quinta-feira, 28 de junho de 2018

Expuã 2018 corre risco? Acredito que não.

É comum as empresas solicitarem dos novos contratados, além da documentação pessoal (RG, CPF, Carteira de Trabalho, ...), um exame de saúde.

Trata-se do exame admissional, algo que ateste que o funcionário não tem problemas de saúde que, mais tarde, poderia alegar que os adquiriu no exercício do emprego e assim processar a empresa.

Quando assumi o emprego temporário de Professor de História na Prefeitura Municipal de Ipuã, em 2002, aprovado em processo seletivo (na época realizado todos os anos, antes do ano letivo começar, sem prorrogação e sem esquecimentos da sua data de vencimento) eu tive que realizar um exame desses.

Mas por descuido e naquela correria de professor em começo de carreira acabei deixando o documento médico cair no assoalho do meu carro. Para meu azar, bem do lado do motorista, o que fez com que o documento ficasse um pouco sujo e com um furo.

Apaguei a sujeira com borracha, mas ainda ficou uma parte com marcas visíveis de tênis que não apagava, além do furo no final da folha, esse impossível de ser restaurado.

O negócio era agendar outra consulta, entrar na fila, explicar a situação ao médico e de posse de outro documento, levar até o RH da Prefeitura que nessas alturas já estava me cobrando a entrega do referido documento para efetivar minha contratação.

O que eu fiz?

Procurei o RH e pintei um quadro de horror: disse que havia caído no chão, pisoteado, que estava imundo e com um rasgo enorme, enfim, completamente deteriorado. Pedi mil desculpas e disse que assim que conseguisse consulta novamente eu levaria um papel em melhor estado.

Diante da minha narração, o servidor quis ver como estava o documento e ao ver um atestado sujinho e com um pequeno furo, certamente comparou com a imagem mental que eu induzi na sua cabeça e vendo que não era nada do que ele imaginara, disse algo do tipo:

- Está ótimo, não precisa trazer outro não. Não comprometeu nada que o médico escreveu, está tudo legível e o rasgo não foi sobre algo escrito.

E assim, intuitivamente, concluí o seguinte:

Quando sabemos que algo não está bom, ou não está como as pessoas gostariam que estivessem, uma solução é ampliar drasticamente o defeito, criando nas pessoas uma imagem de caos para que, ao compararem com o real, não o achem tão ruim assim, influenciados que estão pela imagem mental construída previamente.

Isso tudo parta dizer que ainda não acredito que não teremos Expuã em 2018, mas que tudo isso que se falou nesses últimos dias, de que nesse ano a Festa não será realizada para que sejam pagos em dia os salários dos  servidores, ou para pagar precatórios que apareceram, ou ainda, para alguma obra a ser realizada na cidade, são na verdade boatos amigos para que, ao ser realizada a festa de maneira simples, daquelas outrora chamada de "Quermesse", as pessoas possam dizer: "Tá bom demais, não ia nem ter".

Ainda acredito que teremos sim uma Expuã, nada diferente do que houve em anos anteriores, com portões abertos e tudo mais, e que tudo o que se fala é para induzir os ipuanenses ao "caos" que seria passar o mês de setembro sem o evento mais aguardado da cidade.

Se você forçar sua memória, lembrará que tem sido assim há muitos anos, sempre essa mesma conversa, mas ninguém havia te explicado antes o jeitinho de fazer as coisas.

Agora tá explicado.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Canarinho Pistola é preso.

Chamem o Min Gilmar Mendes urgente!

Foi preso em Moscou o Canarinho Pistola.

Vamos lançar a #GilmarMendesLibertaPistola.


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Da parte que me toca... [Há 10 anos].

Há 10 anos estávamos às vésperas de começar mais uma campanha eleitoral para Prefeito e Vereadores no Brasil.

Em Ipuã, como sempre, a campanha era antecipada.

Naquela época, não lembro se foi através do jornal local ou algum informativo partidário, a oposição fazia críticas à Administração da época que buscava a reeleição.

Quando as críticas chegaram à Educação, pasta que eu havia deixado há pouco mais de 2 meses à época, não me segurei e fiz este texto jogando na cara dos opositores, algumas das mais importantes realizações da nossa gestão frente à Educação Ipuanense.

E relembrando a população ipuanense.

10 anos atrás eu postava esse texto:



Da parte que me toca...


Nunca fiz nada sozinho no Departamento de Educação.

Sempre tive comigo (e agora com a Vanessa também), uma equipe ao meu lado composta por diretores, vices, coordenadores, professores, além do pessoal técnico da Prefeitura (setor de compras, RH, etc...).

E acima de nós, um Prefeito e um Vice Prefeito como maestros, "regendo" uma orquestra de maneira magistral.

Assim sendo, pudemos nesses quase 4 anos fazer:

Construção de 13 salas de aula
Construção de 02 ginásios de esporte em escolas municipais
Instalação de manta térmica na Emef Monir Neder acabado com o antigo problema de calor das salas de aula (que chegava a 40 graus no verão)
Aquisição de 03 salas de informática para escolas municipais.
Reforma e ampliação da EMEF Vereador Alberto Conrado (substituindo banheiros e trocando a parte elétrica, ambos antigos e danificados).
Cursos de capacitação para professores (o maior projeto de capacitação de professores da história de Ipuã).
Realização de 3 cursos para capacitação de mão de obra jovem para o mercado de trabalho, inclusive com bolsa auxílio (aproximadamente 120 jovens beneficiados).
Aquisição de 10 Kombis 0Km.
Aquisição de 3 Ônibus.
Aumento na hora aula paga ao professor na ordem de aproximadamente 66%.
Aquisição de materiais didático-pedagógicos e esportivo em abundância.
Distribuição anual de 2 conjuntos de uniformes e 01 (uma) mochila por aluno.
Cardápio elaborado por nutricionista, com 22 opções de cardápio.
Construção de 01 Creche.

