sexta-feira, 31 de março de 2017

Mais um capítulo do Lar São Vicente de Paulo.

Publicado no Portal Ipuã (disponível aqui), a notícia da condenação em 1ª instância dos administradores do já fechado Lar São Vicente de Paulo é mais um capítulo (não o último), da celeuma envolvendo aquela instituição.

Evidentemente por não conhecer os detalhes jurídicos da ação, me abstenho de qualquer comentário sobre legalidade ou mérito da condenação proferida, tampouco da possível culpa dos réus.

Comento apenas que tal questão foi muito mais o palco de uma disputa velada de poder que necessariamente a preocupação com a manutenção de uma entidade que durante duas décadas serviu ao povo ipuanense.

Uma disputa que se polarizou na figura de dois grupos: os antigos administradores e os interventores.

Os antigos administradores, não cogitavam a hipótese de deixar a administração da entidade; uma espécie de questão de honra, ainda que, ao que parece, tocaram com problemas de natureza financeira e estrutural.

E os interventores, que assumiram após a constatação de que o local era mal gerido e que uma nova - e temporária - administração se fazia necessária para sanar os problemas que levaram à intervenção.

Os antigos administradores, alijados do poder, manusearam o estatuto da Associação mantenedora para assim excluir o Lar do recebimento de recursos públicos municipais.

Os interventores trataram então de alardear o golpe junto a opinião pública, à época sensibilizada com a situação e ainda, e ao mesmo tempo se eximir (antevendo o que aconteceria) da culpa pelo fechamento da entidade; além de aproveitar para tirar algum proveito eleitoral, com a divulgação demagógica de que havia esperança da Prefeitura Municipal assumir a administração do Lar impedindo seu fechamento.

Nesse meio tempo, uma caça às bruxas apontando culpados, acusações, troca de gentilezas nas redes sociais entre as partes e acirramento dos ânimos sobre uma questão que deveria ter sido resolvida com diplomacia e não com ódio.

Resultado da questão: Fechamento definitivo do Lar a banalização da nossa parte com o ocorrido.

segunda-feira, 27 de março de 2017

A melhor pescaria do aniversário de Ipuã de todos os tempos.

Faustão diria (e leia com a voz dele): "Mais do que nunca, a melhor pescaria do aniversário de Ipuã de todos os tempos galera!!! Ô lôco meu!".

Confira as fotos e um vídeo curto e dê sua opinião se foi ou não a de maior sucesso de público e crítica:






Talvez porque tenha sido a primeira e novidade sempre é bem vinda.

Mas a Pescaria de 2006 é fato histórico incontestável, ainda que à época muitos desfaziam do evento. Pelo menos nesse ponto os Quinzócritas foram menos incoerentes que de costume; pois se não participam do evento, pelo menos hoje em dia não o critica mais.

Mas a grande questão é tentar responder: porque o evento está definhando?

Outro evento municipal que - a exemplo do carnaval - precisa urgentemente se reinventar.

domingo, 26 de março de 2017

Os cidadãos têm motivos para comemorar o aniversário de sua cidade?

Aniversário é sempre uma data feliz.

Quando uma cidade completa mais um ano, seus cidadãos devem comemorar a data.

Ainda que por vezes a cidade não tenha muitos motivos para comemorar neste dia 26 de março, data de seu aniversário.

Infelizmente a cidade comemora seu aniversário enfrentando problemas como violência, desemprego e aumento de impostos.

E também ruas esburacadas que prejudicam o trânsito. O próprio Prefeito disse ao tomar posse (aqui) que a cidade estava "suja, feia e cheia de buracos". A população espera que não fique apenas na crítica, mas que soluções sejam apresentadas nestes primeiros 3 meses de Administração.

Tudo isso agravado pelo pouco investimento que a Administração Municipal tem promovido, fazendo o que pode, sempre responsabilizando o Governo Estadual (que não é do mesmo partido que o Prefeito) que achata os cofres municipais.

A população tem motivos para comemorar?

Sempre tem, a festa é do povo e o dia é de esquecer os problemas.

Sinceramente, adoraria que todos os moradores aproveitassem o dia curtindo alguma das inúmeras atrações preparadas para vocês (confira a programação aqui), que conta com apresentações artísticas, esportivas e culturais.

