quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O futuro da eleição 2018 está no... Passado!?

Cazuza profetizou lá nos anos 80: "Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades".

Pena que ao contrário do refrão da música, o tempo parece que parou.

Classifico essa como a eleição com um olho no passado.

Uma grande parcela do eleitorado vê as eleições Presidenciais como a possibilidade de voltar a um passado onde supostamente havia ordem, progresso e honestidade.

Quando as pessoas eram felizes, podia sentar nas calçadas à noite e a bandidagem temia a autoridade policial e a classe política era honesta.

Esquecem-se, no entanto, que as coisas não eram bem assim.

O que acontecia não era divulgado por uma razão muito simples: CENSURA.

Liberdades individuais não eram respeitadas, liberdade de expressão era tolhida e quem ousasse ir contra, era sumariamente perseguido e por vezes, preso, interrogado e torturado.

Fora que a classe política também se locupletava, escondidos sob a proteção da censura.

Todos esses anseios simbolizados na figura de um Fanfarrão caricato, sem a menor condição de administrar um país.

Outra parcela, olhas essas eleições com saudade de um passado mais recente.

Tempo de suposta bonança, época em que dizem que puderam comprar seu carro, sua casa e estudar seus filhos.

Se é verdade que esse tempo existiu e muitas dessas benesses foram possíveis, esquecem-se que o mérito foi de uma estabilidade econômica que surfou num período de crescimento econômico mundial, antes de entrar em crise.

Nessa época, enquanto o povo ganhava milhares, a classe política e empreiteiros ganhavam tornavam obsoleto o roubo de milhões, atingindo a cifra do Bilhão.

O aparelhamento do Estado em nome de um projeto de perpetuação no Poder levou a Esperança de um Governo Popular a cair na vala comum dos seus antecessores.

Tirante o aperfeiçoamento do roubo e a novidade da punição para o colarinho branco, essa gente não se difere em nada daqueles que sempre criticaram quando eram oposição.

Todos esses anseios personalizados na figura de um Poste subserviente a um prisioneiro condenado que insiste em se dizer inocente.

E assim chegamos em 2018, em vias de ter o futuro do Brasil com os olhos em um passado que a metade dos eleitores, pulverizados em outras candidaturas e entre brancos e nulos, não desejaria que se repetisse.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Não deve ser tão difícil Presidir o Brasil.


Ministro da Educação: Cristóvão Buarque


Ministra da Cultura:Camila Pitanga.


Ministro da Saúde: Dráusio Varella.


Ministra do Meio Ambiente: Marina Silva.


Ministro dos Esportes: Juca Kfouri.



Ministro da Justiça:Joaquim Barbosa


Ministros do STF:

Sérgio Moro

Deltan Dalagnol

Marcelo Bretas

 Gabriela Hardt.




Ministro da Indústria e Comércio Exterior: Abílio Diniz


Ministro do Trabalho e Emprego: Guilherme Afif Domingos.


Ministro do Desenvolvimento Agrário: Ronaldo Caiado.


Ministra Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Heloísa Helena.



sábado, 22 de setembro de 2018

"Maria, Maria".

"Maria, Maria", um dos maiores sucessos de Milton Nascimento ganha seu 1º clipe.

E que clipe!!!

Para continuar sempre renovando nossa "estranha mania de ter fé na vida".


 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Texto do Feicebuqui adaptado para a realidade do Blogueiro.


Texto que circula nas páginas de Feicebuqui e eu adaptei para a minha realidade.

Quem sabe as pessoas entendem (pelo menos aquelas que querem entender) o que está difícil explicar:

Sou de esquerda. E isso não significa que eu seja Comunista.

Porte de armas não é sinônimo de legítima defesa.

Bandido não é vítima da sociedade, a não ser quem rouba para matar a fome da família.

Pedofilia obviamente é crime e tem de ser preso.

Sou favorável à descriminalização do aborto.

A descriminalização das drogas é que sou um pouco mais cauteloso. Mas acho que usuário e traficante tem de ser tratados diferente. 

