"Estava mais angustiado. Que um goleiro na hora do gol".
Belchior resumiu bem o sentimento de um goleiro no momento fatídico: angústia.
Comparando seus sentimentos ao do arqueiro após ver vazada a sua meta, o cantor compôs esta letra genial intitulada "Divina comédia humana".
Mas não é sobre o velho Belch que vou falar, mas sobre a ingratidão do futebol.
Futebol é, sem dúvida, o mais ingrato dos esportes coletivos.
Seja pelas regras, seja pela imprevisibilidade.
Só este ano
* Barça x Real era a final que todos apostavam. Deu Chelsea x Bayern.
* Flu estava levando a decisão da vaga nos penais, quando levou gol aos 45 do 2° tempo.
* Vasco segurava o empate que levara a decisão pros pênalties na outra chave da Liberta, mas tinha uma Paulinho no meio do caminho, no meio do caminho tinha um Paulinho.
* Flamengo levou virada do Emelec em casa e deu adeus ao torneio continental.
Se recobrarmos a memória e reviver tempos idos, mais ingratidão:
* Sócrates e Zico não foram campeões do mundo pela seleção.
* Raí e Zinho foram campeões do mundo pela seleção.
* Casagrande nunca fez gols em uma copa do mundo.
* Corinthians desclassificado na Liberta 2000, mesmo com um time muito superior, pelo São Caetano da Barra Funda.
* Hungria em 54 e Holanda em 74 vices campeãs mundiais.
Paro por aqui, sob o risco de esquecer vários exemplos.
Só mais um...
Diego Souza, principal jogador do Vasco, viveu seus dias de vilão ontem, ao ter seu chute defendido pelo goleiro Cássio.
Imagino a angústia do time do Corinthians ao ver Diego Souza correndo livre para a área alvi negra.
Deve ter sido os segundos mais demorados da vida daqueles jogadores.
Felizmente o Cássio não teve motivos para angustiar.
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