sábado, 28 de fevereiro de 2015

Com o giz na mão.

No começo de carreira e querendo inovar, eu fazia uma pegadinha em minhas provas sempre na primeira avaliação do ano.

Usarei como exemplo ilustrativo a seguinte questão:

01 - Assinale a alternativa incorreta.
a) O nº 1 é um nº par.
b) O nº 2 é um nº par.
c) O nº 3 é um nº ímpar. 
d) O nº 4 é um nº par. 
e) A alternativa "a" está incorreta.

Ao ler a questão, certo de que a alternativa "a" é a que deva ser assinalada, o aluno fica na dúvida ao ler a alternativa "e", afinal ela está dizendo que "a alternativa "a" está incorreta", o que de fato está.

Acontece que o exercício pede a incorreta, ou seja, a falsa, a que não é verdadeira, a que está te dando uma informação errada.

Assim sendo, a alternativa "e" não se enquadra, pois ela é verdadeira, legítima, está dando uma informação correta, aliás, ela está te dizendo qual alternativa você deve assinalar.

Em média, metade da sala ficava na dúvida e errava a questão.

Obviamente a facilidade do exemplo acima não permitira erro mas, imagine em uma pergunta mais extensa onde ao ler a última alternativa, a primeira (e isso era feito propositadamente) já não estava tão fresca na memória.

Por mais que eu acreditasse na época que este tipo de pegadinha contribuiria para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos, optei por excluí-la das minhas provas por entender que pedagogicamente não trazia benefício algum aos alunos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Beatriz, Claro que rima!!! (sugestão de Blog).

Tudo o que rima é poesia, mas nem toda poesia, rima.

São chamados de versos brancos, aqueles que na poesia não rimam entre si. E nem por isso não têm seu valor.

Aliás, muitos grandes poetas arriscaram versos sem rimas. Do genial Álvares de Azevedo ao não menos genial Carlos Drummond.

Se mesmo gênios da literatura arriscaram versos sem rimas, por que nós, simples mortais não podemos arriscar com as palavras?

Foi o que fez a aluna Beatriz Claro, do 1º Período de Pedagogia, que esta semana me apresentou seu Blog Não Rima é Poesia.

Mas começo a ler e descubro um erro gravíssimo no título: O blog rima sim!

Rima com informação, bom texto, humor, cultura, opinião.

Rima com autobiografia, subjetividade, vicissitudes, visão de mundo, dia a dia.

E principalmente, rima com boa opção para ler na internet.

Portanto, Dona Beatriz, Claro que seu Blog rima e é poesia.

Este é daqueles que eu recomendo: http://naorimaepoesia.blogspot.com.br/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Já podem entregar-lhe o título de cidadão.

Agraciado com a comenda de cidadão Ipuanense pela legislatura 2009-2012, o ex Dep João Paulo Cunha já pode participar, caso a atual legislatura (2013 - 2016) assim desejar, da cerimônia de entrega da referida comenda.

Basta apenas agendar uma sessão solene de entrega do título, que estranhamente nunca foi realizada nos dias e meses que se sucederam à votação e aprovação do Projeto de Lei que concedeu o título de cidadão ao ex deputado.

Para ajudar a Câmara e os partidários do, doravante, cidadão Ipuanense, segue abaixo uma sugestão de lista de convidados que não poderão faltar ao evento:

Antônio Palocci.
Delúbio Soares.
Francenildo Santos Costa.
Jeane Mary Corner.
José Dirceu.
José Genoíno.
Roberto Jefferson. 
Sílvio Pereira*
Simone Vasconcelos.

Para ler a reportagem, clique aqui.

*Atualizado em 26/02.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Blog novo na web.

Gabriel Ogata está entre as grandes amizades que a carreira docente me proporcionou.

Dentre as coincidências que estreitaram os laços de amizade estão, a formação acadêmica, o gosto pela boa música e cinema (apesar de me assumir um cinéfilo incompetente), o Corinthians e a mania de sair escrevendo por aí na internet na esperança de sermos lidos por mais que meia dúzia de desavisados que, de maneira incauta, digita os endereços de nossos blogs no navegador da internet.

