terça-feira, 30 de abril de 2013

Pra quem ainda não conhece!!!

José Maria Marin, Presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 foi Deputado estadual nos tempos da Ditadura.

Ocasião em que pediu, em discurso na Assembleia, que fossem tomadas providências quando ao jornalista Vladimir Herzog, então na TV Cultura.

"Coincidentemente", o jornalista seria preso, torturado e assassinado (simulando suicídio) tempos depois do famigerado discurso.

Marin, em outro discurso discurso, elogiou Sérgio Paranhos Fleury, Delegado no DOI-Codi e responsável por, entre outras torturas, a do ex marido da Presidenta Dilma Housseff, Carlos Araújo, com quem ela tem uma filha.

Razão pela qual Dilma não recebe Marin no Gabinete da Presidência, nem em qualquer outro local.

Estarão juntos na abertura da Copa das Confederações, logo mais em Junho?

Há quem diga que ela já pediu 100m de distância, no mínimo, no evento.

O currículo recente de Marin inclui um roubo de medalha a ser distribuída entre os jogadores do Corinthians, vencedores da Copa SP de futebol Junior e uma denúncia de ter feito "gato" no apartamento de um vizinho.

É esta gente quem vai ser o anfitriã do evento mais importante do país nos últimos 60 anos.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

De noite eu rondo a cidade...

Faleceu ontem (28/04) o cantor Paulo Vanzolini.

O Blogueiro, desligado nestes dias, soube apenas agora.

Das músicas nostálgicas, que retrata a São Paulo boêmia da metade do século passado, "Ronda" é a que eu mais gosto.

Durante muito tempo, foi a 2ª música que tocava sempre que pegava no velho violão que até hoje me acompanha.

A 1ª música era, e continuará sendo para sempre, "Castigo".

Mas não confundam alhos com bugalhos: apenas "Ronda" é do Vanzolini.

Mais tarde, bem recentemente, por meio da obra do Toquinho, redescobri Paulo Vanzolini.

Foram parceiros em várias composições, a mais famosa "Boca da noite".

Foi Toquinho quem "me contou" que Vanzolini era, além de compositor, o que eu já sabia, médico e zoólogo. O que eu não sabia.

Como não sabia que fez muito mais: Foi um dos idealizadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que todo estudante universitário brasileiro conhece; e Doutor em Zoologia pela Universidade de Harvard, que todo estudante de qualquer modalidade de ensino no mundo conhece.

Entre otras cositas mas no campo do conhecimento científico.

Uma pena que para, xucros como eu, descobrirmos coisas assim sobre nossos artistas, estes tenham que morrer.

Pena maior é ver que tanta gente boa cai no ostracismo e só volta à tona após o último suspiro.

Mas como diz a letra de uma de suas canções:

Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher
Venha lhe dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima

Quase amigo do Dr Osmar de Oliveira.

O Blogueiro, cujo Blog tem 9 fiéis leitores, também é fiel ao Blog de outrem.

Entre eles, Blog do Juca Kfouri e do Dr Osmar de Oliveira.

Participo ativamente do Blog de ambos, por meio de comentários e vez por outra e-mails para estes jornalistas.

Vez por outra também, eles respondem ao Blogueiro.

Principalmente Dr Osmar de Oliveira, cuja recorrente resposta aos meus comentários e vários e-mails trocados nos dá uma proximidade que não sei se ilusória ou real.

Se não posso me dizer amigo, posso ao menos ficar lisongeado pela comunicação frequente entre mim e ele.

Na quarta feira, vendo-o "atacado" em seu Blog por vários comentários de antis querendo denegrir o timão, postei um modesto comentário, devidamente respondido.

Abaixo segue:



Clicando aqui você vê o texto dele e todos os comentários (inclusive o deste Blogueiro)

domingo, 28 de abril de 2013

Nos palanques da vida.

A primeira viagem à capital, em missão oficial do Legislativo, a gente nunca esquece.

Estava em meu primeiro ano de mandato, quando o Presidente da Câmara convidou alguns vereadores para uma visita à Assembleia Legislativa do Estado, onde nos encontraríamos com um Deputado do antigo PPS.

Enquanto aguardávamos o nobre Deputado, que estava em reunião, fomos conhecer a Assembleia.

Ciceroneado por um assessor do Deputado, conhecemos o plenário em plena sessão e fomos recebidos com honras de visitantes ilustres, sentando na bancada de convidados e tendo nossos nomes citados pelo Presidente da Casa e imagem transmitida pela TV Assembleia.

Seguindo no tour,  chegamos a um dos salões, todo ladeado por portas de vidro, onde o assessor nos relatou:

- Aqui neste salão, há uns 3 anos atrás, um grupo de estudantes baderneiros da Unesp, aprontou uma arruaça vergonhosa.

Mas sabia o assessor que eu estudara na Unesp e pior, eu havia participado da tal "arruaça", junto a vários colegas que lá fomos protestar em uma votação sobre verbas para universidades públicas.

Não perdi a oportunidade:

- Eu estava entre eles.

Silêncio constrangedor...

E fomos conhecer outros lugares.

sábado, 27 de abril de 2013

Com o lápis na mão.

Nos tempos de cursinho, meados dos anos 90, o grande barato nas aulas eram os professores "showman".

Aqueles que, para conseguir a atenção do aluno e a fixação da matéria, inventavam de tudo quando era brincadeira em suas aulas para ensinar a matéria.

Músicas, piadas, historinhas, comparações, zoações,... várias ferramentas eram usadas para este fim.

Muitas deles na memória do blogueiro até hoje, com  direito a recordar inclusive, a matéria.

Era uma linha muito tênue entre o humor com propósito didático e uma forçada de barra ridícula. Felizmente, nunca encontrei algum professor que ultrapassasse esta linha.