E outras "cositas mas", que assim que lembrar postarei por aqui.

Enfim, desafio qualquer pessoa a apresentar outra administração que fez mais que a gente, e assim sendo, juro, este blogueiro nunca mais toca no assunto.

Mas enquanto não aparece, vale a máxima do futebol "quem não sabe fazer, aplaude quem sabe". E eu a estendo ainda: quem não sabe fazer e não fez, que pelo menos fique quieto e não caia em ridículo, de novo.

sábado, 23 de junho de 2018

Pai Orandes de Ossanha.

Não me cobrem placar.

Apenas os resultados.

E depois que vir que eu acertei, que não me venham pedir dezenas para apostas, amarração ou trazer seu amor de volta em 3 dias.

Pai Orandes de Ossanha só se arrisca mesmo em prever Copas do Mundo e Eleições Municipais.

Em 2020 ele volta.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

O que fazer com os 3 brasileiros imbecis da Rússia?


O vídeo em que 3 homens, perdão, 3 imbecis, fazem uma garota russa falar palavras e expressões em português que, se ela soubesse em russo o que significa talvez não falasse, já caiu na vala comum para onde tudo parece convergir nesse país: polarização.

Menos mal que ainda não entrou no campo político ideológico, com o embate direita x esquerda.

Mas nesse episódio há quem defenda como uma brincadeira sem graça, estúpida até, porém sem razão para perseguições, demissões ou a "caça às bruxas" que está sendo feita.

E há quem veja como uma imbecilidade, fruto de homens que, do outro lado do mundo, acharam-se livres de quaisquer consequências que uma, repita-se, imbecilidade, lhes traria. Mau caratismo na sua essência.

Cabe punição? Qual seria? Se a vítima não fizer denúncia mesmo assim eles podem ser processados por algum crime? Qual? O fato do vídeo ser feito por brasileiros porém em território russo dá poderes ao MP do Brasil de entrar com alguma ação?

Essas e outras perguntas, evidentemente não sei responder.

Até acho que a resposta seja "Não" para a maioria delas, o que me leva a uma conclusão que sempre tiro em casos assim: os boçais têm mesmo que sofrer toda a sorte de perseguição enquanto o fato ecoar na mídia.

Já que não podem ser processados, nada melhor que uma boa execração pública à exemplo dos Charivari na Europa Medieval.

Demissões, facebooks raquiados, exposições que envergonhem a si e seus familiares, restaurantes se negando a atendê-los e tudo mais que os faça rememorar os ensinamentos que, prefiro acreditar que tenha sido dados, os pais ensinaram na infância e os 3 autores da canalhice dessa semana não absorveram.

E para ajudá-los a pensar na vida: E se fosse a irmã de um deles falando em russo ou a mãezinha pega de surpresa e tendo que segurar um cartaz escrito em alfabeto cirílico, palavras desconhecidas para elas porém de cunho sexual para os Russos que as assistissem?

terça-feira, 19 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 10ª - e última - Parte.

Ipuã, 2018...

Professor, Doutorando em Educação pela UNIUBE e animado com a Seleção.

Nesta Copa na Rússia, voltarei a torcer pelo Brasil como o fiz até 2002.

E admito que o que e fez voltar a torcer tem nome, sobrenome e apelido: Adenor Leonardo Bacci, o Tite.

Voltei a torcer pela admiração que tenho por ele e uma promessa que fiz quando Tite deixou o Corinthians para assumir a Seleção: a de que, exceto nas ocasiões em que o Corinthians estivesse envolvido diretamente, eu torceria pelo sucesso do treinador não importa em qual time ele estivesse.

O que incluiu a Seleção.

Já tenho camiseta amarela, réplica da camiseta de 1982, e sem o logo da CBF, o que me faz vesti-la sem constrangimento.

E digo mais, pé quente que sou, arrisco dizer que o Brasil será campeão.

Será uma Copa para exorcizar antigos fantasmas.

Faremos - e venceremos - a Semifinal contra a França, para vingar 86, 98 e 06.

Em seguida faremos a final contra a Alemanha e, apesar de não vingarmos o vexatório placar da Copa passada, seremos Campeões pela 6ª vez em nossa História.

O placar será 1 x 0, gol de Paulinho de cabeça após cobrança de escanteio pela esquerda do ataque brasileiro aos 37 min do 2º tempo.

Podem me cobrar, só não vão me pedir os números da Mega Sena no dia seguinte.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

"Escaladores" escalam suas Seleções Brasileiras de Todos os Tempos.

O Blogueiro convidou ilustres amigos e amigas para escalarem suas Seleções Brasileiras de Todos os Tempos.

Inveja da Globo, admito.

Mas como o Blog tem mais audiência e pessoas mais interessantes para fazer essa "brincadeira", penso que a repercussão será maior.

De todos que foram convidados, a maioria aceitou o desafio e enviou sua seleção para publicação no Blog.

E as regras eram claras:

1. Apenas jogadores de Copas do Mundo.

2. Apenas jogadores que a pessoa viu jogar.

3. Escolha do técnico também.

4. Esquema tático por conta do "escalador".

Eis as Escalações e os respectivos Escaladores, na ordem em que foram recebidos:


Danilo (Professor e memória mais privilegiada que conheço).
Marcos; Leandro, Oscar, Márcio Santos e Junior; Mauro Silva, Sócrates, Zico e Rivaldo; Romário e Ronaldo. Téc. Tite.

