segunda-feira, 31 de outubro de 2016

De outros Ralouins.

sábado, 31 de outubro de 2015

Com o giz na mão.

O discurso nacionalista de todo ano em semana de Ralouim:

- Que dia comemoram o Ralouim?

E a sala: 31 de outubro!

- E o dia do folclore?

Sala em silêncio.

"Deixamos de lado nossas raízes para comemorar uma festa importada do hemisfério norte, cujas lendas e crenças nada têm a ver com a nossa cultura (salvo o Lobisomen).

Não sou contra a expressão da cultura de outras nações em nosso país, o multiculturalismo deve sempre ser fomentado, mas que tenhamos o mesmo apreço pelas nossas lendas, uma cultura tão rica e variada e que infelizmente apenas na nossa infância ela é valorizada, quando as professoras das primeiras séries trabalham a semana do folclore com maestria.

Ao crescermos, muitas vezes deixamos de lado nossas tradições para nos aculturarmos com as tradições europeia e americana do morte. E nos esquecemos do Curupira, da Iara, do Boi Tatá, etc...

Que comemoremos em todas as idades o 22 de agosto (Dia do Folclore) com o mesmo carinho e atenção que celebramos o 31 de outubro.

E não nos esqueçamos até mesmo que dia 27 de setembro (dia de Cosme e Damião) também é dia de distribuir doces às crianças.


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Hoje é Ralouim.

Hoje é Dia das Bruxas.

Ou Ralouim.

Esta festa americana que importamos e comemoramos como se esta tradição estadosunidense fosse nossa.

E não é. Nós apenas nos apropriamos.

Mas não vou fazer o tradicional discurso purista cultural este ano não.

Vou entrar na onda e usar o mote para dizer algumas de minhas preferências nesta data.

Melhor filme de terror: O cão do Diabo.

Pior filme de terror: Jogos Mortais.

Melhor especial de terror: A pata do macaco.

Monstro favorito: Lobisomem (porque também existe na nossa cultura).

Melhor filme de vampiro: Um antigo que assisti quando era criança e não lembro o nome (o vampiro hipnotiza a mocinha que se livra do colar de alho e foge com ele depois de beber o sangue que vinha de um corte em sua barriga. O vampiro morre num gancho do navio). Se alguém souber que filme é, favor me avisar.

Melhor vilão: Darth Vader.

Melhor fantasia: Fantasma.

Lembrança de Ralouim na infância: Caveira de mamão (minha mãe não me deixava cortar abóbora, e a de mamão além de ficar uma porcaria, eu sempre cortava o dedo com a faca).

Melhores histórias de assombração ipuanense: A noiva da igreja e a loira do banheiro da Escola Vereador Aberto Conrado.


sábado, 2 de novembro de 2013

Com o giz na mão.

Mais uma vez o blogueiro saiu derrotado.

As escolas comemoraram o Ralouim normalmente.

Apesar de há anos praguejar contra a efeméride americana, fiquei como um Velho do Restelo vendo a nau de Vasco da Gama partir rumo à Índia apesar de seus apelos.

Fantasias, enfeites, até doces, tudo como manda a tradição que não é nossa.

Este ano as fileiras Ralouinistas cooptaram inclusive a sobrinha do Blogueiro, penso que só para me desmoralizar.

Mas não importa...
Sigo defendendo a abolição desta comemoração do calendário escolar das escolas brasileiras. Pelo menos as escolas de ensino regular, pois a de idiomas tem o dever de divulgar a cultura da língua que ensinam.

Ou então que se comemore com as nossas "entidades": Curupira, Iara, Saci Pererê,...

Se bem que para isso já temos a semana do folclore.

Pena que não é tão aguardada como o Ralouim.

Depende de nós, mudarmos esta realidade.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ralouim.

Não é verdade que eu não gosto de Halloween, ou melhor, Ralouim. Na verdade, verdadeira, não gosto da "importação" desta festa, hoje tipicamente Estadosunidense, para o nosso país.
 
Até entendo as escolas de inglês incentivem sua comemoração afinal ensinam não apenas o idioma bretão mas toda a cultura que o envolve.
 
Não gosto é quando esta "comemoração" extrapola os limites da sala de aula dos cursos de idiomas.
 
E já extrapolou!!!
 
A comemoração da efeméride faz parte do calendário de 10 entre 10 escolas particulares do país. Leciono em duas e em ambas a data é festejada.
 
Penso que mais por "pressão" dos alunos que por vontade própria.
 
