quinta-feira, 28 de junho de 2018

Expuã 2018 corre risco? Acredito que não.

É comum as empresas solicitarem dos novos contratados, além da documentação pessoal (RG, CPF, Carteira de Trabalho, ...), um exame de saúde.

Trata-se do exame admissional, algo que ateste que o funcionário não tem problemas de saúde que, mais tarde, poderia alegar que os adquiriu no exercício do emprego e assim processar a empresa.

Quando assumi o emprego temporário de Professor de História na Prefeitura Municipal de Ipuã, em 2002, aprovado em processo seletivo (na época realizado todos os anos, antes do ano letivo começar, sem prorrogação e sem esquecimentos da sua data de vencimento) eu tive que realizar um exame desses.

Mas por descuido e naquela correria de professor em começo de carreira acabei deixando o documento médico cair no assoalho do meu carro. Para meu azar, bem do lado do motorista, o que fez com que o documento ficasse um pouco sujo e com um furo.

Apaguei a sujeira com borracha, mas ainda ficou uma parte com marcas visíveis de tênis que não apagava, além do furo no final da folha, esse impossível de ser restaurado.

O negócio era agendar outra consulta, entrar na fila, explicar a situação ao médico e de posse de outro documento, levar até o RH da Prefeitura que nessas alturas já estava me cobrando a entrega do referido documento para efetivar minha contratação.

O que eu fiz?

Procurei o RH e pintei um quadro de horror: disse que havia caído no chão, pisoteado, que estava imundo e com um rasgo enorme, enfim, completamente deteriorado. Pedi mil desculpas e disse que assim que conseguisse consulta novamente eu levaria um papel em melhor estado.

Diante da minha narração, o servidor quis ver como estava o documento e ao ver um atestado sujinho e com um pequeno furo, certamente comparou com a imagem mental que eu induzi na sua cabeça e vendo que não era nada do que ele imaginara, disse algo do tipo:

- Está ótimo, não precisa trazer outro não. Não comprometeu nada que o médico escreveu, está tudo legível e o rasgo não foi sobre algo escrito.

E assim, intuitivamente, concluí o seguinte:

Quando sabemos que algo não está bom, ou não está como as pessoas gostariam que estivessem, uma solução é ampliar drasticamente o defeito, criando nas pessoas uma imagem de caos para que, ao compararem com o real, não o achem tão ruim assim, influenciados que estão pela imagem mental construída previamente.

Isso tudo parta dizer que ainda não acredito que não teremos Expuã em 2018, mas que tudo isso que se falou nesses últimos dias, de que nesse ano a Festa não será realizada para que sejam pagos em dia os salários dos  servidores, ou para pagar precatórios que apareceram, ou ainda, para alguma obra a ser realizada na cidade, são na verdade boatos amigos para que, ao ser realizada a festa de maneira simples, daquelas outrora chamada de "Quermesse", as pessoas possam dizer: "Tá bom demais, não ia nem ter".

Ainda acredito que teremos sim uma Expuã, nada diferente do que houve em anos anteriores, com portões abertos e tudo mais, e que tudo o que se fala é para induzir os ipuanenses ao "caos" que seria passar o mês de setembro sem o evento mais aguardado da cidade.

Se você forçar sua memória, lembrará que tem sido assim há muitos anos, sempre essa mesma conversa, mas ninguém havia te explicado antes o jeitinho de fazer as coisas.

Agora tá explicado.

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