quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Resumo da ópera do neo cidadão ipuanense.

No afã de retribuir as gentilezas de um Deputado Federal e ainda, tentar dar-lhe alguma boa autoestima, dilacerada quando este deputado foi pilhado no maior escândalo da República, eis que um vereador teve a "brilhante ideia" de agraciar o nobre Congressista com a mais alta comenda da cidade: o título de cidadão ipuanense.

Maioria absoluta na Câmara Municipal, o projeto passou fácil. Não sem algum contragosto, conforme confidenciou um nobre edil ao blogueiro: "A maior [saia justa] da minha vida", "pensei em me ausentar, mas fui pro sacrifício político".

Ausentou-se da votação o único vereador da situação na Câmara. Aliás, errou em ausentar-se, mas como diz o contrato social que votar contra doação de título de cidadão é atitude deselegante, optou por fazê-lo apesar de motivos de sobra para fundamentar um voto contrário.

Nestas horas é que sinto vontade de ser Vereador.

Título concedido, veio o julgamento do mensalão e o neo cidadão foi condenado e ontem veio a sentença: 9 anos e 4 meses de cadeia. Ficará 1/6 deste tempo (algo em torno de 1 ano e 6 meses) em regime fechado.

A atual legislatura pode entregar a comenda até o dia 31 do próximo mês, caso contrário, ficará para a próxima, com apenas 4 dos 9 vereadores que votaram a lei (além do Prefeito), a incumbência de passar pela constrangedora situação de agraciar um político condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

A leitura do currículo do agraciado terá o capítulo do mensalão? E da sua malograda candidatura a Prefeitura de Osasco? O Min. Joaquim Barbosa será convidado para a entrega do título?

É bom agilizar, pois corre-se o risco da cerimônia de entrega ocorrer na cidade de Tremembé/SP.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Os 70 anos de um clássico.

Este Blog festeja os 70 anos da mais bela história já produzida por Hollywood.
Uma linda história de amor que há 7 décadas encanta gerações do mundo inteiro.



Casablanca
 
Título Original: Casablanca
Gênero: Romance
Origem/Ano: EUA/1942
Direção: Michael Curtiz

Sinopse
Segunda Guerra Mundial, enquanto Paris é invadida pelos alemães, duas pessoas conseguem viver um romance intenso e inesquecível na capital Francesa. O que torna a história mais interessante é exatamente a impossibilidade deste amor, um dos mais belos do cinama mundial,continuar. llsa, (interpretada por Ingrid Bergman, mãe de Isabella Rosselini), apaixona-se por Rick, (interpretado por Humphrey Bogart), mas, em vez de fugir com ele de Paris, manda-lhe um bilhete de despedida na estação de trem numa noite chuvosa.

Ele parte sem entender o que havia acontecido.

Tudo isso é contado em flashback.

Anos depois já em Casablanca, na Marrocos francesa, Ilsa aparece casada um Victor Laszlo, (Paul Henreid), um líder da resistência francesa, justamente no Rick's Bar, do qual o personagem de Bogart é dono.

Eles estão à procura de um meio de fugir para a América.

O sofrimento de Rick ao vê-la é inevitável e ela fica novamente dividida entre seus dois amores. O final é realmente surpreendente. Mas o sucesso do filme, que até hoje continua ganhando muitos fãs de todas gerações, explica-se pela fórmula bem-dosada de romance, humor, intriga e suspense.

O pano de fundo para o romance vivido por Rick e llsa são os estrondosos canhões nazistas que invadiam Paris durante a II Guerra Mundial.

Prêmios
0scar de Melhor Filme, Diretor e Roteiro.
Indicações para Melhor Ator (Humphrey Bogart), Ator Coadjuvante (Claude Rains) e Edição.
Trilha Sonora.
Todo admirador do filme curte a música tema, que Sam, (interpretado por ator Dooley Wilson), é proibido de cantar pelo seu patrão Rick e que quebra a ordem à pedido de Ilsa e mais tarde, a pedido do próprio Rick que pede para ouvir mais uma vez.

Um dos momentos mais emocionantes do filme acontece depois que Ilsa reconhece Sam no Rick's Bar e pede para ele tocar a música que ouviram juntos em Paris: - Play it, Sam. Ele começa a tocar e Rick sai do escritório enfurecido, dizendo que já dera ordem para nunca mais ele tocar esta música.

Frases Marcantes

-"Play it again, Sam" ("Toque outra vez, Sam"): A frase mais famosa do filme embora nunca tenha sido dita. A frase que é dita no filme é: "Se ela agüentou, eu também posso agüentar. Toque, Sam", dita por Rick que insiste para seu pianista repetir a música que ele havia tocado antes para sua amada Ilsa.


Diálogo irônico entre Rick e uma garota, sua amante, em seu bar no início do filme:
Garota: -"Onde você estava na noite anterior"?
Rick: -"Faz muito tempo para que eu me lembre".
Garota: -"O que vai fazer hoje à noite?"
Rick: -"Não costumo fazer planos a longo prazos".

No reencontro entre Ilsa e Rick, ao identificá-la como o amor da sua vida que o abandonou em Paris, ao ser indagado sobre se já conheciam, ele confirma e diz:
- "Eu me lembro de todos os detalhes. Os alemães vestiam cinza e você, azul". 

E mais tarde, dilacerado pelo inesperado encontro, Rick afoga suas mágoas na bebida exigindo que San toque a música tema de seu amor e delira:
-"Tantos bares, em tantas cidades em todo o mundo, e ela tinha que entrar logo no meu".

Recordando os momentos felizes ao lado de Ilsa, em flashback e embriagado, Rick recorda a felicidade ao lado de seu grande amor

Ao ouvirem um estrondo vindo da invasão alemã em Paris, Ilsa diz: -"Isso foi o barulho de um canhão ou meu coração que deu um salto?".

Na última noite de amor do casal, Ilsa prevendo o que estava por vir lhe diz: - "Beije-me. Beije-me como se essa fosse a última vez".

Precisando de um documento que os tiraria Ilsa e seu marido do Marrocos, e que estava em posse de Rick, Ilsa invade o bar no meio da madrugada e exige os documentos. Quando Rick lhe nega, ela aponta uma arma para ele. Rick lhe diz:
-"Vá em frente, garota, você estará me fazendo um favor".

Em seguida, ambos entregam-se à antiga paixão não desaparecida pelos anos e pelo sumiço de Ilsa na estação de trem. Juntos planejam fugir de Casablanca deixando para trás Victor laslo, marido de Ilsa.

