terça-feira, 22 de outubro de 2013

Churrascaria metódica.

Chamem-me de metódico, não serei eu que os desdiga ou contradiga, mas verdade é que ande pensando sobre a logística das churrascarias.

Penso que as churrascarias deveriam fornecer aos clientes um cardápio contendo não apenas os cortes e demais assados disponíveis na casa, como também a ordem em que são servidos.

Assim a gente saberia, após receber o primeiro espeto, em qual "posição" a gente está no rodízio.

Saberíamos se a picanha já foi ou se ela ainda falta para voltar.

Isso me pouparia inconvenientes de, por exemplo, esperar por um medalhão de frango com bacon inexistente na casa.

Ou então encher o prato com ponta de peito e ser surpreendido por uma suculenta picanha na sequência.

Evitaria comer linguiça toscana sendo que há cuiabana prestes a ser servida.

Me pouparia do constrangimento de deixar sobras no prato, pois sabendo o que viria e sua ordem, poderia organizar melhor meu apetite de modo a satisfazê-lo com racionalidade e eficiência sem ficar com medo de ter que pagar pelo desperdício.

Muito embora nunca tenha sido cobrado, mas pesa-me na consciência saber que aquelas carnes preteridas por cortes melhores, ou seja, comida descartada por puro capricho, poderia perfeitamente alimentar o moleque que pediu para olhar meu carro na porta da churrascaria.

Chego a pensar que os próprios moleques são contratados pelos donos das churrascarias para nos coagir, por meio do remorso, a não desperdiçar carne.

Mas sei não, é muita teoria da conspiração pensar isso.

Ou uma boa sugestão aos comerciantes do ramo.

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