4ª série, último ano do antigo primário.
A escola era a Vereador Alberto Conrado e o
ano, Mil Novecentos e Deixa Pra Lá.
Minha professora chamava-se Marli. Não era
de Ipuã, era de São Joaquim da Barra.
Foi a primeira professora que tive, a
"cortar" dos alunos o uso do "Tia" como pronome de
tratamento usado para professoras do primário.
Certamente já nos preparando para as séries
vindouras (5ª - 8ª) quando "Tia" é extirpado do vocabulário discente.
Nós a chamaríamos por Professora ou por Dona
Marli.
Por alguma razão, destas sem muita
explicação, houve uma simpatia mútua entre mim e ela. Estreitada pelo fato do
marido dela ser rotariano e como meu pai também era, sempre se encontravam em
reuniões do Rotary em Ipuã ou São Joaquim da Barra.
Recordo que certa vez meu pai chegou em casa
vindo de uma reunião do Rotary e ao ser perguntado pela minha mãe sobre a
quantidade de pessoas na reunião, ele respondeu dizendo alguns nomes e fechou
dizendo:
- E o marido da professora.
Durante aquele ano todo, o companheiro de
Rotary da cidade vizinha ficou apelidado em minha casa como "o marido da
professora".
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