Aliás,
os fiascos em carnavais lá são a exceção, não a regra.
Como
não recordar dos carnavais da minha infância quando ia, acompanhando meus pais,
aos bailes de carnaval. Ainda era criança e preferia os bailes às matinês.
O
primeiro que eu recordo, data do ano de 1988.
Morávamos
ao lado do correio e os preparativos para o carnaval ocupavam o final da tarde
e começo da noite toda.
Eram
outros tempos, de maior segurança e mais confiança nas pessoas, como alguns dos
fatos a seguir me levam, hoje, a crer:
Meu
pai, junto com seus amigos, compravam garrafas de vodca para levar no baile.
Penso que o objetivo do baile no Country Club não deveria ser arrecadar dinheiro,
afinal permiti aos foliões a entrada com bebida.
Garrafas
de vodca que ficavam nas mesas enquanto o pessoal pulava carnaval.
Não
me recordo de uma única confusão, tampouco que as garrafas tenham sido usadas
como armas por foliões mais alterados.
E
já que levavam a vodca, levavam também açúcar e limão para se fazer uma
caipirosca. Mais farofeiro que isso, impossível.
A
curiosidade fica por conta do seguinte: meu pai, como sempre usava canivete na
cintura, levava o canivete no baile para cortar os limões.
Você
consegue imaginar esta cena hoje? Por mais que saiba que trata-se de uma pessoa
de bem, etc e tal, mas já imaginou se permitir que alguém entre em um baile com
um canivete na cintura?
Mas
como disse, eram outros tempos. Tempos em que a confiança era retribuída com
respeito por parte das pessoas.
Não
me recordo de uma única confusão nestes bailes. Aliás, o que recordo mesmo é da
alegria com que todo mundo curtia a festa.
A
noite acabava sempre na casa de alguém (cada dia na casa de um) com a famosa
canja pra curar a bebedeira.
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