E que bom que há quem, assim como ele e seu comparsa autodenominado Zé Gotinha, utilizam parte de seus tempos para produzir material de qualidade na web. Ou como costumo dizer nestes casos: ilhas de bons textos no oceano de marasmo e inutilidade que virou a internet.

Pois a dupla agora ataca com um novo blog, o I9B5.

Uma brincadeira com caracteres em alusão à data de nascimento dos escribas do Blog. Que talvez nem perceberam, mas uma ironia do destino fez com que este domínio tivesse conotação diferente.

Começa com uma letra e um número que, lidos em sequência, transformam-se cacofonicamente em "inove", do verbo inovar. Justamente a proposta da dupla, que no tutorial do Blog avisa "Está no ar mais um blog que vem adicionar, manter ou subtrair a informação das massas. Alienado de qualquer partidarismo comunicativo, este domínio tem como principal objetivo dissecar o tumultuado e confuso rodo cotidiano que nos aflige e desafia, indo além dos 140 caracteres do pássaro azul".

E na sequência, o B5. Nome dado ao ácido pantotênico, uma vitamina do complexo B, fundamental para o metabolismo humano, pois regula os suprimentos de energia e é utilizada para diminuir o estresse físico e mental.

Talvez sem querer acertaram na mosca: um Blog que inova na linguagem e cuja dose diária diminui o stress mental.

Assim sendo, use este Blog sem moderação.

Este site é contra indicado em caso de mau humor e ignorância crônica. 

http://i9b5.blogspot.com.br/

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Este mês na "A voz Ipuanense".

Apostilas nas escolas municipais.
Por Orandes Rocha.

Para o presente ano de 2015 (e acredito que também 2016) as escolas municipais Ipuanenses  terão um novo sistema apostilado distribuído aos alunos.

Para o próximo biênio, fornecerá material didático apostilado e suporte pedagógico à nossa rede municipal de ensino o Sistema UNO de Ensino.

Publicado pela Editora Moderna, desconhecido para mim e acredito para a maioria dos docentes municipais, salvo os professores que tenham trabalhado na rede municipal em Orlândia.

O que não significa que seja ruim, até mesmo porque é editado pela Moderna, uma grande empresa do ramo, com larga experiência e excelência na área.

O que me preocupa é: até quando ficaremos sujeitos às trocas de materiais didáticos apostilados?

Tivemos em nossa história, pós municipalização do ensino, os seguintes materiais (apostilas): NAME COC (2002 – 2010), livros didáticos do PNLD (2011), o sistema FTD (2012 – 2014) e agora o Sistema Uno.

No meu entendimento de especialista no assunto, estes modelos estandatizados de apostilas são basicamente iguais. Não há como “inventar a roda” neste segmento. Até mesmo porque os parâmetros curriculares são determinados por lei federal.

Acontece que sempre há alguma mudança que agrada aos professores, o que os fazem gostar mais de determinado material. Como eles próprios dizem quando gostam do material: “apostila melhor de se trabalhar”.

E desde a entrada do NAME COC (cujas opiniões eram balizadas favoráveis mais pelo marketing feito na época que pela tecnicidade) eu não via os docentes tão satisfeitos como estavam com o FTD, a empresa que forneceu apostila para a cidade até o ano passado.

Para 2015, um nova licitação começou a ser realizada e para a surpresa geral, o FTD sequer compareceu para protocolar o desejo de participar da licitação que decidiria qual seria o material didático apostilado usado em nossa rede.

Outras 3 empresas tiveram o interesse e dispuaram a licitação para fornecer apostilas às escolas municipais: Positivo, Brasil Cultural e o Sistema Uno (que se sagraria vencedora).

Não conheço os detalhes do contrato com o Uno, mas deve ser padrão: 1 ano prorrogável por mais 1. Ou seja, termos estas apostilas por 2 anos correndo o risco de, em 2017, com uma nova administração (que pode inclusive ser com o mesmo Administrador) termos uma nova mudança de material apostilado (a 4ª em 7 anos).

