A vida é uma eterna dualidade.
E muitas vezes a existência de um, está
diretamente ligada ao seu contrário.
O que seria do Batman sem o Coringa para
enfrentar? Super Homem sem Lex Luthor? Lulla sem FHC???
Até existiriam, mas cá pra nós, seria sem
graça.
A graça está na rivalidade, no contraste, na
contraposição.
Por isso talvez eu seja o único Corinthiano
na face da Terra que não quer a queda do Palmeiras este ano.
Não no centenário pô!!! Cai outro ano, neste
não!
E o Palmeiras não merece amargar uma 3ª
Série B, não seria condizente com sua rica história, agora centenária.
Comentei isso com um colega professor palmeirense
dias atrás e ele balançando a cabeça disse com pesar ao ouvir minhas palavras:
"O que é que o meu Palmeiras virou? Nem rivalidade com Corinthiano ele
consegue ter mais".
O que me fez refletir que, de fato a maior
rivalidade do futebol mundial, tema de inúmeros filmes nacionais, já não é tão
grande assim.
Não pelas fases ruins que um ou outro pode
passar, mas pela união entre as diretorias em ações conjuntas recentemente:
Jogos em Presidente Prudente, Troféu Oswaldo Brandão, boicote ao mando de jogos
no Morumbi, acordo para arcar com os prejuízos que torcedores, ou melhor, os
criminosos de ambas as torcidas promovem nos estádios um do outro...
Aliás foi com muita honra que recebemos o
velho rival como primeiro clássico paulista na nossa nova casa. Não poderia ter
sido outro clube mesmo.
E a velha rivalidade ficou apenas na
história dentro de campo; e no presente, com a selvageria que ambas as torcidas
promovem a cada confronto.
Minha pior lembrança? O pênalti defendido
pelo goleiro Marcos na Libertadores de 2000.
A melhor? O gol do Ronaldo no empate em
Presidente Prudente.
O primeiro, consagraria o goleiro ídolo
palmeirense a ponto de ir parar na Seleção e ser Campeão do Mundo em 2002.
O segundo, consagrou a volta do maior
jogador que minha geração viu jogar, quando todos duvidavam que ele poderia
voltar a jogar.
Nenhum outro clássico tem o mesmo poder de
construir ídolos, heróis, vilões, história.
E é por isso que Corinthians x Palmeiras
sempre será para mim o maior clássico do futebol mundial.
Desejo nesta data tão especial dias melhores
ao Verdão: Que suma com aqueles argentinos de lá (ganhar do
Palmeiras é bom, ganhar do Palmeiras recheado de Argentinos então!), que pare
com esse negócio de que Valdívia é craque, que pare com a idolatria a Felipão,
que valorize mais o "Divino" Ademir da Guia, que termine o estádio,
que volte a ser competitivo.
Que a velha rivalidade nunca se apague.
Parabéns S.E. Palmeiras!
Para este escriba tecer alguns elogios sobre
o Palmeiras novamente (ainda que aqui e ali haja um tom jocoso), só no Bi
Centenário em 2114.
Aguardem!
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