Penso que o professor que deseja ser "showman" (não gosto do termo, mas não conheço outro melhor para definir) mas não leva jeito, desiste no 1º ano e adota outro estilo didático.

Razão pela qual só os bons sobrevivem.

Tive a felicidade de ter alguns, que de memória (já claudicante) recordo abaixo.

Fernandão - Literatura.
Wallace - Física.
Pardal - História.
Sérgio - Biologia.
Tabaco - Biologia.
Pluto - Física.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dia do Goleiro.

Quando Belchior sacramentou: "Estava mais angustiado, que um goleiro na hora do gol"; certamente não conhecia os goleiros do Timão.

Parabéns a todos aqueles que passam seu tempo defendendo a meta (goal).

Parabéns goleiros do Brasil.


PS: Não deixem de ver a maldade do Raí em cima do Dida no 2° pênaltie defendido.

Vinícius ainda (en)canta.

Como em toda sexta feira, o Blogueiro celebra o fim de semana ao som Dele, do Poetinha Vinícius de Moraes.

Que sua obra continue encantando as gerações vindouras.

Abaixo um naco de biografia, sem as boas histórias é verdade, mas cheia de curiosidades, algumas delas desconhecidas inclusive para mim, que há anos estudo o Vininha.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Podem me chamar de doido.

O Barcelona, no jogo de volta, devolve o placar sofrido contra o Bayer.

Vencerá o jogo por 4 x 0, com 2 ou 3 gols Dele.

A decisão então irá para os pênaltis, cujo resultado é imprevisível.

E lamentável que depois de uma virada épica, o Barça caia na loteria das cobranças de penalidades.

Mas futebol tem dessas coisas...

Já o Real Madrid, não tenho dúvidas: vence o Borússia pelo placar de 3 x 0 e se classifica para a final da Champions.

Pode ser que o mundo assista - assombrado - a uma final espanhola, depois da imprensa esportiva mundial ter dado como morto os times espanhóis.

Podem chamar o blogueiro de doido, desde que o chamem de "profeta" na semana que vem.

Ou não.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

100 dias de Governo (Republicado para bons entendedores).

Segue abaixo uma republicação (com alguns negritos a mais que a original) sobre o que eu penso a respeito da atual Administração Municipal, que se inicia.

E que os mais desavisados saibam que eu escrevo apenas o que eu penso. E principalmente, que assino o que escrevo.

Para bom entendedor, um pingo é letra. 

***

Se você acessou este blog na esperança de ler alguma crítica aos 100 dias da atual administração municipal, melhor mudar de endereço.

Somente uma pessoa politicamente irresponsável, ou de má fé, para avaliar uma administração que sequer completou 10% do mandato. 

É cedo para criticar, na mesma proporção que para elogiar.

Verdade é que o Prefeito Nenê Barriga ainda não teve tempo sequer de imprimir na administração municipal a sua “marca”, ou o seu “jeito”, ou sua “cara”, se preferirem.

Algumas coisas ele tem feito diferente da administração antecessora, outras tantas ele tem seguido o mesmo modelo, seja por não ter como fazer diferente, seja por concordar com a maneira como era feita.

Mas nem todo mundo pensa igual a mim, e tem o direito de pensar diferente.

Tenho ouvido inúmeras reclamações por parte de alguns mucipes.

Basicamente na saúde, que sempre é alvo da reclamação da população dada à complexidade de assuntos que lhe são inerentes e a urgência com que os mesmos têm de ser resolvidos.

É algo que sempre haverá reclamações.

O diabo é que em época de campanha, vende-se a ideia de que tudo o que não está a contento não tem justificativa, pois saúde é urgente e que tudo será diferente em caso de vitória da oposição.

Passado então o pleito e a posse, a pedra vira vidraça e a vidraça vira pedra.

O que mais tem sido comentado entre alguns correligionários da atual administração, refere-se à escolha do “secretariado”. Reclamam que foram escolhidas pessoas do partido adversário e pessoas de pouca confiança.

Refuto veementemente a primeira afirmação, não a segunda.

Todos os diretores de departamento - repito - todos, foram correligionários do atual Prefeito e empenharam-se na eleição dele.

Se num passado não muito distante eles foram oposição, o passado recente é bem diferente.

Quanto à confiança, quero dizer que também não são da minha confiança. Eu também, Prefeito fosse, jamais colocaria estas pessoas nos cargos que ocupam. Não só estes mais citados, mas muitos outros que quase não se fala sobre eles (Jurídico, Compras, RH,...).

Mas que fique bem claro: por razões unicamente minhas, pessoais.

Mas o Prefeito "chama-se" Nenê Barriga e, embora seja direito dos correligionários reclamar dos nomes por ele escolhidos, a verdade verdadeira é ele quem escolhe as pessoas da confiança dele, para governar a cidade com ele (desculpem a redundância).

Mas esta reclamação me leva ao seguinte questionamento: Alguém imaginava que seriam outras pessoas a ocupar as pastas de Negócios de Governo (Gabinete), Educação, Esporte e Infraestrutura (Almoxarifado)?

Imaginar que depois de tudo o que fizeram e se empenharam na eleição do atual Prefeito, os diretores das referidas pastas, não fariam parte do governo é, no mínimo, uma ingenuidade política sem tamanho.

Há também quem esteja reclamando que até agora ainda não foi contemplado com nenhum emprego, ou que o emprego conseguido não corresponde ao esperado.

É outra ingenuidade esperar que numa Prefeitura onde os cargos de confiança são algo em torno de 50 cargos, muitos deles exigindo diplomação acadêmica específica e com tantas pessoas querendo ser convidadas, que todos os que esperam por um cargo sejam contemplados.

E finalmente, outra reclamação que tenho ouvido diz respeito a pouca (ou nenhuma) participação do Vice Prefeito Municipal nos desígnios da coisa pública ipuanense.

