Tenho dito em outros textos que a atual Adminsitração Municipal usufrui de um “habeas corpus” popular. Uma espécie de salvo conduto, ainda sem data para expirar, que lhe permite fazer o que quiser, da maneira que melhor lhe convier sem que qualquer cidadão - sobretudo os que outrora reclamavam - reclame.
Nada
do que era alvo de reclamações, queixas, deboches, e das mais acaloradas
discussões têm tido o mesmo tratamento neste limiar de nova administração,
ainda que ocorram da mesma maneira.
Em
outros tempos:
* Não
ter carnaval gerava discursos filosóficos marxistas sobre a exclusão dos mais
humildes da maior festa popular brasileira.
* Ausência
do Baile de Gala era o assassinato de uma “tradição”.
* Ter
uma única marca de cerveja, a preço maior que o cobrado no varejo, atiçava a
fúria dos patrulheiros das redes sociais.
*
Juliano César e Matogrosso e Mathias eram considerados cantores ruins.
* O
lago do Ipuã Country Club, por ser uma propriedade particular, não poderia
receber investimentos públicos como a soltura de peixes.
*
Criar cargos de confiança era cabide de emprego.
*
Os R$318,00 “tirados” dos salários faziam falta aos servidores.
*
Empresas de outras cidades vencendo licitações na cidade era motivo de revolta,
pois desaquecia a economia local.
Enfim, a política ipuanense vive hoje um período de leniência coletiva sem precedentes na
história desta cidade.
Por
isso, seguem abaixo algumas medidas para aumentar a arrecadação da cidade que,
se a Administração Municipal quiser, pode adotar, pois ninguém irá reclamar mesmo:
* Aumentar
o IPTU além da inflação.
* Criar
Zona Azul nas ruas do centro da cidade.
*
Emplacar bicicletas e cobrar imposto.
*
Realizar uma Expuã modesta a preços populares.
*
Realizar uma Expuã chique cobrando preços exorbitantes.
* Multar
residências em que for encontrado criadouro de larvas do mosquito da dengue.
* Criar
a taxa do lixo urbano.
*
Criar a sobretaxa pelo uso excessivo de água.
Renato Russo sentenciou em uma letra: "O futuro não é mais como era antigamente".
Vivo estivesse, talvez dissesse: O presente também não!
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