domingo, 30 de junho de 2013

Nos palanques da vida.

Quando vereador, o mais próximo que enfrentei de manifestação foram algumas sessões na Câmara lotadas.

Nada de cartazes ou gritos de ordem, apenas cidadãos lá presentes em razão de alguma votação do interesse de sua classe.

Na maioria das vezes, servidores municipais:

* Professores que lá estavam para lutar pelo um plano de carreira.

* Monitores do CEARDI (uma escola para alunos portadores de necessidades especiais), pressionando pela não aprovação de um projeto de lei enviado pelo Prefeito que, vejam só vocês, reduzia salário destes funcionários.

* Servidores municipais indo protestar pelo baixo reajuste dado à categoria.

Esta última em especial foi interessante.

O presidente do sindicato da época queria que a gente votasse contra o reajuste, alegando ser de baixo valor. E queria que a gente aumentasse o valor.

Ele não entendia que vereador não pode por lei reajustar vencimentos de servidores municipais.

E não entendia que votando contra seria mais prejudicial que votar um baixo reajuste.

Ignorância ou amadorismo da sua parte, nunca entendi aquelas exigências.

Sorte minha que bem naquele dia de casa lotada eu apresentava e aprovava o projeto da meia entrada.

Pena que a administração municipal da época cuidaria de entrar na justiça contra esse importante projeto.

Pena maior que não havia internet para divulgar a má vontade com os estudantes da cidade, nem força de vontade da juventude da época para se insurgir contra o prefeito.

Eram tempos diferentes, e nem faz tanto tempo assim. Pouco mais de uma década.

Será que, tirando a internet, algo está diferente hoje em dia?



A série a série "Nos palanques da vida" entra em recesso parlamentar, retomando o expediente e a ordem do dia no mês de agosto, mês do desgosto, do cachorro louco, da ventania,...

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