quinta-feira, 30 de maio de 2013

Jornalismo do SBT.

Já dizia o grande mestre Millôr Fernandes: "Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados".

Não existe jornalismo 100% isento.

Todos os grandes veículos da imprensa televisionada brasileira estão, de uma forma ou outra, presos aos interesses dos governantes.

Mas confesso que o SBT, se também não é isento, tem demonstrado uma visão crítica, não presenciada em outras emissoras, em seus telejornais.

Abaixo mais um exemplo do que eu digo:


Ainda bem que existe o youtube pra divulgar opiniões assim.

Você sabe o que a data de hoje representa? Eu não sabia!

Responda rápido e ligeiro: O que comemoramos na data de hoje, o Corpus Christi?

Eu espero...

99,9% responderá: Corpo de Cristo.

Nota-se que eu não quero a definição da expressão latina, mas "o que" se comemora na data de hoje?

Se a Sexta Feira Santa comemora-se a paixão e morte de Cristo, a Páscoa a Sua ressurreição e no Natal, o Seu nascimento; o que simboliza a data de hoje?

O Blogueiro, católico na infância (por orientação materna), reprovado duas vezes no catecismo, e ausente há décadas dos ritos religiosos, obviamente também não sabe a resposta.

Ou melhor, não sabia. E se sabia, tinha esquecido.

Uma rápida olhadela em sites (aqui e aqui), e descubro que:


Corpus Christi significa Corpo de Cristo, vem do latim, e tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica. A festa de Corpus Christi acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.


É uma "Festa de Guarda", isto é, para os católicos, é obrigatório participar da Santa Missa neste dia, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país respectivo.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado.

A festa de Corpus Christi foi decretada em 1269.


Em muitas cidades portuguesas e brasileiras, é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas "cidades históricas", que se revestem de práticas antigas e tradicionais e que são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.

Corpus Christi é feriado nacional no Brasil desde 1961. São celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou no caso de não haver, o pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhado por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas, é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.


E então bom Cristão? Ajudou a entender melhor o dia sagrado que você só usa para curtir o ócio?

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Gêneros de filme que marcaram minha infância/adolescência

Ontem escrevi sobre meu gosto na infância por filme de vampiros.

O tempo passo e na minha adolescência, além das inevitáveis assistidas aos filmes das madrugadas da BAND, outros gêneros me atraíram no cinema (na verdade fitas VHS).

* Filme de Ninja.

Não conheço alguém que tenha assistido a mais filmes de ninja do que eu.

Aluguei todos os que existiam na única locadora que havia na cidade nos meus tempos de criança.

Alguns, mais de uma vez.

Tão viciado que comprei livros ensinando a ser ninja (e eu queria ser); mandei fazer uma estrelinha, que eu treinava minha - péssima - pontaria em árvores e outros alvos no quintal de casa; sonhava com uma espada, hoje facilmente encontrada em shopping centeres, mas que não compro porque tenho menos juízo que naquela época.

* Filme de Robô.

E suas variações: androides, ciberhumanos,...

Foi assim que assisti, na época sem saber que seria um dos grandes clássicos do cinema, ao filme Blade Runner.

* Star Wars.

"O Império contra ataca" talvez seja, ao lado de "De volta para o futuro", o filme que mais marcou minha infância/adolescência.

Assisti a todos da série, incluindo os da nova sequência, lançados no começo dos anos 2000.

O que por sinal estragou a magia que eu tinha sobre os filmes.

Algo parecido com o que acontecerá com os filmes de vampiro, caso um dia assista a algum da saga Crepúsculo.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Vampiros eram os de antigamente.

Dias atrás escrevi aqui sobre o rapaz do filme Crepúsculo, e as reiteradas chifradas que tem levado da atriz que divide com ele as telas e a cama.

Nada contra o rapaz ou a moçoila, cada um faz o que quer.

Eu estava escrevendo sobre o fato e me atentei para outro fato mais surpreendente: eu não assisti a nenhum filme da saga.

Nenhum!!!

Não por falta de oportunidade, pois cinema, tv por assinatura, locadora e pirataria estão ao alcance dos meus olhos (agora com óculos).

Foi por pura falta de interesse.

Justo eu que adorava na minha infância (algo em torno do final dos anos 90), filme de vampiros.

E talvez esta seja a razão: os vampiros modernizaram e eu não aceito isso.

Para mim vampiro exposto à luz solar vira pó, e não a Sininho do Peter Pan.

Vampiro que se preza tem cara amarelada, cabelo engomado (fazendo um bico próximo à testa), olheiras, capa (preta por fora e vermelha por dentro), medo de cruz, água benta, não suporta alho e se transformava em morcego.

Apesar dessa aparência horrenda, ainda pegava as mulheres, coisa que os neovampiros só conseguem em razão da beleza física e porte atlético, nada de xaveco.

Recordo que na infância ter assistido a um filme que me impressionou muito, mas não lembro o nome. E a data distante (algo em torno de 15 anos atrás) já não me permite nem contar o enredo com riqueza de detalhes em alguma rede social na esperança que alguém saiba que filme é.

Não assisto a estes filmes atuais por medo.

Não medo da história macabra, mas o medo de me deparar com o vampirão cozinhando para sua amada um belo macarrão alho e óleo, em frente a um crucifixo, se benzendo com água benta e indo levar a comida para a amada estirada à beira da piscina numa bela tarde ensolarada.

Seria o fim da minha infância.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Boletim de Ocorrência.

De tão popularizado, o termo B.O. (Bê ó) já virou gíria.

Quem nunca falou ou ouviu algo do tipo: Isso vai dar B.O.

Boletim de Ocorrência, ou simplesmente, B.O. é o relato documentado por escrito de algum ato que envolva a polícia ou o judiciário seja na hora seja em futuras demandas.

Pode ser usado em várias situações:

Bateu o carro? O B.O. ajuda em futura causa judicial para ter o dano reparado.

Foi ameaçado? o B.O. colabora na preservação de sua integridade física, uma vez que em caso de agressão, já tem um suspeito.

Brigou, bateu, agrediu? O B.O. será usado contra alguém no tribunal.

E mais recentemente, o B.O. tem sido usado pelos cidadãos na garantia de seus direitos.

A meia entrada para estudantes não foi garantida? Faz B.O.