Sou contra a pena de morte no Brasil por saber que criminoso branco e rico raramente seria condenado.

Posse de arma para o cidadão de bem não vai armar somente o cidadão de bem.

Sou favorável às cotas para negros e pardos em faculdades e concursos públicos.

Feminismo é uma bandeira importante. Tenho severas restrições ao femismo, que é bem diferente.

Não aceito qualquer forma de racismo, injúria ou discriminação, seja pela cor da pele, origem geográfica, sexo, gênero, religião, condição ou classe social...

Não existe assunto proibido na escola, desde que não queira impingir sua opinião nos alunos, mas fomentar a discussão saudável respeitadas as faixas etárias e a conexão com o conteúdo.

Não acho que "bandido bom" seja "bandido morto", mas "bandido preso".

Também não fico triste quando vejo casos de criminosos que se deram mal praticando graves crimes e morreram em decorrência deles.

Nem tudo é mimimi. Falar que é "mimimi" quem se sentiu ofendido por algo muitas vezes revela a incapacidade de empatia nas pessoas.

Adotei como prática somente comentar postagens para concordar, contribuir, nunca para discordar da pessoa. Meu Feicebuqui tem mais de 1000 pessoas, invariavelmente discordarei de todas em algum ponto o outro em nossas vidas e querer me intrometer em todos os assuntos me parece falta de noção.

Postem o que quiser e não serão excluídos.

Mas não precisam comentar tudo o que posto.

Por fim: não precisam me excluir por pensar diferente de vocês, acredito que possamos conviver com a diferença.

E não precisam me excluir.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

E se... [Há 10 anos].

Há 10 anos atrás um problema nas cordas vocais se agravava.

Supervalorizado ou não, verdade é que perdi noites de sono e me fez rever muito a forma como lidava com tão importante parte do corpo até então.

Fato que me fez cuidar melhor delas, valorizá-las e aceitar suas limitações.

E há 10 anos eu usava o Blog para desabafar. 

Curiosidade: um grande amigo que conhecia o problema me telefonou no dia em que postei esse texto meio enigmático" e, bom entendedor que foi, resumiu em breves palavras: "Meu amigo Orandes se define em uma palavra: transparência".

Curioso é que o texto foi bem enigmático.

E o texto foi esse.


E se...


E se de repente, não mais que de repente, surgisse a possibilidade de que aquilo que você mais ama fazer na vida estivesse em risco de ser inviabilizado?

E se por menor que seja a possibilidade, você nunca mais voltasse a fazer o que te motivou nestes últimos 10 anos? E pior, você se pega agora sem saber fazer mais nada além disso, pelo menos não com a mesma paixão e entusiasmo.

E se diante disso, você começasse a pensar no passado e em como nunca percebeu o quanto era importante pra você?

E se tivesse que abrir mão de tanta coisa que gostava de fazer? Mesmo que desafinado, mesmo que estressado, mesmo que mal feito e estressante às vezes, mesmo que muitas vezes não tenha sido ouvido.

E se tivesse que seguir outro caminho?

E se...

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Exposição sobre Machado de Assis [Há 10 anos].

10 anos atrás eu ainda perambulava pelos museus da capital paulista.

De volta ao Museu da Língua Portuguesa, especialmente para ver a exposição sobre Machado de Assis.

Perdi a vergonha e relatei (brevemente) a emoção que senti em ver, de perto, um texto original manualmente escrito pelo Machado de Assis.

Quando lembro ainda sinto a emoção (e o arrependimento por não ter tentado roubá-lo).

O texto foi esse:


Exposição sobre Machado de Assis.


Com o título de "Mas este capítulo não é sério", o Museu da Língua Portuguesa está organizando uma exposição sobre o escritor Machado de Assis, em virtude do centenário da sua morte completado este ano.

A Exposição acontece no 2º andar do museu e conta com apresentações interativas, além de dados sobre a vida e obra do autor.