Mas, ao chegar no aeroporto, Rick muda os planos e manda ela ir embora com Victor. Tem início um dos maiores diálogos de amor do cinema e a cena mais famosa do filme:
Ilsa: -"E nós, Rick?".
Rick: -"Nós sempre teremos Paris".

Outras frases antológicas.

Após matar o major alemão que tentou impedir a decolagem do avião com Ilsa e Victor, Rick abraça o capitão Renault, conivente com o assassinato e saem abraçados entrando num intenso nevoeiro e afirma:
- "Isso é o começo de uma grande amizade".

Diálogo entre dono de um bar concorrente, chamado Ugarte, que sonha em comprar o "Rich's" e Rick:
Ugarte: -"Você me despreza, não é?"
Rick: -"Se eu pensasse em você, provavelmente o desprezaria".

Diálogo entre Rick e oficial alemão:
Rick: -"Vim para Casablanca por causa das águas"
Major: - "Mas não há água em Casablanca, estamos no meio do deserto!",
Rick: - "Fui mal informado".

Claude Rains, no papel do capitão Louis Renault, também tem ótimas tiradas:
Rick aposta com ele 20 mil francos como Laszlo escapará de Casablanca. Rains responde:
"Deixe por dez. Sou apenas um pobre oficial corrupto".

Um major naziasta, Strasser, é baleado por Rick na frente de Renault. Este chama os soldados e ordena:
- "Prendam os suspeitos habituais".

Ao perguntar a Rick onde ele escondera os vistos de saída:
Rick: - "No piano do San".
Renault: - "Quem mandou eu não gostar de música"


Curiosidades

Casablanca, talvez o filme mais amado da história do cinema ficou em 3º lugar numa enquete realizada em 1977 entre os 35 mil membros do American Film Institute, que escolheu os dez maiores filmes americanos de todos os tempos, perdendo para "E o vento levou..." de Victor Fleming e "Cidadão Kane" de Orson Wels, pespectivamente 1º e 2º colocados.

O ator que fora cotado para fazer o papel de Rick Blane foi o ex-preseidente americano, Ronald Reagan, que na época era ator e segundo consta, de 3ª categoria.


As time goes by, a canção que 11 entre dez cantores americanos já gravaram, tinha sido composta, música e letra, pelo obscuro Herman Hupfeld (1894-1951), para um musical barato da Broadway chamado Everybody's welcome, em 1931. Ninguém se lembrava dela, e só por isso foi escolhida para o filme.


O diretor de Casablanca, Michael Curtiz, tinha a fama de tratar a equipe técnica a tapas, para que fizesse o serviço depressa, e às vezes dizia coisas engraçadas sem querer. Uma de suas frases famosas, num momento de explosão, foi: "A próxima vez que eu tiver de mandar um idiota fazer alguma coisa, vou eu mesmo e faço!"



Ninguém descobriu até hoje de onde surgiu a idéia de que Bogart diz a Dooley Wilson: "Play it again, Sam" (Toque de novo, Sam). Quis o destino que a frase mais conhecida do filme, fosse aquela que nunca existiu. Coisas que só a magia do cinema pode proporcionar.

Trilha Sonora

Infelizmente não encontrei no youtube a versão original da canção "As time goes by" (com o ator Dooley Wilson - San - interpretando-a) com boa edição de uma sinopse do filme.
O melhor vídeo encontrado com tal sinopse tem como versão da canção, a gravada por Frank Sinatra.
Menos mal que seja Sinatra

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O tatu da Copa tem nome: Fuleco.

E o nome vencedor que nomeará o mascote da copa é... FULECO.

Melhor que fosse furreco.

Já não havia gostado do mascote, um tatu bola, agora com esse nome horroroso então...

Um nome nada inovador para um mascote sem graça. Quero ver como vai ser a exploração comercial, não nos esqueçamos que pra FIFA tudo é busness, com um mascote destes.

O nome vem da fusão de FUteboL e ECOlogia.

Curioso elogiar ecologia ao mesmo tempo em que atendeu aos interesses de um dos maiores desmatadores do Brasil, levando a Copa para o estado em que ele Governava.

Mas como é o que tempos para hoje, ou melhor, para 20014, o nome escolhido venceu outros igualmente horrorosos nomes em uma ciberpeleja proposta pelo Fantástico, o show da vida: Zuzeco, que vem de Azul (a cor do bicho) + Ecologia (obsessão) e Amijubi, um amálgama das palavras AMIzade e JÚBIlo.

Chamasse ele por Tatu Bola mesmo pô?

Mas pensando bem... com o fiasco que se ensaia a nossa Seleção Canarinho e ainda, as denúncias de atraso superfaturamento das obras para o mundial, ficarei com do Fuleco, que pelo menos terá sua toca para se esconder de vergonha após a malograda Copa de 2014.

domingo, 25 de novembro de 2012

Nos palanques da vida.


Nesta semana que se passou, a escolha para os cargos de diretores, vice diretores e coordenadores pedagógicos para as escolas públicas municipais aqui em Ipuã, foi o tema das discussões entre os profissionais da Educação em nossa cidade. Pude acompanhar esta semana, à distância, o mesmo roteiro que vivemos no ano de 2004, quando começamos a escolher tais cargos para me auxiliar no Depto de Educação.

Naquela época também houve a mesma efervescência que presencio agora.

Numa escala crescente, os sentimentos iam da raiva ao alívio. A primeira, sentimento daqueles que perderam os cargos que ocupavam até então; e a segunda, dos que foram mantidos nos cargos.


Passando ainda por: revolta (preteridos) e a alegria (convites inesperados).

Participei de todo o processo de escolha, discuti todos os nomes apresentados, fiz indicações das quais não abria mão, aceitei indicações a contragosto, decepcionei com alguns, surpreendi com outros,...

Fico contente em ver pessoas que apostei sobrevivendo à terceira mudança de Administração.

A municipalização do ensino estadual paulista trouxe para o seio da administração municipal, a possibilidade de indicar cargos antes preenchidos apenas por concurso. Em Ipuã, há aproximadamente 20 destes cargos.

Seria ingenuidade acreditarmos que em seu preenchimento não existam outros critérios além de capacidade e competência. Indicação de vereador, promessa de campanha, prêmio de consolação,... tudo faz parte da escolha dos cargos. 

Há quem defenda a adoção de concurso para estes cargos. Confesso não ter certeza de que seria uma possível solução para a questão.

Há que considerar que uma cidade pequena como a nossa, marcada por um envolvimento político radical por parte de algumas pessoas, correria-se o risco de algum Prefeito ter de administrar sua educação municipal com pessoas que, por partidarismo, promoveriam politicagem em um ambiente que não deveria ocorrer tal prática.