Espero que neste 26 de março o cidadão Portoalegrense possa sair às ruas e comemorar os 245 anos de sua cidade.

Parabéns Porto Alegre.

Parabéns Ipuã: 68 anos de luta e de glória.

Em via de regra, o povo brasileiro não usa o feriado para refletir sobre o que a data significa.

Geralmente feriado é dia de descanso, dia de não fazer nada, dia de viajar.

A reflexão sobre sua simbologia, seu porquê, e a razão de haver uma data em que, livres de fazer qualquer coisa rotineira, deveria ser um momento de refletir sobre a existência de tal dia é cada vez mais rara.

Por que comemorar o aniversário de uma cidade?

Pelo mesmo motivo que comemoramos o nosso, ora bolas!

É mais um ano que nossa cidade completa, dia de pensarmos em como Ipuã chegou até aqui, como aquele povoado na beira do córrego Santana se tornou a cidade que escolhemos para nós.

Dia também de pensar como chegamos até nossa cidade.

Você, morador Ipuanense, escolheu a cidade ou escolheram para você? O que o prende aqui? Já ficou longe? Do que sentiu ou sente saudade de Ipuã?

E você cidadão Ipuanense que mora fora, pensa em voltar? o que sente falta? qual sua lembrança mais viva da cidade?

Dia de não apenas refletirmos sobre "de onde viemos" mas também "para onde vamos": O que nos desgosta em Ipuã? O que mudou para pior? O que poderia mudar para melhorar? O que estamos fazendo para contribuir com nossa cidade?

E para finalizar este texto, mais uma provocação filosófica: Se você pudesse definir Ipuã em uma única palavra, qual palavra seria?

Parabéns Ipuã pelos 68 anos de luta e de glória.

Em tempo: Eu definiria Ipuã com a palavra "Alegria".

sexta-feira, 24 de março de 2017

Dá pra ser feliz de novo?

Março de 2017 e a sensação que tenho é que estou andando em círculos.

Há 7 anos atrás eu inventava de fazer uma Pós Graduação na cidade de São Paulo e, ao mesmo tempo, construía um campo de futebol no sítio.

Passados 7 anos, e muita águia debaixo da ponte do ribeirão, estou de novo cursando um Programa de Pós Graduação, desta vez em Uberaba/MG e, novamente, mexendo no campo de futebol, com a reforma completa do gramado.

No passado, um dos períodos mais felizes da minha vida.

Em todos os sentidos: pessoal, profissional, acadêmico e amoroso.

Será que dá pra repetir e viver coisas felizes novamente  em um novo lugar? como novas pessoas? novos momentos? contextos parecidos?

Boa sexta feira!

domingo, 19 de março de 2017

Reconhecendo firma no cartório.

Em um cartório, em Uberaba, precisei reconhecer firma de uma assinatura minha esta semana.

Tudo correu muito bem até a moça perceber que eu tenho "Júnior" em meu nome, porém assino apenas como "Orandes Rocha".

O diálogo foi mais ou menos assim.

- O Sr tem Júnior no nome.
- Sim!
- Vou ver se tem como reconhecer, pois o Sr não assinou o Júnior.
- É que por ter nome grande, eu encurtei a assinatura, ficando a forma como sou mais conhecido: Orandes Rocha.
- Mas o Sr concorda que assim podem pensar que é seu pai assinando?

Pensei em brincar com a moça, dizendo que meu saudoso pai não assinava mais nada há quase 30 anos, e pensei ainda em estender a brincadeira dizendo que em uma cidade com forte influência espírita talvez isso fosse um problema, mas em Ipuã e região nunca foi.

Apenas expliquei.

- Esta é a forma como eu assino há décadas: RG, CNH, cheques, documentos tudo isso chancelado por firma reconhecida em cartório na minha cidade.

Mas a moça não se deu por vencida:

- É que só pode abreviar os nomes do "meio" nunca o primeiro e o último.

Ainda que eu não estivesse abreviando nada, apenas não usando outras partes do nome (inclusive presentes no documento ora assinado) como assinatura por questões pessoais, expliquei:

- Assinatura é a forma como quero ser reconhecido em documentos oficiais. Será que o João Dóaria assina João Dória Jr? Mário Covas assinava Mário Covas Filho? Será que o Gusttavo Lima assina Nivaldo Lima?

