quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Semana Viniciniana - Vinícius de Moraes nos dias atuais (Republicação).

Nos tempos de hoje, Rei Pelé não teria feito 1.000 gols como fizera no passado.
Teria feito mais de 2.000.

Hoje em dia com chuteira ultra leve, camiseta de tecido sintético que absorve suor, bola que não absorve água (quem já jogou com as antigas bolas de capotão na chuva sabe que aquilo pesava ½ ton quando encharcada), avanços na medicina ortopédica e fisiológica, melhorias na preparação física e na estrutura dos clubes, e com esse monte de zagueiro ruim no nosso futebol atual, seria muito mais fácil.

Já no campo amoroso há um exemplo análogo.

Se pudéssemos viajar no tempo até a década de 60/70 e trazer para os dias atuais o poeta Vinícius de Morais, conhecido namorador de seu tempo, posso afirmar que não pegaria hoje a quantidade de mulheres que pegou em seu tempo.

Pegaria 3 vezes mais.

Talvez não tivesse se casado 9, mas pelo menos umas 20 vezes.

Hoje em dia com a fraca concorrência (de boyzinhos mais interessados em si mesmos e em seus bens materiais), o papo cada vez mais furado na hora do xaveco, o fim da corte sexual, a quantidade de músicas medíocres que inundam nossos ouvidos, a baitolagem transformando coca em fanta e ainda, com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, o Poetinha seria imbatível na arte da conquista.

Ele seria o Usain Bolt do amor e do sexo.

As atrizes mais cobiçadas da Vênus Platinada disputariam a tapas qual acompanharia o Poetinha na boêmia noite carioca.

Das mais jovens como Isis Valverde, Fernanda Paes Leme e Alinne Moraes, até as mais maduras como Patrícia Pilar, Cláudia Raia e Letícia Sabatella, passando pelos filés de Balzac Taís Araújo e Débora Secco.

As musas tipo nissim miojo (5 min e já estão prontas para comer) do BBB cairiam em seu papo como moscas no mel.

Seriam chamadas de Vinicetes, tamanha a rotatividade com que entrariam e sairiam na vida do poeta vagabundo.

Vinícius de Morais seria o “gentil canalha”, puxaria cadeira da mesa, abriria porta do carro, daria flores e faria versos às mulheres, mas sempre deixando a dúvida nelas: onde terminaria o cavalheirismo e começaria o sentimento de culpa no cartório?

Sei não... acho que ele logo se cansaria e pediria para voltar aos anos 60/70, não sem antes levar alguma música do nosso tempo para mostrar aos amigos de seu tempo, pedir mais uma dose do melhor amigo do homem, o “cachorro engarrafado” e dizer:

- Olhem só o que fizeram com a música brasileira!

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