A escola negou vaga para seu filho? Faz B.O.

E se esperar horas (tipo 4 ou 5) na fila do Pronto Socorro e não for atendido por falta de médico, a única solução a tomar é fazer um Boletim de Ocorrência registrando o acontecido.

Eu sei que é chato, que muitas vezes é um fardo tanto para quem o solicita como para a autoridade encarregada de fazê-lo.

Mas essa é uma das poucas armas que ainda dispomos para garantir nosso direito ao patrimônio, à vida e à cidadania.

domingo, 26 de maio de 2013

Nos palanques da vida.

Era uma sessão solene. O que não lhe tirava o aspecto de sessão festiva.

Além de ser a entrega de um título de cidadão Ipuanense, a Câmara Municipal aproveitaria o fato do agraciado ser rotariano e realizaria uma sessão solene em homenagem ao centenário do Rotary Internacional (2004).

Estava presente, além da comunidade rotária municipal, vários companheiros de cidades vizinhas para tão especial cerimônia.

Foi nesse contexto que o fato se deu.

Na sessão anterior a esta, o clima tinha pesado; levado ao plenário por mim a denúncia de que o SERPASE (uma entidade particular sem fins lucrativos que prestava serviço na área de assistência social e educação à Prefeitura) havia destinado recursos municipais, a ela repassados pela Prefeitura, em gastos com maquiagem, aluguel de som e aluguel de boiada para a Expuã de 2003.

A irregularidade havia sido apontada pelo Tribunal de Contas e nós da oposição não perdoamos.

Naquela sessão argumentei como poderia uma entidade que recebe verba da Prefeitura para desempenhar função de promoção social, usar esta verba para maquiagem, boiada e som.

Era um claro exemplo de terceirização do serviço público, uma vez que a entidade PARTICULAR funcionava num prédio público, tinha servidores municipais prestando serviço a ela e sua diretoria era composta grande parte por pessoas com cargos de confiança na Administração Municipal.

Além da entidade não ter outra receita que não fosse a subvenção municipal.

Foi a deixa para vários outros vereadores desfilarem suas críticas à Administração Municipal e sobretudo ao SERPASE, que claramente deixava de cumprir sua função para atender outros interesses.

Houve risos quando eu disse que presumia que o gasto com maquiagem fosse para as Rainhas do Rodeio e um Vereador me pedindo um aparte, complementou que poderia ter sido para maquiar os bois que também haviam sido pagos com dinheiro do SERPASE.

Uma sessão onde a oposição simplesmente desfilou todo seu repertório de críticas e de ironias.

Acontece que a sessão seguinte foi a tal sessão solene, e um dos membros do Rotary de Ipuã era justamente o tal presidente do SERPASE a que tanto criticamos.

Eis que ao abrir a sessão, foi lida (como de praxe) a ata da sessão anterior, justamente a tal sessão acima descrita. Então foi lida a ata para o plenário lotado, com a presença da elite da comunidade rotária regional, o presidente do SERPASE foi exposto como nunca imaginou que seria, com seu nome citado inúmeras vezes na ata.

Todos os presentes ficaram sabendo não só do fato, mas de como nós, vereadores, abordamos a questão de maneira tão crítica e irônica.

Ao perceber a gafe, era tarde demais. A ata foi lida até o final.

Saia justa geral, exceto para mim, que desafeto declarado do tal Presidente, ouvi atentamente a leitura da ata com um “silêncio sorridente”, pena que minhas palavras não tenham sido transcritas na íntegra naquela ata.

Teriam escutado muito mais.

sábado, 25 de maio de 2013

Com o giz na mão (republicação por falta de boas histórias).

Vida de Professor não é fácil.

Ministrar uma aula é apenas a "ponta do iceberg", ou a "cereja do martini", como preferirem.

Entrar em uma sala e ensinar, é somente a parte visível para os alunos.

Há muitas coisas que antecedem, e que sucedem este "simples" ato.

Para que isso aconteça, temos que:
* Preparar aula (o que ensinar? como ensinar?...);
* Preencher diários;
* Preparar prova;
* Corrigir prova;
* Preparar trabalhos;
* Corrigir trabalhos;
* Ler livros e revistas;
* Pesquisar;
* Conversar com pais;
* Levar em consideração o perfil da sala;
* Muitas vezes, analisar casos específicos de alunos, considerando seu contexto social, etc...

Enfim, é muita trabalheira.

E depois disso tudo, sempre me vem algum aluno e pergunta:

"Professor, você só 'dá' aula ou você trabalha também?".

Tenha santa paciência!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Chuva da florada do capim.

Demorou mas ela veio.

A famigerada Chuva da Florada do Capim, ou Chuva da Brota do Capim, ou simplesmente, Chuva do Capim.

Se você não sabe do que se trata, pergunte aos seus pais.

Caso eles também não saibam, pergunte aos seus avós.

Se estes também não souberem, desconfie das palavras do blogueiro.

Trata-se daquela chuva que vem em maio, em meio à estiagem, que segundo os antigos serviam para fazer revigorar o capim preparando-o para o grande período de seca que dura até setembro/outubro.

Sempre recordo desta chuva no começo de maio, mais tardar na 2ª semana deste mês (quando sempre estragava o rodeio de Guaíra), que trazia na garupa um bom período de frio.

Este ano ela chegou nas terras santanenses só agora, no terço final do mês de maio.

Só para apagar um pouco a poeira e, é claro, fazer florar o capim.

Preparem seus edredons e cobertores, o frio está chegando.

Pena que com ele virá também o tempo seco e as "ites" diversas: rinite, faringite, amidalite,...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O vampiro chifrudo.

Eu não sabia quem era Robert Pattinson e Kristen Stewart da primeira vez que eles se separaram.

A notícia, da suposta (nada suposta) traição da moçoila, surpreendeu o mundo do showbusiness não me surpreendeu pelo seguinte fato: Não sabia que o casal em questão, era o casal da saga Crepúsculo.

É que eu nunca havia assistindo (e continuo assim) a um único filme da saga, sequer sabia que os atores que na trama interpretam um casal eram, também na vida real, um casal.

Aí veio a notícia do guampo que a gostosinha colocou no bonitão e o mundo parou.

Ela teria traído o marido com um diretor (ou produtor, ou coisa que o valha) de um outro filme em que ela trabalhou.

