Ipuã, 2006...
Quase um trintão, Diretor do Departamento de Educação em Ipuã, e desiludido com a Seleção.
Era visível que aquele time sofria com ingerência de patrocinadores de lobbies de empresários.
Notícias sobre o comportamento de atletas me revoltava e eu acabei não torcendo para a Seleção naquela Copa.
Ronaldo fumava charuto e bebia guaraná dizendo aos mais jovens para não se matar tanto, Cafu escalado apenas para bater recordes, Roberto Carlos horroroso, etc...
Desiludido que estava, não me preocupava em torcer. Cheguei a dispensar funcionários do trabalho no dia de jogos muito antes do horário fixado pelo Prefeito e ficar sozinho no Departamento atendendo ligações e eventuais cidadãos até o jogo começar.
Continuei com o hábito de assistir aos jogos na casa de amigos, inclusive a final onde pude estar em 3 casas diferentes ao longo do jogo, prorrogação e penalidades.
O fuzuê pós jogo acontecia na praça matriz, concentração para as comemorações e, acreditem, mesmo na desclassificação.
Minhas críticas se confirmaram quando da desclassificação para a França (sempre ela) e ao término do jogo, Robinho correu para dar beijo no rosto de Zidane.
Foi demais para mim.
Aquele foi o jogo em que um único jogador conseguiu ser o maior diferencial da partida, com rendimento muito acima de todos os demais, em uma Copa do Mundo.
Zidane naquele dia confirmou o patamar de gênio. Deu chapéu no Ronaldo, deu passes, ajudou no gol, só não fez chover.
De bom naquela Copa, apenas os gols do Ronaldo, se tornando o maior artilheiro de uma Copa do Mundo, até 2014.
Na final eu torci para a França e ela perdeu para a Itália.
Sou pé frio mesmo.
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