É que para os alunos, a data é algo consolidado em nossa cultura, haja visto que os já citados cursinhos de inglês promovem o dia, assim como a escola de um parente que mora na cidade grande, o filme ou a série de TV a que eles assistem, enfim, não faltam referências para que os alunos das nossas escolas passem a clamar também para que na sua escola se faça o Ralouim.
 
Menos mal que sempre há um professor ou professora que explica a origem e o significado da data.
 
E no caso das duas escolas em que leciono, sempre há um chato que explica que não existe o menor significado para nós, moradores destes tristes trópicos, comemorarmos o Ralouim; que trata-se de um roubo de cultura, que é o símbolo do imperialismo cultural dos EUA para com os povos da América Latina, que devemos valorizar o produto nacional, etc etc etc.
 
Não sou purista, aliás defendo o intercâmbio cultural, sou contra apenas à massificação cultural e à perda da identidade nacional.
 
Defendo que Vampiros, Franksteins e Bruxas existam no Brasil, porém ao lado da Mula sem Cabeça, do Saci Pererê e do Curupira. E como entendo cultura como uma via de mão dupla, questiono: Os Estadosunidenses estão prontos para conhecê-los?
 
Que Obama, certamente reeleito, venha para cá passar uns dias para conhecer nosso riquíssimo folclore e levar para as crianças de seu país um pouco desta nossa tradição.
Já pensaram nosso folclore incorporado na mais legítima tradição americana?
 
Um par de meninos disfarçados de Mula sem Cabeça batendo na porta e dizendo: Trick-or-treat (doce ou travessura)?
 
Bruxas andando lado a lado com Boitatás e Sereias com as sacolinhas cheias de doces?
Seria a consumação do movimento antropofágico do começo do século passado, o Tupi or not Tupi materializado em pleno século XXI. Mais Oswaldiano que isso, impossível!

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena! Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
(Oswald de Andrade)

domingo, 30 de outubro de 2016

Quando ser eleito Prefeito vira uma meta

Para quem acha que política é imediatismo, que só deve ser candidato quando a certeza de vitória é muito grande, ou que corre ao menor sinal de uma derrota, saibam que eleição de Prefeito é uma carreira que você projeta, podendo perder uma, duas, 3 vezes,... mas que a perseverança, quase sempre é recompensada.

Basta o candidato ter sua meta em mente e lutar por ela, mesmo quando a batalha for inglória.

É chavão mas, perder nem sempre significa ser derrotado; pode significar o começo de uma carreira em busca do seu objetivo.

Nesta eleição:

Gilson de Souza (DEM) de Franca, foi eleito Prefeito na sua 5ª tentativa. 

Duarte Nogueira (PSDB) de Ribeirão Preto, foi eleito Prefeito em sua 4ª tentativa.

Marcelo Crivela (PRB) do Rio de janeiro, foi eleito em sua 3ª tentativa.

E voltando no tempo:

Lula foi eleito presidente em sua 4ª tentativa.

Anderson Adauto, em Uberaba/MG, também foi eleito Prefeito em sua 4ª tentativa.

E tantos outros exemplos Brasil afora nesta ou em outras eleições.

Outro chavão diz que time que não joga não tem torcida.

Gilson, Nogueira e Crivella jogaram tanto as últimas eleições, que aumentaram significativamente suas torcidas e acabaram levando o tão sonhado título de 2016.

Parabéns, pela vitória e pela perseverança.

sábado, 29 de outubro de 2016

Se eu pudesse apostar o seu dinheiro...

Blogueiro não aposta, pelo menos não com o dinheiro do bolso.

Assim sendo, se pudesse apostar o dinheiro do leitor deste Blog, apostaria que:

Em Ribeirão, apesar da torcida contrária, dá Duarte Nogueira na disputa contra Ricardo Silva.

No Rio de Janeiro, também infelizmente, na disputa dos Marcelos; o Crivella leva a melhor sobre o Freixo.

Em Franca, sem torcida, dá Gilson de Souza, em cima de Sidney Franco da Rocha.

Em Curitiba, única torcida que que terei alegria, Ney Leprevost vence o demófobo Rafael Greca.

Amanhã a noite, podem cumprimentar o Blogueiro, que como adivinho é um bom professor.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Belchior, 70.

A revista Rolling Stone (aqui) traz uma bela matéria sobre o septuagenário aniversário do cantor Belchior.

