domingo, 13 de maio de 2012

Nos palanques da vida.

Mãe de candidato sofre. Mas diverte também.
Pelo menos foi o que percebi nas duas vezes em que candidatei a vereador. Em ambas, minha mãe foi muito atuante, ajudando em muito nas minhas campanhas.
Além de algum apoio financeiro, pude contar com sua disposição em me acompanhar em visitas diárias a antigos amigos dela, parentes dos quais ela tinha mais contato, antigos vizinhos enfim, pessoas que ela me abriu a porta para poder levar minha mensagem.
Até cozinhar, para que meus cabos eleitorais almoçassem na minha casa essa mulher já fez, vê se pode?!
E não parou por aí: distribuía santinhos entre os eleitores em dia de comícios, trazia notícias da campanha, me acompanhava no "santo reis",...
"Santo Reis" é o nome dado aqui na cidade à prática do candidato a Prefeito visitar eleitores de casa em casa, acompanhados de um séquito que inclui candidatos a vereadores e correligionários.
Nessas visitas, quando minha mãe acompanhava a "caravana", eu ficava por último da fila, desse modo dava tempo dela saber quem era a pessoa e me trazer alguma informação útil, como o nome da pessoa ou algum detalhe que pudesse criar uma simpatia instantânea.
Lembro que em uma dessas visitas, ela me avisou que naquela casa morava uma antiga empregada da família, que cuidara de mim quando era ainda bebê.
Qual não foi a surpresa da eleitora quando, ao me ver, fui logo chamando-a pelo nome e dizendo o quanto o tempo se passara desde o distante período em que ela havia trabalhado lá em casa. Relembramos rapidamente a rua onde morei e coisas assim, para então eu pedir meu voto.
E eu que já devo muito a ela na minha vida privada, tenho também uma dívida eterna na minha vida pública.

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