Primeiramente há um equívoco aí.

Vice Prefeito não governa. Vice Prefeito não tem projeto, proposta, Plano de Governo, nada disso. Apesar da campanha eleitoral (de ambos os candidatos) ter mostrado algo bem diferente.

No meu entendimento, e parece que do entendimento político em geral, o Vice Prefeito, quando não ocupante de Secretaria ou Departamento, deve atuar na coordenação política e nas bases eleitorais.

E se o Prefeito quiser, como seu conselheiro. Nada mais que isso.

No que concluo, para não ficar em cima do muro, que: seja na escolha do seu secretariado, seja na condução da administração pública e seja na participação do Vice Prefeito, o Governo Nenê Barriga chega aos 100 dias marcado pela coerência.

E como disse, ainda não é o momento pra dar notas ou conceitos. Uma avaliação mais precisa da atual Administração Municipal só poderá ser feita (e a farei, certamente) ao final deste ano.

Antes disso, é temerário qualquer opinião mais acurada.

O que não impede o cidadão de reclamar melhorias, os correligionários de cobrar benesses, o Vice de cobrar participação e o Blogueiro de escrever meia dúzia de baboseiras, como nas linhas acima.

terça-feira, 23 de abril de 2013

O fim do 23!!!

Prezado leitor, prezada leitora.

Venho por meio deste texto informar: o PPS (Partido Popular Socialista), n° 23, partido do qual fui filiado entre os anos de 2003 e 2006, acabou, não existe mais.

Na verdade fundiu-se ao PMN (partido da Mobilização Nacional) e transformou-se no MD (Movimento Democrático).

Tirante o n° que mudou para 33, tudo continua na mesma: mesmos filiados, mesmas lideranças, Itamar Romualdo como cacique mor,...

Ficará apenas a saudade do Blogueiro, de sua participação em duas vitoriosas eleições cujo n° em questão fez cabeça - e os corações - dos Ipuanenses.

O título deste texto foi só para informar um fato curioso, já que se trata de uma forte legenda da cidade e aproveitar para, de maneira sensacionalista, aumentar o número de visitantes no Blog.

Coisa de egocêntrico narcisista.

Atualizado às 13:50:

Já é o texto do Blog mais lido no mês de abril, ultrapassando o texto divulgação da petição contra a Monsanto.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Se conseguir, não ria.

O vídeo é antigo, o Blogueiro sabe.

A chance de que algum (ou de todos) dos meus 9 fiéis seguidores já tê-lo assistido é grande.

Mas o Blogueiro só viu o vídeo abaixo neste fim de semana.

E riu sem parar em todas as mais de 10 vezes a que assisti.

Razão pela qual segue postado aqui, afinal alegria tem de ser compartilhada.

Boa risada!

domingo, 21 de abril de 2013

Resumo do mensalão, de acordo com o STF.

A organização e o controle das atividades criminosas foram exercidos pelo então Ministro-Chefe da Casa Civil, responsável pela articulação política e pelas relações do Governo com os parlamentares.
Resumo do acórdão do julgamento do mensalão.

Nos palanques da vida.

Quando assumimos a Administração Municipal em 2005 começamos, gradativamente, alterar a estrutura de transporte universitário que a administração anterior utilizava-se.

Adquirimos novos veículos, de cara 1 ônibus e 1 micro ônibus, criamos uma ou outra linha e adotamos o sistema de carteirinhas, uma ideia que não sei porque nunca havia sido pensada antes, que além de organizar os alunos, contribuía em muito para o recebimento das mensalidades.

E no ano de 2007, após "descobrir" que a cobrança da mensalidade do transporte não possuía base legal, criamos a lei que instituía a cobrança pelo transporte universitário e optamos por reduzir o preço em mais da metade.

Naquele ano, o valor cobrado, independentemente da cidade para onde o aluno viajava, era superior a R$60,00. Salvo engano, algo em torno de R$67,00.

Foi então que, em reunião com o Prefeito, tive a ideia de, já que vamos instituir uma Lei criando a cobrança, podemos reajustar o preço para baixo sem ferir qualquer legislação tributária, afinal oficialmente a cobrança começava daquele momento em diante.

Fixamos em R$30,00 a cobrança para todas as linhas.

Contra a minha vontade, pois eu gostaria que fossem cobrados valores diferentes para linhas diferentes.

Não achava justo que um ônibus lotado de estudantes pagasse o mesmo valor que uma Kombi com 7 alunos para Ribeirão Preto, por exemplo.

Cada linha tem um custo, e deveria haver uma diferenciação na cobrança.

Argumentei com o Prefeito mas no final prevaleceu (e não tinha como ser diferente) a vontade dele, de instituir um valor (simbólico, convenhamos) para todas as linhas.

Valor este que dura até os dias atuais.

sábado, 20 de abril de 2013

Com o giz na mão.

Sabe-se lá por quais motivos, eu gostava dela.

A profª chama-se Íside (acho que a grafia era assim), e lecionava Ciências.

Fui seu aluno na 5ª e 7ª série.

Professora "linha dura", séria, conhecedora da matéria e dona de uma explicação de fácil compreensão.

Geralmente nos simpatizamos mais com professores brincalhões e ela era realmente séria. Não era mal educada, longe disso.

Mas o sentimento de aluno tem razões que a própria razão desconhece.

Eu me dava bem na disciplina dela, tirava notas razoáveis algumas vezes, boas em outras, mas nunca fui mau aluno em ciências.

Aliás, boa parte dos alunos da minha geração aprendeu (e muito bem, diga-se de passagem) ciências graças a esta professora.

E não dá pra não esquecer uma prova dela que fiz, na semana após o falecimento de meu pai em que a nota (A) foi motivo de um longo e comovente discurso dela que recordo até hoje.