Desaparecido do país há quase uma década e sem qualquer notícia há pelo menos 6 ou 7 anos, o sumiço do cantor ainda é um mistério.

Suas músicas porém,m continuam nas cabeças e corações de seus fãs. Como o Blogueiro, cuja canção "Tudo outra vez" serve de trilha sonora da sua vida.

Não é a toa que trata-se da da foto que mais me emocionou tirar com um artista, além do único autógrafo de um cantor que já pedi na vida.

sábado, 22 de outubro de 2016

Outubro em "A Voz Ipuanense".

Flexibilização do Ensino Médio.
Por Orandes Rocha*.

O Governo Temer, preocupado com os rumos da Economia do país, convidou para o Ministério da Fazenda um nome de consenso entre a Esquerda e a Direita: Henrique Meirelles.
Trata-se de um profissional de respeito internacional que Lula nomeou Presidente do Banco Central durante seu mandato e sempre sugeriu a Dilma que o fizesse Ministro da Fazenda, coisa que ela jamais aceitou.
Enquanto isso, para o Ministério da Educação, em um país com tantos Educadores de renome e pessoas capazes de construir um projeto educacional para o país, Michel Temer deixa-os de lado para convidar Mendonça Filho, um Administrador de Empresas, ex Vice e ex Governador de Pernambuco, ex Deputado, e um político sem qualquer identificação com a área da Educação e que conta apenas com sua boa vontade, isso não nego, em melhorar a Educação Brasileira.
Mas por que não convidar algum educador notável para a pasta? Isso é um mistério.
Ou não!
Recentemente, o Governo Temer, por meio do Ministério da Educação, presenteou a Educação Brasileira com um pacote de maldades que se atende pelo nome de “Flexibilização do Currículo do Ensino Médio”, e tem gerado inúmeras discussões país afora entre educadores e outros agentes ligados à educação.
Mas afinal, o que é essa flexibilização?
Flexibilização significa “tornar flexível”, então em princípio, a ideia é tornar o currículo do ensino médio mais flexível para o aluno.
O Governo Federal entende que 13 disciplinas no ensino médio é um fardo pesado demais para os alunos e esta seria a razão do mau desempenho e da falência do nosso ensino na maioria das escolas do país afora.
Pelo projeto que vem sendo discutido desde o final do Governo Lula (portanto não é novidade, aliás a própria ex Presidenta chegou a citar tal flexibilização na campanha de 2014 e a dar entrevistas sobre o assunto em 2015), as principais mudanças seriam:
- 1,5 ano com disciplinas comuns a todos os alunos e o 1,5 ano restante com o aluno optando por por uma grade específica: Humanas, Exatas ou Biológicas.
- Inclusão do ensino técnico.
- Possibilidade das escolas optarem por uma 2ª língua estrangeira: Espanhol.
- Aumento da carga horária anual de 800h para 1.400 (com a ampliação do ensino para Integral).
- Possibilidade das escolas poderem contratar “profissionais com notório saber” para poder dar aulas “afins à sua formação”.
Dentre outras...
Muitas destas, a Medida Provisória que criou tal reforma ainda não explicou como será feito, deixando para o futuro suas resoluções: “deverá ser estudado quando implementado”, “vai depender de cada Estado”,...

Minhas considerações sobre essa aberração:

01. Confusão entre currículo e grade curricular.
Quando se fala em currículo, entende-se que envolve todas as questões inerentes no “caminho” entre aprender e ensinar, respondendo às questões que lhe envolve: O que ensinar? Como ensinar? Para quem ensinar? Onde ensinar? Com qual ideologia ensinar? etc...
Ao alterar apenas a grade curricular, o Governo Federal mexe apenas no “o que” deixando de lado todas as demais questões.

02. Grade curricular a grande vilã.
Como se o problema da educação brasileira fosse o excesso de disciplinas, o Governo Federal resolveu diminuí-las.
Esquecendo outras questões importantes:
a) Número de alunos por sala de aula.
b) Metodologia de ensino.
c) Infraestrutura da Rede.
d) Salário docente.
e) Capacitação docente.
f) Capacitação da gestão escolar.
g) Dentre outras...

