terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência negra

Hoje é Dia da Consciência Negra.
Mas pouca gente se lembra, sabe apenas que é feriado.
O sentido de um feriado é um dia de ócio para as pessoas refletirem sobre a data em questão.
Dia 7 de setembro devemos (ou pelo menos deveríamos) refletir sobre a liberdade do Brasil enquanto nação, na sua soberania; o 15 de novembro sobre o fim da Monarquia e surgimento da República, etc...
Hoje é uma data para nos conscientizarmos sobre a dívida histórica que temos com a raça negra que ajudou a construir este país, seja pela mão de obra (traficada da áfrica) seja socioculturalmente, fazendo do Brasil esse caldeirão étnico tão peculiar que nos difere das demais nações.
Dia de lamentar que a colaboração do negro no país foi feita às custas do tráfico de escravos, que aqui sofreram durante séculos de opressão e privação do bem mais precioso do homem: a liberdade.
Dia de ficarmos felizes pela presença da cultura afro em nossas vidas, no esporte, música, cinema, TV, culinária, idioma, ...
Dia de lembrarmos que existe sim preconceito em nosso país, não institucionalizado ou mesmo declarado, mas um preconceito que se manifesta timidamente de maneira sutil, quase imperceptível, mascarado pelo argumento de que o preconceito é social e não racial.
Dia de valorizar a ascensão social de uma nação inteira que vem conseguindo subir os degraus sociais em busca de condições de vida melhores que a dos seus antepassados.
E quem sabe um dia, de fato, as pessoas sejam julgadas pelo seu caráter e não pela cor da sua pele como sonhou um negro norte-americano forte, sem brinco de ouro na orelha.
E da mesma maneira que nos EUA, ao eleger tempos atrás (e reeleger semana passada) um negro Presidente, as crianças negras começaram a ter em quem se espelhar, no Brasil estudantes negros possam olhar o Min. Joaquim Barbosa e se ver devidamente representados e dizer as palavras do brow americano: Yes, we can!

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