terça-feira, 7 de novembro de 2017

Imbecilidade humana começa na adolescência.

Quando a gente acha que a imbecilidade humana é limitada, corre-se o risco de se descobrir ingênuo.

Parece não ter limites. E mais, começa cedo, bem cedinho, junto com os primeiros hormônios da puberdade.

Em uma final de basquete juvenil escolar na cidade de Natal/RN (31/10), entre times de uma escola particular da cidade versus o time de uma escola pública, os cantos entoados pela torcida da escola particular em nada se pareciam com os antigos gritos de guerra dos meus tempos de escola.

As palavras de "apoio" da torcida em questão eram:

"1, 2, 3. 4, 5, 1000, queremos Bolsonaro Presidente do Brasil".
"Sua mãe é minha empregada".
"O meu pai come sua mãe".

Mais que preconceito, isso é uma imbecilidade de um bando de filhinho de papai mal criados, mal educados, com algum complexo que poderia certamente ser bem resolvido em boas sessões de terapia, ou quem sabe alguma carraspana paterna ou materna; aquele bom e bom e velho puxão de orelhas, que um agricultor e uma ex doméstica sempre me deram aqui dentro de casa.

Mas longe de culpar pais e mães, que talvez nem saibam que filhinhos e filhinhas estavam agindo assim, apenas ressalto que os pais e a escola (que certamente não prega tais valores em seu currículo, e repudia tais ações, portanto deve emitir opinião sobre o assunto) deveriam identificar os autores desse ato repugnante e tomar providências.

Obrigá-los a um pedido de retratação pública e em seguida, obrigá-los a praticar algum ato de generosidade com o próximo menos favorecido. Um trabalho voluntário em asilo, orfanato, alguma ONG, coisas do tipo, nada que envolva pagamento em dinheiro, para eles a saída mais cômoda, mas algo que faça com que eles fiquem imersos no mundo que desconhecem.

Quem sabe de uma próxima vez, pensem duas vezes antes de gritar asneiras em jogos da escola.

O vídeo com os xingamentos não estão disponíveis na internet, infelizmente. Ou felizmente, assim não temos que passar pelo constrangimento, pela vergonha alheia de ver tal cena.

Mas um vídeo de um médico de Natal falando sobre o tema, de maneira bem ponderada me pareceu uma boa maneira de encerrar este texto.

Caso não consiga assistir ao vídeo, clique aqui.

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