E é este o ponto central deste texto.

Infelizmente nossos governantes e gestores (e não é de agora) não percebem que Educação não é uma mercadoria, que material apostilado não pode ser tratado como produto. Comprar apostila é diferente de comprar óleo, arroz ou detergente, cuja mudança na marca altera minimamente o resultado final.

Reitero que os materiais didáticos alteram pouca coisa no que tange ao conteúdo, mas a constante troca destes materiais acarreta transtornos na atuação docente.

O professor que conhece o material didático sabe exatamente qual capítulo ele deve se alongar mais, quais matérias de sua disciplina necessitam de uma atividade extra, já possuem aulas planejadas ao longo do ano e sabe o que e onde deve alterar metodologia e conteúdo, etc... E isso reflete positivamente no seu rendimento.

Por isso as constantes trocas de apostilas não podem ser vistas como “novos livros para serem tratados da mesma forma". Pensar assim é nivelar, por baixo, o papel do material didático e a atuação docente em sala de aula.

Por isso defendo a adoção de um material apostilado próprio, elaborado por especialistas contratados e em colaboração com os docentes do município.

Um material didático elaborado de acordo com nossa necessidade e realidade, levando-se em conta os aspectos sociopolíticos e culturais do nosso município e, porque não, também das nossas escolas, que sabidamente cada uma tem suas próprias vicissitudes.

Seria um material permanente, cujo elevado custo inicial de sua elaboração e implantação seria diluído nos anos seguintes, quando haveria apenas a necessidade de re-impremí-lo, com as devidas correções/alterações mínimas justificáveis e uma completa reelaboração a cada 7 ou 8 anos (o intervalo de uma geração).

Mas não acredito que exista nesta cidade, político visionário o bastante para isso, tampouco gestor em educação com disposição e dinamismo para empreender uma ideia destas.

Pelo menos é o que eu penso.

Enquanto isso, ficamos sujeitos aos interesses/desejos/vontades da classe política por este ou aquele material, e/ou aos do mercado, que enquanto estiver surgindo - e vencendo a licitação -  empresas como a Editora Moderna, o FTD e o NAME COC, alunos, pais e professores não têm grandes preocupações, entretanto caso algum dia (e eu torço para que nunca) alguma editora de apostila “meia boca” entrar no certame com um preço imbatível e vencê-lo, então teremos sérios problemas no ensino público municipal ipuanense.

Talvez nem seja agora, talvez seja daqui a muito, muito tempo. Talvez eu nem esteja mais neste plano, mais quando – e se – isso acontecer. Mas uma coisa é certa, vão se lembrar que "tinha um maluco que escrevia sobre isso há alguns anos, e ele tinha razão".

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Com o giz (e a caneta) na mão.

Dei a sorte de prestar 2 concursos logo que concluí a faculdade, no ano 2000.

Um, em 2002, concurso municipal para professor de história em Ipuã e outro em 2003, concurso estadual também para professor de história.

Ambos bem organizados e sem problemas com as empresas responsáveis, diga-se de passagem.

Tive a sorte (competência vai, mas sou modesto) de ser aprovado em ambos.

No primeiro, o concurso "caducou" sem que eu fosse chamado, no segundo, fui convocado no ano seguinte, cheguei a tomar posse e escolher salas na cidade de Cosmópolis, mas o destino me levou por caminhos diferentes.

Eu já sabia que seria nomeado Diretor do Departamento de Educação em Ipuã no ano seguinte, e que o Estado proibia afastamento mesmo que sem remuneração, portanto teria que escolher entre uma coisa ou outra.

Como se preza todo professor responsável e ético, eu já havia explicado a situação à Diretora da escola, cujo nome eu esqueço (o nome da diretora, não o da escola) e ela sabia que eu poderia nem assumir as aulas.

Já começado o ano de 2005, porém de férias do Estado e sem ter começado o ano letivo, vejo cair na minha conta meu primeiro provento de professor efetivo do Estado.