Thiago Zaneti (Administrador da ID.ea - Mídia e Comunicação e Santista²).
Taffarel, Cafu, Lúcio, Miranda e Branco; Mauro Silva, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho; Romário, Neymar e Ronaldo. Téc. Parreira.

Gabriel Ogata (Professor e afilhado de casamento).
Taffarel; Cafu, Aldair, Lúcio e Roberto Carlos; Dunga, Zé Roberto, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo; Ronaldo e Romário. Téc. Parreira (1994).

Marcel Trevizan (Jornalista e, como Zico, perdeu um pênalti em 1986, em Nuporanga).
Taffarel; Cafu, Ricardo Rocha, Márcio Santos e Júnior; Falcão, Sócrates e Zico; Ronaldo, Romário e Rivaldo. Técnico: Telê Santana.

Itamar Romualdo (Ex Prefeito e milagre não ter escalado o time do Santos todo).
Gilmar; Carlos Alberto, Piazza, Brito e Roberto Carlos; Gerson e Zito, Pelé, Rivelino, Tostão e Garrincha. Téc. "Com esse time, qualquer um".

Itamar Jr. (Estudante de Agronomia e Baladeiro).
Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Miranda e Marcelo; Casemiro, Kaká e Ronaldinho; Neymar, Ronaldo e Adriano. Téc. Tite.

Alex Novais (Professor, Matemático e futuro sogro).
Marcos; Cafu, Lúcio, Thiago Silva e Marcelo; Dunga, Gilberto Silva, Ronaldinho e Rivaldo; Ronaldo e Neymar. Téc. Zagallo.

Diego "Mur" (Professor de Educação Física e Árbitro, apitará no Catar-2022).
Dida; Cafu, Aldair, Juan e Roberto Carlos; Júnior, Zico e Ronaldinho Gaúcho; Rivaldo, Bebeto e Ronaldo. Téc. Telê Santana.

Igor Dezem (Estudante de Contabilidade e Baladeiro).
Dida; Daniel Alves, Lúcio, Juan e Marcelo; Casemiro, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Coutinho; Neymar e Ronaldo. Téc. Tite.

Eduardo Otávio Neto (Estudante de Educação Física e filho do Neto).
Dida; Cafu, Thiago Silva, Lúcio e Marcelo; Casemiro, Kaká, Ronaldinho Gaúcho; Neymar, Adriano e Ronaldo. Téc. Tite.

Juca Kfouri (Jornalista).
Gilmar; Djalma Santos, Aldair, Márcio Santos e Nilton Santos; Zito, Didi e Rivelino; Pelé, Garrincha e Tostão. Téc. Aymoré Moreira.

Luís Fernando, o Torrinha (Motorista, Cumpadi Magal e pai do Zé Felipe).
Marcos; Cafu, Aldair, Roque Jr e Roberto Carlos; Mauro Silva, Dunga, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho; Ronaldo e Romário. Téc. Felipão.

Léo Bueno (Músico, professor de violão e guitarra e roqueiro mais sertanejo de Ipuã).
Dida; Cafu, Thiago Silva, Lúcio e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho; Ronaldo, Romário e Neymar. Téc. Tite.

Wilker Gléria (Professor, estava comigo na 1ª visita à Arena Corinthians).
Leão; Daniel Alves, Ricardo Gomes, Lúcio e Marcelo; Falcão, Sócrates e Zico; Neymar, Ronaldo e Romário. Téc. Tite.

Lívia Peruchi (Professora, Pedagoga, Bailarina, Comercialina, Sãopaulina e Ex aluna que mais entende de futebol).
Marcos; Cafu, Aldair, Juan e Roberto Carlos; César Sampaio, Gilberto Silva, Ronaldinho Gaúcho e Kaká; Ronaldo e Rivaldo. Téc. Parreira.

Maria Fernanda Leonetti, a Fê (Arquiteta, Corinthiana e Ipuanense de coração).
Taffarel; Cafu, Ronaldão e Roberto Carlos; Zé Roberto, Émerson, Sócrates, Kaká e Zico; Bebeto e Adriano. Téc. Tite.

José Reinaldo (Vereador na minha 2ª cidade e ainda vou vê-lo um degrau acima na política Guairense).
Taffarel; Cafu, Aldair, Márcio Santos e Roberto Carlos; Dunga; Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Bebeto e Romário; Ronaldo. Téc. Felipão.

Orandes Rocha. (Professor e craque de bola que não virou jogador porque a mãe era contra, dizia que não dava dinheiro e que melhor seria ele virar professor).
Taffarel; Cafu, Ricardo Rocha, Aldair e Júnior; Falcão; Sócrates, Zico, Rivaldo e Ronaldo; Romário. Téc Telê Santana.

Minha história em Copas do Mundo - 9ª Parte.

Ipuã, 2014...

Professor universitário, quase um quarentão, p. da vida com a Copa realizada no Brasil dada a roubalheira que aconteceu e que eu avisava que seria muito antes de começar, o que fez com que amigos me recriminassem pelo pessimismo.

Deixei o "eu avisei" de lado e limitei a esperar a derrota que, cheguei a acreditar que não viria.

Copa em Casa, PT na Presidência, CBF unha e carne com FIFA, seria impossível acontecer outra desgraça como em 1950, quando perdemos uma final ganha no Maracanã.

Pois não só aconteceu com foi pior, muito pior...

Pudemos conhecer o modos operandi da FIFA em se tratando da realização de mundiais.

