sábado, 21 de novembro de 2020

Diário de um pai fresco: A descoberta.

Desde que eu soube que seria pai, em meados de agosto de 2020, confesso que pensei muito se deveria compartilhar algumas curiosidades dessa vida de pai recente, ou fresco, se preferirem.

Curioso como me vem à cabeça agora que, dentre as pessoas que me conhecem bem, não irão associar o adjetivo "fresco" com o pejorativo trocadilho homofóbico que muitas pessoas fazem aos pais recentes, mas ao sinônimo de enjoado, sensível, aquele que tem frescura, pois a maioria pensa isso, erroneamente, de mim, só por causa de uma ou outra mania, inclusive de limpeza e assepsia.

Mas o sentido do "fresco" do título dessa série, que ora se inicia, é de novo, recente; enfim, será o diário de um pai que virou pai recentemente, é isso.

Explicado o título, passamos ao começo de tudo e, se você é pai, vai saber o que estou dizendo.

Tudo começa com um certo atraso, se é que me entendem, e isso basta para viramos experts no assunto:

- É assim mesmo!

- É stress.

- Meu ciclo tem vez que fica longo.

- Meu ciclo tem vez que fica muito longo!

E quando esgotam-se todas as alternativas cientificamente comprovadas como eficazes, como rezar e perguntar aos amigos se com eles aconteceu o mesmo, é que o casal procura uma método mais antiquado para tirar a dúvida: um médico.

E foi em um desses que ouvimos que o atraso poderia ser problema de saúde ou gravidez, e pelo sim pelo não, melhor fazer exame de gravidez para descartar.

Confesso que a gente fica torcendo nesse caso que seja gravidez. E confesso também que tenho certeza que ao sairmos do consultório, o médico deve ter balançado a cabeça e pensado "bobinhos".

Claro que ele sabia que era gravidez, ele é médico pô!

E não é que no caso foi mesmo? Exame aberto na porta do consultório, abraços, choro, beijos, choro, risos, choro, mais choro e choro.

Então retorna-se ao médico com os olhos vermelhos e o exame e, claro, o pai da criança agora entra junto.

Ir com a mulher ao ginecologista é uma experiência que eu recomendo a todos vocês.

É uma especialidade que, salvo nesses casos, nós nunca iremos em nossa vida, então a gente não sabe bem o que perguntar.

O bom é que ele próprio vai explicando e preenchendo um monte de coisa. Eles têm uma espécie de tutorial e muito bom, porque até dúvidas que eu tinha ele respondeu sem eu perguntar (de hoje em diante só me consulto com ginecologista).

Foi nessa consulta que fiquei sabendo duas coisas que me fundiu a cuca: gravidez são contadas em semanas e a contagem começa no primeiro dia que "parou de vir".

Contar gravidez por semana até entendo, mesmo que fique difícil fazer as contas.

- De quanto tempo sua mulher está?

- 18 semanas?

- São quantos meses?

- Sei lá quantos meses são, 1 mês são 4 semanas e 2 dias, faz as contas aí!!!!!!

O que não dá pra entender, é porque contar o tempo da gravidez desde quando meu filho era um gameta feminino com a mãe e um gameta masculino com o pai, pois é isso o que o Gael ou a Liv era no 1º dia que "parou de vir".

Isso não vou entender.

Obs: Texto escrito antes dos pais saberem o sexo da criança.

2 comentários:

  1. A partir do momento em que as mamães passam a visitar com frequência os(as) ginecologistas, nós percebemos que elas adotam um novo deus em suas vidas: seus médicos.

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  2. Você ainda não descobriu nada Primão!
    Espere o que ainda virá. É uma montanha russa!

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