domingo, 17 de fevereiro de 2013

Nos palanques da vida.

Quando assumi a Câmara, junto com meu então grupo político, também fomos alvos da "fúria" de parte do eleitorado que não via com bons olhos algumas indicações do Prefeito para cargos na administração.

Nosso grupo de vereadores era muito coeso e reuníamos sempre para discutir não só questões relativas à Câmara, mas "trocar figurinhas" sobre o Executivo municipal.

Chegamos a uma conclusão sobre a reclamação das pessoas quantos aos cargos escolhidos: eram motivações diferentes.

Havia quem reclamasse por inveja, pois queria o cargo que fora dado a outra pessoa; por ciúmes, não queria tal pessoa em cargo melhor que o teu; vingança, não aceitava que alguém que votou contra ou que tivesse mudado de lado recentemente assumisse cargo importante.

E também havia quem reclamasse que tal pessoa era incompetente para aquele serviço.

Nessas reuniões, ouvi de um velho cardeal: "Não adianta reclamar, quem escolhe é o Prefeito e ponto final".

No que ele estava muito certo, afinal quem é responsabilizado por uma escolha errada é o Prefeito, nada mais justo que ele arcar com o ônus da escolha.

Quando assumi o Depto de Educação, nunca deixei de falar o que eu pensava sobre assuntos que não eram da minha responsabilidade. Em resumo: palpite onde eu não era chamado.

Mesmo sendo prerrogativa exclusiva do Prefeito, sempre mostrei meu descontentamento quanto a algumas indicações em áreas estratégicas como compras, jurídico, convênios e infraestrutura para pessoas que, na minha opinião, não deveriam.

Foi então que em meio a uma reunião onde reclamávamos sobre o assunto com o Prefeito, que me veio a frase que eu ouvira quando vereador.

Mas o que fazer? Eu não conseguia ficar quieto.

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