Ações que atropelam leis locais, limitações de manifestações culturais do país, comercialização exclusiva de tudo no entorno dos estádios, etc...

Fora a roubalheira das empreiteiras do país que construiu 12 estádios quando a mesma Copa na Alemanha só construiu 1.

Viva o país do futebol.

Uma irmã sentenciou: "Estão estragando uma coisa que tinha tudo para ser linda".

E foi mesmo uma festa fora de Campo, tudo perfeito. E a musiquinhha do Itaú (aqui) é a que mais me marcou na memória, sem explicação consciente.

O legal eram as "fans fests" (nome dado pela FIFA para festas antes e após os jogos) no Sítio Boa Sorte: bandeirinhas verde e amarela, TV de tubo 29'', cerveja e muita gente assistindo.

E eu, obviamente, torcendo contra.

E foi no sítio Boa Sorte entre amigos e parentes que comecei a ver que algo estava indo mal para o Brasil:

* Marcelo fazendo o 1º gol do Brasil na Copa, contra.
* Empate com o México.
* Aperto contra o Chile logo nas oitavas: jogo que só passamos nos pênaltis e com direito a tomar uma bola no travessão na prorrogação que nos tiraria da Copa.
* No mesmo jogo, enquanto as penalidades aconteciam, o "capitão" Tiago Silva ficou de costas para a cobrança, sentado em cima da bola, com as mãos espalmadas rezando e chorando. Uma vergonha para alguém responsável por levantar a Taça da Copa em casa, coisa inédita no Brasil.
* Aperto contra a Colômbia e lesão do Neymar.
* "Somos todos Neymar" quando na verdade deveria ser "Somos Todos Bernard".

Tinha mesmo que dar em 7 x 1.

Aliás, jogo que não vi inteiro.

Naquele exato dia, ocorreu o triste sepultamento de uma tia.

Passei parte da noite no velório na cidade dela e o sepultamento ocorreria em Ipuã no dia seguinte.

Naquele dia, ainda no velório, ocorreu inevitavelmente discussões sobre futebol. Amigos e parentes falavam em 2 x 0, 3 x 1, 2 x 1, todos placares favoráveis ao Brasil.

Ao dizer que achava a zaga ruim, quase apanhei. Disseram que eu não entendia de futebol.

Voltei mais cedo, daria para assistir parte do jogo e ir ao cemitério.

E assim o fiz.

Saí de casa poucos minutos após o 1 x 0. Ao passar de carro em frente a um boteco no caminho, vejo torcedores xingando, deduzi que estava 2 x 0.

Ao chegar no cemitério, ouço novos gritos de xingamento, o jogo não poderia estar 3 x 0 no 1º tempo. Liguei para um amigo e o diálogo foi assim:

- Cara, tá 3 x 0 pra Alemanha?
E ele todo feliz (também torcia contra):
- 3 x 0 não, acabou de fazer o 4º.

Foi um dia triste para mim pela perda de uma tia querida, porque pela Seleção...

E essa foi a última vez que torci contra a Seleção Brasileira, porque nessa Copa vou torcer como nas Copas de outrora.

domingo, 17 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 8ª Parte.

Ipuã, 2010...

Copa na África do Sul com tudo o que tivemos direito: Vuvuzela, Soweto, Shakira cantando "Waka waka" (aqui), K'naan cantando "Waving Flag (aqui), Larissa Riquelme e o polvo Paul.

E eu, bem eu era Mestrando em Educação: Currículo na PUC/SP, professor, Blogueiro, sem beber por causa de tratamento de saúde e uma estranha consciência de que o mundo ficara pequeno.

E, claro, torcendo para a Seleção perder aquela Copa de maneira vexatória.

Uma escalação sem muito sentido, a não ser o poder dos empresários que cada vez mais se enraizava na CBF: Casa Bandida do Futebol.

Ou o que explicaria a convocação de Kléberson, então no Flamengo, que era reserva no seu time? Por que então não convocar o titular?

O que explica a convocação do Goleio Doni? Expulso de Corinthians e Santos e um belo dia amanheceu na Roma.

E o que explica Kaká, convocado apesar de lesão no quadril e fortes dores que o impedia de render melhor?

Assisti aos jogos em casa mesmo, torcendo contra.

Inclusive no jogo da desclassificação contra a Holanda, eu cochilei em meio ao jogo.

Jogo aliás que fez de Felipe Melo o pior desempenho de um defensor Brasileiro em Copa do Mundo, até o David Luiz em 2014.

Na final não torci para ninguém, pois queria a Espanha no seleto grupo de Campeões Mundiais e não achava justo a Holanda perder sua 3ª final.

De recordações inusitadas, o jogo contra o Chile dia 28/06 que ouvi partes pelo rádio, voltando de São Paulo.

Eu fazia Mestrado na PUC/SP como disse e naquele dia fui à capital apenas para ver uma nota na prova de inglês, que eu fazia para pegar a proficiência exigida no mestrado. Pensei que, se indo mal, poderia chorar para professora uma 2ª chance.

A aula começava 12:00, cheguei 10 min antes e 12:10h já estava liberado.

Eu e a PUC toda, o que achei estranho, pois jogo seria às 14:00h.

Ao chegar no metrô e ver aquilo lotado como se fosse uma sexta feira 6 da tarde véspera de feriado prolongado, entendi que em SP não dá para liberar meia hora antes como em Ipuã, pois assim não conseguiriam chegar nem para os melhores momentos no noticiário da noite.

Ouvi o jogo até acabar a bateria do MP3 e dormi. Acordei com um cara que ao sair gol de Robinho, aumentou o volume do rádio para todos nós ouvirmos.