Já na entrada, um painel com o retrato de Machado de Assis ainda jovem te convida a posar para foto, como eu fiz e vocês podem ver logo abaixo.

Outro ponto emocionante é estar frente a frente com uma folha de rascunho de uma de suas obras, escrita a mão pelo próprio Machado. Foi uma emoção muito grande, saber que diante de mim, estava um registro do gênio da literatura brasileira, saber ainda que mãos tão talentosas (e reconhecida no mundo todo) produziram tal documento há mais de 100 anos.

A exposição está quase no fim, indo a São Paulo, vale a pena conferir. Mas vá rápido, senão corre o risco de se arrepender.



terça-feira, 11 de setembro de 2018

A morte do meu orkut [Há 10 anos]

Você já ouviu falar em Orkut?

Muitos joves devem conhecer apenas de nome.

Trata-se do Pai do Feicebuqui, Avô do Instagram.

10 anos atrás eu brincava dizendo que iria "assassinar" o meu perfil no Orkut (chamado de "site de relacionamentos", termo substituído que viria a ser substituído por "redes sociais" anos mais tarde). O que eu só faria anos mais tarde, substituindo-o pelo Feicebuqui.

Na época eu reclamava que o Orkut acabaria com o e-mail.

Mas imaginava que viria o Uatizápi.

E na época também esse site era usado para disseminar ódio e divulgar besteiras.

Ufa, ainda bem que não tem mais essa rede social.

O texto era esse há 10 anos:


A morte do meu orkut


Decidi matar meu orkut!

Abri uma página no mais famoso site de relacionamentos em fevereiro de 2005, portanto há mais de 3 anos!

Já tinha ouvido falar, e um dia um amigo resolveu me mostrar e me convidar a participar (na época só se participava por meio de convite). Confesso que gostei de imediato, pude participar de comunidades, conhecer pessoas com mesmos gostos, participar de discussões, reencontrar amigos há muito sem contato, etc...

Até que descambou...

O tempo passou, o site cresceu e hoje, existem comunidades de tudo quanto é porcaria, algumas inclusive vigiadas pela polícia, pois fazem apologia ao crime, à contravenção e "otras cositas mas" (nunca vi, mas me disseram que existia uma reunindo neonazistas). E é do conhecimento de todos que em dias de jogos, tem torcedores, perdão, bandidos, marcam confronto das organizadas pelo orkut!

Aí, não demorou e começou a bisbilhotice. Pode ter certeza que seu orkut é visitado pelo menos uma vez por dia por pessoa que você não conhece.

E é aí que quero chegar!!!

A culpa é minha! Ninguém está invadindo a minha privacidade, sou eu é quem estou evadindo-a. Afinal todas as informações do perfil fui eu quem disponibilizou. Como se fosse do interesse de alguém saber que meu prato preferido é comida mineira, que gosto de ouvir Belchior e meu livro de cabeceira é o "100 Anos de Solidão".

Vi uma entrevista da Preta Gil em que ela disse que para pegar o Paulinho Vilhena ela pesquisou seu orkut para saber estas coisas e "armar" sua estratégia! E a culpa não foi dela, foi ele quem deu as "dicas" no seu orkut!

E mais: O orkut assassinou o e-mail!!!!

Depois que comecei usá-lo, raramente enviei ou recebi aqueles e-mails singelos (e que a gente adora ler no meio da noite) para conhecidas queridas do tipo: "saudades", "lembrei de ti", "oi",... Quando elas fazem, é por orkut, e pior, algumas amigas (não questionemos seus motivos) não querem que outras pessoas vejam as mensagens, então mandam por depoimento, pedindo para não publicar!

Vamos voltar a mandar e-mails gente!!!

Olha só quantas finalidades estão dando a uma ferramenta, que nasceu, basicamente, para a integração entre as pessoas; aliás, nasceu baseada na teoria dos 6 graus de separação, e isso foi o que mais me interessou na época, a ponto de participar.

Então é isso, depois de ver muito lixo no orkut, de ser bisbilhotado, de ver sua intenção inicial esvair-se, decidi assassinar meu orkut! E só não o fiz porque existem pessoas lá, cujo único contato que tenho é por meio dele.