O valor era R$750,00 e se eu exonerasse, ficaria com o salário, afinal fui professor efetivo do Estado 1 mês.

Então me telefona uma pessoa da escola me perguntando se eu já havia tomado a decisão. Eu a comunico que infelizmente eu deixaria as aulas que minha missão naquele momento era na minha cidade etc e tal.

A pessoa me informa que nestes casos eu deveria enviar documentação e explicou toda a burocracia. E nesta burocracia, não me recordo bem os detalhes, funcionava o seguinte: caso eu exonerasse após o mês de janeiro (estávamos nos últimos dias do mês), eu ficaria com o salário; porém, caso eu exonerasse antes, teria que devolver o dinheiro aos cofres públicos.

Antes que eu pudesse dizer que esperaria mais 2 dias, ouvi um "entretanto" da pessoa.

Não recordo bem a burocracia que explicava o fato, mas o fato é que se eu exonerasse em fevereiro, eu ficaria com o dinheiro, e uma pessoa viria transferida de outra cidade; mas se eu exonerasse antes, devolveria o dinheiro e as aulas seriam atribuídas a uma professora que lecionava na escola há anos, e que prestes a se aposentar, viu com tristeza sua não aprovação no concurso (ela não era efetiva) e o cargo que estava há anos ser preenchido por "estrangeiros".

Quem me conhece já sabe o que eu decidi.

Pior é que ao devolver o salário pro Estado, não sei bem porque, acho que encargos ou taxas, devolvi R$50,00 a mais do que recebi.

Pensei em cobrar da Professora pelo menos estas 50 pratas.

Mas não o fiz.

Na época eu ainda contava com alguma religiosidade, lembro de ter pensado: Deus me dará em dobro.

E deu.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A Beija Flor e o Ditador.

Concordo que errou e feio a escola de samba carioca Beija Flor, ao receber patrocínio do Governo da Guiné Equatorial, governada pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo (que esteve presente no desfile) que há 35 anos governa aquele país com mão de ferro.

Acusado de violar direitos humanos na Guiné Equatorial, de promover prisões ilegais, torturas e mortes, além de apropriação do dinheiro público que o teria tornado um dos homens mais ricos de seu país, dono de imóveis em vários países, inclusive o Brasil, Mbasogo é uma figura execrável, como todos os ditadores.

Eis que sabe-se lá por quais razões, a Beija Flor resolveu homenagear o país africano, indiretamente promovendo a imagem de seu ditador.

A escola é acusada de ter vendido seu samba enredo, fazendo uma "tabelinha" com o ditador: usar seu país como tema em troca de "apoio cultural" para o desenrolar do enredo. O valor arrecadado teria sido na ordem de 10 milhões de Reais.

Não acho ético uma escola de samba (patrimônio imaterial do país, como o futebol, cuja semelhança com o fato acima descrito será abordado ao final deste texto) receber dinheiro sujo de sangue e fedendo a ditadura, para poder participar do "maior espetáculo da Terra".

Mas convenhamos, por que tamanha revolta?

As escolas sempre foram bancadas por bicheiros com estreitas ligações com o crime organizado. Ligações estas, estendidas às escolas de samba.

Dinheiro de Ditador não é ético, mas de Bicheiro é?

Dinheiro de Ditador é sujo de sangue de mortes e torturas advindas da luta dos opositores, mas dinheiro de traficante não é sujo de sangue (da morte de policiais, de civis inocentes ou usuários)?

Dinheiro de quem explora o país não pode, mas de quem explora a contravenção e o tráfico podem?

Pura hipocrisia.

Como seria hipocrisia não lembrar que em 2010 a Seleção Brasileira realizou (ou melhor, a CBF vendeu) amistosos preparativos para a Copa do Mundo daquele ano, contra a seleção do Zimbábue, do ditador Robert Mugabe.

Seleção Brasileira pode receber dinheiro sujo de sangue advindo de ditador, escola de samba não pode?

Guerra Civil por Guerra Civil, a nossa me preocupa muito mais.