03. Aumento da carga horária.
Para tamanho aumento (de 800h para 1.400h), entende-se que o Governo Federal sinaliza para a expansão da Educação de Tempo Integral.
Meta de nº6 do Plano Nacional de Educação, sua expansão já está prevista para os próximos 10 anos.
O problema que o Governo Temer desconsiderou é: como transformar a rede em Integral?
Peguemos como exemplo nossa cidade, que conta com apenas uma escola Estadual de Ensino Médio e esta conta com 3 turnos.
Há, naquela escola, estrutura física para ser transformada em Escola Integral?
Haveria que, de imediato, dobrar o número de salas, além de outras mudanças na infraestrutura: mais uma sala de informática, um laboratório, outra biblioteca, outra quadra, contratação de docentes, contratação de demais funcionários  (inspeção, secretaria, cozinha, limpeza,...) e muito mais para atender ao dobro da clientela que não mais se dividiria em turnos, coexistindo dentro de um único turno integral.
O Governo Federal paga essa conta?

04. Contratação de profissionais com “notório saber” para “disciplinas afins”.
O que é “notório saber” e como se avalia este saber notório?
Eu por exemplo, sou formado em História de leciono, em escola particular, disciplinas afins.
Eu seria um caso de “notório saber”?
Poderia prestar concurso público para estas disciplinas afins mesmo sem a licenciatura da área?

05. Grade flexível.
Ouço frequentemente o argumento “Quero fazer medicina, para que estudar História ou Matemática?”.
Tal questionamento me parece, em primeiro momento, desculpa de quem é mau aluno em História ou Matemática.
Segundo, o Ensino Médio não avalia sua capacidade de ser um profissional, mas a de aprender inúmeros conteúdos e conseguir responder às perguntas sobre eles numa prova chamada vestibular. O que se avalia não é o futuro médico ou engenheiro, mas o presente aluno de Ensino Médio e sua capacidade nesta etapa do ensino.
E terceiro, o conhecimento humano acumulado ao longo dos séculos não é fundamental para todas as carreiras? As artes não podem ajudar a um médico ser mais humanizado? A História não pode influenciar um Engenheiro na hora de um projeto?
E mais: fazer o aluno de 16, 17 anos, escolher a grade que deseja é uma responsabilidade a mais para uma idade onde as incertezas são maiores que as certezas quando o assento é carreira.
Imagine um aluno que no meio do ensino médio mude de exatas para humanas, terá que refazer o 1,5 ano específico?

06. Medida Provisória.
E a “cereja do bolo”, uma reforma que, para dispensar discussões, o Governo optou por apresentá-la na forma de Medida Provisória; evitando assim a possibilidade de emendas parlamentares e discussões com os representantes classistas.
Tudo como manda o manual da anti democracia.
Mas cá entre nós, o que esperar de um Governo nascido de uma “puxada de tapete”, de um partido que em 25 anos emplacou o 3º vice Presidente alçado a condição de Presidente?

*Orandes Rocha defende uma reforma completa, elaborada por Educadores renomados e não por Mendonça Filho a serviço de Michel Temer.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A campanha eleitoral não deveria ter acabado.

Depois de querer morar na cidade da propaganda eleitoral, começo a defender que não apenas a cada 4 anos, mas que a campanha eleitoral em Ipuã acontecesse todos os anos.

E no apenas nos 45 dias de campanha. O ano todo!

Ipuã era bem melhor na campanha eleitoral, quando comparada com o período pós eleição.

Na campanha eleitoral, a Administração se vangloriava da maneira como trata seus servidores, com salários em dia e 16% de reajuste salarial (segundo informação dada por um vereador no último comício).

No período pós eleição, enviou para a Câmara, um Projeto de Lei que retirava a previsão financeira para a janta dos motoristas. Com sensatez, a Câmara votou contra este absurdo.

Na campanha eleitoral, veículos eram adquiridos aos montes para comodidade dos munícipes.

No período pós eleição, veículos danificados são encostados, para não se gastar com o conserto. 

Na campanha eleitoral, milhões de remédios abasteciam as dispensas da farmácia municipal.

No período pós eleição, cidadãos já reclamam a falta de medicamentos.

Na campanha eleitoral, recapeamento das ruas estava na bica para virar realidade.

No período pós eleição, buracos infestam as ruas.

Na campanha eleitoral, o Bairro da Capelinha  tinha a mesma atenção que os demais bairros.

No período pós eleição, foi esquecido de providenciar transporte para os alunos do Bairro virem assistir cinema na semana da criança. 

Na campanha eleitoral, Médicos atendiam nos PSF's em horário estendido, até às 21:00h.

No período pós eleição, o horário estendido foi sumariamente cortado antes de outubro terminar.

