segunda-feira, 2 de julho de 2012

Votar nem sempre é democrático.

Há muito tempo que questiono o voto como expressão máxima da nossa democracia.
Não que votar não seja democrático, pois ainda é o nosso principal instrumento na busca por uma sociedade melhor.
Excluem-se aqueles que o vendem, afinal não podem reclamar depois sendo que a mercadoria vendida foi paga.
O voto só não é 100% democrático por dois motivos:
1. Obrigatoriedade.
2. Legislação anacrônica.
Ambos os itens são, para 99% dos políticos, interessantes a sua permanência da forma como está.
Nunca entendi o porque nos obrigar a votar se nos dá a oportunidade de anular ou votar em branco.
Talvez na crença de que, indo votar, acabemos optando por alguém de última hora.
Para mim, democracia é votar em quem quiser, se quiser.
Não obrigar as pessoas a comparecer às urnas mesmo que nenhum dos candidatos que disputam o pleito corresponda às suas expectativas.
Já a legislação para cargo no Legislativo (vereador e deputados) acaba por, ao utilizar o sistema de coeficiente eleitoral, fazer com que votando em um, ajudemos a eleger outro.
Os votos do Tiririca ajudaram, e muito, a eleger Valdemar Costa Neto, um dos réus do mensalão. Só pra citar 1 exemplo.
Que bom será quando se um dia votarmos em quem quisermos e se quisermos, e apenas os candidatos mais votados assumirem suas vagas nas Câmaras Federais, Estaduais ou Municipais, sem que votos de um "puxem" outros candidatos ou lhes sirvam como "escada".
Quem sabe nesse dia também, fichas sujas e políticos com contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas também sejam impedidos de candidatar.

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