O chifre quase pôs fim antecipado aos filmes dos "vampiros", pois Pattinson (com todo direito de corno que não é manso) ameaçou não filmar o último episódio.

Os fãs do filme apelaram até pra Santo Antônio para unir, penso que não pelo amor de duas pessoas, mas para que o final da trama pudesse ser filmado.

Novenas e trezenas depois, os pombinhos (seriam morceguinhos, se fossem como os filmes de vampiro de antigamente) estavam juntos novamente, filmando o encerramento tão aguardado.

O amor venceu?

Ledo engano...

Estou eu varejando no site Terra e vejo a notícia (aqui) de novo fim do idílio entre os dois, com direito a foto do vampirão com sua tralha na pick up se mandando para outras bandas.

Motivo?

Advinha?

Chifre!!!

O rapaz flagrou mensagens, nada convenientes, no celular da amada.

Parece que a moçoila não é dada aos votos sagrados do matrimônio.

Entendo da seguinte forma: Pattinson errou. Não agora,a da outra vez, quando aceitou de volta.

Não se trata daquela perdoada sigilosa que só o casal, quiçá os amigos mais chegados ficaram sabendo. Ele foi um corno globalizado, o mundo todo ficou sabendo.

Agora só resta ao Bobby sofrer, e sofrer muito.

De preferência com muita cerveja!

E como sei que ele lê esse blog diariamente, segue minha modesta contribuição para sua bebedeira. Uma música que bem traduzida para seu idioma, vai ser a trilha sonora de sua vida, quando um dia esta virar uma cinebiografia.




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Uma terça cultural.

Ontem o Blogueiro teve uma verdadeira overdose cultural.

Na parte da manhã, assistindo à peça "Vidas Secas", encenada no Cine Teatro Barretos, baseada na obra homônima de Graciliano Ramos.

E para fechar o dia, apresentação musical do grupo Carpe Diem na Semana da Educação da Faculdade de Letras e Pedagogia do Centro Universitário Moura Lacerda.

O grupo apresentou músicas de autoria do poeta Vinícius de Moraes, cuja vida e obra por sinal é o fulcro da referida Semana.

Assim, esta terça feira (21/05) foi toda ela Modernista, mais precisamente da 2ª Geração do Modernismo Brasileiro.

A diferença é que a manhã foi dedicada à prosa (apresentada como teatro) e noite, à poesia (apresentada musicalmente).

Hoje à noite tem mais do Vinícius de Moraes, pena que outra overdose assim dele só daqui a 100 anos, quando, imagino que, não estarei mais aqui.

PS: Por essas e outras que concordo com as pessoas que antigamente reclamavam da falta de opções culturais na nossa cidade.

terça-feira, 21 de maio de 2013

MSN: *1997 / + 2013.

Faleceu, pelo menos para o Blogueiro, na noite de ontem, o Sr The Microsoft Network, mais conhecido como MSN (eme esse ene).

Nascido em 1997, tinha apenas 16 anos de idade.

Nos conhecemos em 2005, no velório de um primo distante dele, o I Seek you, mais conhecido como ICQ (i cê quê).

Uma amizade que durou até ontem, quando tentei contatá-lo e não consegui.

Quanta alegria me propiciou?

Transferências de arquivos, acesso a e-mail, reencontro de antigos contatos, novas amizades, e obviamente a base de nossa amizade desde nossa apresentação, a facilidade do xaveco.

Admito que a internet facilitou o xaveco e o MSN foi o catalisador de muitos romances do blogueiro.

Correndo o risco de ser chamado de pão duro, muquirana, sovina ou pirangueiro, mas o valor pelo uso net é ínfimo se comparado ao valor que pagaria para xavecar, com a mesma frequência e tempo, pelo celular.

Quantas palavras só foram ditas porque não estava frente a frente?

Mas não lamentemos... bola pra frente...

Até porque estou começando uma amizade com um parente do falecido, chamado Skype (Iscaipe).

Espero que seja uma amizade duradoura e não tenha que migrar para outro programa em breve.

Até porque odeio mudanças!

E também porque, a julgar pelo quanto estou apanhando, parece que vou demorar pra aprender usar essa coisa.

Já pensaram se, assim que aprender, também o Iscaipe bater as botas?

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Faroeste Caboclo - Luiz do Santo Lula.

Faustão, se a Globo deixasse, diria:

- O melhor vídeo do youtube de todos os tempos galera!!!

Assista, antes que a lei do marco regulatório da mídia, que PT (sobretudo Zé Dirceu) tenta a todo custo empurrar no Congresso, seja aprovada e tire do ar o vídeo, o blog, o blogueiro e quiçá, o próprio youtube.


Prefeitos, times e títulos na história recente ipuanense.

Curiosidades envolvendo os Prefeitos da história recente ipuanense e seus times:

Depois de mais de 10 anos, um Prefeito Corinthiano volta a comemorar um título do time do coração no exercício do seu mandato.

Nenê Barriga viu o Timão ser campeão logo no 1° ano de seu mandato.

Segue abaixo a relação de Prefeitos, Times e Títulos dos seus clubes ao longo de seus madatos.

* Nenê Montanher, Corinthiano (1989 - 1992).
- Brasileirão de 1990.

* Itamar Romualdo, Santista (1993 - 1996).
- Nenhuma conquista.

* Juscelino Maruno, Palmeirense (1997 - 2000).
- Libertadores de 1999.

* Nenê Montanher, Corinthiano (2001 - 2004).
- Paulista de 2001 e 2003.
- Copa do Brasil de 2002.
- Rio-São Paulo de 2002.

* Itamar Romualdo, Santista (2005 - 2008).
- Paulista de 2006 e 2007.

* Itamar Romualdo, Santista (2009 - 2012).
- Copa do Brasil de 2010.
- Libertadores de 2011.
- Paulista de 2010, 2011 e 2012.
- Recopa de 2012.

* Nenê Barriga, Sãopaulino** (2013 - 2016).
- Nenhuma conquista.

**Corrigido.

domingo, 19 de maio de 2013

Nos palanques da vida (republicação)

Publicado no antigo Blog.

Aqui com algumas alterações.

 

"Como você entrou para a política?".

Era uma das perguntas que mais ouvia, na época de candidato e mesmo depois de eleito.