E concluí:

- E se fosse rubrica? Você saberia se faltava o "Júnior" ou qualquer outra parte do nome?

Por fim ela cedeu.

Não sem antes pedir que, no verso do cartão de firma, eu escrevesse meu nome completo.

Coisa que eu não fazia há anos: escrever meu nome completo em letra cursiva. Porque escrevo há mais de 20 anos apenas em letra de forma.

Nem me atrevi a escrever em letra de forma, eu precisava daquela firma reconhecida.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Ainda sobre a manifestação de terça feira.

Ao protestar contra a draconiana Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal, os professores e professoras de Ipuã somaram-se às outras milhões de pessoas país afora que ecoaram seu descontentamento para chegar aos ouvidos dos nossos governantes.

Vozes unidas em torno de um mesmo ideal mostra união dos Brasileiros, não importa se em cidades distantes ou mesmo se manifestações enormes como na Av Paulista, ou mais reduzida, como na nossa querida Ipuã.

O que vale é o registro de que, no dia 15 de março, professores e professoras de uma pequena cidade do interior do Estado de São Paulo uniram-se ao coro dos descontentes e cobraram de seu Governante direto, no caso o Prefeito, que leve aos seus contatos políticos (Deputados) o descontentamento da classe com as medidas propostas.

E é sobre isso que vou dedicar meia dúzia de palavras.

Ainda que veja com excelente olhos a ação dos colegas docentes, lamento o fato de que suas (e por que não dizer, nossas) reclamações com a Reforma da Previdência tal qual proposta, dificilmente serão ouvidas, ponderadas e atendidas pelo Deputado Federal representante do Prefeito.

Isso se as reclamações forem levadas até ele.

E mesmo que sejam levadas, vale lembrar que o Deputado em questão é o Sr Baleia Rossi, líder da Bancada do PMDB (o partido do Presidente) na Câmara Federal e amigo pessoal e afilhado de casamento do Presidente Michel Temer.

Ouso apostar um rim que o Exmo Deputado Baleia Rossi votará a Reforma da Previdência da maneira como o Presidente da República quiser que ela seja aprovada.

Isso é óbvio.

Mas como disse, fica registrada a importante atitude de dezenas de professores da cidade (cidade esta que conferiu ao Deputado 1.518 votos na última eleição) contrários à Reforma.

E que conforme for o resultado da votação da Reforma, convém anotarmos os nomes dos Deputados que apoiaram o Governo ilegítimo e golpista e fazermos justiça com os próprios dedos na urna eletrônica eleitoral.

quinta-feira, 16 de março de 2017

De volta aos bancos escolares.

Um provérbio Chinês diz que "Uma caminhada de 10 mil léguas começa sempre com um primeiro passo", pois bem, não sei exatamente se serão estas léguas todas a caminhada que começo semana que vem, mas o certo é que o 1º passo foi dado hoje, ao me matricular no Programa de Doutorado em Educação da Universidade de Uberaba (Uniube).

Único Programa de Doutorado em Educação no raio de 150Km de Ipuã, um Programa novo (é o seu 2º ano) porém bem conceituado pela CAPES; e o melhor de tudo, bem próximo de casa, coisa que depois dos 40 a gente começa a considerar na hora de escolher onde estudar.

Enfim, mais uma encrenca que arrumei para a minha cabeça. E pensar que há 10 anos atrás eu sequer pensava em fazer Mestrado, quem dirá Doutorado.

Mas já que fiz um, pensei "por que não ir um pouco mais longe e fazer Doutorado?". E foi assim que eu cheguei aqui.

Dos 40 anos de idade, 20 deles foram passados em bancos escolares, e ao término deste Doutorado, terão sido 24 anos como estudante, mais da metade da minha vida.

E por que fazer Doutorado?

Em primeiro lugar para aprofundar em um tema que eu milito há anos, antes mesmo do Mestrado, que é a Educação enquanto Política Pública, e o meio acadêmico com suas discussões, fóruns, palestras, encontros e leituras ainda é o melhor lugar para quem quer conhecer mais este tema.

Segundo lugar, até porque não sou hipócrita, as oportunidades financeiras que um diploma assim pode render, com melhor perspectiva salarial, publicações, possibilidade de concursos, etc.