Vou mandar um "scrap" (já deve ter estar no Aurélio) para todos os meus contatos, anunciando minha decisão e deixando meu e-mail de contato. E o endereço deste blog.

Duvido que depois de fazer isso vou ter contato com a maioria.

É um risco que tenho que calcular.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Votos definidos para o pleito 2018.

Tirante o Deputado Estadual, que ainda posso encontrar algum candidato da Rede representando a Região em que Ipuã está, os votos do Blogueiro para o pleito de 2018 serão - na ordem em que iremos votar - os seguintes:


Deputado Federal: Marcos Papa (Rede) - 1800.

Deputado Estadual: Legenda (Rede) - 18.

Senador 1: Moira Lázaro (Rede) - 180.

Senador 2: Pedro Henrique (Rede) - 188.

Governador: Márcio França (PSB) - 40.

Presidente: Marina Silva (Rede) - 18.

sábado, 8 de setembro de 2018

Top 5: Coisas que você desejou para a Expuã e esse ano aconteceu.

05. Podia não ter queima de fogos esse ano.

04. Não quero ver meu/minha ex no Recinto de Festas nessa Expuã.

03. Podia ter vaga para estacionar meu carro.

02. Para ter show ruim, melhor nem ter.

01. Tomara que não tenha ninguém na Expuã esse ano.

Fechado para balanço [Há 10 anos]

Pela primeira vez eu "fechava para balanço" uma Expuã no Blog.

Tradição que se manteve a partir de então, sempre tecendo considerações minhas sobre a Festa.

A de 10 anos atrás foi bem simples.

E foi assim. 


Fechado para balanço

Terminada mais uma Expuã, hora de fechá-la para balanço!

Na opinião deste humilde blogueiro: Uma das melhores já realizadas!

E sob todos os aspectos:
1 - Pelos shows apresentados, sobretudo Eduardo Costa (para mim o maior público da história da Expuã) e Bruno e Marrone (há tanto tempo sem se apresentar em nossa cidade).

2 - Pelo nível técnico do Rodeio.

3 - Pela animação das diversas turmas uniformizadas (Embrahmados, Skolteiros, Vira Latas, Na Moral, Adega da Pimenta etc...) que vêm crescendo e se organizando a cada ano, provando que existem inúmeras turmas animadas em Ipuã, dignas de registro e participação na festa.

4 - Pelo valor dos pacotes e das entradas e o respeito ao direito à meia entrada para os estudantes.

5 - Por valorizar os artistas locais na Barraca Central, contemplando todos os estilos musicais.

6 - Pelo empenho dos Irmãos Guarnieri e Rodohgel em realizar o 1º "Encontro de Amigos", proporcionando aos ipuanenses uma opção saudável de lazer nas tardes de sábado e domingo, numa festa alegre e de acesso democrático, como nunca antes houvera.

Bom, assim como nos Jogos Olímpicos, a Expuã propiciou a este Blogueiro uma boa fonte de assuntos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Petistas e Bolsonaristas se afastaram e... se encontraram.

Vejo militantes Petistas dizendo que o atentado contra Bolsonaro é encenação.

Alegam falta de sangue, ausência de luvas na cirurgia, fotos montadas para parecer pior do que foi, exagero do candidato, e outras besteiras iguais.

Caso estejam certos, a FARSA para favorecer Bolsonaro conta com o apoio da Polícia Federal, da Rede Globo, da Santa Casa de Juiz de Fora e agora do Hospital Albert Einstein em São Paulo, para onde o candidato foi transferido.

E vejo os mesmos militantes comemorando a agressão sofrida a Bolsonaro, sob o argumento de que uma pessoa como ele merece o queaconteceu.

Curioso como este argumento é muito próximo do "olho por olho" que os mesmos militantes criticam em políticos como... Bolsonaro.

E vejo militantes do Bolsonaro defendendo que a tentativa de homicídio foi orquestrada pela esquerda, numa tentativa de favorecer o Lulla.