Minha resposta, sempre evocava um passado familiar, de inúmeros parentes que veredaram pelo caminho da política, sendo uma referência direta meu pai, que chegou a assumir uma vaga na Câmara nos anos 80.

E também meu interesse pela "coisa pública", a vontade de poder fazer algo pela minha cidade.

Sempre acreditei que eu tinha capacidade pra poder pensar coisas para a cidade, que outros não se preocupavam tanto.

Muitas das quais consegui discutir e algumas realizar ao longo de mais de 10 anos de vida pública.

E claro, teve a faculdade que me influenciou politicamente.

Os cursos de História são, em sua maioria, grandes agentes politizadores e incentivadores na do senso crítico de seus graduandos.

Somando isso tudo, deu no que deu: Um candidato, que mais tarde virou Vereador, que depois virou Diretor de Departamento e que agora em diante, só o futuro sabe!

sábado, 18 de maio de 2013

Parabéns Guaíra/SP.

Além da minha cidade natal, Ipuã; Guaíra/SP talvez seja a única cidade em que eu me sinto, realmente, em casa.

E já tentei encontrar resposta para isso.

A primeira explicação são os laços afetivos de parentescos que me une à cidade desde a mais tenra idade.

Guaíra era a cidade onde moravam meus avós paternos, que visitávamos todos os domingos desde que me entendo por gente.

Outra explicação, que decorre da acima citada, é o grande número de parentes que tenho na cidade.

Parentes que eu visitava sempre nas férias ou em eventos eventuais (aniversário, casamento, velório,...) o que sempre me fez ter uma conexão com a cidade.

Eu visito a cidade desde que a estrada vicinal que a une a Ipuã era de terra, pra vocês terem uma noção de quanto tempo faz isso e ter uma vaga noção sobre a idade do Blogueiro (algo em torno de 20 e poucos anos).

Continuei prestigiando a cidade até na fase adulta, quando os atrativos da cidade para mim não eram mais parentes, mas os eventos sociais, 99% dos casos, eventos sociais noturnos, e por extensão, a beleza das gurias guairenses (que rivaliza, de maneira saudável e em igualdade de condições, com a beleza das gurias Ipuanenses).

Eu prestigiei durante anos (apesar de vez ou outra eu ter saído às pressas da cidade sob risco de agressão física) e continuo até os dias atuais.

Mas chamo de lar também porque dentre as dezenas de escolas de outras cidades pra onde enviei currículo, Guaíra/SP foi a única, além de Ipuã, que me abriu as portas para nela trabalhar.

Muito embora eu desconfie que o fato de que o dinheiro que lá eu ganho, acaba lá mesmo ficando na maioria das vezes, também seja um forte fator de contribuição.

Amo esta cidade. Não tanto quanto amo Ipuã, evidentemente, mas mais do que amo São Paulo, para ficar nas 3 cidades pela qual tenho tal sentimento.

Mas o que fica deste texto todo é dizer mesmo: PARABÉNS GUAÍRA/SP.

Com o giz na mão.

É comum nas escolas, em épocas de rodeio (exposição agropecuária ou festa anual similar) a adequação dos horários de aulas visando à comodidade e um maior quorum dos alunos.

Geralmente estas festas ocorrem de quinta a domingo e a sexta feira, último dia letivo da semana, fica "prejudicada" porque os alunos ficaram na farra a noite passada e obviamente não conseguem levantar na manhã seguinte.

Por essa razão, pelo menos nas escolas em que leciono, os horários dos dias "pós dia de festa" são alterados.

Os alunos entram mais tarde (geralmente às 08:00h) e naquele dia podem ter o mesmo número de aulas que um dia normal (com aulas menores que os 50min tradicionais) ou têm apenas as aulas que coincidirem com aquele horário (neste caso aulas normais de 50min).

Em Guaíra onde leciono às sextas feiras desde muito tempo, sempre sofri com o Rodeio nesta época do ano.

Dar aula na sexta sempre foi um triplo sacrifício:

1. Poucos alunos nas salas,
2. Alguns que prestigiaram a festa na noite anterior e, portanto, apenas de corpo presente na aula,
3. Eu próprio presente à duras penas, pois também estive na festa na noite anterior.

Este ano, que não aconteceu o tradicional rodeio da cidade nesta data, a alegria por não passar por tais sacrifícios neste dia de aula tão atípico contrastou com a tristeza de não ter a festa.

Na Expuã deste ano, cujas datas e shows já se sabem mas não divulgam, ao que parece não sofrerei o dissabor de ter um dia de aula modificado, pois leciono às segundas e quartas, fora dos dias da festa.

Se bem que dar aula na segunda feira após 5 dias de festa também não é tarefa fácil.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Será que acostumo?

Após 36 anos de bom uso, eis que eles começam a dar sinal de cansaço.

Ah Drummond, certamente eu também "nunca me esquecerei desse acontecimento na vida das minhas retinas tão fatigadas".

Paty Lucchesi, pouca coisa mais velha que o Blogueiro, deveria voltar em cena, desta vez não com o 1° sutiã, mas com 1° par de óculos, afinal deve estar precisando usar.

Seria um belo incentivo para acostumar com a nova face deste que vos escreve.

E escreve sem os óculos, pois "de perto" as vistas estão "tinindo", como diria o outro.

Mas de longe...

Bem que a simpática moça que me atendeu na ótica anteviu:

- As luzes vão se acender pra você.

E não é que, ao provar o par de óculos, de fato, acenderam?

Já vinha precisando fazia tempo, só não havia percebido ainda.

O problema agora é acostumar.

Pior, o problema vai ser aceitar!!!

Por mais que a gente saiba que uma hora chega, nunca imagina que será agora, sobretudo antes dos 40.

Pois é... "Eu não dei por esta mudança / tão simples, tão certa, tão fácil".

Oh Cecília, "Em que espelho ficou perdida a minha face?".

Abaixo eu, ou melhor, o "novo eu".

Ou melhor ainda, apenas um pedaço (justo o que interessa) do "novo eu".

PS: Se com um simples par de zóio já estou nesse drama todo, quero ver quando vierem os primeiros fios brancos!


De arrepiar a alma corinthiana.


Se eu não fosse Corinthiano, eu viraria ao final deste comentário do jornalista Joseval Peixoto.