Quero dizer que tanto a escola de samba como a seleção praticaram atos, a meu ver, que fere princípios éticos, agravados pelo fato de serem, repito, patrimônios imateriais do povo brasileiro, o samba e o futebol.

Como também sou contra a relação promíscua das escolas de samba por com contraventores e criminosos organizados, razão pela qual há anos não acompanho e sequer torço por qualquer agremiação de samba, seja no RJ, seja em SP.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Produtos transgênicos.


A mais recente cruzada pessoal tem sido contra o consumo de produtos transgênicos comercializados no país.

Produtos à disposição em qualquer supermercado, todos identificados pelo símbolo acima conforme a legislação brasileira determina.

Curioso é que depois que comecei a procurar o símbolo acima nos rótulos dos produtos comprados, percebi que o lixo transgênico infecta mais produtos do que pensava.

A marca Yoki por exemplo, 99% dos produtos são transgênicos.

O chiclete plets, que tanto marcou minha infância e adolescência, já vem com o T em sua embalagem, certamente por conter derivado de milho na sua composição.

O milho que no Brasil dá origem à cerveja, diferentes de outros países que utilizam cereais nobres, certamente é transgênico e portanto a cerveja nacional deveria conter o aviso em seu rótulo.

Biscoitos, bolachas, farofas, enfim, uma infinidade de produtos que cada vez mais torna difícil minha luta.

Esta luta tem inclusive causado problemas familiares.

Todas as marcas de óleo de soja que eu pesquisei eram derivadas de sojas transgênicas, o que tem causado um certo desconforto aqui em casa, com a  relutância de se preparar alimentos com óleos de canola ou girassol, mesmo com a garantia de que eu arcarei com a diferença no valor.

Ouço como alegação que o problema não é o preço, mas o paladar mesmo.

Talvez se trocassem o símbolo acima pelo símbolo abaixo, as pessoas se conscientizariam. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Ivete Sangalo em Votuporanga.

Ivete "Sonho dourado da elite social ipuanense" Sangalo estará logo mais se apresentando na vizinha cidade de Votuporanga.

Será a primeira vez que a estrela do axé brasileiro deixará a boa terra durante os festejos de momo para se apresentar em outra localidade.

E "escolheu" a cidade de Votuporanga, no interior paulista.

Tradicionalmente ela descansa na terça de carnaval, mas este ano resolveu interromper o descanso.

No que imagino: quanto custou o fato dela interromper uma folga tradicional e se apresentar fora da Bahia durante o Carnaval?

Não faço ideia.

Sei que o sonho dourado está cada vez mais distante de se apresentar em terras ipuanenses, que sequer carnaval realiza, o que dirá Ivete Sangalo em Expuã?

Sorte que há 3 anos que ninguém mais pede Ivete na Expuã, estranhamente.

Expuã, que rumores dão conta que pode nem realizar-se neste ano de 2015, no que eu duvido que aconteça. Sei que será realizada, modesta como tem sido nos últimos anos e como deve ser em tempos de crise econômica.

Além do mais, um ano terminado em 15 sem realizar Expuã seria uma baita ironia.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Marchinhas politicamente incorretas.

Bota a camisinha.
Incentivo ao sexo por prazer sem fins de procriação.

Cabeleira do Zezé.
Questiona a sexualidade do Zezé e também seu caráter tão somente por ostentar uma vasta cabeleira. Fere, portanto, os direitos homossexuais e estereotipa os cabeludos.

Cachaça.
Incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas ao promover a confusão entre água e cachaça, além de incentivar o desperdício de água em tempos de racionamento. Deveria encerrar com as mensagens "Se for dirigir não beba" ou "Beba com moderação" (esta última, tanto a cachaça quanto a água).

Jardineira.
Exploração de tragédias como faz programas como Cidade Alerta e similares. Apelação para conseguir audiência, usando tragédias do cotidiano, como o drama da Camélia que caiu do galho deu 3 suspiros e depois morreu.

A pipa do vovô.
Bullying com a terceira idade.