E por fim, farei este Doutorado para ser melhor.

Melhor que quem?

Melhor que a mim mesmo, meu grande desafio na vida.

Postagem sobre manifestação bate recorde no Blog.

O dia de ontem nem bem anoitecia e a postagem sobre a manifestação dos Professores contra a reforma da Previdência e em favor da Educação Ipuanense já era a mais visualizada na história do Blog.

Superando o texto sobre o aniversário de Ipuã em 2017 e o texto especulando sobre a hipótese do então Vice Prefeito Municipal poder estragar a possibilidade de candidatura única que se vislumbrava em julho do ano passado.

Em 5 anos e meio deste Blog, nunca uma postagem alcançara tamanha visualização em tão pouco tempo.

O Blogueiro não se pauta por audiência, mas não esconde a felicidade do enorme número de visualizações que seus textos têm obtido nos últimos anos.

Um Blog que começou (somado o Blog antigo) há mais de 9 anos, que no começo achava modesto ver textos com algumas dezenas de visualizações e que se dava por satisfeito quando as postagens passaram para a casa das centenas de visualizações, hoje comemora que estas estejam na casa dos milhares.

Fica aqui meu muito obrigado!

 

quarta-feira, 15 de março de 2017

Professores manifestam em Ipuã e dão aula de Democracia.

- Hoje a aula é do que professores?

- DEMOCRACIA!!!!

Com estas palavras de ordem, professores e professoras deram um exemplo na porta da Prefeitura agora de manhã.

Vestidos de preto, organizaram uma manifestação pacífica contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo golpista e ilegítimo do Presidente Michel Temer e também, em favor da Educação Ipuanense, que não vem tendo a devida atenção por parte do poder público Municipal.

Cobram, dentre outras coisas, o Plano de Carreira que eles ajudaram a elaborar e que ainda não foi sequer enviado à Câmara Municipal.

E tinha que ser a categoria dos professores para dar orgulho às pessoas que não aceitam as coisas como elas estão, seja no Plano Federal, Estadual ou Municipal.

Como eu, que sinceramente (e me perdoe os colegas professores)não esperava viver para ver uma manifestação contra uma Administração PMDBista em minha cidade.

Professores que tantas vezes são taxados injustamente de encrenqueiros, quando na verdade são engajados.

Que o exemplo deles, de reivindicar direitos e melhorias na categoria se espalhe para outras áreas da Administração, e que médicos, motoristas, merendeiras, garis e todas as demais categorias que se sentirem prejudicadas em seus direitos, saiam da letargia que se encontram e ganhem as ruas cobrando o Prefeito.

Já passou da hora!

Tempos difíceis, tempos de ódio, tempos de hipocrisia.

Jô Soares foi execrado pela Direita por entrevistar, (veja vocês: entrevistar!!!. Logo ele, o maior entrevistador da TV Brasileira) a então Presidenta Dilma Rousseff.


Até um "Jô Soares morra" foi escrito na rua de sua casa, em um Condomínio em Higienópolis.

Por sinal, o mesmo onde mora Juca Kfouri, também alvo da ira de "corajosos" mascarados que cantavam pneu na porta de sua casa e ao serem enfrentados por ele, que desceu para tirar satisfação, alegaram que faziam por não entender como ele era contra o impeachment.


Chico Buarque pediu que retirassem sua música "Roda Viva", usada como trilha na abertura do programa homônimo da Cultura, porque este programa entrevistou (veja vocês, entrevistou. Logo o Roda Viva, o mais antigo programa de entrevista da TV Brasileira) o recém empossado Presidente, Michel Temer.


Leandro Karnal sofreu com o ódio da Esquerda, que não aceitou uma foto sua em um jantar com o Juiz Sérgio Moro, em encontro promovido por um juiz amigo em comum de ambos.

Como se uma pessoa pública, um Historiador e Professor Universitário, cuja opinião é veiculada diariamente nas redes sociais, no rádio e na TV não pudesse jantar com o Moro.


E antes que me digam que isso é anti ético, pois ele estaria supostamente "contaminando" opiniões futuras, ou a babaquice de que com o jantar ele está mostrando seu posicionamento político reacionário, direitista e coxinha, me respondam: o que diria você que assim argumenta se a foto fosse um jantar do Karnal com, digamos, a ex Presidente Dilma?

