Hoje é Dia da Consciência Negra.
Mas pouca gente se lembra, sabe apenas que é
feriado.
O sentido de um feriado é um dia de ócio
para as pessoas refletirem sobre a data em questão.
Dia 7 de setembro devemos (ou pelo menos
deveríamos) refletir sobre a liberdade do Brasil enquanto nação, na sua
soberania; o 15 de novembro sobre o fim da Monarquia e surgimento da República,
etc...
Hoje é uma data para nos conscientizarmos
sobre a dívida histórica que temos com a raça negra que ajudou a construir este
país, seja pela mão de obra (traficada da áfrica) seja socioculturalmente,
fazendo do Brasil esse caldeirão étnico tão peculiar que nos difere das demais
nações.
Dia de lamentar que a colaboração do negro
no país foi feita às custas do tráfico de escravos, que aqui sofreram durante
séculos de opressão e privação do bem mais precioso do homem: a liberdade.
Dia de ficarmos felizes pela presença da
cultura afro em nossas vidas, no esporte, música, cinema, TV, culinária,
idioma, ...
Dia de lembrarmos que existe sim preconceito
em nosso país, não institucionalizado ou mesmo declarado, mas um preconceito
que se manifesta timidamente de maneira sutil, quase imperceptível, mascarado
pelo argumento de que o preconceito é social e não racial.
Dia de valorizar a ascensão social de uma
nação inteira que vem conseguindo subir os degraus sociais em busca de
condições de vida melhores que a dos seus antepassados.
E quem sabe um dia, de fato, as pessoas
sejam julgadas pelo seu caráter e não pela cor da sua pele como sonhou um negro
norte-americano forte, sem brinco de ouro na orelha.
E da mesma maneira que nos EUA, ao eleger
tempos atrás (e reeleger semana passada) um negro Presidente, as crianças
negras começaram a ter em quem se espelhar, no Brasil estudantes negros possam
olhar o Min. Joaquim Barbosa e se ver devidamente representados e dizer as
palavras do brow americano: Yes, we can!
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