Outra opção a ser discutida diz respeito a eleição dos diretores. Sou favorável, desde que ela seja realizada sim, mas como parte integrante da chamada Gestão Escolar Democrática, que é um conceito muito amplo, erroneamente confundido com um simples referendo entre a comunidade escolar (professores, funcionários, pais e entrono) na escolha da sua direção.

Trata-se de algo complexo, a ser amadurecido ao longo dos anos e não apenas implantado pela vontade de Prefeito ou Diretor de Departamento de Educação. Aliás, a implementação sem discussão, imposta de cima pra baixo de uma Gestão Escolar denominada Democrática, seria antes de qualquer coisa, um paradoxo.

Há uma questão, no entanto, que antecede a discussão sobre quais dos 3 modelos traria maiores benefícios à Educação ipuanense: a qualificação dos gestores escolares.

Defendo a criação de leis que exijam dos que vão ocupar os cargos de uma escola, maior qualificação profissional.

É inadmissível que para o cargo de coordenador (ou assessor) pedagógico de uma escola, não exija formação em pedagogia. Exigência que foi retirada por lei, com meu voto contrário, quando eu era Vereador.

Se a possibilidade de ser diretora de escola leva muitas pessoas a optar pela faculdade de pedagogia, por que não exigir que para ser diretora de escola tenha de ter diploma de pós graduação em Gestão Escolar?

Acredito que isso faria com que muitas professoras procurassem cursos na região em busca de, mesmo que por exigência da lei, uma melhor qualificação para o exercício da função pleiteada.

Diploma aliás que foi conquistado por vários professores, quando trouxemos, também comigo à frente do Departamento de Educação, um curso de Pós Graduação Lato Sensu em Gestão Educacional.

Além de voltar a obrigatoriedade da pedagogia para os coordenadores. 

Uma reabertura do curso seria uma forma de investir na qualificação do docente.

Outro ponto que defendo é que o preenchimento dos cargos como exclusivo para professores efetivos da rede, evitando assim buscar professores aposentados ou pessoas não ligadas à educação ipuanense.

E vou além: só pode ser diretor de escola, professor efetivo cuja sede esteja naquela escola.

Enfim, longe das discussões subjetivas sobre merecimento, justiça e necessidade; longe também das questões técnicas sobre capacidade; e mais longe ainda das questões políticas que envolvem a escolha dos cargos de direção, estas foram minhas considerações sobre o assunto.

sábado, 24 de novembro de 2012

Com o lápis na mão.

Com o lápis na mão e os pés na rua.
Quando comecei a estudar, nos anos 80, nossa família morava vizinha à Delegacia, na Rua Duque de Caxias e eu estudava na Escola Vereador Alberto Conrado (na época EEPG: Escola Estadual de Primeiro Grau), algo em torno de uns 700 metros de trajeto cortando a praça matriz.
De segunda à sexta ia a pé para a escola, boa parte sozinho depois que minhas irmãs foram para outra escola.
Eventualmente, quase sempre em dias de chuva ou quando os horários batiam, meu pai me levava.
Mas era raro, ao longo dos então 180 dias letivos eu ia a pé mesmo. Ia e, é claro, voltava.
Abre parênteses:
A Escola ainda era estadual, o ensino fundamental ainda era chamado de primeiro grau e o ano letivo contava com 180 dias, daí pode-se concluir com alguma precisão a idade já avançada do blogueiro.
Fecha parênteses.
Só a partir da 5ª série que melhorou para mim, pois a família se mudou para uma casa ao lado da agência dos Correios, coisa de 40m da escola.
Escrevo isso após observar a quantidade de pais que levam seus alunos na escola mesmo morando a poucas quadras da mesma.
Não alunos novinhos, que requer maiores cuidados, mas alguns já crescidos que fazem os pobres pais e mães levá-los todas as manhãs, certamente sob ameaça de faltar caso não sejam transportados.
Foras os veículos municipais (peruas e ônibus) que diariamente transportam alunos, a maioria em grandes distâncias como fazendas ou bairros mais afastados, mas existe uma minoria que pega o busão por preguiça capricho, e poderiam perfeitamente caminhar, o que aliás faz muito bem para a saúde (além de desafogar algumas linhas de transporte estudantil).

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Pep vestirá amarelo ou preto e branco?

Mano Menezes caiu.
Nomes especulados: Muricy, Felipão, Abel Braga, Tite e fala-se em um aceno dado pelo técnico Pep Guardiola, que aceitaria caso fosse convidado.
O ideal seria mesmo a CBF convidar Pep Guardiola para o comando da Seleção canarinho.
Mas infelizmente o conservadorismo intransigente da Casa Bandida do Futebol e os setores retrógrados da mídia não aceitam técnico estrangeiro na seleção nacional.
Meu medo é que o Tite seja convidado e deixe o Timão após a conquista do Bi Campeonato mundial daqui pouco mais de 20 dias.

Embora a saída de Tite abra espaço para o técnico espanhol poder treinar o Timão em 2013, na busca pelo Bi da Libertadores e o provável Tri (verdadeiro) mundial.
Corinthians e Barcelona, além do futebol, têm mais coisas em comum:
- Vicente Matheus, o maior de todos os presidentes do timão era descendente de espanhóis.
- Ambos os times têm São Jorge como Padroeiro. Este santo simplesmente abençoa os dois maiores clubes de futebol do planeta.
- Corinthians será ao lado do Barça, os únicos Bi Campeões do torneio da FIFA.
Seja como for, Pep Guardiola será muito bem recebido, quer seja pela torcida Brasileira, quer seja pela Nação Alvi Negra.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Você conhece outro Orandes? Eu conheço.