Francamente, a polarização está emburrecendo o diálogo.

E quem ganha com isso?

domingo, 12 de março de 2017

Proteste Já, do CQC, já denunciou um Prefeito com ligações com nossa cidade.

Perdoem publicar coisa antiga (4 anos já é quase velharia em se tratando de internet) mas só hoje eu vi este vídeo do quadro "Proteste Já", Programa CQC da Band.

O Prefeito em questão procurado pela reportagem, o Sr Sebastião Biazzo (6 vezes Prefeito de Aguaí/SP), hoje ex prefeito, tem ligações com Ipuã/SP.

Ele é o proprietário do terreno onde se encontra a antiga fábrica de óleo, e de todo aquele prédio velho e inútil (próximo ao Recinto de Festas).

Milionário, não vende, não aluga e não empresta aquela velharia para nada, cuja cidade tem crescido em volta e inevitavelmente aquele amontoado de sucata um dia terá que ser expulso de lá.

Vendo a matéria dá pra saber porque aquela estrutura permanece inalterada, enfeando a nossa cidade.

quinta-feira, 9 de março de 2017

O aniversário de 68 anos de Ipuã "subiu no telhado".

2017 parece ser um ano pouco festivo para o Ipuanense.

O ano de 2017 não foi recebido com a tradicional queima de fogos, até então realizada ininterruptamente nos 11 anos anteriores.

"Estão economizando para o Carnaval", diziam os fiéis eleitores PMDBistas.

Veio o Carnaval e a Administração Municipal não colocou o "bloco na rua".

"Esperem para ver o Aniversário da cidade", novamente a meia dúzia de gato pingado que ainda insiste em tapar o sol com a peneira.

Certamente motivados pelo mesmo boato fajuto que ouvimos nos anos anteriores de que, sem Carnaval, o dinheiro seria usado para trazer o cantor Eduardo Costa no aniversário da cidade ou algum outro mega show similar. 

E mais uma vez nem Carnaval, nem Eduardo Costa.

E pior, ao que parece pelo andar da carruagem, nada este ano.

Nem João Marcos e Matheus (de novo?!), nem show gospel!.

Nem bolo, salgadinho e "refrigereco".

Rumores dão conta de que o 68º aniversário da cidade passará em brancas nuvens. No máximo, uma ou outra atividade esportiva (a chatice do motocross), uma apresentação ou outra e a pescaria, aquela mesma tão desdenhada e hoje a atração principal da Festa.

Mas como ainda faltam pouco mais de duas semanas para o aniversário, os Organizadores podem nos surpreender e presentear os cidadãos com algum bom show.

Mas em se confirmando a falta de atrações, a desculpa agora dos eternos fiéis cegos deverá ser: "Espere para ver a Expuã".

Olha, sinceramente, com tanto dinheiro economizado em outras festas sendo guardado para a Expuã, é de esperar Jorge e Mateus, Henrique e Juliano, Marília Mendonça, ou quem sabe, a promessa antiga do PMDB Ipuanense e seus aliados de trazer Ivete Sangallo.

Quem sabe é este ano que se cumpre?

E não é porque critico que não vou. Caso Sra Sangallo venha mesmo, podem ter certeza que estarei lá no gargarejo pra ver a Veveta fazer o chão Ipuanense tremer.

Mas se nada disso acontecer, que os quinzócritas comecem o mantra: "Espere para ver os 70 anos de Ipuã". Ou então: "Espere a Expuã de 2020" (ano eleitoral).

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia da Mulher.

Todo 8 de março é a mesma coisa.

Homens rendendo elogios às mulheres, falando se sua importância em nossas vidas, reconhecendo a mulher como o sexo forte, defendendo que elas continuem a ocupar seu espaço na sociedade etc e tal.

Tudo lindo, maravilhoso e, diga-se, justíssimo.

Eu próprio já me rasguei de elogios aqui no Blog em ocasiões da comemoração do Dia da Mulher.

Mas me pergunto: e nos outros 354 dias?

* Lembramos que somente em 2006, houve a aprovação de uma Lei efetiva de garanta à proteção da mulher no âmbito doméstico e familiar?

* Lembramos que mulheres trabalham 7,5h a mais que os homens por causa da dupla jornada?