Fui acordado com isso e não dormi mais.

E a nota no inglês foi 7,99 que a professora arredondou para 8,0 e o faria mesmo se eu não tivesse andando mais de 400 Km para pedir.

sábado, 16 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 7ª Parte.

Ipuã, 2006...

Quase um trintão, Diretor do Departamento de Educação em Ipuã, e desiludido com a Seleção.

Era visível que aquele time sofria com ingerência de patrocinadores de lobbies de empresários.

Notícias sobre o comportamento de atletas me revoltava e eu acabei não torcendo para a Seleção naquela Copa.

Ronaldo fumava charuto e bebia guaraná dizendo aos mais jovens para não se matar tanto, Cafu escalado apenas para bater recordes, Roberto Carlos horroroso, etc... 

Desiludido que estava, não me preocupava em torcer. Cheguei a dispensar funcionários do trabalho no dia de jogos muito antes do horário fixado pelo Prefeito e ficar sozinho no Departamento atendendo ligações e eventuais cidadãos até o jogo começar.

Continuei com o hábito de assistir aos jogos na casa de amigos, inclusive a final onde pude estar em 3 casas diferentes ao longo do jogo, prorrogação e penalidades.

O fuzuê pós jogo acontecia na praça matriz, concentração para as comemorações e, acreditem, mesmo na desclassificação.

Minhas críticas se confirmaram quando da desclassificação para a França (sempre ela) e ao término do jogo, Robinho correu para dar beijo no rosto de Zidane.

Foi demais para mim.

Aquele foi o jogo em que um único jogador conseguiu ser o maior diferencial da partida, com rendimento muito acima de todos os demais, em uma Copa do Mundo.

Zidane naquele dia confirmou o patamar de gênio. Deu chapéu no Ronaldo, deu passes, ajudou no gol, só não fez chover.

De bom naquela Copa, apenas os gols do Ronaldo, se tornando o maior artilheiro de uma Copa do Mundo, até 2014.

Na final eu torci para a França e ela perdeu para a Itália.

Sou pé frio mesmo.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 6ª Parte.

Ipuã, 2002...

Adulto, já formado em História, Vereador, Professor no Ávila, e ainda apaixonado pela Seleção.

Botava é naquele time que começou claudicante nas eliminatórias (que recordo com muita alegria por ser justamente o período de campanha eleitoral em 2000) mas que engrenou na competição.

Seria a redenção de Ronaldo e a coroação do técnico Felipão, que com a família Scolari se tornaria exemplo de treinador moderno e inteligente, até 2014...

Mas naquela época deu certo, embalados pela música do Zeca Pagodinho, "Deixa a vida me levar".

Foi uma Copa diferente, de madrugada (por causa do fuso horário do Japão e Coreia do Sul, locais dos jogos), era difícil assar carne e beber cerveja naqueles horários.

Cada jogo, eu assistia com os amigos na casa de algum deles. Como em 1986 meus pais faziam.

Das lembranças familiares, recordo com saudades de ter ido até Guaíra assistir na casa de um Tio que me convidara, ao jogo Brasil x Inglaterra às 03:30 da matina.

Cochilei parte do jogo, bebi café com leite e vibrei com a vitória brasileira.

A final eu assisti na oficina de radiadores de um amigo, uma turma grande vibrando com as jogadas.

Quando Ronaldo, Fenômeno, fez o 1º eu comentei: "O Brasil volta a marcar um gol em uma final de Copa do Mundo após 32 anos".

Todos pararam para pensar e se tocaram: em 70 o Brasil venceu a Itália na final por 4 x 1, mas em 94 foi 0 x 0 e 98 0 x 3 para a França.

Não tinha como perder.

Ronaldo fez mais um e então comemorei meu 2º Campeonato de Copa do Mundo.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 5ª Parte.

Ipuã, 1998...

Adulto, faculdade, achando que o mundo era pequeno demais para mim, cursando História e querendo mudar a política Ipuanense.

E uma Seleção favoritaça ao caneco.

Muitos jogadores da Copa passada, reforçada por atletas de alto nível sob a liderança no ataque daquele que viria a ser o maior artilheiro das Copas, até 2014.

Ronaldo que não entrou em campo em 94, por teimosia do treinador, foi o grande astro daquela Copa. 

O clima na cidade foi dos mais legais: ruas pintadas, enfeites diversos, bares passando os jogos, e caminhão com som agitando o pós jogo da Seleção.

Novamente a Rider dava show nas propagandas (feitas pela W Brasil), sobretudo com a música "Paris" de Carmem Miranda, usada na Copa da França nos anos 30. (aqui).

E a Globo esbanjava novidades, mostrando a história e a cultura da França nos finais das noites de domingo.

Em uma festa pós jogo em Ipuã, eu inventei de pegar aquele final de rolo de papel higiênico, encher com papel machê e colocar pavio de foguete. Acendia e jogava no meio da aglomeração que, vendo um artefato maciço cilíndrico com pavio, corriam de medo abrindo clarões de gente na multidão.

Naquela Copa eu para provocar os outros, falava que torcia para a Dinamarca. Cheguei a pintar o rosto e fazer um broche de miçanga (moda na época) com as bandeira daquele país.

No jogo Brasil e Dinamarca mantive a mentirinha, e o Brasil passou sem dó.

Assisti à semifinal contra a Holanda em Uberaba/MG (dava sorte assistir semi contra a Holanda em cidades do Triangulo Mineiro).

E a final no antigo Bar do Beto, na orla da lagoa.

Zidane não teve dó e a França venceu com merecida justiça. 