Discurso este que está transcrito (ao menos o que a memória me permite recordar) nas páginas do livro que eu insisto em não terminar.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Petição contra a empresa Monsanto é criada na internet.

Assine você também a petição contra as práticas draconianas da Monsanto.

Basta clicar aqui.

Abaixo, o texto/motivo do(s) criador(es) da petição on line que argumenta para que nos mobilizemos rumo aos 2 milhões de assinaturas que, espera-se, mudanças sejam tomadas.

O texto não é do blogueiro, mas assina embaixo (aliás, como já assinou a petição).



É inacreditável, mas a Monsanto e outras empresas deram as caras novamente. Essas empresas de biotecnologia sedentas por lucro encontraram uma maneira de ter controle exclusivo sobre as sementes da vida, a fonte dos nossos alimentos. Eles estão tentando adquirir patentes sobre as variações dos vegetais e frutas usados em nosso dia-a-dia, como pepinos, brócolis e melões, praticamente forçando os produtores a indenizá-los por essas sementes e ameaçando-os de processos se assim não o fizerem.

Mas podemos impedí-los de comprar a nossa Mãe Terra. Empresas como Monsanto descobriram falhas na legislação Europeia para terem direito exclusivo sobre sementes convencionais, portanto precisamos fechar esses buracos antes que isso se torne um precedente global. E, para isso, precisamos que países como Alemanha, França e Holanda -- onde a oposição está ganhando corpo -- peçam uma votação para acabar com os planos da Monsanto. A comunidade da Avaaz já mudou o curso de decisões de governos antes, e podemos fazer isto novamente.
Muitos fazendeiros e políticos já são contra -- só precisamos agora adicionar um pouco do poder popular para colocar pressão nestes países e manter as mãos da Monsanto longe da nossa comida. Assine agora e compartilhe com todos para assim criarmos o maior protesto em defesa dos alimentos que já existiu.

Uma breve aula da história econômica recente do país.

Josias de Souza é um dos mais respeitados jornalistas políticos do país.

Atualmente atuando em seu blog (um dos mais acessados do país), ele levou à web um vídeo sobre o tema inflação.

Uma linha do tempo da economia brasileira, com a inflação por fio condutor, que explica, muito bem, os avanços (e retrocessos) da nossa política econômica nas últimas 3 décadas.

Vale a pena assistir, é uma aula sobre a história econômica recente em nosso país.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Apelidos.

Até pelo fato de me chamar Orandes, nunca tive apelido.

O nome diferente, quase único (já encontrei 2 ou 3 por aí), já era o bastante para identificar-me.

Embora ainda haja quem pergunte "Qual Orandes?", quando meu nome surge na conversa. Uma pergunta cuja obviedade da resposta acaba sendo mal educada: "O único Orandes que tem na cidade".

Se bem que nem sempre fui o único.

Herdei este nome de meu pai, que complementou com "Júnior".

E os poucos apelidos que tive na infância, derivaram justamente do Júnior.

Formas carinhosas e constrangedoras que amigos e parentes utilizavam para referir-se a mim: Junim, Juninho, Ju, Juti,...

Na adolescência, fazendo cursinho, em razão do parentesco com um professor da escola, deram-me o apelido do diminutivo do referido professor.

Fui chamado, ao menos na escola, de Zubrinha, ao longo de todo o ano de 1994.

Depois de muito tempo sem apelido, veio o 1° sobrinho que eu tentei insistentemente apelidar de "Tatá", devido à sílaba "Tá" no seu nome, Itamar Jr.

Além do apelido não pegar, voltou-se contra mim e até hoje sou chamado por ele (e alguns amigos abelhudos) de "Tio Tatá".

Em nome da perpetuação do apelido tão especificamente familiar, a 1ª sobrinha já na mais tenra idade (quase 3 anos) me chama carinhosamente de Tio Tatá.

Já aceitei o apelido, mas apenas no âmbito familiar, não espere que eu o responda na rua em caso de assim ser chamado.

Nem que algum eventual santinho eleitoral contenha, além da foto e número, o nome do candidato como "Tio Tatá".

terça-feira, 16 de abril de 2013

As cores de abril.

"As cores de Abril" (Toquinho e Vinícius de Moraes).

As cores de abril
Os ares de anil
O mundo se abriu em flor
E pássaros mil
Nas flores de abril
Voando e fazendo amor

O canto gentil
De quem bem te viu
Num pranto desolador
Não chora, me ouviu
Que as cores de abril
Não querem saber de dor

Olha quanta beleza
Tudo é pura visão
E a natureza transforma a vida em canção

Sou eu, o poeta, quem diz
Vai e canta, meu irmão
Ser feliz é viver morto de paixão

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Apenas extraoficialmente.

Pensei muito antes de abordar o polêmico assunto da saída de um médico, há mais de 10 anos radicado em nossa cidade, que após alguns anos de ausência retornou recentemente ao quadro municipal.

Por motivos óbvios.


Limitarei, no entanto, apenas a indagar sobre a saída da do referido médico, que a bem da verdade, dispõe de grande prestígio junto a uma significativa parcela da população ipuanense.

Quais foram os reais motivos de sua saída?


O que aconteceu entre a declaração de retorno no horário eleitoral durante a campanha e a sua saída definitiva esta semana?


Houve algum acordo antes da eleição para seu retorno? Se houve, quais as bases? E principalmente: quem lhe propôs?

Questão salarial? Hierarquia? Fogo amigo? Descumprimento de algo acordado?

Perguntas que não tenho a resposta e nem a quem perguntar.

E enquanto nada disso for satisfatoriamente divulgado à população, o que vemos é um embate de opiniões entre os defensores e opositores da permanência do referido médico. Uma briga de versões, extra oficiais, nada mais que isso.

