terça-feira, 23 de outubro de 2012

Regravações nunca são melhores que os originais.

Acho que são as constantes regravações que a Globo tem feito de novelas antigas que me fez falar sobre o tema do presente texto.
Há tempos defendo que a criatividade dos autores de novelas no Brasil vem se esgotando.
Novela tem se tornado, basicamente, mais do mesmo.
E as regravações fiéis aos originais comprovam minha teoria.
Tenho pensado onde pode chegar a onda regravacionista. Afinal se já tiveram a ousadia de regravar - embora em versão cinematográfica - o clássico da nossa teledramaturgia "O Bem Amado", o que ainda estaria por vir?
Fala-se em regravar a novela Roque Santeiro, seja na TV ou no cinema. Seria outro assassinato assim como O Bem Amado.
Nosso país tem tradição em novelas, um gênero desprezado em outros países mas que aqui, faz com que a Globo (a líder no segmento) assuma status de Hollywood tupiniquim.
Deve ser isso que lhe dá autoridade para cometer tais barbarismos com os clássicos já citados.
Não imagino, por exemplo, o filme "Casablanca" sendo regravado. Ou uma nova versão para "E o vento levou", "Cidadão Kane", etc...
Aliás, refilmar Casablanca seria uma heresia aos deuses do cinema.
Até porque, quem faria o papel que no original foi de Humphrey Bogart?
Por mais que penso não consigo imaginar alguém que faça, igual a ele, o papel dele mesmo.
Deveria haver uma lei proibindo regravações de clássicos.
Mas assim como não gosto de regravações, também não gosto de versões cinematográficas (ou televisivas) de grandes livros.
Sempre acho o livro infinitamente melhor que o filme que ele originou.
E muitos são os exemplos: Olga, O nome da rosa, Amor nos tempos do cólera, ...
Claro que livros como Harry Potter, Anjos e demônios dentre outros já são escritos pensando em como ficarão na telona. Na verdade não considero livros, mas pré roteiros esperando adaptação.
E nunca assisto ao filme antes de ter lido o livro.
Exceção feita ao livro "Hilda Furacão", que apenas li depois que assistir a minissérie da Globo e não consegui ler o livro sem imaginar os rostos dos personagens do folhetim.
Até hoje quando ouço Hilda Furacão, me vem à memória o lindo rosto da atriz Ana Paula Arósio.

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