Parabéns Joseval.

Parabéns e obrigado Fiel torcida!

"A mais fascinante demonstração de maturidade e grandeza. Ali estava uma nação vitoriosa e altiva totalmente despreocupada com a derrota que acabava de acontecer... como que dizendo: 'Pode levar o título, ele não nos faz falta. A vida continua e estamos cobertos de história'. São 102 anos de tradição, mais de um século de história".

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Aviso aos navegANTIS.

Prezados antis,

Finalmente, após 2 anos de pés frios, sua torcida anti corintianas funcionou.

Pena que não do jeito que vocês queriam, pois o time do Corinthians perdeu não para um time de futebol, mas para um árbitro, perdão, um soprador de apito.

Corinthians foi garfado na noite de ontem.

Enquanto existir futebol no mundo, todos se lembrarão que não 1, mas 2 gols foram mal anulados; e não 1, mas 2 pênaltis não foram marcados a favor do Timão no jogo desta oitavas de final contra o Boca Jrs.

A tristeza pela INJUSTA eliminação contrasta com a alegria de:

01. Ver que o Timão é capaz de se superar em momentos difíceis.

02. Assistir ao espetáculo da torcida que, ao contrário de outras por aí, não xingou o "time", nem vai pichar o muro co CT, mas apoiou o time até o final, valorizando o esforço que só foi barrado graças a um, repito, soprador de apito.

03. Saber que os antis assistem aos nossos jogos só para secar a gente, coisa que nós jamais fazemos, porque para nós só existe Corinthians.

Corinthiano é assim...

Não assiti ao Palmeiras na terça, nem aos Bambis na quarta, muito menos a humilhante derrota do lambari diante do Barça em 2011, por que eu, eu só assito ao Corinthians.

Neste domingo é dia de mais uma decisão, vamos com  tudo pra cima do Santos e que façamos deste título uma escalada rumo a tantos outros que virão este ano.

Afinal nós vivemos de Corinthians, não da derrota dos outros!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Haja coração.

Hoje o mundo da bola para.

Hoje, o coração do Blogueiro pode parar.

Corinthians x Boca Jrs, valendo vaga para as quartas de final da Taça Libertadores da América.

Parada dura para o atual campeão da competição (e também atual campeão mundial), não pelo adversário, mas por ter de, pela primeira vez na história deste elenco (2 anos juntos) necessitar reverter um placar adverso.

É a hora de separar homens de guris, como diria Tite, o treinador que insiste em não colocar o Pato entre os titulares.

Mostrar que tem garrafa pra vender e arrancar rumo ao inédito Bi Campeonato e disputar o Tri no Marrocos no final do ano, fato que já deve estar preocupando os técnicos de Bayern e Borússia.

E no domingo, outra decisão. O 2° tempo da final do paulista 2013.

Placar dos jogos? Blogueiro não arrisca.

Arrisco apenas em dizer que, se passar pra próxima fase da Libertadores, o título paulista fica mais distante. Se cair diante do Boca Jrs, o 27° Paulistinha estará no Parque São Jorge na tarde de domingo.

terça-feira, 14 de maio de 2013

13 de maio foi ontem, eu sei, mas...

Por puro lapso do Blogueiro, relaxo talvez, a data de ontem passou batido.

O texto que foi ao ar já estava programado para ser publicado antes que eu me tocasse que 13 de maio comemora-se a abolição da escravidão no Brasil.

Uma data a ser lembrada como um marco na história do país é verdade, mas longe de ser a redenção da opressão dos negros escravos no Brasil.

Quando a abolição ocorreu, algo em torno de apenas 5% dos trabalhadores do país eram escravos, a maioria dos trabalhadores era assalariada. Inclusive negros, favorecidos pelas Leis paliativas para postergar a abolição como a do Ventre Livre e do Sexagenário (que pouca coisa contribuíram para a situação do trabalho escravo, servindo como cortina de fumaça à pressão inglesa pela abolição).

E negros libertos, que trabalhavam como assalariados em empregos de menor importância.

A abolição veio tardiamente, um dos últimos países da América a promovê-la.

E quando veio, foi assinada pela Princesa Regente, Isabel, que na ausência do pai e antevendo a ruína do Império no país, deu seu canto de cisne.

Que nem tão belo foi, uma vez que a abolição apenas "soltou" os negros à própria sorte, não sendo acompanhada de legislação complementar regulamentando a situação dos recém libertos.

Dois artigos apenas: 

Art. 1.º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. 
Art. 2.º: Revogam-se as disposições em contrário.

E nada mais.

Muitos destes novos livres optaram por ficar nas próprias fazendas em que trabalhavam, desta vez na condição de assalariados, outros migraram para a cidade, em busca de trabalhos indesejados pelos brancos e vivendo em condições precárias de moradia.

Situação que perduraria por muito tempo, refletindo na condição social do negro nos tempos atuais, afinal como querer que em pouco mais de 120 anos toda uma nação (milhões de descendentes) ascenda socialmente neste país marcado por injustiças e pelo racismo velado que insistem em dizer que não existe?

Razão pela qual nos dias atuais, apesar da conquista gradual do negro na sociedade, infelizmente ainda seja o negro, maioria entre as camadas menos favorecidas no nosso país.

E é justamente por esta dívida histórica que temos com os afrodescendentes, que foram trazidos para nosso país contra a sua vontade, escravizado e tratado como animais por mais de 3 séculos, que sou a favor da política de ação afirmativa de cotas para negros não apenas em faculdades, mas em outros setores da sociedade.

Tal política é o mínimo que podemos fazer para saldar uma dívida que só fez acumular ao longo do século que se seguiu à abolição.

Se não mais como escravos, mas como marginalizados sociais pela nossa sociedade e pela política deste país.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O duro de ser hipocondríaco.

Devido ao enorme sucesso do texto "A difícil arte de ser metódico", republico o texto "Hipocondríaco", devidamente revisado, publicado neste Blog há 1 ano e meio.

***
O duro de ser hipocondríaco, é que nunca somos levados à sério.

Por mais que os sintomas sejam claros e manifestos, todos à nossa volta insistem em não acreditar.

Recordo que no começo do ano reclamei de dores e febre e que acreditava que fosse dengue.