Na campanha eleitoral, não havia "jeitinho" na Administração PMDBista, cuja marca era a da austeridade.

No período pós eleição, investigação sobre compra de peças, viagens e horas extras, roça as contas do erário, farejando possíveis irregularidades.

Resta saber se este "pacote de maldades" é apenas uma medida paliativa para tentar fechar as delicadas contas de 2016 ou trata-se de uma amostra grátis dos próximos 4 anos da nova - velha (ou velha - nova?) Administração PMDBista em Ipuã.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Cortella homenageando Vinícius.

Eis que o Prof Mário Sérgio Cortella nos brindou hoje, em seu comentário diário na rádio CBN, com uma bela homenagem ao aniversariante Vinícius de Moraes; que vivo fosse, completaria 103 anos neste 19/10.

Seja para os amantes do poetinha, seja para os admiradores do Cortella (o Blogueiro é "ambos os dois"), uma boa forma de continuar esta quente semana.


sábado, 15 de outubro de 2016

Feliz Dia do Professor.


40ª SOR - O professor.

Ser professor não estava nos planos.

Quase nunca está nos planos.

O Prof Paulo Freire dizia que "Ninguém começa a ser professor numa certa terça-feira às 4 horas da tarde... Ninguém nasce professor ou marcado para ser professor. A gente se forma como educador permanentemente na prática e na reflexão sobre a prática".

E talvez assim me formei professor, "na prática e na reflexão sobre a prática.

E tenho me tornado professor dia a dia, não somente a cada vez que entro numa sala de aula, mas quando preparo uma aula, corrijo uma prova, respondo a alguma pergunta; ou ainda, quando falo ou escrevo sobre Educação, quando assisto a um filme, etc...

Ninguém "é" professor porque o verbo "ser" é estático.

A gente vai se fazendo professor ao longo da vida. E não para nunca.

Poderia fazer intertextualidade com Guimarães Rosa e dizer que "você pode deixar a sala de aula, mas a sala de aula não deixa você", ou ser mais senso comum e dizer que "garrafa que carrega querosene nunca perde o cheiro".

Em ambos os casos, estaria sendo didático, o que corroboraria (outra palavra de professor) tudo o que estou tentando falar neste texto.

Meu maior erro foi ter dado aula uma vez na vida, e então, naquele momento mágico em que você escuta o que fala e se encanta com o que diz, e vê a mesma reação em quem te ouve, você pensa: "Puta que pariu, é isso que eu quero fazer a minha vida toda".

Mesmo que momentos assim estejam aqui e ali cada vez mais raros, talvez a graça esteja em procurar estes momentos e, assim, valorizá-los quando os viver.

E já que estou nessa há 16 anos, que tal continuar mais um pouco?

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

40ª SOR - Uma câmera na mão e nenhum juízo na cabeça.

O pai do Blogueiro teve, dentre outros que a curta vida lhe privou, um sonho não realizado: possuir uma filmadora.

Numa época em que tal eletroeletrônico custava literalmente uma fortuna.

Hoje, até celular pode servir de filmadora.

Mas a opção de melhor custo benefício são chamadas de hand cam (câmera de mão).

O Blogueiro, talvez tenha herdado do pai o gosto pelo registro de vídeos. Estou na minha 2ª hand cam e conto com um acervo de 10 anos e muitos Gb  de filmagens: registros de eventos da cidade, filmagens familiares, filmagens sem pé nem cabeça, zoeira e muito mais.

Curiosamente, mais filmando que sendo filmado.

Do que fui filmado, uma pequena parcela será publicado no vídeo abaixo.

Com muitas edições, pois os problemas jurídicos seriam inevitáveis.

Livre das ações que vídeos impertinentes poderia lhe render, só resta ao Blogueiro passar pelo constrangimento de divulgar imagens, até então privadas, para o grande público de 9 leitores do Blog.

Para deleite do público, o Blogueiro publica o vídeo que certamente se arrependerá, pois como disse Mark Twain "O homem é o único animal que cora. Ou que precisa de corar".

Boa diversão.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

E cheguei aos 40

Com menos cabelo que quando cheguei nos 30 é verdade, mas com cabelo.

E preto, o que é melhor ainda!!!

Um pouco mais pesado que nos 20 e menos que nos 30, fazendo exercícios por ordem médica, estudando por prazer, trabalhando por necessidade (eu já me imaginava rico aos 40 e parando de trabalhar, onde foi que errei?).

Mas chego aos 40 com aquela sensação de que a vida não começa aos 40.