Já era para eu ter postado isso tempos atrás.
A notícia é por deveras interessante.
Encontrei um xará!!!
Após anos sendo o "único" Orandes da face da Terra, eis que graças ao finado orkut e o feicebuqui, encontrei alguém com o mesmo nome que eu.
Desde os tempos do orkut conheço o homônimo matogrossense, naquela ocasião, eu pensei em montar uma comunidade com o título "Meu nome é Orandes". Não seria uma comunidade muito animada é verdade, mas fico feliz em saber que não seria apelidada de conjunto unitário.
Perdi contato com o xará quando parei com o orkut.
Já na era Feicebuqui, meu xará tratou logo de me adicionar o que me levou a novas buscas por outros homônimos para, quem sabe, montar uma Fan Page.
Minha busca levou a diversos heterônimos (não homônimos).
Um certo Jair Orandes, que sei de sua existência desde quando fui me cadastrar na plataforma lattes, encontrei também pela net Orandis, aliás, Orandis Jr, mas como a comunidade/fan page será apenas para Orandes, os dois casos em questão ainda serão analisados.
Outro caso curioso, que nunca mais encontrei, foi em algum site ou coisa que o valha, um sujeito chamado José Orandes. Sei não, mas parece nome de coronel, não acham?
Assim que li o nome imaginei o sujeito morando numa cidadezinha perdida nesse mundão de meu Deus no Nordeste. Alguém do tipo que quando algum forasteiro chega no único boteco da currutela e pergunta de quem são as terras que ele passou de carro agora a pouco, o dono da espelunca responde, com sotaque nordestino:
- Essas terra é de Coronel Zé Orandes.
Pelo sim pelo não, parei de procurá-lo.
Nas minhas andanças por este país encontrei, na vizinha Campo Alegre/GO, um sujeito chamado Oredes. Que se fosse remédio, seria um genérico de Orandes.
Quem sabe juntos não possamos responder às perguntas que permanecem um mistério em nossas vidas:
- De onde veio este nome? E principalmente: O que significa???
Quando fui enviar minha dissertação do Mestrado para corrigir, a pessoa contratada foi um senhor muito culto, formado em linguística, estudioso de línguas mortas, sobretudo latim e ao me perguntar o significado disse-lhe que não sabia.
Prontamente disse que descobriria e me falaria em conversas futuras.
Corrigiu brilhantemente minha dissertação, entretanto não obteve sucesso na busca etimológica do substantivo próprio que me batizava.
Foi a única vez que acreditei estar próximo ao fim do mistério.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A camiseta da festa.

Feriado da consciência negra, o blogueiro voou até a vizinha Ribeirão Preto.
Quase tudo fechado.
Dei com a cara na porta em vários estabelecimentos que precisava ir. Até o mercadão da cidade, onde pensei em tomar um chopp estava com as portas fechadas.
E onde estava aberto, a zica me perseguia.
Quer exemplo?
No outlet de uma marca de tênis, não encontrei o modelo desejado; em outra loja, tinha o modelo mas não tinha meu número.
Até que resolvi pegar as rédeas do destino e fui comprar algum produto na loja do timão.
Encontrei o manto sagrado que há anos procurava ansiosamente: a réplica do time de 82, com logo da democracia corinthiana e tudo mais.
A paz e ordem no universo estavam restauradas, não fosse um detalhe...
O único exemplar deste manto sagrado disponível na loja era do tamanho GG.
Resolvi experimentar só pra ver como ficava e... serviu!
Serviu?!
Não sei se é defeito da etiqueta, se o GG é infantil, se lavou e encolheu, se eu estou fora de forma, se houve intervenção de São Jorge a meu favor, enfim, o que importa é que serviu!
Comprei-o na hora e duas suaves prestações e assim adquiri mais uma peça para o enxoval sagrado alvinegro.
Espero usá-lo dia 16/12, após a vitória sobre um certo timinho inglês, que nada mais é que um Grêmio melhorado.
A foto será postada no dia, após os festejos pela conquista do título que igualará o Timão ao Uruguai e Argentina em número de títulos mundiais, superando Espanha, França e, por ironia do destino, a Inglaterra.
Abaixo segue a original que inspirou a réplica e a obsessão do blogueiro.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência negra

Hoje é Dia da Consciência Negra.
Mas pouca gente se lembra, sabe apenas que é feriado.
O sentido de um feriado é um dia de ócio para as pessoas refletirem sobre a data em questão.
Dia 7 de setembro devemos (ou pelo menos deveríamos) refletir sobre a liberdade do Brasil enquanto nação, na sua soberania; o 15 de novembro sobre o fim da Monarquia e surgimento da República, etc...
Hoje é uma data para nos conscientizarmos sobre a dívida histórica que temos com a raça negra que ajudou a construir este país, seja pela mão de obra (traficada da áfrica) seja socioculturalmente, fazendo do Brasil esse caldeirão étnico tão peculiar que nos difere das demais nações.
Dia de lamentar que a colaboração do negro no país foi feita às custas do tráfico de escravos, que aqui sofreram durante séculos de opressão e privação do bem mais precioso do homem: a liberdade.
Dia de ficarmos felizes pela presença da cultura afro em nossas vidas, no esporte, música, cinema, TV, culinária, idioma, ...
Dia de lembrarmos que existe sim preconceito em nosso país, não institucionalizado ou mesmo declarado, mas um preconceito que se manifesta timidamente de maneira sutil, quase imperceptível, mascarado pelo argumento de que o preconceito é social e não racial.
Dia de valorizar a ascensão social de uma nação inteira que vem conseguindo subir os degraus sociais em busca de condições de vida melhores que a dos seus antepassados.
E quem sabe um dia, de fato, as pessoas sejam julgadas pelo seu caráter e não pela cor da sua pele como sonhou um negro norte-americano forte, sem brinco de ouro na orelha.
E da mesma maneira que nos EUA, ao eleger tempos atrás (e reeleger semana passada) um negro Presidente, as crianças negras começaram a ter em quem se espelhar, no Brasil estudantes negros possam olhar o Min. Joaquim Barbosa e se ver devidamente representados e dizer as palavras do brow americano: Yes, we can!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A queda do Palmeiras.

