sábado, 27 de outubro de 2012

Com o lápis na mão.

Houvesse um STFE (Supremo Tribunal Federal da Educação), eu seria julgado e condenado por crimes praticados nos tempos de estudante.
Com os mesmos agravantes que o Min. Joaquim Barbosa impõe aos mensaleiros, este blogueiro sofreria os rigores da lei sobretudo pela reiteração dos crimes.
Não sei o que a dosiometria da pena me recomendaria, mas certamente seria condenado.
No 1º Médio, quando comecei minha carreira de assassino de aulas, aproveitávamos (éramos vários cometendo o crime, o que me valeria uma condenação por formação de quadrilha) que a parte interna do muro da Escola Pedro Badran possuía um aterro, facilitando a escalada.
No 2º Médio, já em Ipuã, no recreio a gente ajudava as merendeiras a arrumar o refeitório, trancando as portas que davam acesso ao pátio e ao muro por onde fugiríamos. Claro que não trancávamos.
Na faculdade, matava aula das disciplinas pedagógicas, indo ao conhecido bar da região do antigo prédio da Unesp (foto abaixo, By Google) ponto de encontro dos matadores de aulas e demais alunos.
Curioso é como nossos erros se voltam contra a gente.
Quando prestei concurso para Professor do Estado, havia 50 questões específicas (História) e 30 questões pedagógicas.
Das 50 específicas, acertei 48; das 30 Pedagógicas, apenas 7.
Nenhuma aula matada ficará sem castigo, diria Nelson Rodrigues.
Tivesse tido o mesmo desempenho na pedagógica que tive na específica, certamente teria ficado entre os 5 ou 10 melhores classificados, quiçá o 1°.
Tivesse acertado 50% (o mínimo que se espera), teria ficado entre os 500 melhores e teria escolhido aula em cidades como Ribeirão ou Franca.
Houvesse acertado 75% (algo totalmente plausível de ser conseguido, caso tivesse me dedicado), ficaria entre os 250 melhores classificados e teria pego aula em cidades como Ituverava, São Joaquim da Barra e Guaíra.
Pensando bem, os Ministros não me condenariam a nada, eu já fui devidamente castigado.



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