Tenho visto alguns correligionários insatisfeitos com a atual administração
municipal e com ela rompendo os vínculos políticos.
Evidente que é um direito do cidadão, mas sempre questiono: não está meio
cedo para romper com um Governo que mal começou?
Penso que sim. Para os correligionários e principalmente, para as lideranças
políticas.
Pular fora de um barco que mal chegou em alto mar é precoce, precipitado e
por vezes, oportunista (haja visto que aqueles que esperavam alguma benesse que não veio, não admite o real motivo da mudança de opinião).
Recordo que eu mesmo passei por isso em 2001.
Ao ver que o Governo que havia ajudado eleger-se não estava a contento,
esperei pouco mais de 1 ano para romper com ele e nunca mais me unir novamente.
É muito prático pular fora quando o governo está em baixa e depois unir
novamente em caso de melhora na popularidade.
Dei todas as chances para que me provassem que aquele governo era, de fato,
diferente do antecessor e que colocaria nossa cidade no rumo do progresso, tão
divulgado ao longo da campanha.
Passado 1 ano e vendo os mesmos bons e velhos vícios que eu (e eles) tanto
criticavam, não me restou outra alternativa a não ser me tornar oposição.
Mas oposição mesmo, rompendo todo e qualquer laço que me prendia à situação.
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