Tomara que chova.
Propaganda do PSDB para culpar São Pedro pela falta de água.

Maria Bonita.
Machismo.

Mulata Bossa Nova.
Desconstrução da imagem feminina afro descendente e exploração negativa da imagem da mulher.

O teu cabelo não nega.
Discriminação racial e imposição de padrões de beleza.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Nos palanques da vida.

Não sou versado nas letras jurídicas, mas consigo fazer a seguinte analogia.

Em 2008 eu ainda estava no Departamento de Educação em Ipuã quando fui procurado pelo Prefeito que me deu a ordem de correr atrás das faculdades que quisessem assinar convênio com o Município para que pudéssemos conceder um auxílio aos estudantes universitários.

A faculdade entraria com 20% e a Prefeitura outros 20%.

Fizemos um levantamento com as faculdades que recebiam alunos ipuanenses e que realizavam tal convênio.

A notícia logo se espalhou e vários estudantes me procurou querendo saber maiores detalhes.

Reis que aconteceu algo que não apenas foi um balde de água fria como acelerou minha saída do Departamento.

O Diretor Jurídico fez o Prefeito colocar o pé no freio na sua intenção, argumentando que pela lei de responsabilidade fiscal, a Prefeitura não poderia criar despesa nova no último ano do mandato (no caso 2008), em suma, não poderia gastar com algo que não fora gasto nos 3 anos anteriores do mandato.

Uma medida de se evitar politicagem, acredito eu. Para se evitar uma prática comum em cidades pequenas (aqui mesmo num passado não muito distante) onde muitas vezes o Prefeito deixa de investir nos primeiros anos de mandato para poder investir no último e, a última impressão é a que fica, pode se reeleger.

O mesmo ocorreu em 2012 quando a implantação do transporte público coletivo (circular) em Ipuã não ocorreu por ser um gasto novo. Um projeto não levado adiante até agora.

Pois veremos no ano que vem, um exemplo análogo.

A atual administração não promoveu carnaval nos 3 primeiros anos de seu governo, portanto realizá-lo em 2016 seria um gasto novo com algo que nunca foi gasto nos 3 anos anteriores.

A questão é: terá o jurídico, agora que a administração municipal é do seu partido, o mesmo entendimento?

Caso ele faça parecer diferente, ficará claro para mim que o único objetivo no passado era praticar o que chamo de microboicote e assim favorecer, disfarçadamente, a candidatura do partido da qual ele é filiado.

Não me assustarei se ano que vem for implantado o circular e realizado carnaval, além de outras despesas novas, especialmente criadas para ano eleitoral; tudo com aval legal do Departamento Jurídico.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Com o lápiz na mão.

Não me recordo de haver qualquer tipo de comemoração carnavalesca nos meus tempos de escola.

Curiosamente, recordo apenas das aulas recomeçando na quinta feira pós carnaval, para o flagelo de todos nós, alunos sobreviventes do feriado.

Mas invariavelmente emendávamos a semana.

Hoje vejo nas escolas em que trabalho, comemorações diversas, com música, máscara, confete e tudo mais.

De onde concluo que a escola hoje deve ser mais divertida que no meu tempo, que nem faz tanto tempo assim.

Recordo agora que sobre carnaval, apenas as aulas de Educação Artística, onde nossos desenhos eram todos eles dedicados ao tema carnaval, algumas vezes até com a confecção de máscaras.

E só.

Baile, música, confete, nada disso passava nem perto.

Que bom que hoje não é mais assim!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Fatos ocorridos em uma Sexta feira 13.

Foi em uma sexta feira 13 que...

* O Regime Militar decretou o Ato Institucional 5 (AI 5), em dezembro de 1968.

* Cavaleiros Templários, a mando de Luís IV, massacraram soldados, em outubro de 1307.

* Nasceu o assaltante Butch Cassidy, em abril de 1866.

*  Um avião da Força Aérea Uruguaia caiu nos Andes, em outubro de 1972.

* Naufragou o Cruzeiro Costa Concórdia, na Itália em janeiro de 2012.