Confesso apenas uma suspeita: a de que o Prefeito não tem toda esta culpa que estão lhe atribuindo.

Acho que ele está pagando - e caro -  por algo que ele não deve.


Mas enquanto fica o dito pelo não dito, fico apenas no "achismo", viciado logicamente como disse no começo do texto.

domingo, 14 de abril de 2013

Nos palanques da vida.

Tenho visto alguns correligionários insatisfeitos com a atual administração municipal e com ela rompendo os vínculos políticos.

Evidente que é um direito do cidadão, mas sempre questiono: não está meio cedo para romper com um Governo que mal começou?

Penso que sim. Para os correligionários e principalmente, para as lideranças políticas.

Pular fora de um barco que mal chegou em alto mar é precoce, precipitado e por vezes, oportunista (haja visto que aqueles que esperavam alguma benesse que não veio, não admite o real motivo da mudança de opinião).

Recordo que eu mesmo passei por isso em 2001.

Ao ver que o Governo que havia ajudado eleger-se não estava a contento, esperei pouco mais de 1 ano para romper com ele e nunca mais me unir novamente.

É muito prático pular fora quando o governo está em baixa e depois unir novamente em caso de melhora na popularidade.

Dei todas as chances para que me provassem que aquele governo era, de fato, diferente do antecessor e que colocaria nossa cidade no rumo do progresso, tão divulgado ao longo da campanha.

Passado 1 ano e vendo os mesmos bons e velhos vícios que eu (e eles) tanto criticavam, não me restou outra alternativa a não ser me tornar oposição.

Mas oposição mesmo, rompendo todo e qualquer laço que me prendia à situação.

sábado, 13 de abril de 2013

"Canteiros" de polêmicas.

Canteiros é uma das mais belas letras do cancioneiro popular brasileiro.

De autoria do cantor cearense Fagner, a canção estourou na sua estreia e desde então tem sido cantada e recantada por artistas de igual talento.

Eis que mal chegou às rádios e a autoria da letra foi questionada, na justiça inclusive, pelos descendentes da Poeta (ou Poetisa) Cecília Meireles, que alegavam que alguns versos da letra haviam sido copiados do poema "Marcha", da escritora.

O processo se arrastou por mais de 20 anos e envolveu não apenas o cantor, mas a gravadora e só terminou com um acordo indenizatório da gravadora às filhas da escritora e a permissão da regravação da canção no ano seguinte, como explica o próprio Fagner em seu site (clique aqui).

Segue abaixo o poema "Marcha" (com destaque para o trecho que tanta discórdia gerou) e a letra da bela canção, "Canteiros".

E mais abaixo, a canção.

Que como obra prima artística da MPB que é, sobreviveu (felizmente) às celeumas éticas, às discussões autorais e principalmente, às demandas judiciais.

Marcha (Cecília Meireles)
As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.


Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebraram as formas do sono
com a ideia do movimento.


Vamos a passo e de longe;
entre nos dois anda o mundo,
com alguns vivos pela tona,
com alguns mortos pelo fundo.


As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.

Por mais que alargue as pupilas,
mais minha duvida aumento.


Também não pretendo nada
senão ir andando a toa,
como um numero que se arma
e em seguida se esboroa,


- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.


Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.


Mesmo assim amarga,
é tudo que tenho,
entre o sol e o vento:
meu vestido, minha musica,
meu sonho, meu alimento.


Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudades;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.


Soltam-se os meus dedos tristes,
dos sonhos claros que invento.

Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.

Como tudo sempre acaba,
Oxalá seja bem cedo!

A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.


O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento…

Não há lagrima nem grito:
apenas consentimento.


Canteiros (Fagner)
Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento


Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um toco sozinho...
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.



(Fagner, baseado no poema "Marcha" de Cecília Meirelles Músicas incidentais: Na hora do almoço (Belchior), Águas de Março (Antonio C. Jobim).



Com o giz na mão.

"Seu Luís" já era lenda aqui na cidade no meu tempo de estudante.

Professor de História, poliglota (uma meia dúzia de idiomas), poli diplomado (outra meia dúzia de títulos), experiência de vida fora do país (meia dúzia de países) e detentor de uma sabedoria que só não é maior que a sua modéstia.

E eu já estava no ensino médio e nunca tivera aula com ele.

Até que em 1992, voltando de uma passagem ruim em uma escola de outra cidade (naquela época ninguém falava em bullying mas era o que acontecia comigo), finalmente tive o prazer de ser aluno dele.

Sem querer, acabei entrando no seu método socrático de ensino/aprendizagem e tinha ótimos embates com ele dentro de sala de aula.

A forma como ele me conduzia meu raciocínio sobre determinado assunto fazendo com que eu próprio chegasse a uma conclusão, foi umas das maneiras mais interessantes que já vi de aprender História.

Ficou além do respeito mútuo, uma amizade.

Amizade de pouco contato é verdade, pois o estilo de vida recluso do Seu Luís só permitia contato nos raros e casuais encontros em supermercado, correio ou banco.

Mas a amizade existia.

Tanto que foi uma das primeiras pessoas que informei quando entrei na faculdade de História.

E anos mais tarde, tive a oportunidade de lecionar com ele em uma escola particular, aqui em Ipuã, ocasião em que o contato não só ficou mais frequente como tive a oportunidade de, a pedido da escola, editar um vídeo homenagem dos alunos para ele.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Leniência coletiva.

Aviso aos navegantes: Ler este texto com um sorriso no canto da boca.

Tenho dito em outros textos que a atual Adminsitração Municipal usufrui de um “habeas corpus” popular. Uma espécie de salvo conduto, ainda sem data para expirar, que lhe permite fazer o que quiser, da maneira que melhor lhe convier sem que qualquer cidadão - sobretudo os que outrora reclamavam - reclame.