Depois soubemos da convulsão do Ronaldo e tudo mais. Então vieram as especulações de Copa vendida.

Nada disso, perdemos aquela Copa na bola e para um gênio do futebol Mundial.

Foi minha primeira Copa perdida sem chorar.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 4ª Parte.

Ipuã, 1994...

Essa sim foi uma Copa especial.

Eu morava Ribeirão Preto em razão dos estudos, prestava vestibular, queria ser médico e ajudar aos mais necessitados.

Por morar em Ribeirão, assisti a alguns jogos longe de casa, na casa de parentes, uma Copa que não sei porque, sempre tive certeza que venceríamos.

Era um clima gostoso de Copa do Mundo que eu só experimentaria coisa igual em 1998 e depois nunca mais.

Copa nos EUA, propagandas na TV mais dinâmicas e emotivas, a música "Brasil pandeiro" (da propaganda dos chinelos Rider) embalando meu coração. (aqui).

Digo "meu coração" porque foi a música que mais me marcou daquela época, porque a Globo usava como vinheta a música que usa até hoje, porém apenas a melodia: "Brasil Verde e Amarelo". Que na época tinha letra, como você confere aqui.

O Fantástico fazia coberturas ótimas sobre a preparação, o dia a dia e o pós jogo. Fantástico que era o terror de minhas noites de domingo, pois quando cantava a musiquinha de encerramento eu me dava conta que estava em outra cidade, longe da família, ralando para ser alguém na vida.

E tome choro no banheiro. Coisa de menino imaturo, morando pela 1ª vez fora de casa.

Da Copa, lembro dos jogos claramente. Do sufoco, dos gols e do baixinho atrevido que não perdoava dentro da área.

E do técnico mais teimoso da história da Seleção, até 2014.

Das boas lembranças, a semifinal contra a Holanda, que a assisti em Uberlândia/MG onde havia ido prestar vestibular.

Fiquei na casa de um amigo ipuanense que, de férias, emprestou sua república para eu e outros 2 ipuanenses (um já falecido) ficarmos durante os dias de provas.

Um deles levou um amigo de Cuiabá e então seríamos 4 amigos em uma casa durante 5 dias.

Mas outros moradores da república também emprestaram a casa para amigos de outras cidades e, no fim, éramos 11 pessoas (um time completo) dividindo aquele espaço de maneira quase anárquica.

Assistimos à semi final e vibramos muito com o gol do Branco, quem nem assinatura teve na tela da TV (lembra quando o gols eram "assinados"?).

A final eu vi em casa, com um amigo de infância e uma irmã que assou salgadinhos para a gente comer.

Depois, #PartiuComemorar.

Carreta, cerveja, festa, cerveja, atrás de uma caminhonete, cerveja, e fui pular da caçamba caí e ralei todo.

Mas o que importa? O Brasil era campeão.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 3ª Parte.

Ipuã, 1990...

Adolescente, último ano do Ensino Fundamental, já saía à noite com os amigos, olhava para as meninas da mesma idade de maneira diferente, e para o futebol da maneira de sempre: visão Romântica, idealizada.

Éramos embalados por uma vinheta da Globo cujo refrão dizia "Papa essa Brasil" (aqui). Um trocadilho entre a gíria brasileira "papar", que tem sentido de conquistar, vencer, apossar; e o mais alto cargo da Igreja Católica, o Papa, que como se sabe, mora no Vaticano, um "país" dentro da Itália (país sede daquela Copa).

Só entenderia anos mais tarde que a Seleção teria em 1990 sua pior participação, seu pior time e seu pior técnico de todos os tempos em Copas do Mundo, até 2014.

Recordo de assistir aos primeiros jogos na casa de amigos, mas logo fui deixando de lado para assistir em casa mesmo, sozinho.

E assim eu vi a Seleção perder no 4º jogo, logo nas oitavas de final, para a atual Campeã do torneio, a Argentina, que se classificara em 2º lugar de sua chave fazendo assim as oitavas contra o Brasil.

Seria como se nesse ano, a Alemanha ficasse em 2º de seu grupo, fazendo assim um jogo de vida e morte com nossa Seleção logo nas oitavas (toc toc toc).

Lembro que foi um jogo duro, difícil, que a Argentina só conseguiu um gol numa bobeada do meio campo já na etapa final do jogo.

Anos mais tarde soube-se que eles deram água com sonífero para jogadores brasileiros que passaram mal e ficaram sonolentos em campo. Apesar da trapaça, o time nosso era horroroso.

Chorei pela última vez.

Pelo menos a última por causa da Seleção, pelo Corinthians eu ainda choraria por mais algum tempo.

Aliás, aquele ano só não foi perdido futebolisticamente falando, porque o Corinthians foi Campeão Brasileiro pela 1ª vez (e o seria outras 6 depois disso, tornando-se o Maior Campeão Brasileiro com 7 conquistas).

Das lembranças familiares, recordo de uma irmã chorando por causa da derrota e um vizinho tentando explicar para ela o quanto isso era bobeira e ouvindo dela respostas não muito comedidas e não muito educadas.

E também recordo de responder que "sim", quando um primo, muito espirituoso, me perguntou se eu achava que o "Careca deveria entrar", sem entender o trocadilho de cunho sexual envolvendo o apelido do atacante brasileiro naquela Copa.

Esse primo levou uma enorme repreenda do pai que estava presente quando do infame trocadilho.

Da Copa não lembro mais nada, nem assisti a final, vencida pela Alemanha sobre a Argentina, repetindo a final da Copa anterior.

Nesse Dia dos Namorados, uma dose de Anti-Lirismo.

"Ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez" (Raul Seixas)

"Todo grande amor só é bem grande se for triste" (Vinícius de Morais).

"Quando você deixou de me amar aprendi a perdoar e a pedir perdão" (Renato Russo).

"Talvez encontre alguma chance de juntar: você, o amor e eu" (Belchior).

"Sinto dizer que amo mesmo tá ruim pra disfarçar" (Ana Carolina).

"O amor que eu tenho guardado no peito me faz ser alegre, sofrido e carente" (Benito de Paula).

"Chorei, com você em meus passos me pedindo de novo esse amor que não deu" (Neguinho da Beija-Flor).

"Ah coração... esquece esse medo de amar de novo" (Roupa Nova).

"Meu coração tem mania de amor e amor não é fácil de achar" (Paulinho da Viola)

"Se um dia eu chorar, ninguém vai saber porquê. É meu modo de amar, é meu jeito de querer" (Belmonte e Amaraí).

"Não se esqueça que eu te amo e por amor te deixo ir" (Zezé di Camargo).

"O que é o sofrer para mim que estou jurado pra morrer de amor?" (Djavan).

"Esperando o momento de viver novamente o amor que restou em mim" (Toquinho).

"Mas quase também é mais um detalhe. E um grande amor não vai morrer assim" (Rei Roberto I).

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 2ª Parte.

Ipuã, 1986...

As lembranças dessa Copa são mais nítidas que a anterior, evidente.

A vinheta da Globo que embalava nossa torcida era "Mexe coração" (aqui), uma cacofonia para formar a palavra "México", país sede e melhor participação Brasileira em uma Copa do Mundo. Mais nostalgia impossível.

Recordo que meus pais assistiam à cada jogo na casa de algum amigo, sempre acompanhados de cerveja e algum tira gosto.

É minha primeira lembrança de comer amendoim.

Foi também, por consequência, a primeira (e, infelizmente, última) Copa que acompanhei sempre indagando meu pai sobre jogos e jogadores.

São filmes em minha memória:

* Meu pai falando que Platini era melhor que Maradonna (seria meu pai anti argentino?).

* Um amigo da família, que assistíamos aos jogos em sua casa, soltou uma frase no gol do Josimar (2º dele na Copa, havia feito um sem ângulo na 1ª partida da seleção, contra a Polônia) que hoje seria politicamente incorreta:

- Aprendeu fazer gol negão?!

* No momento do gol, eu a filha dele contávamos as estrelas das bandeiras do Brasil para ver se todas tinham a mesma quantidade. E ouvimos dos nossos pais que era óbvio que tinha, pois era um símbolo nacional e não uma imagem que cada um desenha como quer. 

* E claro, recordo da desclassificação na casa de outro amigo. O gol perdido no meio do jogo, os erros nas cobranças, a bola batendo na trave, nas costas do goleiro Carlos e entrando de volta... Novamente meu pai explicando: "A trave é neutra gol legal".

* Recordo ainda de chorar (pela primeira vez) por causa de jogo da Seleção. E de ouvir de meu pai: "Não dá pra chorar por essa Seleção, a de 82 ainda dava, mas nessa o time está mais velho, sabia que não tinha chance".

* E por fim, de uma festa junina no sítio, acho que no dia da desclassificação. Uma festa junina linda, no curral do sítio, com muitos parentes e amigos, algo mesmo para esquecer a tristeza pela perda da Seleção na Copa.

* O mais impressionante desse dia foi uma fogueira feita aproveitando uma velha figueira usada como tal, que ao começar a queimar, seus galhos ganharam a silhueta de um homem de braços abertos. Não demorou para ver semelhança com Jesus pregado na cruz e o terço ser rezado em volta da fogueira/figueira/crucifixo.

Foi a última Copa com meu pai.

XVIII EXPUÃ [Há 10 anos].

10 anos atrás o Blogueiro anunciava em 1ª mão, os shows da Expuã daquele ano: Ultraje a Rigor, Bruno e Marrone, Eduardo Costa, Guilherme e Santiago e João Pedro e Cristiano. E acreditem, tinha gente que reclamava.

Desmentia também os boatos que davam conta de que a festa seria realizada em julho, fora do período eleitoral. O que aliás, entendo ser uma medida correta.

Eu ainda não conhecia Eduardo Costa, que a bem da verdade havia estourado pouco antes e que naquele ano faria um dos melhores shows da história da Expuã.

Não imaginava que Ultraje a Rigor decepcionaria em seu show.

E aquele ano a festa trazia um fato curioso sobre a dupla Bruno e Marrone que, exatos 9 anos depois, pisava em solo santanense. Agora já famosos e conhecidos no Brasil todo.



XVIII EXPUÃ


Não sei de onde saiu a informação de que a Expuã 2008 seria em Julho!

Pois bem, Julho está aí e a XVIII Expuã será, como foi em 99% das suas edições, no começo de Setembro.

Esse ano para, a minha grata surpresa, com Rock dos anos 80; década aliás que tem sido contemplada na mídia com inúmeras apresentações na "linha retrô". Para quem não conhece a banda Ultraje a Rigor, será uma boa oportunidade de conhecer esta banda que ao lado de ícones como Blitz, RPM e outras, imortalizou na década de 80 sucessos que até hoje ecoam na mídia.

E para quem conhece, uma boa dose de saudosismo.

Outro fato peculiar é a apresentação da dupla Bruno e Marrone, no dia 04/09; data coincidentemente simbólica, pois será há exatos 9 anos de sua última apresentação na nossa cidade. Na época, uma dupla com grande expressão regional, sem ter conquistado o mercado nacional (como hoje) e que na época, todos reclamavam que eles vinha aqui todo ano, e após o sucesso país afora, com o encarecimento de seu show e consequentemente, sua ausência em nossa cidade, todos começaram a reclamar porque eles não vinham mais.

