terça-feira, 18 de setembro de 2012

A guerra das bandeiras.

Em 2004, foi o ponto alto da campanha: amarrar bandeira nos postes de energia das casas.
Em 2008, um acordo verbal entre os dois candidatos pôs fim ao bandeiraço nas casas e nas ruas.
Neste ano, quando tudo caminhava para uma eleição morna, os ânimos acirrados após a 2ª metade da refrega municipal, ressuscitou o velho instrumento. Com uma novidade: estão amarrando não apenas nos postes de energia, mas na "cumieira" das casas, antenas de Tv, usando bambu como se fosse santo de festa junina,... vale tudo para demonstrar sua paixão pelo seu clube partido político.
E com a prática vieram os problemas.
Já teve eleitor reclamando que candidato amarrou bandeira sem autorização, invasão de privacidade (voyerismo), ajuda de custo para quem hastear a bandeira em sua casa, bandeiraço na madruga, gente que jamais imaginei que soubesse escalar um muro, subindo e a amarrando bandeira, etc...
São os candidatos correndo atrás da boa parcela do eleitorado que se mostra indiferente às duas candidaturas apresentadas. São os votos brancos, nulos e indecisos que, dizem, somam 20% do eleitorado atual ipuanense.
Em outras palavras: 2.000 votos livres, leves e soltos, que podem decidir o rumo dessa disputada eleição.
Concordo com toda e qualquer manifestação política de propaganda, mas ainda acho que o bom e velho corpo a corpo convence mais que bandeiras tremulando, que servem bem ao propósito de dar volume à campanha, mostrando que os candidatos estão às ruas levando seu número.
Quando às "bandeirantes" nas esquinas da cidade, melhor seria se os candidatos treinassem seus cabos eleitorais para fazer um trabalho de persuasão junto aos eleitores, e não apenas agitando bandeiras nas esquinas.
Enfim, para mim eleição se faz com pessoas, com difusão de ideias, com debate ideológico e de programas de governo. 
Nada melhor que uma, ou as duas rádios da cidade, promovessem um debate entre dos dois candidatos. Uma oportunidade única para ambos se dirigirem ao público de maneira direta, sem intermediários.
Só assim saberíamos de fato o que pensa? o que quer? como pretende governar? o próximo Prefeito de nossa cidade.

2 comentários:

  1. Olá Orandes até o dia do comicio eu tambem fazia parte dessa fatia do eleitorada indeciso, pois bem fui ao comicio para ouvir as idéias do candidato Léo para Ipuã, no entanto ouvi alguns poucos minutos de propostas do candidato a prefeito e no mais vi um "verdadeiro bombardeio" contra os adversários, não fui ali para ver isso , queria saber do plano de governo dele. Ja falei com minha mulher e com meus 3 filhos que ja votam que só não vamos votar no adversário se ele repetir os mesmos ataques, não queremos ataques queremos saber como os candidatos pretendem resolver os problemas da cidade. Desculpa por tomar esse espaço para expor minha opinião mais sai muito triste desse comicio.

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    1. Seriam ataques ou respostas?
      E o que a oposição faz é ataque ou crítica?
      Ambos podem atacar/responder e atacar/criticar?
      E o que acontece nas ruas também não te deixa triste?
      São muitas questões que, num debate, poderiam ser melhor explicadas. Sem os asceclas pendurados a tira colo.
      Além do plano de governo de cada um.

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