* Poderia ser a data que o asteroide 99942 Apophis iria se chocar com a Terra, segundo cálculos matemáticos já descartados, em 2029.

* Ocorreu o acidente com a missão Apollo 13, em abril de 1970.

* Nasceu Fidel Castro, em agosto (agosto?) de 1926.


Mas também, foi em uma sexta feira 13 que...

* Presidente Woodrow Wilson, chegou à Normandia para iniciar um acordo de paz, em dezembro de 1918.

* Que a banda Black Sabbath, lançou o álbum Black Sabbath, em fevereiro de 1970.

* Nasceu o cineasta José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão, em março de 1936.

* Começaram os Jogos Olímpicos de Atenas, uma das melhores participações do Brasil em Olimpíadas, em agosto de 2004.

* Nasceu o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, em dezembro de 1912.

* Segundo a crença católica, Nossa Senhora apareceu para 3 crianças pela 3ª vez, em Fátima, Portugal, em julho de 1917.

* Lulla foi vaiado na abertura dos Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, em julho de 2007.

* Foi inaugurado o letreiro de Hollywood em Los Angeles, em julho de 1923.

* Este que vos escreve fez 13 anos, em outubro do ano de mil novecentos e não é da sua conta.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Celeuma no concurso em Ipuã.

Informações dão conta de que houve uma, das várias provas realizadas no concurso público em EUA domingo passado foi na verdade, copiada da internet.

Já foi protocolada na Prefeitura Municipal uma resposta do chefe do executivo sobre o caso.

A prova em questão teria sido toda ela encontrada na rede de computadores por uma candidata. Na mesma sequência, inclusive.

Como se não tivessem tido o "capricho" sequer de alterar alguma questão para, assim, desconfigurar que foi copiada e não elaborada.

Em se confirmando a informação, teremos então um concurso sob suspeita.

Se por um lado não se pode comprovar o favorecimento de algum candidato que, de posse da informação de que a prova estaria disponível na internet, teria acesso às questões antes de sua realização, por outro lado o ato de copiar a prova tal como foi encontrada no site foi um grande equívoco da empresa realizadora do certame, que com isso, abre margem para especulações desta natureza.

Ainda no campo das especulações de que de fato a prova foi copiada, teremos ainda um "recibo de incompetência" da empresa, que na impossibilidade de elaborar prova mais complexa para concurso a cargos específicos, optou por copiar da internet ao invés de contratar alguém da área para elaborá-la.

E pior, sem citar a fonte da qual foi retirada a questão, o que no meu parco entendimento jurídico, recebe o nome de plágio.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PSDB faz com PT, o que PT fez com PSDB.

O que os partidos de oposição fazem hoje, de maneira equivocada diga-se de passagem, é nada menos que a mesma coisa que o PT fazia quando era oposição.

A diferença é que a hipocrisia mudou de lado.

PSDB que antes reclamava do exagero petista, hoje não vê exagero em pedir o afastamento da Presidenta Dilma.

E o PT que hoje diz que há um golpe contra o partido, não chamava de golpe sua trama para afastar o presidente FHC.

Isso é um ótimo exemplo da alternância de poder que a velha política promove neste país.

Será assim eternamente enquanto PT e PSDB se alternarem no poder.

Enquanto pensa nisso, leia aqui.

E assista ao vídeo abaixo, da época em que Lulla articulava o afastamento do Presidente Fernando Collor (hoje amigos de coalizão partidária).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

IPTU 2015 chegando.

Chegaram nossos IPTU's, caros concidadãos ipuanenses.

Os primeiros após o reajuste da planta genérica de valores (em alguns casos um aumento de 120%) a que a Administração Municipal nos brindou para 2015, com aprovação da Câmara Municipal de Vereadores.

Pelo menos da maioria dos vereadores.

Quando reclamarmos dos aumentos nas contas de luz e dos combustíveis a que o Governo Federal nos impôs, deixemos um pequeno espaço para os reajustes dos impostos municipais também.


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Nos palanques da vida.