* Lembramos que mulher recebe, em média, um salário 17,9% menor que o de um homem para realizar a mesma função?

* Lembramos que o Brasil ocupa o nº85 no Ranking Mundial da Desigualdade de Gênero?

* Lembramos que ainda hoje, as mulheres são responsabilizadas pela maioria da sociedade quando são violentadas?

* Lembramos que a violência no ano passado atingiu uma em cada 3 mulheres?

O preconceito contra a mulher, à exemplo do preconceito de raça, que se diz que "não existe", ou quando muito, que é "velado", aparece em muitos detalhes:

* Os EUA preferiram escolher para Presidente um destemperado à uma mulher.

* Muita gente dizia torcer pela Hilary Clinton porque "o marido iria estar por trás".

* Ipuã não elege uma Vereadora há 4 eleições. (* Proporcionalmente, Ipuã já elegeu mais Prefeita que Vereadoras).

* Em nossa cidade, havia uma empresa que "coincidentemente" demitia funcionárias pouco tempo após estas se casarem. Certamente antevendo despesas com o direito à licença maternidade, mais propenso às mulheres casadas.

* Mulheres bonitas bem sucedidas não recebem o mesmo tratamento jocoso que homens bonitos bem sucedidos.

Mas não vamos exagerar mulherada feminista:

* Não saia por aí acusando de machismo todo homem que elogia a beleza feminina (muitos antes de nós o fizeram).

* Não se sinta inferiorizada ou ofendida por receber uma boa cantada (ainda pensamos que somos nós quem devemos fazer a corte).

* Não é porque há propagandas exibindo belas mulheres que as mesmas são objetos (é tudo marketing para fisgar nós, pobres homens consumidores de cerveja).

* Não fique p da vida porque todo furacão tem nome de mulher (lembre-se que barcos também são, em sua maioria, denominado com nomes femininos).

No mais, um bom dia das mulheres a todas vocês.

Aqui e aqui, os melhores textos sobre este dia especial já publicados no Blog.

sábado, 4 de março de 2017

Unespianos 20 anos: Uma nota de alegria se cala.

Durante um tempo pensei se deveria deixar esse texto para o final, para o último capítulo desta minissérie.

Talvez não quisesse que algo tão festivo terminasse em tom de tristeza.

Também questionei se deveria escrever sobre este assunto.

Mas algo me diz que não deixa de ser uma homenagem.

E também porque como bem disse o poeta francês:

"Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano".


Então vamos nos permitir sermos tristes só por hoje?



Moisés foi um dos primeiros amigos que fiz na Unesp.

Relembrar histórias vividas com ele e em conjunto com outros tantos amigos daria assunto pra mais de mês.

Por seu temperamento contemporizador e sua serenidade mineira, além da lealdade, tornou-se amigo da sala toda rapidamente.

E parecia que tudo acontecia para reforçar a simpatia dele com a sala.

Salvo engano, Moisés foi o primeiro colega a ser papai durante o curso. Ele nos contou que a namorada, Juliana, engravidara; e para nosso deleite, foi alvo de boas piadas da turma.

E a turma acolheu a boa nova de uma maneira fraternal, ansiosos pela chegada desta criança.

Criança que ele acreditava que seria menino, pois os exames mostravam isso. Ao retornar das férias e ser perguntado sobre como estava o bebê que nascera, ele respondeu:

- Não é bebê, é "bebéia".

E então nos informou o engano do exame e do médico.

Anos mais tarde, já formado, Moisés teria outra "bebéia" e formaria uma linda família.

Família que eu perderia o contato completamente.

A última vez que estive com o Moisés foi em seu casamento, em dezembro de 2001, ocasião em que me convidou para padrinho, o que aceitei com muito orgulho.

O Moisés entrou ao som de uma música italiana enquanto a noiva entrou ao som de "I don't want to miss a thing" da banda Aerosmith, ou coisa que o valha.

A daminha da cerimônia não poderia ser outra que não a pequena Isabela, até então única filhinha do casal. Que com pouco mais de 2 anos, entrou na igreja quebrando o protocolo gritando: "Papai vai casar!".

E de fato, papai casou. E com mamãe, o que foi melhor ainda, para alegria da Isabela.

