domingo, 23 de setembro de 2012

Nos palanques da vida!

Paulo Henrique Ganso era, até outro dia, ídolo no Santos.
Santistas exautados chamava-no de maestro, melhor 10 depois de Pelé, gênio, etc etc etc
No time santista, até muro com ele pintado tem. Por enquanto...
Bastou o desentendimento dele com a diretoria e sua vontade de trocar de ares, que todo o endeusamento acabou.
Novos adjetivos começaram a circular na boca dos antigos admiradores: traidor, chinelinho, duas caras, mercenário etc etc etc...
Já vi isso acontecer em política.
Muitos candidatos outrora adversários sobem em palanques lado a lado com grande desenvoltura.
Como se nada houvera acontecido!
Os motivos desta mudança serão sempre incógnitas, sendo que na maioria das vezes a verdade não é revelada. Mas na maioria das vezes, sabemos muito bem que é cargo para si ou familiares, promessas de livre trânsito na administração pública, alguns benefícios materiais,...
Nesses meus mais de 14 anos de vida pública, já ouvi muita coisa de muitos políticos.
Pena que não tenho como provar mas, se eu fosse falar o que já ouvi certos políticos falaram sobre pessoas que hoje são aliados, seria o bastante pra começar uma guerra civil na cidade.
Aliás, não só de aliados, mas o que já ouvi políticos falarem sobre certas lideranças e eleitores, seria o bastante para essas pessoas, se acreditassem em mim, tirar bandeira da casa e adesivo dos carros e não mais votar.
Resta saber se aqueles que sabem que foram ofendidos não estão "se fazendo de morto" para vingar dos antigos algozes no momento oportuno.
Ah se eu tivesse um gravado, ao longo desses mais de 14 anos, conversas que tive com muitos figurões que hoje abraçam seus antigos desafetos.
Claro que política não é como futebol (embora em Ipuã a eleição seja de torcidas, não de candidatos) que mesmo com o time mal, a gente torce. Em política, se seu time vai mal, você tem todo o direito de trocar. Aliás, deve trocar.
Eu mesmo o fiz, num processo que começou no final do ano de 2001 e terminou em 2002.
Ao ver que a administração que eu ajudara a eleger estava pior que a anterior, que nós tanto criticáramos, vendo que nenhuma promessa de melhoria na cidade feita durante a campanha estava sendo cumprida e vendo certas pessoas nefastas assumindo cargos públicos e deles usando para interesses particulare$, caí fora.
Jamais sujaria minha biografia ficando ao lado de certas pessoas, ainda que com elas não tivesse qualquer contato.
Por uma simples razão: quando se atravessa um chiqueiro, por mais que se desvie para não deixar algum porco te sujar, e assim sair limpo do outro lado, fica, nem que seja o mau cheiro, na roupa da gente.

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