Claro que como torcedor do Corinthians, estou feliz pelo rebaixamento do Palmeiras. Apesar de não torcer ou desejar, apenas contente com o destino do nosso maior rival neste Brasileirão 2012.
Entretanto como amante do futebol, não poderia estar mais triste.
Entendo a questão do rebaixamento do Palmeiras sob outra ótica que apenas a do time que não somou pontos suficientes para ficar entre os 16 melhores do certame.
Todos os clubes do país têm, uns mais outros menos, alguns empresários que ditam os rumos das contratações de jogadores ao longo do ano.
Os que chegam ao clube e os que saem, sempre são orientados a fazê-lo por intermédio de empresários e não pelo bem do clube.
Eventualmente, um clube ou outra faz para casos específicos de jogadores, um esforço para segurar algum atleta, como fez o Santos com Neymar, Corinthians com Paulinho; ou para repatriar, como o Palmeiras fez  com Kléber.
Mas a verdade é uma só: pela Lei Pelé, o jogador é um trabalhador comum, e como tal, ele trabalha onde quiser. Como Ganso, Oscar, Robinho e outros tantos já fizeram, sem que qualquer contrato os segurasse.
Acontece que vez ou outra, alguns clubes são prejudicados por empresários.
No afã de ganhar comissões, às vezes distribuídas entre comissão técnica e gestores, atletas sem expressão ganham o presente de jogar em grandes clubes.
Uns dão certo, outros não.
Assim como jogadores de destaque em algum clube viram fiasco em outro.
Uma sucessão de más contratações levou o Palmeiras a ter um time mediano, que somado ao "abandono" do Brasileirão para a conquista da Copa do Brasil, perdeu pontos que, agora se sabe, fizeram falta.
A Copa do Brasil vencida com méritos pelo Palmeiras, não serve de comparativo. Trata-se de uma competição onde o regulamento favorece vez ou outra, o surgimento de surpresas, times medianos que chegam às finais e alguns até venceram, como Paulista, Santo André e Criciúma.
O Palmeiras foi um time mediano, que venceu outro mediano, com mérito repito, na final.
Outro ponto a se destacar é a idolatria dos Palmeirenses por Felipão e Valdívia. Esta idolatria fez a diretoria mover esforços financeiros não disponíveis para contratá-los.
O primeiro, depois da vitoriosa carreira até 2002, só acumulou fracassos; o segundo, nunca mereceu o status que a torcida lhe dá de craque.
A diretoria só os contratou para aplacar a fúria da torcida e criar um efeito psicológico de que os bons tempos voltaram. Conseguiriam, com o mesmo dinheiro, opções muito melhores no mercado naquela época.
Nenhum clube do país está livre de ter o mesmo destino.
No que eu lamento, pois nosso futebol dentro de campo e fora dele, e a CBF é a grande responsável por isso, não evoluiu da mesma maneiras que os negócios do futebol evoluíram nestes anos.
A malograda parceria com a MSI levou o Corinthians a amargar uma 2ª divisão há bem pouco tempo atrás e temo que a engenharia financeira do Santos usada para segurar o Neymar, inviabilize a montagem de um time competitivo nos anos vindouros.
Até o São Paulo, exemplo de organização em tempos idos, encontra-se atualmente sob uma ditadura de gestão e a presença de empresários com negociatas às portas de Juvenal.
A queda do Verdão não é uma doença do nosso futebol, é um sintoma.
Repito: como amante do futebol, lamento a queda do Palmeiras e torço para que ele volte logo ao lugar que merece, estar entre os grandes clubes do país, se possível, atrás apenas do Corinthians.

Dia da Bandeira.

Você sabia que hoje é Dia da Bandeira?
Certamente deve ter lido algo no Feicebuqui, assim não vale.
Como não vale recorrer ao Google para responder nossa próxima pergunta; Você sabe cantar o Hino à Bandeira?
Antes que você se desespere, eu puxo o primeiro compasso: "Salve lindo pendão da esperança / Salve símbolo augusto da paz" (...) e é claro o refrão: "Liberdade, Liberdade / Abre as asas sobre nós (...)"
Agora que você há sabe, vão aqui mais algumas curiosidades:
* O Hino à Bandeira é de autoria do poeta Olavo Bilac.
* A bandeira atual foi instituída em 19/11/1889 substituindo a Bandeira do Império.
* Contava inicialmente com 21 estrelas, cada uma representando um Estado.
* Cada estrela possui um nome.
* À medida que novos Estados surgiram, novas estrelas foram acrescentadas.
- A que representa o Glorioso Estado de São Paulo é a estrela mais ao sul do Cruzeiro do Sul, estampado no centro da esfera.
* A inscrição "Ordem e Progresso" é um dos pilares do Positivismo, que foi o arcabouço teórico da proclamação da República.
* É a única bandeira dentre os países do Globo a ter uma frase escrita.
* As cores oficiais são: Verde, Amarelo, Azul e Branco; representando Matas, Riqueza, Céu e Paz, correto? Nem tanto...
* Oficialmente, tais cores representam: 
- Verde: Casa de Bragança, da qual pertencia D. Pedro I.
- Amarelo: Casa de Habsburgo, da qual pertencia Dona Leopoldina.
Estas cores estavam na Bandeira do Império e foram mantidas na Bandeira da República, sendo ainda acrescidas as cores:
- Azul: Que representa o céu do dia da Proclamação.
- Branco: Este sim, uma referência à paz tanto na versão oficial, como na oficiosa. (Fonte: Revista Aventuras na História, ed Abril).


Significado da Bandeira do Brasil.

domingo, 18 de novembro de 2012

Nos palanques da vida.

Vendo a recente lei que regulamenta um número máximo de aluno por sala de aula, com objetivo de evitar salas superlotadas e assim melhorar a qualidade da aprendizagem, recordo que na minha passagem pelo Depto. de Educação, nós já havíamos feito algo assim.
Nas séries de alfabetização, a média de alunos por sala fixada em comum acordo entre mim e as diretoras, era de 20 alunos.
Claro que eventualmente um máximo de tolerância de 2 ou em casos muitos específicos, 3 alunos a mais eram aceitos nestas salas. Mais que isso, não. Sobretudo nas salas de 1ª e 2ª série, onde o teto de 20 alunos deveria ser rigorosamente respeitado.
No segundo ciclo do ensino fundamental (5ª à 8ªs séries), o teto era de 25 alunos por sala de aula. Novamente, e eventualmente, havia uma tolerância de 2 ou 3 alunos a mais na sala em casos específicos e ainda assim sempre nas salas do período da manhã, quando o calor é mais ameno.
Trata-se de uma, dentre várias iniciativas que o poder público pode tomar para melhorar a qualidade do ensino público. E fico feliz em ver essa iniciativa sendo proposta por lei federal e saber que estivemos portanto à frente de nosso tempo, ousando em adotar tal medida anos atrás.
Mas nem tudo foram flores...
Houve um movimento contrário pela parte dos setores mais conservadores da educação na cidade que via a atitude como prejudicial ao salário do docente.
Menor número de alunos por sala implica na abertura de mais salas de aula, consequentemente na contratação de mais docentes, o que resultaria em um menor valor do bônus a ser dividido entre os profissionais da educação.
O paradoxo estabelecia na maneira em que um mesmo professor reclamava do elevado número de alunos por sala de aula, exigindo abertura de novas salas e ao mesmo tempo, reivindicando a não diminuição do bônus.
Trata-se de uma equação matemática difícil de ser resolvida e que passa necessariamente pela revisão das questões do salário docente e da bonificação.
Um desafio a ser enfrentado pela próxima gestão municipal.

sábado, 17 de novembro de 2012

Com o giz na mão.