Nem para Machado de Assis a vida começou aos 40.

Se é bem verdade que somente após os 40 anos ele virou o escritor genial que o mundo conhece, há que reconhecer que ele teve que escrever "A mão e a luva", "Helena" e "Iaiá Garcia" antes de escrever "Memórias póstumas", "Quincas Borba" e "Dom Casmurro". 

Dizer que a minha vida começaria agora seria desconsiderar experiências e vivências que tive ao longo de 4 décadas.

Pessoas que passaram pela minha vida, lugares por onde andei, livros que descobri, filmes que me emocionaram, músicas que me marcaram, mulheres que amei, algumas que me amaram, alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, surpresas e decepções.

Também a vida não recomeça aos 40.

Não necessariamente nessa idade.

Caso algo esteja necessitando de uma correção de rumo, por que esperar um número "redondo"? Por que tal recomeço não pode acontecer com 33, 37 ou 42 anos?

E por que tem que ser no completar de aniversário? Posso perfeitamente recomeçar em maio, agosto ou novembro!

Verdade é que 40 anos, salvo o rótulo de quarentão, que começará a fazer parte do dia a dia, nada muda na vida da gente.

Completo 40 com a impressão que não saí dos 20.

Talvez por isso ainda pense que fiz tão pouco, e que tanto mais ainda tenho por fazer.

Que comece a contagem regressiva para os 50.

40ª SOR - Retrospectiva 40 anos.


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

40ª SOR - Se fosse na Ilha de Caras.

Um cantor:
Toquinho.

Um poeta:
Vinícius de Moraes.

Um "filósofo" contemporâneo:
Dr House e Belchior.

Música da sua vida:
MPB, "Tudo outra vez" e sertaneja, "Vida cigana".

Música sertaneja que mais já bebeu ouvindo:
"Traz ela de volta pra mim" e "Amiga linda".

Um filme:
"Casablanca" entre os internacionais e "Central do Brasil" entre os nacionais.

Um escritor:
Machado de Assis.

Livro de Cabeceira:
"100 anos de solidão" (Gabriel Garcia Marques).

Uma atriz:
Fernanda Montenegro.

Uma mulher bonita:
Liv Tyler e Anne Hathway.

Político que admira:
Luiza Erundina.

Um prato:
Pizza.

Um doce:
Chocolate.

Uma bebida:
Água (de segunda a sexta à tarde) e Whisky (de sexta à tarde a domingo).

Se você não fosse você, gostaria de ser:
Amyr Klink (entre os vivos), Tom Jobim (entre os que já morreram).

Se não fosse professor:
Cinegrafista do Discovery Channel.

Melhor viagem:
A próxima.

Lugar que gostaria de conhecer:
Meio Oeste Americano.

, 3ª e 4ª cidades:
Guaíra, São Paulo e Uberaba. 

Se pudesse voltar no tempo:
Fundação de Santana dos Olhos D'água em 1849 ou Europa na II Guerra Mundial.

Como gostaria de morrer:
Em plena sala de aula, bem no meio de uma aula.

Não quer morrer sem antes:
Tocar violão com o Toquinho, beijar a Liv Tyler e socar o Galvão Bueno.

Orandes Rocha por Orandes Rocha:
10% de talento, 10% de sorte, 80% de dedicação.

Uma frase, um pensamento, uma citação:
"O que você pensa sobre mim não vai mudar quem eu sou, mas pode mudar meu conceito sobre você" (House).

terça-feira, 11 de outubro de 2016

40ª SOR - A História.

A 1ª Semana Orandes Rocha foi realizada no não tão distante ano de 1977.

Naquele 13/10, o Corinthians quebrava o tabu de 23 anos sem títulos estadual.

Uma conjunção astral que previa o futuro do nosso homenageado? Uma programação paterna? Um acaso do destino?

Seja como for, tal fato marcaria para sempre a vida do homenageado.

Corinthiano de 7 costados, presenciou nada menos que 27 títulos, uma média de mais de 1 título a cada 2 anos.

20 anos de estudante e 16 de professor.

Na vida pública foi: Representante de ônibus universitário, Síndico de prédio, Vereador, quase candidato a Vice Prefeito, Diretor do Departamento de Educação e quase candidato a Prefeito.

Nos esportes, foi jogador de futebol habilidoso (um misto de Rivelino e Zidane), capoeirista dedicado (cordão amarelo, o 3º na escala), praticante de esportes radicais (Mergulho, Rafting, Paraquedas e Bola e Boi).

