domingo, 30 de setembro de 2012

Opinião e Conselhos.

No próximo domingo, a nossa cidade, como as demais do país, vai escolher o seu próximo Prefeito.
Em Ipuã, são dois os contendores da refrega municipal: Leonardo Tavares do Nascimento (nome de urna: Léo Nascimento) do PPS e José Francisco de Souza Ávila (nome de urna: Nenê Barriga), do PMDB.
Se na eleição passada tínhamos dois candidatos com passagem pelo cargo de Prefeito, na atual, a coisa dá-se o contrário.
Ambos jamais foram ocupantes de cargo eletivo em suas vidas até então. Se por um lado fiquei preocupado em saber que, seja quem for o vencedor, será alguém sem tal experiência; por outro fico feliz em saber que ambos são pessoas de caráter ilibado, homens honestos, trabalhadores e em dia com suas obrigações.
O Léo conheço de infância e o Barriga, pessoas próximas a mim que o conhece há muito tempo dão excelentes referências.
E justamente pelo ineditismo dos dois, imaginei que esta eleição fosse diferente.
Léo e Nenê, vocês tiveram nas mãos uma chance única: COMEÇAR UMA HISTÓRIA POLÍTICA NOVA NESSA CIDADE.
A chance de se desvencilhar de antigas práticas, de se libertar de certos apoios, de extirpar da política ipuanense certos políticos nefastos que pensam apenas em si próprios e não no bem coletivo, iminências pardas que há décadas infelicitam a política ipuanense.
Tiveram a chance de fazer uma campanha sem incitar ódio e rancor entre os aliados, de ensinar que política se faz no debate de ideias, que a eleição acaba dia 7, e no dia 8 todos devemos contribuir para a cidade.
Poderiam ter convergido esforços para não fazer da eleição ipuanense uma guerra.
Pecaram em não fazer.
Até coisas mais simples como não aceitar ser chamados por n°, mas pelo nome e assim acabar com essa polarização 15x23 que a cada ano faz a eleição virar torcida futebolísitica e não discussão de planos de governo.
Não aceitar ter o n° de seu partido associado a n° de bicho do jogo do bicho, que é crime, contravenção.
Outra chance como essa que vocês tiveram (e perderam), só daqui a 30 anos. E olhe lá!
Mas, como é o que se tem para essa eleição, vou dar um conselho aos dois:

Léo Nascimento
Existe no seio da prefeitura dois grandes problemas que você precisa se preocupar e exterminar:
1. As capitanias hereditárias.
Cargos que são ocupados pelas mesmas pessoas há séculos, que acomodadas, ficam cada vez mais morosos na medida que invocam o usucapião para se achar dono do cargo.
Tem muito funcionário bom esperando uma chance de mostrar capacidade.
Urgentemente você deverá fazer o que Chicxulub fez na Península de iucatã, há 65 milhões de anos atrás.

2. A 5ª coluna.
Eu sou testemunha do quanto o governo do Itamar foi corroído por pessoas que ocupando cargos estratégicos (mas fiéis a outros grupos políticos), promoviam micro boicote na sua administração. Aquele boicote silencioso, disfarçado, apenas entendido nas entrelinhas, por que, assim como eu, sabe que o diabo mora nos detalhes.
Cuidado Léo, muitos deles já te deram tapinha nas costas, já foram em sua casa jurar fidelidade eterna, já fizeram comentários "despretensiosos" ou "deram rata" para pessoas ligadas a você, para irem correndo te contar: "fulana deixou escapar que vota em você".
Tenha perspicácia para identificar os falsos bajuladores que agem motivados pelo instinto de preservação.

Nenê Barriga
Cuidado com a companherada.
Por mais que certas pessoas invistam tempo, dinheiro e esforço na sua campanha, a fatura que eles apresentarão quando você estiver ocupando o cargo será muito alta.
Você então ficará no dilema: atendo ao companheiro e leso os cofres públicos, ou perco o companheiro e deixo as finanças saneadas?
Opte pela 2ª opção. Até porque quem a justiça vai fiscalizar e você, não eles.
Olhe bem ao seu redor e aprenda a diferenciar quem são companheiros e quem são interesseiros.
Tanto os correligionários herdados, como os neo aliados.
Aliás, cuidado com os neo aliados, procure conhecer as razões de cada um deles por ter saído do grupo onde estavam e os interesses pessoais na sua vitória. Conheçam seu histórico, puxe a "cabrita" deles do tempo em que eram seus adversários para conhecê-los melhor, porque em época de campanha e interessados na sua vitória, tratam-no como amigo de infância.
Quando menos você esperar, a tal companherada vai querer dar as cartas no seu governo, achando-se donos dele só porque trabalharam ou investiram na campanha. Não confie em quem faz as coisas por você e joga na cara depois.
E um pedido pessoal: não traga Dr Abrahão de volta!

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