Nada do que era alvo de reclamações, queixas, deboches, e das mais acaloradas discussões têm tido o mesmo tratamento neste limiar de nova administração, ainda que ocorram da mesma maneira.

Em outros tempos:

* Não ter carnaval gerava discursos filosóficos marxistas sobre a exclusão dos mais humildes da maior festa popular brasileira.
* Ausência do Baile de Gala era o assassinato de uma “tradição”.
* Ter uma única marca de cerveja, a preço maior que o cobrado no varejo, atiçava a fúria dos patrulheiros das redes sociais.
* Juliano César e Matogrosso e Mathias eram considerados cantores ruins.
* O lago do Ipuã Country Club, por ser uma propriedade particular, não poderia receber investimentos públicos como a soltura de peixes.
* Criar cargos de confiança era cabide de emprego.
* Os R$318,00 “tirados” dos salários faziam falta aos servidores.
* Empresas de outras cidades vencendo licitações na cidade era motivo de revolta, pois desaquecia a economia local.

Enfim, a política ipuanense vive hoje um período de leniência coletiva sem precedentes na história desta cidade.

Por isso, seguem abaixo algumas medidas para aumentar a arrecadação da cidade que, se a Administração Municipal quiser, pode adotar, pois ninguém irá reclamar mesmo:

* Aumentar o IPTU além da inflação.
* Criar Zona Azul nas ruas do centro da cidade.
* Emplacar bicicletas e cobrar imposto.
* Realizar uma Expuã modesta a preços populares.
* Realizar uma Expuã chique cobrando preços exorbitantes.
* Multar residências em que for encontrado criadouro de larvas do mosquito da dengue.
* Criar a taxa do lixo urbano.
* Criar a sobretaxa pelo uso excessivo de água.

Renato Russo sentenciou em uma letra: "O futuro não é mais como era antigamente".

Vivo estivesse, talvez dissesse: O presente também não!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Começou a me incomodar.

Quando o Pastor e Deputado Marco Feliciano disse que a Xuxa tinha pacto com o satanás.

Não dei bola.

Depois ele ofendeu a memória dos Mamonas Assassinas, dizendo que um anjo mudou a trajetória do avião para puni-los pelas palavras obscenas que colocavam nas bocas das crianças.

Não me importei.

Continuou nesta seara dizendo que John Lennon foi punido por Deus por suas declarações.

Continuei sem me importar.

A penúltima dele, foi um ataque ao Caetano Veloso.

Agora ficou sério!!!!

Ele que não se meta com Belchior, Tom Jobim, Vinícius e Toquinho; porque aí levarei para o lado pessoal.

Vale a pena assistir como se assistisse a um filme trash B americano.


100 dias de Governo.

Se você acessou este blog na esperança de ler alguma crítica aos 100 dias da atual administração municipal, melhor mudar de endereço.

Somente uma pessoa politicamente irresponsável, ou de má fé, para avaliar uma administração que sequer completou 10% do mandato.

É cedo para criticar, na mesma proporção que para elogiar.

Verdade é que o Prefeito Nenê Barriga ainda não teve tempo sequer de imprimir na administração municipal a sua “marca”, ou o seu “jeito”, ou sua “cara”, se preferirem.

Algumas coisas ele tem feito diferente da administração antecessora, outras tantas ele tem seguido o mesmo modelo, seja por não ter como fazer diferente, seja por concordar com a maneira como era feita.

Mas nem todo mundo pensa igual a mim, e tem o direito de pensar diferente.

Tenho ouvido inúmeras reclamações por parte de alguns mucipes.

Basicamente na saúde, que sempre é alvo da reclamação da população dada à complexidade de assuntos que lhe são inerentes e a urgência com que os mesmos têm de ser resolvidos.

É algo que sempre haverá reclamações.

O diabo é que em época de campanha, vende-se a ideia de que tudo o que não está a contento não tem justificativa, pois saúde é urgente e que tudo será diferente em caso de vitória da oposição.

Passado então o pleito e a posse, a pedra vira vidraça e a vidraça vira pedra.

O que mais tem sido comentado entre alguns correligionários da atual administração, refere-se à escolha do “secretariado”. Reclamam que foram escolhidas pessoas do partido adversário e pessoas de pouca confiança.

Refuto veementemente a primeira afirmação, não a segunda.

Todos os diretores de departamento - repito - todos, foram correligionários do atual Prefeito e empenharam-se na eleição dele.

Se num passado não muito distante eles foram oposição, o passado recente é bem diferente.

Quanto à confiança, quero dizer que também não são da minha confiança. Eu também, Prefeito fosse, jamais colocaria estas pessoas nos cargos que ocupam. Não só estes mais citados, mas muitos outros que quase não se fala sobre eles (Jurídico, Compras, RH,...).

Mas que fique bem claro: por razões unicamente minhas, pessoais.

Mas o Prefeito "chama-se" Nenê Barriga e, embora seja direito dos correligionários reclamar dos nomes por ele escolhidos, a verdade verdadeira é ele quem escolhe as pessoas da confiança dele, para governar a cidade com ele (desculpem a redundância).

Mas esta reclamação me leva ao seguinte questionamento: Alguém imaginava que seriam outras pessoas a ocupar as pastas de Negócios de Governo (Gabinete), Educação, Esporte e Infraestrutura (Almoxarifado)?

Imaginar que depois de tudo o que fizeram e se empenharam na eleição do atual Prefeito, os diretores das referidas pastas, não fariam parte do governo é, no mínimo, uma ingenuidade política sem tamanho.

Há também quem esteja reclamando que até agora ainda não foi contemplado com nenhum emprego, ou que o emprego conseguido não corresponde ao esperado.

