Tive a oportunidade de, como Diretor do
Depto de Educação e Cultura, trazer para Ipuã, em duas oportunidades, um curso
de iniciação em teatro.
Tratava-se de um curso realizado
gratuitamente, em parceria com a Oficina Cultural "Cândido
Portinari", de Ribeirão Preto, órgão ligado à Secretaria Estadual da
Cultura e que sempre oferecia cursos de curta duração.
Em duas oportunidades, escolhi o teatro.
O curso era destinado aos alunos das escolas
públicas e dado ao número limitado de vagas, a saída para atender à demanda foi
oferecer o curso em uma escola de cada vez.
Não chegava a ser um curso completo, como
dito acima era um curso de iniciação, mas certamente foi a porta de entrada
para muitos alunos no mundo da cultura.
Fico feliz de poder ter levado cultura a
quem não teria oportunidade não fosse o nosso empenho.
Maior felicidade ainda pelo fato de ter
realizado um sonho (e promessa minha de campanha): O teatro sendo usado com
função social. Uma das turmas que fizeram o curso, escreveu e encenou uma peça
com temática sobre saúde bucal.
Ver o teatro usado não apenas como entretenimento,
mas também como informação, foi muito gratificante.
Mas como nem tudo são flores...
Recebi críticas de pais de alunos de escolas
particulares que queriam a participação de seus filhos nestas oficinas.
Argumentei que o investimento, no caso, era destinado a público específico:
alunos de escolas públicas.
Hoje, passados 6 ou 7 anos, vejo que a
semente que plantamos rende frutos. Prova inconteste são as aulas de teatro que
constam na grade curricular da escola de tempo integral do município desde a
sua inauguração.
Reflexo da procura dos alunos certamente
influenciados por aqueles cursos que trouxemos.
Pena que haja pouca verba no orçamento da
cultura em todas as esferas de poder. Na federal é o menor orçamento entre os
ministérios.
Pena que cultura seja tão desvalorizada
pelas políticas públicas e por boa parte da população.
Pena que nem sempre quem é responsável
entenda do assunto.
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