quarta-feira, 13 de junho de 2018

Minha história em Copas do Mundo - 4ª Parte.

Ipuã, 1994...

Essa sim foi uma Copa especial.

Eu morava Ribeirão Preto em razão dos estudos, prestava vestibular, queria ser médico e ajudar aos mais necessitados.

Por morar em Ribeirão, assisti a alguns jogos longe de casa, na casa de parentes, uma Copa que não sei porque, sempre tive certeza que venceríamos.

Era um clima gostoso de Copa do Mundo que eu só experimentaria coisa igual em 1998 e depois nunca mais.

Copa nos EUA, propagandas na TV mais dinâmicas e emotivas, a música "Brasil pandeiro" (da propaganda dos chinelos Rider) embalando meu coração. (aqui).

Digo "meu coração" porque foi a música que mais me marcou daquela época, porque a Globo usava como vinheta a música que usa até hoje, porém apenas a melodia: "Brasil Verde e Amarelo". Que na época tinha letra, como você confere aqui.

O Fantástico fazia coberturas ótimas sobre a preparação, o dia a dia e o pós jogo. Fantástico que era o terror de minhas noites de domingo, pois quando cantava a musiquinha de encerramento eu me dava conta que estava em outra cidade, longe da família, ralando para ser alguém na vida.

E tome choro no banheiro. Coisa de menino imaturo, morando pela 1ª vez fora de casa.

Da Copa, lembro dos jogos claramente. Do sufoco, dos gols e do baixinho atrevido que não perdoava dentro da área.

E do técnico mais teimoso da história da Seleção, até 2014.

Das boas lembranças, a semifinal contra a Holanda, que a assisti em Uberlândia/MG onde havia ido prestar vestibular.

Fiquei na casa de um amigo ipuanense que, de férias, emprestou sua república para eu e outros 2 ipuanenses (um já falecido) ficarmos durante os dias de provas.

Um deles levou um amigo de Cuiabá e então seríamos 4 amigos em uma casa durante 5 dias.

Mas outros moradores da república também emprestaram a casa para amigos de outras cidades e, no fim, éramos 11 pessoas (um time completo) dividindo aquele espaço de maneira quase anárquica.

Assistimos à semi final e vibramos muito com o gol do Branco, quem nem assinatura teve na tela da TV (lembra quando o gols eram "assinados"?).

A final eu vi em casa, com um amigo de infância e uma irmã que assou salgadinhos para a gente comer.

Depois, #PartiuComemorar.

Carreta, cerveja, festa, cerveja, atrás de uma caminhonete, cerveja, e fui pular da caçamba caí e ralei todo.

Mas o que importa? O Brasil era campeão.

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