Enfim, 9 anos e muita água debaixo da ponte, Bruno e Marrone estarão aqui novamente. Das músicas daquele show (um dos maiores públicos da Expuã ao lado do Charlie Brown Jr) não acredito que repitam alguma, afinal a dupla evoluiu para um estilo mais pop (tendência natural de toda dupla sertaneja de expressão nacional), uma pena.

Ainda teremos Eduardo Costa dia 03/09 e seu repertório animado; Guilherme e Santiago dia 06 e no último dia, João Pedro e Cristiano.

Haja Johnny Walker...

domingo, 10 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 1ª Parte.

Ipuã, 1982.

Corria o ano de 1982.

Muita coisa na minha cabeça: 

1. Eleições para Governador, Deputado, Senador, Prefeito e Vereador (que meu pai foi candidato).
2. Corinthians me encantando por causa de um médico genial e um garotão roqueiro maluco, que pediam Democracia.
3. Primeira vez que eu me recordo de uma Copa do Mundo.

Algumas memórias dessa Copa: 

* Minha primeira (e até recentemente, única) camiseta da Seleção. Uma amarela (óbvio) com propaganda do "Café do Brasil", uma campanha dos cafeicultores para vender no exterior o produto nacional. Curiosidade: Minha 2ª camiseta é réplica daquela e usarei esse ano em todos os 7 jogos da Seleção.

* O fatídico dia da desclassificação, com meu pai assistindo ao jogo em um bar em Orlândia, onde me levara no dia pois eu tratava com fonoaudióloga naquela cidade.

* Um jornalista (não me recordo qual, infelizmente) dando a notícia com lágrimas nos olhos (essa talvez seja a lembrança mais difusa, porque não acho notícia sobre esse fato).

* A música "Voa canarinho" embalando nossos corações**. aqui

Enfim, quis o destino que na minha "primeira Copa",  melhor Seleção desde 70 (senão a de todos os tempos), eu não comemorasse um título.

O que só iria acontecer 12 anos depois.

Mas essa é outra história.

**Atualizado às 18:00h.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Festa Junina Raiz x Festa Junina Nutella.

Festa Junina Raiz: Camisa xadrez sem marca.
Festa Junina Nutella: Camisa da Hollister, Tommy,...

Festa Junina Raiz: Roupas largas e com remendo.
Festa Junina Nutella: Slim fit e impecáveis.

Festa Junina Raiz: Chapéu de palha todo desfiado.
Festa Junina Nutella: Chapéu 20X, Boné John Jonh.

Festa Junina Raiz: Quadrilha com essa música aqui.
Festa Junina Nutella: Anitta, Pablo Vitar, Sertanejo Universitário.

Festa Junina Raiz: Enfeite com bandeirinhas coloridas, balões, etc...
Festa Junina Nutella: Iluminação.

Festa Junina Raiz: Sanfoneiro.
Festa Junina Nutella: DJ.

Festa Junina Raiz: "Óia a cobra", "A ponte caiu", "Cavaleiro cumprimenta a Dama",...
Festa Junina Nutella: "Macarena", "Ai se eu te pego", "Despacito" e "Ragatanga".

Festa Junina Raiz: Correio elegante, entregue por moça bonita com roupa decorada de coração.
Festa Junina Nutella: Whatsapp.

Festa Junina Raiz: Pipoca fria e salgada.
Festa Junina Nutella: Pipoca doce, com leite ninho e, claro, nutella.

Festa Junina Raiz: Leite quente, Quentão (castigado no gengibre),...
Festa Junina Nutella: Smirnoff Ice, Skol Beats Azul ou Vermelha,...

Festa Junina Raiz: Cachaça de alambique.
Festa Junina Nutella: Corote de sabor.

Festa Junina Raiz: Paçoca, Pé de moleque,...
Festa Junina Nutella: Torrone, cookie,...

Festa Junina Raiz: Bolo de fubá.
Festa Junina Nutella: Pavê.

sábado, 2 de junho de 2018

Almanaque CBN: Intervenção Militar.

A Rádio CBN Ribeirão, na esteira de um assunto polêmico e atual, em evidência nas redes sociais, gravou um programa Almanaque especial para debater o tema "Intervenção Militar".

Para debater o assunto, a rádio convidou o Dr Domingos Stocco, Presidente da OAR de Ribeirão Preto; o Major da PM de Ribeirão Preto, e um dos porta vozes da corporação, o Major Marco Aurélio Gritti; e por conta o risco da emissora de rádio, também convidado o Prof Orandes Rocha, tratado como Historiador apesar de, a priori, não o sê-lo necessariamente, de ofício, mas convenientemente.

Foi minha segunda vez participando do Programa na CBN Ribeirão, e espero não ser a última.

Minha contribuição deu-se no sentido de situar os ouvintes sob o ponto de vista histórico, enquanto a parte legal ficou por conta do Presidente da OAB e o aspecto, digamos, operacional institucional do que seria uma intervenção ou coisa que o valha, ficou sensatamente explicada pelo Major, aliás um capítulo a parte na entrevista como vocês poderão conferir logo mais.

Para quem defende Intervenção ou um Regime Militar, vale a pena ouvir e refletir.

No comando do Programa, o Jornalista Marcius Ariel e nos trabalhos técnicos, Maguila.

Seguem algumas fotos e o áudio.





1ª parte do Programa aqui.

2ª parte do Programa aqui.