Citam como exemplo outras mortes em períodos eleitorais, como se o PT tivesse armado um mega esquema para eliminar rivais.

Caso estejam certo, Lulla é um gênio do crime que premedita mortes, encomenda assassinatos usando assim toda uma teia conspiratória que envolve mecânicos de aviões e loucos fanáticos kamikazes dispostos a tudo para ajudar o Grão Mestre.

Agindo assim, os eleitores do Bolsonaro usam teorias conspiratórias mirabolantes muito semelhantes às dos... Petistas.

Ao que parece, Petistas e Bolsonaristas afastaram-se tanto um do outro que se encontraram na outra ponta.

Ultraje a Rigor [Há 10 anos]

10 anos atrás, a Banda Ultraje a Rigor, renascida poucos anos atrás com o talk show de Danilo Gentile, se apresentava em Ipuã.

Um show parta os amantes do Rock.

Um show, infelizmente, decepcionante.

O que fez com que nunca mais houvesse show de rock em uma Expuã, fato que dura até esse ano, ou melhor, até o ano passado, porque esse ano não conseguiram realizar a Festa.

Quem sabe ano que vem tragam uma banda de rock outra vez? Dessa vez, melhor escolhida.

O texto foi esse há 10 anos:


Ultraje a Rigor


Capítulo certo em qualquer bibliografia sobre a história do Rock nacional, dado a sua importância na consolidação deste movimento nos anos 80, a Banda Ultraje a Rigor deixou a desejar em seu show na nossa cidade.

Na minha modesta opinião, parece que o grupo perdeu o poder de se reinventar, como tantos outros de sua geração o fizeram.

O show não incendiou a galera, seus maiores sucessos ficaram escondidos em meio à músicas totalmente desconhecidas do grande público. O vocalista Roger (único remanescente da formação original) adentrou ao palco fumando, o que, embora seja politicamente incorreto, reforça o caráter anárquico que sempre marcou a história da banda (haja visto que foi o primeiro artista a colocar um palavrão numa letra de música - inclusive, sendo alvo de censura na época).

Confesso, esperava mais.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Sobre a tentativa de homicídio a Jair Bolsonaro.

Quem me conhece sabe que não voto em Jair Bolsonaro.

E mais: existe um abismo político ideológico e moral enorme nos separando.

Mas daí a comemorar agressão a ele (ou a quem quer que seja que dispute uma eleição) é coisa que jamais faria.

Como também jamais usaria o discurso (que já se vê timidamente nas redes anti sociais) de que "é justo que quem dissemina o ódio o receba de volta". Argumento que passa bem próximo do "olho por olho" que tanto criticamos, inclusive no Bolsonaro, e que, fosse permitido em casos de "pessoas odiosas", estaria justificado alguém matar o Fernandinho Beira Mar por exemplo?

Penso que os Direitos Humanos discordaria.

Bolsonaro ainda que suas posições incite revoltas a parcelas da população, é fruto do processo democrático brasileiro.

Candidato legítimo, que busca, pelo voto, chegar ao mais alto cargo da política brasileira.

Se alguns o acusam disso ou daquilo, e não vou entrar no mérito se ele é ou não, ele está tão somente disputando uma eleição, contando com o apoio de significativa parcela da população brasileira que vê nele, seu representante.

Certamente o atentado contra ele trará implicações eleitorais ainda que analistas digam que não.

Alckmin, seu principal algoz no horário eleitoral, continuará atacando um home que aparentemente não terá como se defender sabe-se lá por quanto tempo?

O período de convalescência (ainda incerto) prejudicará os compromissos de campanha como viagens, passeatas, entrevistas e gravações de propaganda?

Como será sua campanha nesse intervalo?

Haverá comoção em torno dele por parte dos indecisos?

Podem ter tirado um soldado do front de batalha ou criado um mártir.

Isso, só as urnas dirão.

