quinta-feira, 19 de julho de 2012

Caminhos da Educação: Questão salarial.


Nunca antes na história dessa cidade um Prefeito contribuiu tanto para a melhoria salarial dos docentes como na gestão de Itamar Romualdo.
Por mais que o começo desse texto possa parecer laudatório e eu seja a pessoa mais suspeita para falar isso, trata-se de uma verdade inconteste.
Quando assumimos a Prefeitura no ano de 2005, a hora/aula paga aos professores PEB 2, era algo em torno de R$ 4,50 ou R$ 4,70.
Ao entregar o mandato daqui a pouco mais de 5 meses, Itamar Romualdo estará pagando um valor acima de R$ 9,00 pela mesma hora/aula; numa política de recuperação do salário docente, até então defasado, jamais vista em nossa cidade.
Um reajuste de 100% em 8 anos. Mais que reajuste, a classe docente ipuanense teve aumento salarial, uma vez que a inflação acumulada nesse período ficou aquém desta porcentagem.
E de quebra devolveu aos professores municipais, os 2% de reajuste anual obrigatório surrupiados na gestão anterior, embora pouca gente se lembra ou finja que não.
O que não significa que os professores de Ipuã ganhem bem.
O que não significa que não mereçam ganhar mais.
Professor é das categorias mais importantes dentro de uma sociedade (e novamente sou suspeito para falar isso) e portanto merece um salário digno, que permita-lhes fazer da sua profissão, uma carreira e não um bico; que não seja obrigado a assumir uma carga horária desumana (acumulando cargos em escolas diferentes) para poder subsistir-se com um mínimo de conforto.
O salário do professor deve significar um atrativo para que mais pessoas procurem pela carreira que há algum tempo vem abandonada pelos estudantes universitários.
Na qualidade de professor sempre pergunto aos alunos se alguém pretende partir para a carreira docente e raras sãos as respostas afirmativas. Os maus salários e as más condições de trabalho são, quase sempre, as respostas deles para explicar o porque de sua recusa.
Mas a questão que discuto, cuja polêmica quase sempre é fruto de más interpretações (por ignorância ou má fé) é a seguinte: alto salário não é garantia de qualidade na Educação.
Assim fosse era fácil resolver, dobra-se o salário que todos os alunos das escolas públicas saberão ler, escrever, interpretar, calcular, etc...
É preciso atrelar a melhoria salarial à melhoria profissional do docente, estimulando-o a fazer cursos de pós graduação, a participar de eventos (congressos, simpósios,...), boas participações dos alunos em olimpíadas de disciplinas (como a de matemática e a de Língua Portuguesa) etc... e com base nessa capacitação, premiá-los com uma progressão financeira em suas carreiras.
E o Bônus?
O Bônus que em nossa cidade é pago na proporção direta da presença do professor em sala de aula deveria ser extinto em benefício de um maior valor na hora/aula docente.
E que não seja um arrimo para os professores, mas uma premiação anual pelo seu empenho e desempenho ao longo do ano letivo.

Amanhã: Política pública.

Nenhum comentário:

Postar um comentário