Terminada a cerimônia, eu iria até uma pequena recepção na casa dos pais da noiva e de lá retornaria para Ipuã, pois ainda que tivesse preparado para pernoitar (levei saco de dormir) optei por voltar naquela noite mesmo.

A última imagem que tenho do Moisés foi me despedindo dele e da esposa nas imediações da igreja enquanto me dirigia ao meu carro.

Olhei pra trás e acenei para eles...

Uma imagem que não me sai da retina.

E então o tempo passou e perdemos contato. Uma única ligação depois do casório, em 2005.

Após novo afastamento, sempre com a desculpa da "vida corrida", o Orkut e o MSN nos aproximou novamente.

Então as conversas ficaram frequentes e sempre tive notícias dele, da esposa e de um mestrado que ele fazia na UFMG.

Até um novo - e definitivo - afastamento, também com a desculpa da "vida corrida", até não mais vê-lo no Orkut.

Sem perceber passaram os anos e quando corria o ano de 2011, vi no perfil da esposa dele umas fotos dele com mensagens tristes, sempre no tempo passado.

Confesso que demorei criar coragem para perguntar e as frases que ela postara em nenhum momento indicavam o que de fato havia acontecido. Apenas revelando uma grande tristeza da Juliana.

Não sei se era uma interpretação errada da minha cabeça, mas as frases bem poderiam servir para um fim de relacionamento. Na minha cabeça eu iria perguntar por ele e a esposa me contaria que haviam se separado.

Como a dúvida não me saía da cabeça, após muito hesitar, mandei um e-mail "despretensioso" para a Juliana dizendo que sentia  saudade etc e tal e perguntando como estavam as coisas.

Ela me respondeu lacônica que as coisas estavam "caminhando como Deus queria", "fazer  que né?", respostas assim.

Não tive outra opção a não ser enviar outro e-mail me desculpando pela insistência e perguntando pelo Moisés.

Li o que não queria ler, o que no fundo eu já sabia mas não queria acreditar.

Moisés havia falecido em um trágico acidente de carro em 2008. Eu não fiquei sabendo do fato como aliás acho que nenhum colega ficou, pois ele era nosso único colega da cidade de Itaú de Minas, quem nos avisaria?

E também perdemos contato, as redes sociais engatinhavam naquela época, não tínhamos o hábito de telefonar ou visitar uns aos outros. E ainda, a "vida corrida" nos dava um habeas corpus que usamos quando queremos mascarar nossas ausências.

Eu poderia ter ligado, e não liguei.

Poderia ter ido visitá-lo como tantas vezes prometi, e não o fiz. E chances não me faltaram.

Mas não fiz nada disso.

Fiz duas coisas após a triste notícia: comecei a avisar o máximo de colegas que eu tinha contato e jurei para mim mesmo que nunca mais deixaria de cumprir uma promessa de visita, ou de deixar de buscar notícias com amigos e amigas distantes.

Aprendi a lição do pior jeito.

Tenho feito o que jurei?

Na medida do possível, afinal tem essa m... de "vida corrida" para hipocritamente eu me justificar.

Gostaria de um dia conseguir uma foto minha com ele naquele casamento.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Unespianos 20 anos: 20 anos esta noite.

03/03/1997.

Parece que foi ontem.

Há 20 anos atrás, na noite de uma segunda feira, estas pessoas se conheciam:

Advaldo
Alessandra
Alexandra
Andrea
Andréia
Angelica,
Antônio
Aurimar
Cleide
Dafne
Daive
Danilo
Diana
Diogo
Donizete
Edmar
Edneia
Eliana
Émerson
Fernando
Fransergio
Gean
Gisele Dourado
Gisele Helena
Jorge
José Raimundo
Juraci
Lea
Leandro
Lucien
Luciene
Lucimara
Luzinete
Maria Augusta
Moisés
Noraldino
Odilon
Orandes
Raimundo
Romida
Rosiléia.
Terezinha
Vanessa

E para nossa felicidade, cada um em uma época, e ao seu jeito, estas outras pessoas somavam à Turma XXXV: 

Alexandra
Aline
Eliana
Fabiana
Josiane
Juliana
Osana
Tariana.
Thaísa.

As time goes by...

quinta-feira, 2 de março de 2017

Unespianos 20 anos: Panelas.

