Houvesse um STFE (Supremo Tribunal Federal
da Educação), eu seria julgado e condenado por crimes praticados nos tempos de
estudante.
Com os mesmos agravantes que o Min. Joaquim
Barbosa impõe aos mensaleiros, este blogueiro sofreria os rigores da lei
sobretudo pela reiteração dos crimes.
Não sei o que a dosiometria da pena me
recomendaria, mas certamente seria condenado.
No 1º Médio, quando comecei minha carreira
de assassino de aulas, aproveitávamos (éramos vários cometendo o crime, o que
me valeria uma condenação por formação de quadrilha) que a parte interna do
muro da Escola Pedro Badran possuía um aterro, facilitando a escalada.
No 2º Médio, já em Ipuã, no recreio a gente
ajudava as merendeiras a arrumar o refeitório, trancando as portas que davam
acesso ao pátio e ao muro por onde fugiríamos. Claro que não trancávamos.
Na faculdade, matava aula das disciplinas
pedagógicas, indo ao conhecido bar da região do antigo prédio da Unesp (foto
abaixo, By Google) ponto de encontro dos matadores de aulas e demais alunos.
Curioso é como nossos erros se voltam contra
a gente.
Quando prestei concurso para Professor do
Estado, havia 50 questões específicas (História) e 30 questões pedagógicas.
Das 50 específicas, acertei 48; das 30
Pedagógicas, apenas 7.
Nenhuma aula matada ficará sem castigo,
diria Nelson Rodrigues.
Tivesse tido o mesmo desempenho na
pedagógica que tive na específica, certamente teria ficado entre os 5 ou 10
melhores classificados, quiçá o 1°.
Tivesse acertado 50% (o mínimo que se
espera), teria ficado entre os 500 melhores e teria escolhido aula em cidades
como Ribeirão ou Franca.
Houvesse acertado 75% (algo totalmente
plausível de ser conseguido, caso tivesse me dedicado), ficaria entre os 250
melhores classificados e teria pego aula em cidades como Ituverava, São Joaquim
da Barra e Guaíra.
Pensando bem, os Ministros não me
condenariam a nada, eu já fui devidamente castigado.
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