Nas artes, violonista aplicado, dançarino razoável, desenhista medíocre, cantor aprendiz e escritor inspirado.

Tentou aprender saxofone, sem sucesso. "O sabão não espuma na cabeça do burro véio" teria dito antes de deixar a aula pela última vez.

Blogueiro há 9 anos, 3 livros começados sem previsão de terminar nenhum.

Já passou por várias tribos, sem se fixar em nenhuma. Teve fase sertanejo, roqueiro, pagodeiro e MPB.

Recusa rótulos, acredita que o rótulo torna estática toda possibilidade de mudança.

Dentre os muitos defeitos: ansioso, estressado, sarcástico e perturbado.

Dentre as qualidades: companheiro, fiel, honesto e responsável naquilo que pega pra fazer.

E como ele mesmo escreveu sobre si certa feita: "misantropo, estoico e pessimista; um dândi caipira, blasé e esquerdista".

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

40ª SOR - Semana Orandes Rocha.

Começa hoje a 40ª edição da Semana Internacional Orandes Rocha (SOR), uma semana destinada a divulgar, enaltecer e ressaltar a importância deste gênio da contemporaneidade ainda incompreendido pelo mundo.

Uma pessoa cujo mundo ainda não parou para entender e que esperamos que não o faça tarde demais.

Interessados em participar deverão recolher uma taxa no valor de R$1.000,00 em qualquer agência dos Bancos Bamerindus ou Comind em sua cidade: cc 171 - 13; ag 171; Nominal ao FAOR (Fundação de Amparo ao Orandes Rocha). 

A programação, sujeita a alteração, será:

11/10 - A história.

12/10 - Se fosse na lha de Caras.

13/10 - Restrospectiva 40 anos.

14/10 - Uma câmera na mão e nenhum juízo na cabeça.

15/10 - O professor.

Grato.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O texto que não foi ao ar.

07 de Outubro de 2012, 16:30h e eu havia acabado de levar minha mãe para votar.

No caminho, além de candidatos fazendo boca de urna, tenho o desprazer de ser perseguido (na ida e na volta) pela milícia que vergonhosamente aterrorizava cidadãos de bem naqueles últimos 15 dias de eleição.

Então sento em frente ao computador com a seguinte dúvida: escrevo o texto sobre o final das eleições agora ou espero o resultado?

Na dúvida, escrevi na hora.

Outra dúvida surge então: escrevo comentando a vitória de qual candidato?

Sem saber que o resultado daquela eleição já estava sacramentado desde as primeiras horas da manhã, escrevi 2 textos: um para caso Nenê Barriga fosse eleito (que você pode conferir aqui) e outro para caso Léo Nascimento fosse eleito, que você pode conferir, inédito, sem correção e sem mexer uma única palavra, abaixo:

 
Ponto Final.

Encerrou o último capítulo da eleição mais tensa da história dessa cidade.

E, para mim, com um final feliz: Leonardo Tavares do Nascimento foi eleito Prefeito de Ipuã para o mandato 2013 - 2016.

Não foi uma eleição fácil.

Pessimista que sou, desanimei quando vi o exército da oposição nas ruas da cidade pronto para qualquer coisa. Pena que não só para pedir voto, mas para agredir, ofender, coagir, perseguir,... até mesmo pessoas como eu, que hoje cometi o "crime" de ir votar no Léo e por isso fui julgado (e parece que condenado) pela milícia que tomou conta dessa cidade.

Mais uma vez prevaleceu a vontade da massa silenciosa dessa cidade que há anos elege Prefeito por aqui.

Aquelas pessoas sem bandeira na casa, sem adesivo no carro, sem adesivo na camiseta, sem apelação de feicebuqui, mas que sai de sua casa após o almoço feliz da vida com seu título e vai à escola votar.

No caminho concorda com todo mundo que lhe aborda: o militante que oferece dinheiro, o candidato que pede voto, o vizinho brigão que se souber que ele não vota é capaz de brigar com ele, enfim, vai silenciosamente escolher o futuro da nossa cidade com convicção.

Trata-se do tal "povão" que tantos políticos elitistas criticam e que a cada eleição cresce mais na nossa cidade, felizmente!!! 

E é para este cidadão, Léo Nascimento, que você tem a obrigação de governar.