Esqueça questões existenciais do tipo "De onde viemos?" e "Para onde vamos?".

Não tente compreender questões filosóficas e definir o que é epistemologia e o que é ontologia.

Não queira entender cabeça de mulher ou o que faz um Terapeuta Ocupacional.

O grande mistério do Universo é: Como os iguais se atraem no ambiente Universitário.

Por mais que eu tenha tido contato com as turmas antes (XXXIV) e depois (XXXVI) da nossa XXXV Turma de História Noturno, e por mais que também tenha tido, não só eu como quase todos da minha sala, ótimas relações de amizades nessas turmas, não consigo me imaginar em uma delas.

Curioso é que quase prestei vestibular para História em 1995, portanto, se tivesse passado, eu seria uma turma antes da minha. Não dá pra imaginar o curso de História sem muitas das figuraças que formaram comigo.

Como não dá pra imaginar algum deles em outras turmas.

E o mais curioso é como as panelas, inevitáveis, formam-se por afinidade antes mesmo que tal afinidade seja perceptível racionalmente.

No primeiro dia de aula você entra, escolhe um lugar e senta. Então vai conhecendo as pessoas à sua volta, decorando nomes, estabelecendo contatos e quando menos percebe, está formada uma panela cuja aproximação reforça similitudes.

E por "panela", fique bem claro, não é o termo pejorativo, do tipo que se une para promover rivalidade. Até nisso as "panelas" da nossa sala tinham em comum.

Salvo uma ou outra desavença contornável ao longo do curso (eu mesmo tive uma), posso estar muito enganado mas em nenhum momento a sala fragmentou em grupos rivais marcados por sentimentos de ódio ou revanchismo.

Nossas panelas eram só por finidade entre os membros mesmos, sem qualquer traço de sectarismo.

Prova disso que todos alunos que vieram do período diurno para  o noturno sempre foram bem acolhidos por nós. Assim como um ou outro caso de transferência de outra faculdade.

Não vou aqui citar nomes, nem usar o chavão do "poderia ser injusto esquecendo de citar alguém", mas a verdade é que eu certamente esqueceria alguém, ou algum grupo, e seria uma baita injustiça.

Poderia acontecer de algum ex colega se sentir caluniado pela minha classificação arbitrária dele enquanto membro de alguma panela.

Tinha a turma do "Sô Zé". Um grupo de alunos, do qual me incluo, que eventualmente frequentava o saudoso Bar Santa Rita, do saudoso Sô Zé muito mais para bater papo que para beber propriamente. Afinal, éramos estudantes duros naquela época e a cerveja tinha que render.

Havia o grupo intelectual, aqueles que apresentavam sempre seminários impecáveis.

O pessoal do fundão, que contrariando o senso comum, não importunavam a aula.

A turma que se sentava ao lado direito da sala, uns dois grupos, ambos muito unidos e que também apresentavam bons seminários.

Tinha a panela dos Marxistas, como carinhosamente chamavam os colegas militantes engajados da nossa turma.

E, claro, aquela turma formada por alunos que não queriam formar nenhuma panela e sem querer, acabaram se juntando.

No geral, era uma turma de pouca confraternização coletiva.

Tentaram um churrasco em um rancho certa vez, não vingou.

Tentávamos chamar o pessoal pro Bar do Sô Zé, poucos além dos mesmos de sempre, animavam.

Apenas em um churrasco na casa de um colega, no ocaso do curso, conseguimos uma boa adesão.

O próprio encontro de turma tá bem realizado e com tantas participações perdeu o pique do 1º para o 2º. Tanto que nem houve 3º este ano.

Festa mesmo, para todos, somente nas festas Juninas: a 1ª da turma, realizada dentro da Unesp, a 2ª na antiga Praça do Correio e as outras duas, na praça frente ao cemitério.

Seja como for, nestes 4 anos construímos amizades que o tempo e a distância tratou de separar. Mas o o Feicebuqui tem unido.

Espero apenas que não tenhamos que ficar outros 15 anos sem nos ver, para então poder organizar outro belo encontro como o de 2015. 

Encontro, aliás, que me custou uma frente nova para o carro, ao retornar para casa naquele dia. Mas isso é outra história, e eu conto no 3º Encontro no ano que vem.