Nunca
antes na história dessa cidade um Prefeito contribuiu tanto para a melhoria
salarial dos docentes como na gestão de Itamar Romualdo.
Por
mais que o começo desse texto possa parecer laudatório e eu seja a pessoa mais
suspeita para falar isso, trata-se de uma verdade inconteste.
Quando
assumimos a Prefeitura no ano de 2005, a hora/aula paga aos professores PEB 2,
era algo em torno de R$ 4,50 ou R$ 4,70.
Ao
entregar o mandato daqui a pouco mais de 5 meses, Itamar Romualdo estará
pagando um valor acima de R$ 9,00 pela mesma hora/aula; numa política de
recuperação do salário docente, até então defasado, jamais vista em nossa
cidade.
Um
reajuste de 100% em 8 anos. Mais que reajuste, a classe docente ipuanense teve
aumento salarial, uma vez que a inflação acumulada nesse período ficou aquém desta
porcentagem.
E de quebra devolveu aos professores municipais, os 2% de reajuste anual
obrigatório surrupiados na gestão anterior, embora pouca gente se lembra ou
finja que não.
O
que não significa que os professores de Ipuã ganhem bem.
O
que não significa que não mereçam ganhar mais.
Professor
é das categorias mais importantes dentro de uma sociedade (e novamente sou
suspeito para falar isso) e portanto merece um salário digno, que permita-lhes
fazer da sua profissão, uma carreira e não um bico; que não seja obrigado a
assumir uma carga horária desumana (acumulando cargos em escolas
diferentes) para poder subsistir-se com um mínimo de conforto.
O
salário do professor deve significar um atrativo para que mais pessoas procurem
pela carreira que há algum tempo vem abandonada pelos estudantes universitários.
Na
qualidade de professor sempre pergunto aos alunos se alguém pretende partir
para a carreira docente e raras sãos as respostas afirmativas. Os maus salários
e as más condições de trabalho são, quase sempre, as respostas deles para
explicar o porque de sua recusa.
Mas
a questão que discuto, cuja polêmica quase sempre é fruto de más interpretações
(por ignorância ou má fé) é a seguinte: alto salário não é garantia de
qualidade na Educação.
Assim
fosse era fácil resolver, dobra-se o salário que todos os alunos das escolas
públicas saberão ler, escrever, interpretar, calcular, etc...
É
preciso atrelar a melhoria salarial à melhoria profissional do docente,
estimulando-o a fazer cursos de pós graduação, a participar de eventos (congressos,
simpósios,...), boas participações dos alunos em olimpíadas de disciplinas
(como a de matemática e a de Língua Portuguesa) etc... e com base nessa
capacitação, premiá-los com uma progressão financeira em suas carreiras.
E o
Bônus?
O
Bônus que em nossa cidade é pago na proporção direta da presença do professor
em sala de aula deveria ser extinto em benefício de um maior valor na hora/aula
docente.
E
que não seja um arrimo para os professores, mas uma premiação anual pelo seu empenho
e desempenho ao longo do ano letivo.
Amanhã:
Política pública.
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