados de "Doutor"; afinal pertenciam a uma elite acadêmica e profissional do Brasil, cujo elevado grau de especialização era enaltecido com o "Dr".

O tempo passou, felizmente os cursos superiores se expandiram e muitas faculdades e cursos foram abertos no país.

Manteve-se assim a tradição de chamar de "Dr" os profissionais da Medicina e do Direito, estendendo-se a outras áreas da saúde como Dentistas, Veterinários, Biomédicos, Fisioterapeutas e Psicólogos.

E do Direito, estendeu-se também o uso do "Doutor" a Juízes e Promotores, também como forma de reverência a tão valiosa carreira que requer elevado grau de especialização e distinção na sociedade. E assim, "Doutor" virou uma forma respeitosa de se chamar esses profissionais, substituindo o Excelência (mais usado para autoridades políticas) e o Meritíssimo (que fora do contexto do tribunal pode soar irônico, ou você se imagina na fila do açougue cumprimentando o juiz de sua cidade com um "boa tarde Meritíssimo"?).

Já o "Doutor" de quem fez Doutorado veio muito tempo depois das primeiras faculdades.

A Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado) no Brasil surgiu em 1965, pelo menos como parte integrante de Universidades. À época, já se chamavam médicos, dentistas, advogados e outros de "Doutor", termo já consagrado desde o século anterior ao surgimento dos primeiros cursos de Doutorado.

Antes de existirem os Doutores (Pós Graduados) já existiam ou Doutores (Graduados em Medicina, Direito, Odontologia,...).

E desde então o embate, nada produtivo, permanece: Doutor é quem tem Doutorado? Doutor é pronome de tratamento? Médico é Doutor? Advogado é Doutor?

Penso que trata-se de uma tradição legitimada pelo uso, a de chamar de "Doutor" esses profissionais de enorme distinção dentro de nossa sociedade.

Essa tradição é tão forte que, se você chamar alguém que tenha feito Doutorado (seja em qual área for) de "Dr fulano de tal", quem ouvir pensará tratar-se de um médico ou advogado, jamais de um pesquisador que defendeu uma Tese e concluiu seu Doutorado.

Além do mais, trata-se de uma reverência, pois não me imagino chamando meu médico de "médico fulano de tal", sendo que não tenho a intimidade de chamá-lo apenas pelo nome.

Tenho inúmeros amigos e parentes advogados e os chamo pelo nome dada a intimidade que temos, porém em um ambiente formal ou em documentos oficiais que eu possa lhes dirigir, certamente usarei o "Dr" na frente de seus nomes.

Concluindo: seja pela tradição e pela reverência que determinadas carreiras possuem, dada a alta complexidade de suas funções e importância dentro da sociedade e suas raízes históricas, entendo ser legítimo o uso do "Dr" para referir-se à inúmeros profissionais, ainda que em sua grande maioria, não possuam o título acadêmico de Doutor.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Novo (e ainda provisório) Calendário Eleitoral 2020.

O Senado Federal aprovou novo Calendário Eleitoral para 2020.

O texto agora segue para a Câmara, para ser votado. Caso haja alterações, volta para o Senado.

Tudo isso por causa da "gripezinha" que cancelou futebol, Fórmula 1 e Olimpíadas do Japão. Não iria alterar nossas eleições?

Graças ao Bom Deus não prorrogou mandatos, como foi aventada a possibilidade. Já pensou 2 anos a mais???

Mas como muita coisa no país é feita pelas metades, ainda resta saber por exemplo como fica a questão dos afastamentos de servidores e funcionários públicos que serão candidatos.

O lado bom da nova data: Acaba com o "pacote de maldades" que todos Prefeito lança após as eleições.

Com a intenção de "fechar as contas", grande parte dos Prefeitos deixavam para adotar medidas de controle de gastos apenas após as eleições, seja para se reeleger, seja para eleger sucessor. Com a eleição em Novembro, ou ele adota essas medidas antes ou corre o risco de fechar no vermelho e sofrer as sanções da lei.

O lado ruim: Pouco intervalo de tempo para os novos Prefeitos fazer o "Governo de transição".

Candidatos eleitos terão pouco mais de 1 mês para pensar em seu Governo: definir prioridades, estabelecer estratégias, urgências, montar a equipe, etc... O prazo apertado agrava quando há necessidades urgentes a serem tomadas logo no início do mandato.

O lado ruim 2: Menos tempo para a justiça julgar os casos de crimes eleitorais.

Ficará com o tempo mais apertado para a Justiça Eleitoral analisar e julgar casos de abusos que sempre ocorrem em eleições e que após diplomados os eleitos, não que seja impossível, mas é sempre um pouco mais difícil de serem punidos os eleitos.

Seja como for, o novo calendário (que ainda pode ser alterado) ficou assim:


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Hashtags que podem ser úteis.

A hashtag #FechadoComBolsonaro já perdeu força.

Assim, esse Blog ajuda você a encontrar outra que melhor se adeque às suas aspirações.

#MoroTraíra

#SomosTodosQueirós

#QueirósNãoEstavaForagidoEstavaEmIsolamentoSocial

#FicaWeintraub

#SaraLivre

#Somos300ETantos

#VoteiNoPaiNãoVoteiNoFilho

#FlávioÉInocente

#MenosGloboMaisSBT

#MenosCNNMaisJovemPan

#ForçaRenanSena

#AtibaiaZicada

#CloroquinhaÉMelhorQueDexametasona

#STFComunista

#PFComunista