Eu aqui, no alto da minha insignificância, desejo melhoras ao candidato, que ele se restabeleça bem e possa retornar logo às suas atividades de candidato.

E que essa campanha não descambe para uma guerra civil.

Atualização 1 (22:00h): Divulgada a notícia de uma 2ª cirurgia o que encerraria sua participação na campanha do 1º turno. (aqui).

Guilherme e Santiago [Há 10 anos]

Ainda comentando os shows da Quermesse Expuã 2008, 10 anos atrás eu tecia alguns comentários acerca da dupla Guilherme e Santiago.

O texto foi esse:


Guilherme e Santiago

Lastreados pelo programa na Band (Terra Nativa), a dupla Guilherme e Santiago apresenta bom repertório pop sertanejo, marcado por canções românticas e agitadas, de autorias diversas.

Foi um bom show, teve bom público, mas ainda estou impressionado com o sucesso de público de quarta feira. Talvez por isso esteja menos empolgado, talvez por isso até o texto de hoje foi mais econômico em seus comentários (ou isso, ou o efeito do whisky). Até porque, a minha ideia para este texto era de escrevê-lo assim que chegasse da festa (o que aconteceria por volta das 4 e meia) e faria algo que nunca vi precedente: o 1º texto de um Blog de opinião, escrito por um blogueiro sob leve influência alcoólica. Levemente embriagado.

O que me levaria a ler o texto no dia seguinte e, muito provavelmente, envergonhar dos erros (gramaticais e de digitação) e dos comentários tortuosos, típicos de pessoas neste estado.

Não foi desta vez, mas ainda o farei!

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Começaria hoje a Expuã 2018.

Provavelmente, hoje seria a data que, não fosse a greve dos caminhoneiros, começaria a Expuã 2018.

Aproveitando assim a quinta feira, véspera de feriado e encerrando no sábado, deixando o domingo para descanso, como foi feito nos últimos anos.

Uma festa que já tinha até Presidente, que anunciou sua confirmação mas que deixou para o Prefeito o anúncio de seu cancelamento.

E assim, pela primeira vez nesse século, as tradicionais Feira da Bondade e Expuã não serão realizadas. E pela segunda vez nesse século, o mais tradicional ainda, Rodeio de Touros, também não (já não havia sido realizado em 2015).

Para você que sempre disse que "para trazer cantores ruins, melhor nem fazer a festa", parabéns, seu desejo foi atendido.

E para você que a chamava de "Quermesse", vale lembrar que pelo menos a "Quermesse" era realizada todos os anos.

Uma perda significativa para a população ipuanense com poucas opções de lazer e uma perda maior ainda parta as entidades, que contavam com essa importante fonte de receita que é o aspecto assistencial da Expuã/Feira da Bondade/Rodeio.

A Administração Municipal tem todo o direito de escolher suas despesas e cortar aquilo que entende ser conveniente, mas melhor não teria sido realizar apenas a Feira da Bondade como sugeriu a Rede Sustentabilidade de Ipuã?

Uma Festa modesta, sem camarote, sem Rodeio, sem  mega estrutura. Apenas as barracas das entidades e shows com artistas locais (que os temos em grande quantidade e qualidade). Ganharia a população com uma opção de lazer, a Prefeitura que não deixaria de registrar a data mais aguardada pelo ipuanense e principalmente, as entidades que teriam um bom lucro com um festa nesses moldes.

Talvez a arrogância por não aceitar realizar uma Festa modesta tenha falado mais alto que a sensatez de se realizar uma festa simples, voltada para a filantropia.

Está tudo praticamente certo para a realização de uma Feira do Livro esse ano em nossa cidade e que será aproveitada a oportunidade para que as entidades possam montar suas barraquinhas.

Aplaudo a iniciativa de uma Feira do Livro em nossa cidade, mas uma vez se concretizando seu caráter assistencial, penso que seria misturar alhos com bugalhos, fazendo de um evento específico, uma Feira da Bondade "disfarçada".
E pior, abrindo um precedente que dificultaria uma Administração futura, mudar seu formato.

