sábado, 1 de setembro de 2012

Com o lápis na mão

Uma história pra lá de surreal.
Eu fazia cursinho, era uma aula de biologia quando na metade da aula, gritos histéricos femininos (e alguns gritos suspeitos masculinos) atrapalharam o professor.
A sala toda, coisa de 60 alunos e o professor, parou para ver o que estava acontecendo.
Imediatamente, ainda sobre gritos, descobriu-se que uma barata caminhava pela sala aterrorizando alunas e alunos.
Dava pra saber por onde a barata passava, pois as pessoas vendo o inseto sob suas carteiras mexiam-se assustadamente.
Eis que percebendo que a barata fugiria pela porta da sala, escapando impunemente, o Blogueiro mais que depressa soergueu-se e com uma rápida pisada, antecipou a morte do tão temível monstro que aterrorizou os colegas de sala.
A paz e o sossego restabelecidos seria hora de voltarmos à aula.
Engano puro...
O professor foi até o animal morto e disse:
- Barata é composta em sua maior parte, de gordura. Ao matá-la, não basta apenas pisar, ela pode em alguns casos, se recompor após algumas horas e fugir novamente.
A sala toda ouvia suas explicações.
E concluiu:
- É preciso destruir o sistema nervoso dela.
E nesse instante, pegou a barata pisoteada, com as mãos e dizendo "É assim que se mata uma barata", esmagou com a mão a cabecinha dela.
As mulheres da sala gritaram freneticamente, dessa vez não de medo, mas de nojo.
Tempos depois, o mesmo professor, numa aula sobre vermes, levou exemplares de várias espécies, conservados em vidros com álcool, para ilustrar a aula.
Eis que terminadas as explicações, o professor disse que agora a aula seria prática e algumas pessoas conheceriam na real, como era a textura da pele desses invertebrados.
Nessas horas, os professores fazem leitura corporal e facial dos alunos para saber quais são os alunos com mais medo de serem os escolhidos.
E o professor abriu os vidros e começou a pegar vermes e esfregá-los nas mãos e braço principalmente de alunas.
Chegou a alisar as madeixas de alunas com os vermes.
Nem preciso dizer da gritaria que foi.
Ao deixar a aula, de costas para a sala, ele ainda jogou os bichos pra trás, como se estivesse fazendo "viva" com balas, como fazíamos nos recreios escolares quando a bala era pouca e os colegas, muitos.
Só que no lugar de bala, eram vermes conservados em álcool.
Nenhum me acertou.

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