É outra ingenuidade esperar que numa Prefeitura onde os cargos de confiança são algo em torno de 50 cargos, muitos deles exigindo diplomação acadêmica específica e com tantas pessoas querendo ser convidadas, que todos os que esperam por um cargo sejam contemplados.

E finalmente, outra reclamação que tenho ouvido diz respeito a pouca (ou nenhuma) participação do Vice Prefeito Municipal nos desígnios da coisa pública ipuanense.

Primeiramente há um equívoco aí.

Vice Prefeito não governa. Vice Prefeito não tem projeto, proposta, Plano de Governo, nada disso. Apesar da campanha eleitoral (de ambos os candidatos) ter mostrado algo bem diferente.

No meu entendimento, e parece que do entendimento político em geral, o Vice Prefeito, quando não ocupante de Secretaria ou Departamento, deve atuar na coordenação política e nas bases eleitorais.

E se o Prefeito quiser, como seu conselheiro. Nada mais que isso.

No que concluo, para não ficar em cima do muro, que: seja na escolha do seu secretariado, seja na condução da administração pública e seja na participação do Vice Prefeito, o Governo Nenê Barriga chega aos 100 dias marcado pela coerência.

E como disse, ainda não é o momento pra dar notas ou conceitos. Uma avaliação mais precisa da atual Administração Municipal só poderá ser feita (e a farei, certamente) ao final deste ano.

Antes disso, é temerário qualquer opinião mais acurada.

O que não impede o cidadão de reclamar melhorias, os correligionários de cobrar benesses, o Vice de cobrar participação e o Blogueiro de escrever meia dúzia de baboseiras, como nas linhas acima.

terça-feira, 9 de abril de 2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Não adianta explicar, eu não entendo.

Coisas que por mais que já me explicaram, nunca consegui entender.

Buraco Negro.

É um tal de vácuo absoluto que suga até a luz, criando então a ilusão de um enorme buraco sem cor (negro).

Tá ok, mas suga a luz pra onde?

O que acontece se atravessá-lo?

Terapeuta Ocupacional.

Tenho várias colegas formadas em T.O., e respeito-as como profissionais assim como os demais que optam por essa bela carreira.

Mas não consigo entender, em linhas gerais, o que faz um Terapeuta Ocupacional.

No afã de me explicar e acabar com esta minha ignorância, uma colega certa vez começou a falar todas as áreas em que este profissional pode atua.

Realmente atua em muitos segmentos, todos ligados á saúde humana

Ao final da explicação, ela podia trabalhar com tanta coisa que cheguei a lhe perguntar se a duração do curso era de 8 anos pra dar tempo de estudar isso tudo.

No que, diga-se de passagem, ela se ofendeu.

Alegoria da Caverna.

Claro que Platão é um dos pais da filosofia, embora eu prefira Sócrates (até porque, ao contrário de Platão, jogou no Corinthians), mas essa tal alegoria da caverna não me explica absolutamente nada.

Não consigo visualizar a metáfora por ele proposta, tampouco a conclusão que ele tirou disso tudo.

E olha que já dei aula de Filosofia 1 ano.

Logaritmo.

Podem me chamar de burro, mas nunca consegui aprender Logaritmo.

Balancear Equação Química.

Também nunca consegui aprender direito esse negócio.

Nunca sei se começo pela equação da esquerda ou da direita.

Questionei um professor certa vez e ele respondeu:

- Eu meio que deduzo por qual começar.

No que refleti: Lavoisier, Ruterford, Pasteur, Avogadro, Gay-Lussac (que nome o dele heim!?), Linus Pauling e tantos outros químicos famosos construíram as bases que consolidaram a química enquanto campo da ciência, para que algo seja simplesmente "deduzido" hoje em dia?

Refleti e lhe perguntei exatamente o que escrevi acima.

Ele não só se ofendeu, como foi difícil eu conseguir passar de ano na sua disciplina depois deste "incidente".

domingo, 7 de abril de 2013

Educação de Tempo Integral.


No 1° domingo deste mês, segue abaixo reflexões sobre Educação de Tempo Integral (ETI).

 
Educação ou Escola de Tempo Integral?

Há uma diferença muito grande nestes dois conceitos.

A Escola de Tempo Integral pressupõe apenas a ocupação do tempo dos alunos com atividades promovidas nos período contrário ao período de estudos.

Nada que projetos sociais ou escolinhas esportivas não o faça.

O uso destas escolas serve apenas para trazer para o âmbito da educação, os gastos anteriormente pertencentes a outras áreas, com orçamento muito menor, da política pública, como esporte e assistência social.

Já a Educação de Tempo Integral, pressupõe que as atividades oferecidas aos alunos devem estar em consonância com a Proposta Pedagógica da Escola e a política pública educacional.

Há que se ressaltar que em uma Educação de Tempo Integral a concepção de currículo deve ser crítico-emancipadora.

Entendemos Educação Integral dentro de uma concepção crítico-emancipadora em educação. Na prática, ela eclode como um amplo conjunto de atividades diversificadas que, integrando o e integradas ao currículo escolar, possibilitam uma formação mais completa ao ser humano. Nesse sentido, essas atividades constituem-se por práticas que incluem os conhecimentos gerais; a cultura; as artes; a saúde; os esportes e o trabalho. Contudo, para que se complete essa formação de modo crítico-emancipador, é necessário que essas práticas sejam trabalhadas em uma perspectiva político-filosófica igualmente crítica e emancipadora (HORA; COELHO, 2004, p. 9).

Por esta proposta, as atividades oferecidas devem estar integradas às disciplinas comuns da grade curricular, unindo por exemplo atividade física com saúde e bem estar, música com matemática, reforço escolar diferenciado.

Para ser considerada de tempo integral, uma escola deve promover uma educação que contemple os alunos, com pelo menos 7 horas diárias, com atividades educacionais (além das disciplinas comuns da grade, o reforço), atividades artísticas e esportivas.