Lugar comum: ser professor não é fácil.
E não me refiro, hoje, aos problemas comuns à nossa carreira: salários, alunos, burocracia, etc...
Hoje vou falar das polêmicas.
Não tem como, ser professor é disputar um embate ideológico a cada aula. Sobretudo quando se é professor de humanas, sobretudo ao quadrado quando se é professor de História, Geografia, Filosofia e Sociologia, disciplinas que levam o aluno a inúmeros questionamentos.
Não estou menosprezando o pessoal das exatas e biológicas, apenas refletindo as disciplinas citadas acirram mais os ânimos dos alunos.
Diz o politicamente correto que o professor precisa ficar neutro, ser apenas um mediador dos temas polêmicos quando estes surgem em sala de aula decorrente de alguma matéria estudada.
Se isso for o certo a fazer vou logo avisando: devo ser um péssimo professor.
Quando tenho opinião sobre algum assunto, e 99% das vezes eu tenho uma opinião formada, trato logo de externá-la, não sem antes avisar que trata-se de uma opinião pessoal, passível de ser questionada, que ela não encerra a questão (pelo contrário) e que o aluno deve sempre ter a sua própria opinião.
Segue abaixo, alguns de temas que já deram muita discussão em sala de aula nestes anos todo de magistério:
* Questão dos trangênicos.
* Reforma Agrária.
* Governo FHC.
* Governo Lulla.
* Ditadura militar.
* Contra Reforma.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Adolescência tardia.

Somente agora, depois de véio adulto, estou com ideias típicas dos adolescentes.
Primeiro foi uma vontade doida de comprar uma moto. Justo eu que nunca gostei de motocicletas, nem habilitação eu tenho para dirigi-las, me peguei um dia procurando uma pra comprar.
Falei com amigos motociclistas sobre as dificuldades, dicas para dirigir moto na cidade e na pista, e é claro, sobre os tombos inevitáveis.
Cada um fala uma coisa e todos afirmam ser um bom meio de transporte.
Minha maior dúvida é sobre conseguir equilibrar nas curvas das esquinas (se não há o risco de simplesmente tombar) e também como fazer quando parar, afinal estarei "segurando" mais de 200kg com uma única perna.
O que me impede, além da falta de dinheiro, é o medo de cair. E se for verdade as palavras do grande filósofo Max Nunes: "Motos tem duas rodas, ela foi feita pra cair. Um dia ela vence", vou adiando a realização da vontade.
Outro sintoma da adolescência tardia que venho tendo é a vontade de fazer tatuagem.
Já tenho selecionados mais desenhos, frases e imagens que lugares disponíveis para serem tatuados.
O que me impede, além do medo da dor, é o fato de ser algo eterno, ou pelo menos algo cujo desfazer é muito mais doloroso e caro que o fazer, portanto tatuar implica em, necessariamente, ter algo contigo pelo resto da vida.
E finalmente, montar uma banda de rock.
Rock anos 80 pelo menos, já que o Heavy Metal, Punk Rock e o Progressivo, pouca coisa me atrai.
Seria uma espécie de arauto do verdadeiro rock nacional, levando-o aos bárbaros da nossa região, acostumados ao sertanejo dito "universitário" e aos Restarts da vida.
Enfim, coisas totalmente contrárias ao meu estilo, mais para MPB, camisa de manga longa (com tênis) e um bom whisky, acompanhado é claro do meu violão, com cordas de nylon.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Proclamação da República deu samba.

A Imperatriz Leopoldinense foi a única Escola de Samba em 1989 usar o centenário da Proclamação da República como enredo do Carnaval.
O refrão da letra imortalizou-se no cancioneiro popular.
Pena a Escola de Samba não ter elaborado um enredo sob um viés crítico, abordando a questão de que a proclamação da República foi um golpe de Estado, arquitetado pelo Exército (sob a égide do Positivismo) e apoiado pela Igreja e Oligarquias Agrárias.
Dizer, por exemplo, que a nascente República manteve os mesmos vícios do Império, que não houve participação popular neste movimento e que nossa República nasceu militar e com a liberdade tolhida.
Mas tudo bem, segue o samba... "Liberdade liberdade, abre as asas sobre nós / E que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz".

Em tempo: A Escola sagrou-se campeã do Carnaval daquele ano.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Deus nas notas do Real.

E não é que o politicamente correto chegou nas notas da moeda nacional?
Caso nunca tenha reparado, as notas de Real têm a expressão "Deus seja louvado", a polêmica atual veio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) que solicitou que as notas a serem impressas já estejam sem a expressão.
São dois os argumentos:
1. Vivemos em um Estado Laico.
2. Fere o princípio da pluralidade e liberdade religiosa.
Realmente o Brasil é um Estado Laico, muito embora religião sempre esteja na pauta de eleições e mesmo de congressistas que balizam seus votos em plenário de acordo com suas orientações religiosas. E não entendo como a presença de uma expressão louvando o criador possa conferir ao país um status, ou mesmo uma simples sinalização, de que somos um Estado Teocrático de Direito.
Certamente nem é essa a intenção da Presidenta (agnóstica histórica), que perpetua algo já consolidado pelo uso após décadas de emissão de notas contendo a famigerada expressão.
Como também não entendo que fazer alusão a Deus esteja ferindo pluralidade ou liberdades religiosas.
Como seria o politicamente correto? Referir-se também a Deus e Deuses de outras religiões?
Afinal se para as religiões Cristãs Ocidentais, a denominação para o Criador atende por "Deus", o mesmo não se pode dizer para religiões, cada vez mais presentes e atuantes em nosso país, que designam suas divindades de maneira diferente.
Muçulmanos, Hindus, Budistas, Judeus e se buscarmos raízes históricas, até os índios no Brasil, todos denominam suas divindades distintamente da usada na tradição Cristã Ocidental.
E ainda tem a questão dos ateus e agnósticos que alegam que a expressão impressa na nota não respeita o direito deles de negar (no caso dos primeiros) ou questionar (no caso dos segundos) a existência de Deus.
Então para não incluir um roll de Deuses (e Deusas, já que no Hinduísmo elas não apenas existem como são de enorme importância dentro da religião), a opção mais correta seria, para o PRDC, a supressão do louvor a Deus.
Penso que o melhor a fazer é deixar as notas como elas estão, acredito que a palavra "Deus" presente na nota seja a forma encontrada, de acordo com nossas tradições histórico religiosas, para referir-se ao criador do Céu e da Terra independentemente da crença ou denominação que cada um venha a lhe dar.
Num país onde felizmente existe a pluralidade religiosa (embora exista a intolerância, ela não é algo sistêmico em nossa sociedade) não acredito que alguma religião se sinta ofendida.
Quanto aos ateus e agnósticos, não devem também sentir-se preteridos em suas crenças (ou falta delas), levem em consideração toda uma tradição com raízes históricas profundas que remontam à nossa colonização para entender que a crença do Estado na existência de uma divindade superior.
E encerro com a opinião do Ex Presidente do Brasil e atual Presidente do Senado, José Sarney, sobre o assunto.
Instado a comentar a polêmica ele disse que era "falta do que fazer" e que ele tinha "pena de quem não acreditava em Deus".
Concordo com o primeiro comentário dele e discordo do segundo, na verdade quem é digno de pena, são as pessoas que votam nele.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uma visita ao cardiologista.