Melhor seria ter feito a Feira da Bondade original em moldes mais modestos.

Quanto a Feira do Livro em sim, em se concretizando sua realização, tecerei comentários mais específicos sobre o que eu penso de um evento dessa natureza.

Bruno e Marrone [Há 10 anos].

"Bruno e Marrone de novo?"

Era o que mais se ouvia na metade final dos anos 90 quando essa dupla se apresentava em Ipuã.

Já nos anos 2000, com a  dupla em crescente ascensão e sucesso nacional, a pergunta era outra: "Não vai vir Bruno e Marrone?".

Entre o "de novo?" e o "não vai vir?" muita água passou debaixo da ponte.

10 anos atrás a dupla se apresentava novamente em nossa cidade depois de 9 anos da sua última apresentação em solo santanense.

A curiosidade apontada pelo Blogueiro foi a coincidência do dia entre essas duas apresentações: 4 de setembro.

O texto há 10 anos era esse:


Bruno e Marrone


Acompanho esta dupla há muito tempo.

Aliás, houve época em que onde eu ficava sabendo que havia show deles, lá estava eu: Guaíra, Uberaba, Restinga, Franca, ...

Em Ipuã, 1999 havia sido sua última vinda aqui, até a noite passada.

Quanta diferença!

Naquela época era um show de uma dupla de porte médio, conhecidos apenas no interior, sem a projeção nacional que alcançariam em 2001 com o CD Acústico Ao Vivo.

Mesmo assim foi um show memorável.

E talvez esta seja a minha dificuldade em avaliá-lo agora: prefiro muito mais o Bruno e Marrone daquela época. Época em que cantavam sucessos como "Esqueci", "Dormi na Praça", "Acorrentado em Você", "Coração Cowboy", "Bar Solidão", "Como eu te amo" e tantas outras que me foge o nome agora.

Mas, despido do saudosismo, foi um show excepcional esta noite também!

Mesclou alguns antigos sucessos da fase pré-sucesso nacional com o novo repertório, esbanjando simpatia e incendiando a galera (como diria o Faustão); provando a capacidade da dupla de cativar seu público (inclusive este que vos escreve) mesmo passados exatos 9 anos da sua última visita na nossa cidade (coincidentemente haviam vindo num 04/09).

Dos novos sucessos, destaque para: "Doideira", "Ficar por ficar", "Castelo de amor", "Pra não morrer de amor", etc...

A grande pergunta da noite foi: O público foi maior na quarta (com o Eduardo Costa) ou na Quinta com o Bruno e Marrone?

Para mim, na quarta!

Hoje é Guilherme e Santiago, vamos ver o que rola.

Amanhã eu comento!

Um pouco atrasado mas... [Há 10 anos]

10 anos atrás Ipuã estava às voltas com a Expuã.

Aliás, há 10 anos atrás, havia Expuã em Ipuã.

Então chamada de quermesse pelos quinzócritas, a Expuã daquele ano trazia entre os shows, a primeira apresentação de Eduardo Costa na cidade.

Cantor que voltaria outras duas vezes.

Há 10 anos também eu começava uma prática no Blog que dura até hoje (ou pelo menos até o ano passado, quando ainda tinha a festa): a de comentar os shows.

Curiosidade: o show foi dia 03 mas só postei o texto no dia 05, por isso 2 textos naquele dia.

E o texto de 10 anos atrás era esse:


Um pouco atrasado mas...


Eduardo Costa arrebentou!

Nunca tinha visto um show dele antes, e confesso, nem esperava que fosse aquelas coisas (aliás, sempre o chamei de "Zezé Di Camargo que não deu certo"). Porém comecei a rever meus conceitos. Pelo número de caravanas que chegava em nossa cidade para prestigiá-lo, afinal, um artista que conseguiu mobilizar tamanho deslocamento de público de cidades vizinhas para a nossa pequena Ipuã em plena quarta feira, tem seus méritos, evidentemente.