É preciso promover a aplicação dos conteúdos na prática, em uma educação que extrapole o ambiente escolar de aprendizagem, com o fomento à organização dos alunos em grupos teatrais do baixo, ONGs, associações estudantis, organização de torneios escolares (esportivos e culturais) entre salas e mesmo entre as escolas.

Uma perspectiva integral de educação, cuja concepção do sujeito seja por inteiro, inserido na sua realidade (GONÇALVES, 2006, p.8).

Mas não basta apenas ampliar o tempo na escola para que a mesma seja classificada como de ETI. Por isso tenho inúmeros questionamentos sobre a EMEF da cidade que supostamente oferece esta modalidade de ensino.

Como não basta também promover viagens, que mais prestam ao serviço de entretenimento e diversão (o que também tem seu valor, mas não é o caso) que ao caráter didático-pedagógico; aulas de reforço idênticas às aulas do dia a dia; etc...

Em se tratando de escola, a ETI não pode almejar outro benefício que não seja a melhoria da qualidade do ensino oferecido.

Mas de qual benefício estamos falando? E principalmente, como alcançá-lo?

Acreditar que a simples ampliação do horário por si só melhora a qualidade do ensino é uma ideia comum e completamente equivocada.

Seria a mesma coisa que ter uma comida estragada e ainda insuficiente para um grupo de pessoas e imaginar que o fato de aumentar a quantidade desta comida, estragada, mataria a fome de todos.


A ETI em Ipuã.

A Educação de Tempo Integral em nossa cidade é uma realidade ainda muito distante.

Temos uma escola, cuja idealização e início das obras datam da nossa gestão à frente da Educação Ipuanense que atende, nos períodos contrários, aos alunos da EMEF Prof. Monir Neder, no Bairro Santa Cruz.

Mas chamar aquela escola de Escola de Educação de Tempo Integral (ETI) é um equívoco muito grande. O que ela promove é um rol de atividades oferecidas aos alunos que a freqüentam em períodos contrários.

Para que fique bem claro, antes que meu discurso seja (mal) interpretado, por ignorância ou má fé, a referida escola presta um serviço exemplar aos alunos daquela localidade, promovendo atividades nos contraturno da escola situada em um baixo de média e baixa renda onde as oportunidades de lazer, esporte e cultura são escassas.

Minha questão é curricular.

O currículo de uma escola cuja Educação seja oferecida em tempo integral deve ser mais que o simples oferecimento de atividades aos alunos.

Tem de partir do pressuposto de atender às necessidades dos alunos locais, perguntando-lhes quais atividades esportivas eles gostariam de praticar e aproveitando a cultura local para inserir na grade curricular, atividades tradicionais na localidade.

Nesse aspecto a Escola ipuanense acertou em inserir na grade a disciplina capoeira, tradicionalmente praticada no Bairro Santa Cruz por grupos ali radicados há mais de 20 anos.

Apesar de enaltecer o trabalho que vem sendo desenvolvido naquela escola, vários questionamentos de ordem legal (que não será tratado aqui) e curricular (este sim, fulcro de minhas considerações) vêm à tona:

1. Porque monitores e não professores?
2. O concurso de ingresso promove uma boa avaliação?
3. Há formação continuada dos profissionais? (gestores, professores e monitores).
4. Há previsão de realização de avaliação do projeto?

São questões que coloco não para serem respondidas, mas para serem pensadas e/ou repensadas.

Dificuldades e Soluções.

Como ex Diretor do Depto de Educação, conheço bem as dificuldades que envolvem a criação de escolas de Educação de Tempo Integral em nossa cidade.

Sobretudo porque os prédios aqui construídos não comportam grandes adequações para que tal modalidade de ensino seja utilizada.

Há ainda a questão curricular que certamente necessitaria de empresa especializada para realizar a construção de uma proposta educacional verdadeiramente integral em nossas escolas de ETI.

Tudo isso requer um esforço de recursos financeiro, intelectual, de engenharia e logística.

Mas não proponho, nem teria como ser diferente, que tudo seja feito pela atual administração, mas que uma semente seja plantada e cultivada pelas administrações que a suceder.

Esta semente tem até nome: política pública de educação. Que nasce fruto da discussão política entre os poderes e os diferentes setores da comunidade escolar e acadêmica.

E como sou intrometido, segue abaixo algumas sugestões:

1. A adequação das Escolas.
Não precisa ser necessariamente das escolas, uma vez que a EIT pode ser realizada em outros ambientes como uma praça esportiva próxima à escola, Casa de Cultura, salões comunitários,... Basta incentivar o uso destes espaços incrementando atividades.

No próprio Bairro Santa Cruz, próximo a EMEF Monir Neder há um conjunto poliesportivo inacabado que poderia ver a viabilidade do término de sua construção com recursos da educação para que seja utilizado  como espaço esportivo da escola para atividades de ETI.

2. Gestão democrática nas escolas de ETI.

3. Plano Nacional de Educação.
Em votação no Congresso um plano que prevê a expansão das escolas de ETI no país, com recursos a serem destinados para construção, ampliação, reforma e  adequação.

4. Questão curricular:
- Divisão das turmas no contraturno por estágio de aprendizagem.
- Pesquisa entre os alunos para conhecer seus interesses esportivos e culturais.
- Ensino por oficinas.
- Contratação de professores.
- Capacitação em serviço dos profissionais.

Esta é, por hora, a minha contribuição.

Referências:

HORA, D. M. e COELHO, L. M. Diversificação curricular e Educação Integral. 2004, p. 1-18.

GONÇALVES, A.S. Reflexões sobre educação integral e escola de tempo integral. Cadernos Cenpec n.º 2 – Educação Integral – 2º semestre 2006.