Hoje é 12 de outubro, Dia das Crianças.
Dia de celebrar a meninice, manifestada nas inúmeras
crianças ao nosso redor (primos, filhos, sobrinhos,...), no meu caso, apenas uma única e linda sobrinha, e na criança que
existe dentro de todos nós.
Dia de recordar que um dia, nós fomos
crianças. Em outro tempo, outra época, com outra mentalidade.
E quer saber? Era muito melhor.
Aliás, "no meu tempo era muito
melhor" é uma das 17 frases catalogadas pelos dicionaristas, linguistas e
estudiosos em geral do cunho vernáculo do nosso vocábulo que identificam a
idade avançada de uma pessoa.
Ao lado de outras como: "você é filho
de quem?", "estudei com seu pai", dentre outras...
Mas voltemos ao texto...
No meu tempo de criança, algo em torno do
ano de mil novecentos e não é da tua conta, fora a TV, nada mais nos prendia em
casa.
Fora a TV e os estudos eu sei, mas este
segundo se dava mais por imposição dos genitores ou por desespero de causa que
por vontade manifesta propriamente dita.
Na minha casa era pior, só pegava Globo e
vez ou outra SBT, quando ainda se chamava TVS.
Se você não sabia que o SBT chamava-se TVS,
melhor parar de ler este texto.
Hoje em dia a competição é muito grande:
Internet, TV (vários canais abertos e uma centena por assinatura), jogos on
line etc...
Minha época (eita frase chata), os jogos de
vídeo games ainda eram pouco acessíveis. Eu fui o 1° garoto da minha rua
a ter um vídeo game, era o Odissey, da Philips (se você não sabe o que é Odissey,
muito menos conhece a marca Philips é sério, pare de ler este texto!!!).
O que fazíamos então?
Jogava bola no clube ou na rua mesmo, corria
descalço na chuva (e sempre cortava o dedo com caco de vidro), andava de
bicicleta, nadava no clube ou no córrego (corgo) do Chico da Credina,...
Aliás, passei boa parte da minha infância
nas águas turvas deste córrego, onde íamos aos bandos (8 moleques em 4
bicicletas) e onde devo ter me imunizado contra umas 10 doenças diferentes. Além
de ter pisado em cobras das mais variadas espécies sem nunca ter sido mordido,
afinal como diz a crendice popular "cobra dentro da água não morde".
Descíamos o rio todo, certos pontos só com a
cabeça fora da água. E quando chovia enquanto estávamos no meio do percurso, o córrego
virava nosso Vietnã.
Hoje não existe nada no mundo que me faz
entrar naquelas águas. Principalmente debaixo de chuva forte.
Também não devo mais conseguir andar de
bicicleta levando outra pessoa junto.
Paciência!
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