quarta-feira, 23 de maio de 2012

A volta do Kit anti homofobia.

Volta com força máxima a discussão sobre o chamado “Kit Anti Homofobia”, aquele conjunto de dvds e cartilhas a serem usadas nas escolas como projeto pedagógico, visando diminuir a homofobia.
Ideia polêmica criada pelo MEC durante a gestão do Ministro Fernando Hadad, que enfrenta rejeição dos setores religiosos, a bancada religiosa da Câmara e do Senado e setores mais conservadores da sociedade.
Alguns programas de Tv já veicularam trechos do vídeo e muitos políticos contrários à ideia, argumentam que a linguagem, mensagem e conteúdos dos vídeos não estariam apropriados.
Essa discussão vai longe e será potencializada com a lei ainda em tramitação sobre o crime de homofobia.
Como educador, entendo que a questão da tolerância e respeito às diferenças deve ser amplamente trabalhada com os estudantes, sobretudo nas séries cujas idades dos alunos coincidam com o período de formação de seus valores morais, éticos e estéticos.
Defendo que não apenas a tolerância às questões de opção sexual sejam trabalhadas pelas escolas, mas também às questões raciais, de classes sociais, religiosas, deficiências físicas, questões como o culto aos padrões de beleza (imposto pela TV, excludente a todos os que não se enquadram nela) e tudo mais que segrega pessoas na nossa sociedade.
O contexto, ao abordar esse tema, tem de ser mais amplo e não desconectado dos outros preconceitos que, infelizmente, ainda existem na nossa sociedade.
Sou contra a imposição de um Kit, um material massificado que desconsidera a realidade sócio cultural de cada estado, cidade, bairro ou escola.
Sou a favor de que os professores sejam capacitados pelo Estado para lidar com tais questões. Sobretudo as questões sexuais, haja visto que em pleno século XXI ainda temos como tabu tal discussão.
Pelo pouco a que assisti dos vídeos, não acho que aquela seja a maneira mais correta de tratar do tema. Não acredito que fazer apologia ao homossexualismo seja a melhor maneira de combater a homofobia.
No meu tempo de estudante, anos 80, não se falava sobre assuntos polêmicos como esses na escola. Felizmente, graças aos valores adquiridos em casa, cheguei a idade adulta com o conceito de que opção sexual, cor da pele, religião (ou ausência dela), deficiência física e diferenças diversas, não é o que define o caráter das pessoas, mas as atitudes.
As escolas têm o dever de trabalhar esses assuntos em sala de aula, mas é preciso cuidado com a maneira como será feito e principalmente, com os docentes responsáveis.

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