É ele quem usa os serviços públicos e reclama de maneira ordeira quando não estão a contento, que lhe procura, reclama, reivindica e acima de tudo, agradece quando atendido.
Sua forma de agradecer, quando não se dá por palavras, dá-se pelo gesto de apertar 23 na urna a cada 4 anos.

Desejo a você, meu colega de infância, muita sorte nessa nova (e difícil) empreitada da sua vida.

Que você cumpra com as propostas do plano de governo, que acredito foi o diferencial da sua candidatura em relação à da oposição e que, ao que parece, o eleitor ipuanense também achou.

Que você saiba separar companheiros de interesseiros, que aniquile a 5ª coluna que tanto corrói a Administração Municipal.

Lembre-se que há amigos, companheiros, interesseiros e companherada. Fique com os dois primeiros.

Os amigos para as horas difíceis, quando na solidão do poder não souber em quem confiar. E nos companheiros, para bem governar a nossa cidade.

Te desejo de coração (o símbolo que eu propus há 8 anos atrás e que lhe fora passado pelo melhor Prefeito da História desta cidade como um bastão do revezamento 4x100) que faça uma grande Administração, que seja um grande Prefeito, que orgulhe a todos desta cidade e quem sabe assim, seu futuro será coberto de glórias.

Boa sorte!

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O eleitor do PPS Ipuanense.

Diferentemente de outros eleitores ipuanenses que, até mesmo pela idolatria cega a que veneram seu partido, o eleitor do PPS ipuanense mostrou que não tolera certas coisas, "normais" a outros partidos.

O eleitorado PMDBista mesmo aceitou com extrema naturalidade que um de seus líderes históricos mais atuantes tenha sido passado para trás, substituído pelo adversário da eleição passada; como aceitou com naturalidade também que antigos desafetos coabitassem a campanha e dividissem palanques com que criticava e era criticado.

Tudo normal, pelo bem maior do partido no poder.

O eleitorado Pepeessista ipuanense não engoliu a tal "união".

A ponto de não eleger nenhum vereador do partido e, para mim (portanto, sem qualquer embasamento científico, apenas o ACHO do Blogueiro) os mais radicais optaram por anular o voto, votar em branco, abster-se ou votar na candidatura oposicionista.

Prova disso que para a sua reeleição, a votação do candidato PMDBista cresceu parcos 84 votos (1,6%).

Para se ter uma ideia, a candidatura de reeleição em 2008 cresceu 931 votos (25,4%).

O eleitorado 23 em Ipuã dá mostras de ser mais crítico e coerente e menos passional que os demais.

Melhor não provocar.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Eleição fez o Blog ser visitado.

Será que o assunto "Eleições Municipais em Ipuã" rendeu visitas ao Blog?

Vejamos...

As 10 postagens mais visitadas da História do Blog, são de 2016.

Mais precisamente, de junho para cá.

9 deles falando sobre eleições municipais.

O número da quantidade de visitas foi suprimido.

E você? Leu todas?

Meu muito obrigado a cada um de vocês que diariamente perdem o precioso tempo de suas vidas lendo o que eu escrevo!

Continuem assim mesmo quando não for eleição.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Entre aumentos e decréscimos - de 2012 para 2016.

Número são frios. Nada explicam.

Mas ajuda a ir construindo opiniões.

Segue abaixo os números dos candidatos (e também de votos brancos, nulos, etc) que participaram das últimas duas eleições em Ipuã.

Em azul, o acréscimo de suas votações; em vermelho, o decréscimo.



Blogueiro pé frio.

Segue abaixo a relação, na ordem das cidades que adotei como minha, os candidatos para quem torci e os que foram eleitos.

1ª Cidade: Ipuã.
Não votei no atual Prefeito (e não fez falta a ele) e mesmo assim, Nenê Barriga se reelegeu.

De quebra, em quem votei para um cargo na Câmara de Vereadores, também não se elegeu.

2ª cidade: Guaíra.
Por ter dado aula para o filho dele, torci pro Sérgio de Melo - Zé Eduardo venceu.

3ª cidade: São Paulo.
Sou fã da Erundina e votaria nela se lá votasse - Venceu o apresentador de Talk Show João Dória.

4ª Cidade: Uberaba.
Torci jipeiramente para o Wagner Jr - Paulo Piau se reelegeu.

5ª cidade: Ribeirão Preto.
Torci pelo Ricardo Silva, que fará o 2º turno com Duarte Nogueira.

A julgar pelo meu histórico, melhor Ricardo Silva se preocupar ou eu mudar de torcida.