sábado, 13 de abril de 2013

Com o giz na mão.

"Seu Luís" já era lenda aqui na cidade no meu tempo de estudante.

Professor de História, poliglota (uma meia dúzia de idiomas), poli diplomado (outra meia dúzia de títulos), experiência de vida fora do país (meia dúzia de países) e detentor de uma sabedoria que só não é maior que a sua modéstia.

E eu já estava no ensino médio e nunca tivera aula com ele.

Até que em 1992, voltando de uma passagem ruim em uma escola de outra cidade (naquela época ninguém falava em bullying mas era o que acontecia comigo), finalmente tive o prazer de ser aluno dele.

Sem querer, acabei entrando no seu método socrático de ensino/aprendizagem e tinha ótimos embates com ele dentro de sala de aula.

A forma como ele me conduzia meu raciocínio sobre determinado assunto fazendo com que eu próprio chegasse a uma conclusão, foi umas das maneiras mais interessantes que já vi de aprender História.

Ficou além do respeito mútuo, uma amizade.

Amizade de pouco contato é verdade, pois o estilo de vida recluso do Seu Luís só permitia contato nos raros e casuais encontros em supermercado, correio ou banco.

Mas a amizade existia.

Tanto que foi uma das primeiras pessoas que informei quando entrei na faculdade de História.

E anos mais tarde, tive a oportunidade de lecionar com ele em uma escola particular, aqui em Ipuã, ocasião em que o contato não só ficou mais frequente como tive a oportunidade de, a pedido da escola, editar um vídeo homenagem dos alunos para ele.

Um comentário:

  1. "Seu Luís"
    Com toda certeza um dos professores mais inteligentes (senão o mais) com quem já trabalhei.

    ResponderExcluir