Só quando eu estava com 39° e o corpo todo manchado é que ouvi:

- É... talvez seja dengue mesmo...

Claro que para o bom hipocondríaco qualquer sintoma é visto como a mais catastrófica das doenças. Uma dor de cabeça não pode ser uma simples enxaqueca, tem de ser um AVC.

Recordo que uma vez, encovando os dentes, ao tossir vi algum vestígio de sangue e logo diagnostiquei: Tuberculose.

Por mais que nos expliquem que é exagero, fica sempre o medo de, ao não dar importância a um sintoma, correr o risco de que dessa vez seja mesmo algo grave e você não desconfiou de tanto ouvir que é exagero, que nunca tem nada, que sempre encana com isso etc...

Mas não sou daqueles hipocondríacos maníacos por remédio, aliás nem gosto de remédio.

Minha preferência é pela prevenção. Meu lance é prevenir as coisas que acho que estou exposto:

- Não dou descarga em banheiro público a não ser que tenha toalha de papel para eu poder puxar a cordinha.

- Evito segurar nas barras de ferro do metrô para não contrair gripe suína. Mas como ficar se equilibrando no trem em movimento me trazia dois riscos à saúde maiores: cair naquele chão infecto ou cair sobre alguém que, ofendido, responderia com violência (mesmo que fosse apenas uma velhinha com sua sombrinha vingadora), optei por usar aquele gel antisséptico a cada viagem de metrô ou circular.

Entre tantas manias que se citar aqui, vão acabar descobrindo achando que sou maluco.

Seja como for, de tanto imaginar doenças e ser desacreditado, imagino um epitáfio perfeito para o meu leito derradeiro:

"Agora vocês acreditam que eu estava doente?"

domingo, 12 de maio de 2013

Nos palanques da vida.

Mãe de político só não sofre mais que mãe de árbitro de futebol.

Seja por ser frequentemente xingada, quando os políticos são pegos em atos ilícitos ou quando não fazem nada pelos cidadãos, seja pelo trabalho que o político dá a elas.

E é neste segundo caso que a minha se enquadra.

Nunca tive muito dinheiro pra fazer campanha, então sempre contei com minha família pra me ajudar.

Minha mãe gostava de acompanhar a "folia de reis" que nós candidatos fazíamos, indo de casa em casa da cidade pedir o voto dos eleitores.

Na minha primeira campanha, éramos em 22 candidatos, imagina só a fila que se formava na porta do eleitor que nos atendia.

Eu gostava de ficar entre os últimos para que pudesse dar tempo da minha mãe dar uma espiada em quem era a pessoa na casa e me trazer alguma informação.

Mesmo que fosse apenas o nome, já era o bastante para eu me diferenciar dos demais candidatos, pois ao pedir o voto já chamando a pessoa pelo nome era um belo diferencial.

Vez ou outra minha "informãente" trazia maior riqueza de dados, sobretudo quando eram pessoas que ela conhecia.

Por várias vezes ela própria me apresentou ao eleitor, quando tratav-se de algum conhecido que há tempos não via e que, separados pelo tempo, lembrava de mim apenas quando criança.

Não sei precisar quantos, mas tenho a certeza que muitos dos votos que recebi foram, certamente, angariados pela minha mãe.

sábado, 11 de maio de 2013

Com o giz na mão.

Era uma sala de cursinho, com 85 alunos.

A maioria querendo aprender, afinal haviam ralado para estar ali.

Tratava-se do Cursinho Gratuito da Unesp, onde comecei a dar aula no ano 2000.

Por ser um cursinho gratuito, com muito mais procura que vagas, havia uma seleção entre os interessados. A seleção constava de prova escrita, entrevista e análise socioeconômica.

Portanto entrar ali já era sinal de que o aluno estava interessado em estudar.

Mas como toda seleção é passível de falhas, havia aqueles que, seja por relaxo, seja por desmotivação, chegavam à certa altura do jogo entrando em campo apenas para cumprir tabela.

E numa aula, no auge da explicação sobre Fernando Pessoa, que conversas paralelas insistiam em me atrapalhar.

Após pedir encarecidamente por duas ou 3 vezes que parassem, interrompi a aula para o famoso sermão, mais ou menos assim:

"Vocês estão atrapalhando os demais alunos pessoal, se não querem estudar, vá lá pra fora. Para vocês lá fora deve ter coisa mais interessante. Lá fora tem bar, bebida, tem puta..." (já estressado com a situação).

Ao referir-me, de maneira sarcástica e apelativa, sobre a existência de putas fora da sala de aula como atrativo para os alunos, um aluno, valendo-se do anonimato gritou:

- Aqui dentro também!!!

Não dava pra identificar o autor da frase em meio a 85 alunos.

Assim como não deu pra segurar a fúria das garotas de recato da sala que, aos berros, diziam que, em sendo verdade a existência de meretrizes na sala, a genitora do interlocutor anônimo deveria fazer-se presente naquele instante.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A difícil arte de ser metódico.

Sou metódico. Moderado. Mas sou.

Digo sem, ou ao menos com pouca, vergonha de assumir minha "metodicisse".

Sempre digo que não é errado ou feio ter manias ou ser metódico, desde que ambos não causem aborrecimentos às pessoas que nos estão à volta.

Dentre as coisas que procuro fazer sempre igual:

- Corto o cabelo no mesmo lugar há 15 anos. Com pouca mudança no corte nesse tempo todo.

- Uso a mesma marca de tênis há 10 anos.

- Uso o mesmo perfume há 12 anos.

- Ouço os mesmos autores e músicas.

- Ainda tenho o violão (único em casa) que comprei em 1990.

- Bebo a mesma marca de cerveja desde que comecei a beber cerveja.

- Mudar de Johnnie Walker pra Jack Daniel foi algo que exigiu de mim um esforço sobrehumano. Tanto que bebo um sem abandonar o outro.

- Médico, dentista, contador, mecânico, tudo o que uso ou preciso, recorro sempre aos mesmos já pelo menos uma década.

- Até amigos, conservo rigorosamente os mesmos nesta última década.

A mudança me causa pavor.

O problema de ser metódico é que pessoas mudam de cidade, de profissão, aposentam, etc...

E como ficamos nós que, após "séculos" de ida ao mesmo médico, este aposenta sem nem ao menos nos perguntar se podia?