Quando fui Vereador (2001 - 2004) presenciei, algumas vezes na qualidade de protagonista, embates entre vereadores.

A maioria das vezes, a contenda envolvia o maniqueísmo oposição x situação, mas houve também embates entre vereadores do mesmo posicionamento político, o que evidenciava que o blogo (geralmente governista) já não era tão coeso e as rachaduras só não estavam visíveis ainda.

Em quase todos houve um certo respeito de parte a parte, sem ofensas, baixarias ou palavras de baixo calão.

Havia exageros sim, palavras mais fortes, acusações mais diretas, rispidez, mas repito, nos 4 anos em que fui vereador não consigo recordar alguma discussão, por mais calorosa, deixando o caminho do embate em direção ao combate.

Como não era praxe também a intervenção do Presidente, cuja função deve ser mediar o confronto de ideias, sem tomar partido, mantendo assim o bom nível do debate.

A não ser quando o embate se travava entre algum Vereador e o Presidente da Câmara, que neste caso então tem todo o direito de externar sua opinião e responder, desde que deixando a presidência para fazê-lo, como exigia o regimento interno.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Com o lápis na mão.

Infelizmente não vou lembrar seu nome.

Passados mais de 25 anos do ocorrido e a memória cada vez mais traiçoeira.

Mas ele há de me perdoar pelo esquecimento, caso esteja lendo este blog.

Eu estava na quinta ou sexta série e ia mal das pernas em matemática.

Meu pai resolveu contratar um professor particular para dar um reforço na difícil matemática e ensinar a mim e minhas irmãs.

Coisa normal hoje em dia, com muitas e boas opções de aulas particulares sobretudo em matemática.

O pitoresco que justifica este relato se deve ao fato de que este professor vinha de fora, ensinava de casa em casa com dia e hora marcada, os alunos com dificuldade na disciplina.

Como aqueles médicos de antigamente que iam às casas dos pacientes ao invés destes irem ao seu consultório.

Sempre à noite, pois acho que ele tinha outro emprego durante o dia. Talvez fosse até professor na rede estadual, não recordo e não cheguei a perguntar.

Como também não faço a menor ideia de como meus pais chegaram até ele e o contrataram.

Sobre outros alunos também não sei, recordo apenas dele perguntando onde ficava a casa de uma prima minha pois ele iria começar a dar aula para ela também.

Para este texto não ficar com tantas desinformações, pesquisei aqui em casa as informações necessárias.

Pasmem, ninguém aqui se recorda.

Eu não posso ter sonhado isso e descarto também a hipótese de um amigo imaginário, versado nas ciências exatas e com boa didática, pois não reprovei 1 ano sequer, que durante 1 ano inteiro me ensinou esta difícil disciplina.

Leitores ipuanenses (6, dos 9 leitores deste Blog), caso vocês se lembrem de um professor de matemática que nos anos 80 vinha de fora para ensinar, de casa em casa, estudantes com dificuldade, favor enviar informações do tipo nome, cidade, placa do carro, qualquer coisa, pois a hipótese do tal amigo imaginário começa a me assombrar.

Urgente, antes que eu vá para a cadeira do analista.

Dilma é cigana ou se "ingana"?

Veja o que disse nossa Presidenta em pronunciamento em cadeia nacional em dezembro de 2012:

Os grifos são do Blog.


(...)"O Brasil vive uma situação segura na área de energia desde que corrigiu, em 2004, as grandes distorções que havia no setor elétrico e voltou a investir fortemente na geração e na transmissão de energia. Nosso sistema é hoje um dos mais seguros do mundo porque, entre outras coisas, temos fontes diversas de produção de energia, o que não ocorre, aliás, na maioria dos países".
(...)
"o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata, significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo".
(...)
Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas.
(...)
Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anunciado.

Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país.
(...) 


Hoje, com apagões e aumento no valor da tarifa, o fatídico discurso beira o ridículo.

Aliás como o próprio (des)governo dela.

 


Caso queira rir mais da nossa própria desgraça, o e-leitor pode ouvir o discurso na íntegra clicando aqui.