Estava prevista para ser feita aos 40 anos, mas em razão de ligeiras palpitações, resolvi antecipar (e antecipar muito) minha visita a um cardiologista para check up geral.
Há coisa de 1 mês e pouco atrás, procurei um especialista, fui entrando no consultório e dizendo:
- Dr, este velho coração Corinthiano precisa ser examinado.
Após as primeiras conversas, onde expliquei-lhe os sintomas, seguiram as perguntas tradicionais:
- Pratica exercícios? Caminhada e futebol no fim de semana.
- Fuma? Não.
- Bebe? Socialmente.
- Socialmente quanto?
Esta última pergunta em especial é a mais difícil de responder. Confesso que nunca parei pra contar quantas eu bebi numa semana ou numa noite.
Respondi que bebo uma cervejinha aos finais de semana, meio de semana apenas em raras ocasiões (um ou outro churrasco ou jogo do timão) e whisky mais raramente, geralmente em casa e sozinho.
Mas quantidade, bem essa é difícil de medir.
Concluído que não sou alcólotra, seguiram outras perguntas.
Nada conclusivo me encaminhou para uma bateria de exames que concluí no dia de ontem.
Hemograma completo, Eletrocardiograma, Holter e por fim, Esteira.
Na consulta final, o Dr. olhando o resultado de todos os exames franziu a testa e concluiu em tom preocupante:
- Nem desconfiei que poderia ser isto.
- O que Dr??? (já preocupado).
- Faltou uma pergunta naquele 1° dia, que se eu tivesse feito já teria diagnosticado sua doença.
- Qual perguntar Dr??? (mais preocupado ainda).
- Tem estado apaixonado ultimamente?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Uma segunda diferente.

Vai dizer que não acordou na manhã desta segunda mais disposto que o habitual?
Tudo em razão da semana mais "curta" que teremos, em virtude o feriado da Proclamação da República que este ano cairá na quinta próxima.
Já teve colega comentando hoje pela manhã: "Teremos duas sextas feiras"!
Eu, particularmente, gosto das segundas feiras, estejam elas em semanas "curtas" ou não. Gosto da rotina, do retomar das atividades, do começar de novo!
Segunda é o início da semana, é a chance de fazermos melhor que na semana anterior, seja lá o que for.
É também um dia mais animado na TV, sobretudo se compararmos com o domingo, em qualidade, bate de lavada, seja na TV aberta ou na TV por assinatura.
Hoje, por exemplo, tem o 2° episódio da 8ª temporada de Criminal Minds, como posso perder?
Claro que falando assim, sou alvo da ira de muitas pessoas que trabalham em empregos ditos "mais pesados" que o meu. Estas pessoas argumentam que, trabalhassem como elas trabalham (8 horas diárias) eu também odiaria a segunda feira.
Discordo!
Mesmo nas ocasiões em que trabalhei até bem mais que 8 horas por dia, eu adorava a segundona.
Mas como não vou convencê-los de que falo a verdade, resta a mim, professor brasileiro cujo horário de trabalho é às segundas, quintas e sextas, curtir um feriado prolongado que começou agora a pouco, assim que cheguei da escola, onde só voltarei na segunda se não houver feriado da consciência negra, caso contrário, volto ao serviço na quinta feira dia 22.
Enquanto isso, melhor que a gente curta, esta curta semana.

domingo, 11 de novembro de 2012

Nos palanques da vida

Quando assumi o Departamento de Educação, este era também responsável pela Cultura e Esporte. Apenas em 2007 o Esporte fora separado, quando foi criado seu próprio Departamento.
Não que eu não gostasse de esportes, mas como 95% dos recursos financeiros do Departamento eram destinados à Educação, 95% do meu tempo, esforço e preocupação, também era.
Mesmo assim várias ações foram feitas para fomentar o esporte, além é claro dos famosos torneios de futebol com boleiros de fim de semana.
Trata-se daqueles eventos onde cada grupo de amigos, ou algum representante do comércio local reúne jogadores para formar um time e disputar o torneio.
Lazer para os participantes, guerra para os donos dos times, dor de cabeça para o Diretor do Departamento.
Um destes torneios de futsal apresentava 4 grupos com 3 times cada grupo. Classificaria os 2 melhores de cada grupo para a disputa das quartas de final, conforme estipulado no regulamento previamente discutido e aprovado entre as equipes.
Terminada a fase de grupos, chegou em minha sala o seguinte problema: Duas equipes haviam empatado no n° de pontos e ambas estavam em 2º lugar no grupo, qual se classificaria?
Como conhecia o regulamento de cor, se bem que isso é quase que uma regra nesses torneios, respondi: Saldo de gols.
As equipes também haviam empatado neste quesito.
Gols a favor: Outro empate.
Gols contra: outra igualdade.
E no confronto direto, o jogo entre as duas equipes havia ficado 2 x 2.
E o regulamento não previa mais nada.
Reuni os representantes de cada equipe e tentei achar uma saída. Inútil! Uma equipe, a mais forte, queria um 2° jogo, algo como um tira teima entre as equipes, pois como sabiam que eram mais fortes, haviam poupado jogadores na fase de grupos, para usar o que tinham de melhor nos mata matas.
Mas por ironia destas coisas do futebol, o plano não dera certo e eles estavam empatados com uma equipe considerada por todos a mais fraca do certame, montada às pressas apenas para divulgar o nome de uma empresa.
Cartões amarelos e vermelhos nenhum dos dois representantes aceitou alegando que não constava no regulamento. Um jogo de desempate também não, argumentei com eles como forma de eliminar esta possibilidade e assim ter de gastar algum dinheiro extra com arbitragem.
Vendo que não haveria solução e com a mesa cheia de problemas maiores para resolver, decidi Ricardoteixeristicamente fazer um sorteio.
Nenhum dos representantes reclamou, mas eu sabia que o silêncio deles duraria até ser excluído pelo sorteio.
Fiz o sorteio e novamente o destino caprichoso excluiu a tal equipe forte, seguindo na competição o time a que todos se referiam como azarão. Aliás, este azarão passaria nas fases de mata mata e chegaria à final, ficando com a vice colocação que, para eles, certamente teve sabor da maior das vitórias.
O preterido pela sorte esbravejou que não era justo, que procuraria seus direitos na justiça, que processaria o Departamento, que o torneio seria cancelado,...
Vendo que eu não dava muita bola às suas ameaças, me questionou onde ele deveria ir para acionar seus direitos. Respondi que ele deveria procurar o STJD, no que ele me surpreende, pegando caneta e papel na minha mesa e dizendo:
- Repete o nome pra mim.
Ele não havia entendido que era ironia minha, que sugeri o STJD (órgão máximo da justiça desportiva brasileira) com sarcasmo.
Percebendo isso, continuei com o sarcasmo sem que fosse percebido: repeti-lhe a sigla, disse que deveria procurar telefone e endereço na internet, pois em outros casos, o STJD já havia inclusive vindo em Ipuã para resolver problemas parecidos.
Não sei se ele chegou mesmo a procurar, penso que deve ter comentado com algum amigo que lhe explicara que era o STJD, avisando que certamente havia caído em uma brincadeira minha.

sábado, 10 de novembro de 2012

Com (mas também sem) o lápis na mão.