Esta semana mesmo fiquei sabendo que a empresa que fabrica o perfume que eu uso no dia a dia, vai sair de linha.

Abre parênteses:

Uso um perfume para o dia a dia (trabalho) e outro de passeio, que só comecei a usar após uma grande relutância e os posteriores elogios femininos.

Fecha parênteses.

Como vou fazer agora sem o bom e velho Carpe Diem?

Após mais de 10 anos juntos, agradando ao olfato feminino (sim, nós usamos perfumes para elas) ele sumariamente será expulso do jogo?

Ao saber da notícia e constatando a falta do produto no mercado, pensei em recorrer ao expediente de comprar pelo menos uns 10 ainda remanescentes em lojas da região e estocar para quando não mais estiver disponível.

O que me traria alguns inconvenientes:

01 - Elevado custo para manter a "metodicisse".

02 - O risco do prazo de validade expirar antes de usar todos.

03 - Estar adiando o inevitável.

Resta ao blogueiro, que adquiriu aquele que acredita ser o último exemplar a ser adquirido por mim do referido perfume, lamentar profundamente.

Quem sabe, ao espirrar as últimas gotas, não relembre com saudosas lembranças as boas passagens, os elogios recebidos, as conquistas,... tudo isso bebendo o mesmo whisky, ouvindo as mesmas músicas, dos mesmos cantores, conversando com os mesmos amigos, de cabelo cortado e tênis no pé.

Só falta agora a Nike falir!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ética?!

O Vice Governador de São Paulo acendeu, ao aceitar o cargo de Ministro no recém criado Ministério da Micro e Pequena Empresa, uma vela para Deus e outra para o Diabo.

Como pode um Vice Governador, de um Estado governado pelo PSDB, ainda que ele, Afif, esteja filiado ao PSD do Kassab (que todos nós conhecemos bem a sua "ideologia"), ministro de um País governado pelo PT?


Do ponto de vista ideológico é uma enorme contradição.


Única explicação plausível: Ele está politicamente rompido com o Governador de SP.


Fato que não me ocorre ter acontecido, salvo lapso.

E do ponto de vista ético, entendo que seja de grande conflito de interesses que um Vice Governador assuma um Ministério.


Nada a ver com a questão salarial, que ele próprio anunciou que irá renunciar ao salário de Vice, ficando com os vencimentos de Ministro.


Guilherme Afif Domingos tem um histórico de militância na política brasileira de defesa sobretudo das pequenas empresas e da adoção de uma política tributária menos cruel.


Defende bandeiras como a do imposto único e marcou sua carreira política recente como oposição ao governo que, agora, ele integra.


Disputou o Senado em condições de igualdade contra Eduardo Suplicy (PT) quase derrotando-o, na eleição de 2006.


Em 2010, integrou a vitoriosa candidatura de Geraldo Alkmin, na condição de seu vice, derrotando Aloísio Mercadante (PT).

Claro que só muda de opinião quem não a tem, mas em nome da ética ele deveria ao menos renunciar ao cargo de Vice Governador.

O que duvido que ele o faça.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sinto falta de São Paulo.

Sinto falta de São Paulo.

Falta do barulho, do cheiro (de padaria e bancas de frutas), do andar (des)preocupado pelas ruas enquanto me dirigia à faculdade.

Até do andar apressado da volta, para pegar o busão que me traria de volta a Ribeirão e de lá para Ipuã.

E porque sou meio maluco: falta até do metrô e circular igualmente lotados.

Mas o que mais sinto falta da Pauliceia Desvairada e do clima e do tempo.

Dos finais de tarde quando saía da faculdade mais cedo para pegar o ônibus e o tempo havia mudado drasticamente. Os finais de tarde frios e tristes da capital.

Prevenido, sempre conferia o site climatempo para tentar, com alguma margem de erro, prever como estariam as coisas na capital nos dias em que para lá eu me dirigia.

Levar blusa de frio ou não levar? Eis a questão.

Odeio ficar carregando coisas então quando via que a temperatura ficaria na casa dos 20°C, sabia que dava pra ir sem blusa.

Ledo engano...

O site dá a temperatura e não a sensação térmica (condicionada ao vento, luminosidade solar, etc...).

Quando marca 20°C, esteja preparado pra 15°C.

Aprendi, a duras penas, que não importa a época do ano, sempre se deve levar blusa de frio em São Paulo.

E no outono principalmente, eu ficava parecendo uma cebola, dividida em camadas. Chegava por volta das 07:00h coberto de blusas e à medida que a tarde chegava, ia me "descascando".

Às 11:00h já estava só de camiseta.

A partir das 16:00h começava a me vestir novamente para no começo da noite já estar todo coberto novamente.

Este strip tease outonal diário fez parte da minha vida nos anos de 2010 e 2011.

Sinto falta até disso.

Acho que sinto falta mesmo é da ocupação que estas idas duas vezes por semana a São Paulo proporcionava na minha vida.

Falta de ter o que fazer, ter com que se preocupar.

Por mais que na época eu reclamasse.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Timão no rádio.

Convenhamos: o jogo ontem entre São Paulo e Corinthians não foi dos melhores.

Maltrataram a bola.

É em jogos assim que arrependo de não ouvir no rádio.

Rádio é emoção, imaginação, o locutor nos leva a isso.

Não que exageram, mas o grito emocionado de quase gol narrado pelo locutor nos faz pensar que, de fato, a bola passou "tirando tinta" da trave, quando na verdade foi quase gol porque o chute saiu torto, levando nada mais que algum perigo ao goleiro.

Voltei a gostar de ouvir jogo no rádio graças à rádio CBN.

Aliás, graças especificamente ao narrador Deva Pascovicci, que para mim é o melhor que eu conheço.

A CBN promove além da narração, um show de informações, críticas e comentários (entre comentaristas e repórteres de campo com o locutor), todos em sincronia e com ótimo tempo (sabendo a hora certa e a coisa certa a falar) além de interagir de forma espontânea com os ouvintes, pelas redes sociais.

Mas ouço jogo nesta rádio muito raramente, sempre em jogos do timão, evidentemente,  e ainda assim pelo site da emissora, quando estou no sítio (onde o notebook faz as vezes de rádio) ou em casa, quando o jogo não é transmitido pela TV (aberta ou paga).

