Pra que comemora-se o Dia Internacional da Mulher afinal? Pergunta um afoito, leitor escondido sob o manto do anonimato.
Certamente a tenra idade do anônimo blogonauta ainda não lhe permite entender o óbvio: O mundo é Delas.
Mundo? Quiçá a galáxia, seja a nossa própria, a Via Láctea, seja sua vizinha Andrômeda e todas as demais conhecidas e supostas.
A data de hoje não é para celebrar o dia Delas, mas para podermos dizer o óbvio sem que nossa macheza jurubeba seja posta em xeque.
Dia de afirmarmos aquilo que negamos o ano todo, sem o risco de que nosso alter ego de Ogro da floresta seja desmascarado.
Confessamos, na data de hoje, a superioridade, a necessidade e o nosso amor e dependência em relação a Elas.
Hoje nos reservamos ao direito de sermos "fofos" como Elas mesmas nos chamam quando somos sentimentais. Sem pieguice.
Muito embora o correto seria fazê-lo todos os dias.
Dia de admitir certas verdades inquestionáveis:
Elas são os astros e nós os satélites. Meros astros girando em sua órbita.
Somos ilhas neste oceano. Imersos, cercados por todos os lados.
Meras abelhas a digladiar pelo néctar destas flores. Mestre Adoniran se disse "lâmpida" e Elas, as "mariposas". Com as devidas vênias ao brilhante poeta paulistano, símbolo maior da música da Pauliceia Desvairada, Nós é quem somos as mariposas.
Somos os catetos desta hipotenusa. São necessários os quadrados de dois de nós para obter o resultado do quadrado de uma Delas.
Deixemos de lado nossas machezas jurubebas e celebremos o dia Delas.
Ou melhor ainda, com Elas.
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