Na minha vida de estudante, experimentei outras "salas de aula" que não as dos cursos regulares: Fundamental, Médio e Universitário.
Também já fui aluno em outras ocasiões, em cursos por assim dizer, extra curriculares.
Aos 13 para 14 anos, cismei de aprender violão e comprei um que me acompanha até hoje, e que, se falasse, teria ótimas histórias para contar.
Anos mais tarde, e bota anos nisso, resolvi aprender saxofone, num projeto que a Prefeitura Municipal iniciou aqui em Ipuã com o objetivo de formar uma banda de música.
Acabei abandonando por problema de horário e de correria da faculdade, sem sequer soprar um saxofone. Recordo que tive alguma dificuldade em aprender partitura, o que sempre me deixou uma certa frustração. Frustração esta que estou disposto a eliminar, uma vez que tenho feito aulas de partitura e espero poder, desta vez, conseguir aprender a lê-las.
E estas foram minhas únicas aventuras como aluno de musica.
No esporte, embora o futebol seja um talento inato do blogueiro, fui aluno de escolinha de futebol em duas ocasiões, ambas na adolescência.
E encerrei minhas aulas esportivas fazendo capoeira, já adulto. Cheguei até a pegar gosto pelo esporte, indo mais longe do que imaginava ir, porém o sedentarismo falou mais alto e parei na corda amarela.
Outro esporte que sempre quis aprender é o Krav Magá, cheguei até a telefonar para uma academia próxima à PUC/SP mas problemas de horários impedia minha matrícula. Houvesse alguma academia em Ribeirão Preto, certamente eu iria, depois de véio, tentar aprender mais alguma coisa nessa vida.
Talvez o bom seja exatamente isso, a gente querer aprender algo novo e batalhar por isso.
Acredito que a mola mestra da vida seja a gente querer aprender algo novo a cada dia, sem que as limitações de tempo e idade sejam motivos (muitas vezes impostos por nós mesmos como desculpa) para não fazermos.
Se for verdade que a gente só para de aprender quando morre, melhor eu continuar então...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mestres e discípulos.

É bastante comum ouvir a expressão "o discípulo superou o mestre", quando quer referir-se a algum caso onde o aprendiz ficou melhor que a pessoa que o ensinou, seja o que for.
Curioso como esta expressão é quase sempre usada como demérito para o mestre e elogio para o discípulo, como se o ato de ser superado por quem você ensinou seja algo que macule a reputação de quem ensina.
Eu vejo a coisa sempre pelo lado contrário: a pessoa ensinou tão bem o seu aprendiz, conseguiu com grande maestria explorar todas as possibilidades dele e extrair uma evolução tamanha, a ponto do aprendiz tornar-se melhor que o mestre.
Trata-se de uma vitória do mestre, algo a ser louvado entre os que presenciaram a façanha.
Pelé, por exemplo, teve como mestre na Seleção Brasileira, o jogador Didi. Diz a lenda que em certa altura nos jogos de preparação para a Copa de 58, o veterano jogador vendo todo o potencial e sabendo que uma orientação ruim poderia prejudicar o futuro do jovem atleta, disse laconicamente: "Neguinho, fica junto com a gente aqui que você vai se dar bem".
Essa gente a que ele se referia era: Djalma Santos, Nilton Santos, Mauro, Gilmar...
Parece que o tal "neguinho" se deu bem na Seleção Brasileira.
Na música também são vários os exemplos.
Toquinho teve como professor de violão "apenas" Paulinho Nogueira e Baden Powel e se, considerar Toquinho melhor que seus professores é de uma enorme temeridade, há que se reconhecer que o discípulo alcançou sucesso muito maior na MPB que os seus mestres, para a alegria deles com certeza.
Não sei quem foi o professor de música de Villa Lobos e Tom Jobim, mas certamente também deve ser um cara bastante orgulhoso com seu trabalho.
Fico imaginando os professores de Mozart e Bach, como não devem ter ficado felizes, ainda que desempregados, pois logo os guris seguiram com suas próprias partituras, vendo os pupilos escrever seus nomes (cada um a seu tempo, evidentemente) na história da música clássica mundial.
E aí viajo legal:
* A professora de Machado de Assis tomando-lhe a lição que ele claudicantemente aprendia nos tempos escolares.
Essa mulher merecia uma estátua, um nome numa escola ou algo assim.
* A escolinha de informática onde o Bill Gates teve suas primeiras aulas.
Se é que ele teve aula.
* Quem teria ensinado Michelangelo, Monet, Picasso e Portinari a pintar?
- Por mais autodidatas que possam ter sido, alguém deve ter-lhes apresentado à aquarela, ou no mínimo uma professora que ensinou as cores primárias e suas infinitas combinações.
* A professora pegando Paulo Freire pela mão e ensinando que B + A = BA.
* Quem teria orientado Niemyer em seus primeiros rascunhos?

A lista de casos a se citar é longa...
O verdadeiro mestre é aquele que cria condições para o aluno superá-lo. Pena que a história seja injusta e muitos deles acabam anônimos ou obscurecidos pela genialidade de seus discípulos.
Por isso que, movido pelo sentimento de justiça e gratidão, vou deixar a humanidade, além de meu legado, uma lista de mestres para que todos saibam, e valorizem, aqueles que foram os responsáveis pela minha trajetória.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Em poucas palavras, o resumo de uma política fiscal.

O texto de Nicolau Sevcenko aplica-se a alguma grande - e próxima - multinacional conhecida?
Acredito que também.
Reflexo da nossa política fiscal e do capitalismo selvagem.
Sevcenko é dos maiores historiadores deste país, e foi orientador do Doutorado do meu orientador na graduação em História.
Em tempo1: Questão 38 da prova amarela do ENEM 2012. 
Em tempo2: A resposta correta é a letra B (não poderia ser outra), de Brasil.