quinta-feira, 11 de abril de 2013

Leniência coletiva.

Aviso aos navegantes: Ler este texto com um sorriso no canto da boca.

Tenho dito em outros textos que a atual Adminsitração Municipal usufrui de um “habeas corpus” popular. Uma espécie de salvo conduto, ainda sem data para expirar, que lhe permite fazer o que quiser, da maneira que melhor lhe convier sem que qualquer cidadão - sobretudo os que outrora reclamavam - reclame.

Nada do que era alvo de reclamações, queixas, deboches, e das mais acaloradas discussões têm tido o mesmo tratamento neste limiar de nova administração, ainda que ocorram da mesma maneira.

Em outros tempos:

* Não ter carnaval gerava discursos filosóficos marxistas sobre a exclusão dos mais humildes da maior festa popular brasileira.
* Ausência do Baile de Gala era o assassinato de uma “tradição”.
* Ter uma única marca de cerveja, a preço maior que o cobrado no varejo, atiçava a fúria dos patrulheiros das redes sociais.
* Juliano César e Matogrosso e Mathias eram considerados cantores ruins.
* O lago do Ipuã Country Club, por ser uma propriedade particular, não poderia receber investimentos públicos como a soltura de peixes.
* Criar cargos de confiança era cabide de emprego.
* Os R$318,00 “tirados” dos salários faziam falta aos servidores.
* Empresas de outras cidades vencendo licitações na cidade era motivo de revolta, pois desaquecia a economia local.

Enfim, a política ipuanense vive hoje um período de leniência coletiva sem precedentes na história desta cidade.

Por isso, seguem abaixo algumas medidas para aumentar a arrecadação da cidade que, se a Administração Municipal quiser, pode adotar, pois ninguém irá reclamar mesmo:

* Aumentar o IPTU além da inflação.
* Criar Zona Azul nas ruas do centro da cidade.
* Emplacar bicicletas e cobrar imposto.
* Realizar uma Expuã modesta a preços populares.
* Realizar uma Expuã chique cobrando preços exorbitantes.
* Multar residências em que for encontrado criadouro de larvas do mosquito da dengue.
* Criar a taxa do lixo urbano.
* Criar a sobretaxa pelo uso excessivo de água.

Renato Russo sentenciou em uma letra: "O futuro não é mais como era antigamente".

Vivo estivesse, talvez dissesse: O presente também não!

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