Com um público recorde, o cara "não teve preguiça de cantar" como diziam muitas pessoas depois do show, e simplesmente fez o 1º dia e Expuã começar empolgante. Tocou novos e antigos sucessos acompanhado do seu violão, num show realmente único aqui na nossa cidade.

Que volte sempre!

sábado, 1 de setembro de 2018

Quando um fã se depciona.

Quem me conhece sabe, sou amante da boa MPB.

Em especial Bossa Nova e seus derivados.

Toquinho é um desses derivados.

Nascido da costela da Bossa Nova, violonista primoroso, parceiro dos maiores músicos brasileiros do século XX, com um repertório variado, incluindo canções infantis que povoam a memória de gerações.

Sempre o tive na conta de meu cantor favorito, ao lado do Belchior.

Por essa razão assisti a 5 shows, comprei DVDs, CDs, livro sobre sua vida, acompanhei entrevistas, aprendi a tocar algumas de suas músicas, seguia perfis dedicados a ele, uma música era toque do meu celular*.

Até que na Feira do Livro de São Joaquim da Barra/SP, uma oportunidade única de ver o ídolo de perto, faltei da faculdade (minha maior prioridade na vida atualmente) para poder, ao lado de uma irmã igualmente fã e seguidora, assistir ao show pertinho de casa.

Assistimos ao show sentados, postando fotos e vídeos nas redes sociais divulgando o trabalho do artista.

Ao final do show, corremos para trás do palco para tentar a tão sonhada foto com nosso ídolo.

Lá estavam uma moça e um moço, jovens e fãs, envergonhados com a mesma ideia nossa.

Reunimos os 4 e criamos coragem de pedir a foto assim que ele saísse, pois o carro que o levaria já estava posicionado.;

E então Toquinho saiu com o violão ainda no peito e uma pressa daquelas.

Pedimos a foto, afinal seriam só 4 fotos ou se ele pedisse, juntaríamos todos numa foto coletiva.

E ouvimos dele: "Peraí".

Ao entrar no carro com o violão na mão, pensamos que deixaria o instrumento no carro para tirar a foto pedida. Ilusão, ele entrou no carro que saiu em disparada e então entendemos o que significou o "peraí".

E eu entendi o violão ainda pendurado no pescoço: o instrumento que fez dele o artista genial e reconhecido no mundo todo, sendo usado como "parachoque de fãs". Uma blindagem para ninguém chegar perto.

Talvez seu primeiro instrumento ganho na infância para curar o sofrimento pela derrota do Corinthians, que o faria a aprender a tocar nos anos seguintes, ficasse envergonhado se soubesse que, após a fama conseguida, 50 anos de carreira depois, o aprendiz de violão não aceitaria perder 30 segundos de seu precioso tempo tirando fotos com 4, até então, fãs.

Da minha parte perdeu a graça.

Sei que não farei falta, frente aos milhões de fãs, mas tomei uma decisão: morreu para mim.

Apaguei a pasta do pen drive do carro e todos os MP3 do computador, rasguei as músicas que aprendi a tocar, jurei nunca mais perder meu tempo indo a 1 único mísero show, mesmo que seja feito na esquina de minha casa, saí das redes sociais (não sem antes xingar), mudei o toque do celular* e me desfiz dos CDs, DVDs e livro (iria sortear aqui no Blog, mas a tal irmã pegou antes: "Não deixei de gostar das músicas").

Talvez ela seja mais racional que eu, ou menos vingativa. Talvez eu esteja exagerando. Ou como disse uma amiga: "Parece aqueles términos de relacionamento em que se apaga todas as lembranças".

E foi isso mesmo, um término de relacionamento. E com traição!!!

Poderia ter dito um "Estou com pressa", "Desculpe mas agora não posso", até um "Eu não quero, não gosto" eu entenderia. Mas "peraí" soou irônico. Mais que isso, soou arrogante e mostrou um total desprezo pelo público que o artista sempre disse ser a razão de seu trabalho.

Belchior agora ficou sozinho na minha galeria de ídolos na música.

*Atualizado às 15:30h.