Não chega a ser mania.
É mais vício mesmo.
Admito: sou chocólatra.
Certa vez, em razão de um tratamento médico
para espinhas extemporâneas resultado de automedicação para dores que me
afligiam (e ainda afligem) as costas, tive de parar 6 meses com a bebida alcoólica.
Não foi fácil, mas consegui, embora não sem
sofrimento, afinal passei por aniversários, casamentos, formaturas e rodeios
sem consumir uma única gota de bebida alcoólica.
O mesmo não aconteceu, tempos antes de tal
tratamento, quando também por restrição médica, me fora recomendado 2 meses sem
chocolate.
Não recordo com exatidão, mas não devo ter
ficado sequer 10 dias sem a guloseima.
Gosto de todo tipo de chocolate, do branco
(que soube que nem de chocolate pode ser chamado), ao meio amargo.
De todas as marcas.
Mas ultimamente tenho tido um apreço
especial pelos chocolates chamados de "hidrogenados", carinhosamente
chamados por mim de "chocolate vagabundo".
E quanto mais vagabundo melhor.
Aqueles chocolates meio amanteigados, que
depois de comidos fica ainda o gosto e um leve óleo na boca.
Para o leitor entender melhor, me refiro aos
chocolates tipo "guardachuvinha".
Quer me agradar? É só me dar tais
chocolates.
E agora me ocorre que sigo o mesmo critério
com mostarda.
Quanto mais azeda (geralmente marcas
inferiores) melhor.
Nos supermercados, compro sempre as
mostardas que estão na parte debaixo das prateleiras, pois as de marcas
melhores (e mais caras) estão sempre à altura de nossas vistas, no meio das
prateleiras.
Minha preocupação ao escrever este texto é
ser flagrado num futuro, já investido de sucesso e fama nacional, quiçá
internacional, seja por qual motivo for, denegrir a imagem das indústrias sendo
flagrado por paparazis comprando chocolates e mostardas em supermercados.
As marcas dos produtos no meu carrinho,
antes de me processar, deverão repensar a qualidade de seus produtos.
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