terça-feira, 26 de agosto de 2014

Parabéns Verdão!

A vida é uma eterna dualidade.

E muitas vezes a existência de um, está diretamente ligada ao seu contrário.

O que seria do Batman sem o Coringa para enfrentar? Super Homem sem Lex Luthor? Lulla sem FHC???

Até existiriam, mas cá pra nós, seria sem graça.

A graça está na rivalidade, no contraste, na contraposição.

Por isso talvez eu seja o único Corinthiano na face da Terra que não quer a queda do Palmeiras este ano.

Não no centenário pô!!! Cai outro ano, neste não!

E o Palmeiras não merece amargar uma 3ª Série B, não seria condizente com sua rica história, agora centenária.

Comentei isso com um colega professor palmeirense dias atrás e ele balançando a cabeça disse com pesar ao ouvir minhas palavras: "O que é que o meu Palmeiras virou? Nem rivalidade com Corinthiano ele consegue ter mais".

O que me fez refletir que, de fato a maior rivalidade do futebol mundial, tema de inúmeros filmes nacionais, já não é tão grande assim.

Não pelas fases ruins que um ou outro pode passar, mas pela união entre as diretorias em ações conjuntas recentemente: Jogos em Presidente Prudente, Troféu Oswaldo Brandão, boicote ao mando de jogos no Morumbi, acordo para arcar com os prejuízos que torcedores, ou melhor, os criminosos de ambas as torcidas promovem nos estádios um do outro...

Aliás foi com muita honra que recebemos o velho rival como primeiro clássico paulista na nossa nova casa. Não poderia ter sido outro clube mesmo.

E a velha rivalidade ficou apenas na história dentro de campo; e no presente, com a selvageria que ambas as torcidas promovem a cada confronto.

Minha pior lembrança? O pênalti defendido pelo goleiro Marcos na Libertadores de 2000.

A melhor? O gol do Ronaldo no empate em Presidente Prudente.

O primeiro, consagraria o goleiro ídolo palmeirense a ponto de ir parar na Seleção e ser Campeão do Mundo em 2002.

O segundo, consagrou a volta do maior jogador que minha geração viu jogar, quando todos duvidavam que ele poderia voltar a jogar.

Nenhum outro clássico tem o mesmo poder de construir ídolos, heróis, vilões, história.

E é por isso que Corinthians x Palmeiras sempre será para mim o maior clássico do futebol mundial.

Desejo nesta data tão especial dias melhores ao Verdão: Que suma com aqueles argentinos de lá (ganhar do Palmeiras é bom, ganhar do Palmeiras recheado de Argentinos então!), que pare com esse negócio de que Valdívia é craque, que pare com a idolatria a Felipão, que valorize mais o "Divino" Ademir da Guia, que termine o estádio, que volte a ser competitivo.

Que a velha rivalidade nunca se apague.

Parabéns S.E. Palmeiras!

Para este escriba tecer alguns elogios sobre o Palmeiras novamente (ainda que aqui e ali haja um tom jocoso), só no Bi Centenário em 2114.

Aguardem!

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