Ouvi o 5 x 0 do timão no São Paulo pelo computador de casa.

Mas se hoje a internet auxilia, nem sempre foi assim na vida deste blogueiro.

Recordo com nitidez a primeira vez que ouvi jogo do timão pelo rádio.

Devia ser 1983 por aí, estávamos voltando de Guaíra, já de noite, onde sempre íamos visitar meus avós, meu pai, Corinthiano doente, voltou ouvindo o jogo no rádio da caminhonete.

A viagem não era rápida como hoje, a estrada ainda era de terra (veja só há quanto tempo isso) o que fez com que meu pai ouvisse boa parte do jogo.

Lembro que dormi e acordei com meu pai aos gritos de gol, esmurrando o teto da caminhonete, festejando o gol do "Casão".

Outras lembranças, em intervalos irregulares de lá pra cá.

1993: Voltando de uma despedida de solteiro num rancho, ouvindo o Timão (que voava baixo naquele campeonato) vencer não lembro quem.

1997: Eu estudava em Franca e a final do paulistão contra os fregueses habituais caiu, naquele ano, no meio da semana. Eu assisti ao começo do jogo num boteco esperando o busão e o resto do jogo no rádio de um amigo já dentro do busão.

2012: O 1° jogo da vitoriosa campanha da Libertadores eu ouvi no rádio do carro, voltando de São Paulo onde tive de ir, em virtude da última orientação antes da defesa do mestrado.

Certamente houve outros jogos, mas só me recorde destes.

domingo, 5 de maio de 2013

Educação de Jovens e Adultos.

Quando em 2005 me fora pedido pelo então prefeito Itamar Romualdo que abrisse sala de Educação de Jovens e Adultos em Ipuã e na Capelinha, não o fiz logo no início do ano letivo como todos queriam.

A razão do "atraso" foi o fato de querer conhecer melhor os erros das administrações antecessoras e planejar melhor a abertura desta importante modalidade de ensino em nossa cidade de modo que o projeto não naufragasse.

Ao propor um novo - e eficiente - modelo de EJA para a cidade, levamos em conta a solução de problemas que identifiquei no modelo até então:

1. Distância.

Apenas a antiga Escola Profissionalizante era sede de salas de EJA.

Isso prejudicava quem morava em bairros afastados como o Santa Cruz e que dispunha de muitas pessoas interessadas em estudar, conforme relatos ouvidos durante a campanha eleitoral e mesmo depois, no dia a dia da nossa administração.

Para os moradores da Capelinha então nem se fala.

Para isso, abrimos salas nos bairros: 2 salas na Profissionalizante, 2 na EMEF Monir Neder (Bairro Santa Cruz) e 3 salas de aula na Capelinha.

2. Salas de aula.

As experiências anteriores pecavam por montar sala heterogênea, com alunos com diferentes graus de instrução misturados.

Isso prejudicava a atuação do docente que tinha de alfabetizar que não era alfabetizado e ao mesmo tempo, avançar nos estudos daqueles que já liam e escreviam.

Separamos da seguinte maneira: Sala de alfabetização e sala de aceleração (esta para alunos já alfabetizados e/ou que pararam na 3ª ou 4ª série).

3. Duração da aula.

Não dava para alunos que trabalharam o dia todo, muitos deles trabalhadores braçais das lavouras de cana da cidade, estudar 4 horas à noite.

Mesmo os que conseguissem chegar até o final, o rendimento seria ínfimo.

O horário é um elemento de repulsa do aluno em relação ao EJA que, por necessidade física, não consegue ficar acordado até às 22:00 com o mesmo rendimento que alunos do curso regular.

Nosso horário foi flexibilizado e ia até às 21:00 no máximo.

4. Aulas.

Não dá para imaginar que ensina-se adultos da mesma maneira que ensina crianças a ler.

As aulas de EJA têm de ter uma dinâmica diferente.

Propus às primeiras professoras que "compraram" a ideia comigo de que partíssemos do princípio de uma educação inovadora, que levasse o aluno não apenas a ler e escrever, mas melhor compreender e transformar o mundo em que vive.

Não posso dizer que formamos um projeto Freireano, na acepção do termo e da maneira como eu sempre sonhei, mas foi a iniciativa que chegou mais perto disso em toda a história desta cidade.



Além de, para melhor atender aos alunos e servir como incentivo aos estudos, a nossa administração disponibilizou: uniforme, mochila, material, didático,...

Resultado: Mais de 100 alunos inscritos.

E o melhor de tudo: a cada ano diminuindo mais o número de alunos. Significando que estávamos erradicando o analfabetismo na cidade.

O modelo que se seguiu sofreu algumas variações, mas a espinha dorsal havia sido bem calcificada de modo que fica impossível alguém fazer diferente.

O problema foi que no afã de imprimir uma marca, sucessores optaram por criar EJA do ensino fundamental II (de 6º ao 9º ano), o que na minha opinião, foi um erro da gestão passada.

Totalmente desnecessário porque já havia uma escola que oferecia este ciclo aos alunos, a única escola estadual da cidade.

Esta atitude criou uma "competição" que pode ter resultado no fechamento de salas da escola estadual (fazendo com que professores possam ter perdido aulas de sua jornada) e ainda, onerando a verba do FUNDEB destinada ao pagamento de salários dos professores uma vez que a abertura deste EJA no município resultou na contratação de vários professores e mais recentemente, coordenador e diretor.

O dinheiro que poderia ser revertido em reajuste acabou indo parar na manutenção de uma modalidade de ensino que a cidade já dispunha e que não lhe onerava.

Claro que o município recebe verba por estes alunos mas há que se perguntar:

- É suficiente para sua manutenção?

- Avaliaram os impactos financeiros a médio e longo prazo que tal criação acarretaria ao erário municipal?

- Era necessário um EJA municipal de Ensino Fundamental II?

Agora não dá pra mudar.

O impacto negativo de fechar toda uma modalidade de ensino seria de enorme prejuízo moral e pedagógico para a cidade.

Como é o que se tem para hoje, está aí uma bela encrenca para a atual administração resolver, sobretudo em época de reivindicação por reajuste no valor da hora aula (com abaixo assinados sendo feitos no seio das escolas) onde certamente a necessidade da criação deste EJA deve estar sendo questionada.