domingo, 16 de setembro de 2012

Nos palanques da vida.

Ontem tivemos o primeiro comício da temporada de comícios 2012 em Ipuã.
Ao assistir, não deu pra não lembrar do meu primeiro discurso em comício.
Naquela eleição, a de 2000, os candidatos "treinavam" falar em público em reuniões nas casas dos eleitores, quase mini comícios para uma plateia de uma ou duas centenas de pessoas.
Servia como aperitivo para o prato principal: o comício.
Foram realizados 5 comícios naquela eleição e, me deixaram pra falar no último.
Praça Matriz lotada (2.500 pessoas, estimaram) e lá fui eu, com 23 anos de idade fazer um discurso de pouco mais de 10 minutos.
Fui o 2º a falar.
Ansiedade, adrenalina e uma vontade louca de falar tudo o que eu pensava.
Pedi para, ao ser anunciado, que tocassem a música "Coração de estudante" do Milton Nascimento, que eu usava na campanha.
Ao ouvir os primeiros acordes pensei "é agora".
E lá fui eu "enfrentar" a plateia.
É uma emoção inexplicável: você é chamado ao microfone em meio a músicas, aplausos, gritos e bandeiras agitadas. Ao pegar no microfone, a algazarra dá lugar a um silêncio onde se é capaz de ouvir até tosse de alguém da multidão.
E entre o silêncio da multidão e o começo do discurso, passam-se 3 intermináveis segundos. O bastante para baixar a adrenalina e começar a falar.
Uma emoção que acho que todo mundo deveria experimentar nessa vida.
Pois é... confesso que sempre que assisto a comícios como o de ontem, me dá uma vontade maluca de estar lá em cima, de sentir essa emoção, de sentir o frio na barriga que sempre senti antes de cada pronunciamento.
Além é claro, de uma pontinha de inveja dos colegas que ontem discursaram.
O que ameniza um pouco isso tudo, é este blog. E saber que ainda vou sentir essa emoção outra vez, antes do que imaginam.

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