A frase que mais se aplica ao Dep. Marco
Feliciano no momento é, ironicamente, de Andy Warhol: "Todo mundo tem
direito a 15 minutos de fama".
O que o nobre deputado está experimentando os
15 minutos de fama que jamais teria em uma atuação parlamentar cotidiana.
Alçado à condição de celebridade nacional, o
Deputado Feliciano serviu aos propósitos de gente como Renan Calheiros, José
Genoíno e João Paulo Cunha (este último, distinto cidadão Ipuanense por título
outorgado pela Câmara Municipal, Legislatura 2009 - 2012).
Ninguém mais se lembra do abaixo assinado
pela renúncia de Renan na Presidência do Senado, nem do fato de dois
mensaleiros condenados pela mais alta corte do país ocuparem a Comissão de
Constituição e Justiça.
Apenas o nobre Deputado não percebeu que foi
usado como "boi de piranha". Sua nomeação na Comissão de Direitos
Humanos e Minorias desviou as atenções negativas sobre os políticos acima
citados dentre tantos outros que eram alvos dos ataques da sociedade
mobilizada.
Mas não pensemos que o Dep. Marco Feliciano
é um coitadinho nessa história.
Essa exposição toda em caráter nacional
certamente lhe renderá outras centenas de milhares de votos, provenientes da
grande parcela do eleitorado que se vê representada no radicalismo do
discurso fundamentalista religioso do Deputado Pastor.
Feliciano representa a boa e velha direita
ultraconservadora que mascarada por argumentos religiosos vez por outra
insurge-se sob o discurso de moral, bons costumes e em defesa da família
brasileira.
Em outros tempos, o mesmo discurso religioso
(promovido por setores conservadores da Igreja Católica) de defesa da família e
Deus, apoiou um golpe de estado no Brasil que nos proporcionou uma ditadura de
20 anos.
São eleitores assim que elegem Afanásios
(lembram dele?), Bolsonaros e agora, os Felicianos.
É um nicho eleitoral que quem consegue
entrincheirar-se nele colhe bons frutos durante um bom tempo, até que
apareça outro candidato com o mesmo discurso em outra roupagem para cair no gosto de
tais eleitores.
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